CONHEÇA O CORAL QUE CAMINHA PELO OCEANO EM BUSCA DE LUZ, LEMBRANDO QUE 44% DOS CORAIS DO MUNDO ESTÃO EM RISCO DE EXTINÇÃO
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2025/F/5/JptiqeQOGAtYLEKJJ3GA/coral-slides-ezgif.gif)
Conheça o coral que caminha pelo oceano em busca de
luz
O coral-cogumelo, da espécie
Cycloseris cyclolites, se move lentamente desafiando a imobilidade comum aos
corais e prefere a solidão ao invés de viver em colônias
Por Redaçãi Galileu
25/01/2025 12h10 Atualizado há 10
meses
Corais são organismos tradicionalmente conhecidos por sua imobilidade, fixados no fundo do mar e formando recifes exuberantes. No entanto, uma espécie menos conhecida, o coral-cogumelo da espécie Cycloseris cyclolites, revelou uma habilidade surpreendente: a capacidade de se mover lentamente pelo fundo do oceano. Esse comportamento foi observado em um estudo publicado em 22 de janeiro, na revista PLOS One, que utilizou câmeras de time-lapse.
Ao contrário da maioria das mais de 6.000 espécies de corais, que são coloniais e imóveis, o Cycloseris cyclolites é solitário e capaz de se deslocar em direção à luz. Esse mecanismo é semelhante ao de uma água-viva, o coral-cogumelo inflama seus tecidos periféricos, o que reduz o atrito e aumenta a flutuabilidade, permitindo que ele "ande" pelo substrato marinho. Esse movimento, embora extremamente lento — com um coral percorrendo apenas 43,73 mm em 24 horas — é vital para sua sobrevivência.
A pesquisa revelou que esses corais têm uma forte preferência pela luz azul, uma característica que reflete seu habitat natural em águas mais profundas, onde a luz azul predomina. A migração em direção a essas fontes de luz pode ser uma estratégia para evitar condições ambientais adversas, como temperaturas elevadas e a presença de competidores agressivos, como esponjas tóxicas.
A capacidade do coral de se mover não é apenas uma questão de sobrevivência imediata, mas também uma estratégia de migração para águas mais profundas e calmas, onde a reprodução e o bem-estar do coral são favorecidos, afirma Brett Lewis, líder do estudo e ecologista marinho da Universidade de Queensland, ao The News York Times. Esse comportamento, embora exaustivo, pode ser crucial para escapar de perigos como o soterramento sob a areia ou ser arrastado por correntes fortes.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2025/t/h/VPTugQQbu7A2s4SZuTyw/journal.jpg)
“Na escala deles, eles são tão pequenos que esse é um movimento muito grande para eles”, explica Lewis. “Eles estão movendo o comprimento do corpo em um tempo tão curto, com um sistema tão simples. Isso é uma corrida para eles.”
Os corais-cogumelo demonstram uma sofisticação neurológica maior do que se pensava, e seu movimento em direção à luz azul pode fornecer insights valiosos sobre como os corais podem reagir às mudanças ambientais causadas pelas mudanças climáticas. Como as águas mais profundas oferecem um refúgio contra as altas temperaturas e o branqueamento, a migração dos corais pode ser fundamental para sua adaptação e sobrevivência a longo prazo.
Esse estudo oferece novas perspectivas sobre a biologia marinha e pode ser essencial para o entendimento das estratégias de sobrevivência dos corais frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, oferecendo um vislumbre da resistência desses organismos à medida que buscam condições mais favoráveis para viver.
Fonte:https://revistagalileu.globo.com/ciencia/biologia/noticia/2025/01/conheca-o-coral-que-caminha-pelo-oceano-em-busca-de-luz.ghtml
44% das espécies de corais do mundo estão em risco
de extinção
Levantamento analisou quase 900
espécies para estimar os efeitos das emissões de gases do efeito estufa e do
avanço das mudanças climáticas
Por
22/11/2024 17h47 Atualizado há um ano
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2024/M/I/N9SoMmS0O1BPJK4tw5Uw/daniel-pelaez-duque-fdblvbjoofw-unsplash.jpg)
Foram analisados o estado de conservação de 892 espécies de corais típicas de água quente. Desse número, 44% (ou 392 espécies) sofrem risco de extinção.
Segundo a equipe de pesquisadores que fez o levantamento, as mudanças climáticas são responsáveis pelo impacto na vida desses seres marinhos.
A análise incluiu espécies do Caribe, que concentra 10% dos recifes de corais do mundo todo. No Caribe, existem duas espécies que possuem alto risco de extinção: o coral chifre-de-veado (Acropora cervicornis) e o coral chifre-de-alce (Acropora palmata). O desaparecimento desses animais é resultado de fatores como o aquecimento global, poluição do mar, furacões e pelas consequências das doenças que acometem os corais.
"Foi uma experiência incrível estar envolvido em um projeto de pesquisa tão grande e fazer parte de uma equipe internacional. No entanto, os resultados que mostram que tantos corais estão ameaçados são muito alarmantes”, disse Michael Sweet, professor de ecologia molecular e chefe do centro de pesquisa aquática da Universidade de Derby, na Inglaterra, que participou do levantamento em comunicado.
"Os corais são ecossistemas vitais, eles abrigam mais de 30% de toda a vida marinha, sustentam cerca de 1 bilhão de pessoas e oferecem trilhões de dólares em serviços ecossistêmicos, auxiliando desde peixes até proteção costeira. Os corais trazem muitos benefícios, e nosso mundo depende deles. Então, é vital que ajamos agora para protegê-los."
Fonte:https://revistagalileu.globo.com/um-so-planeta/noticia/2024/11/44percent-das-especies-de-corais-do-mundo-estao-em-risco-de-extincao.ghtml
Comentários
Postar um comentário