AVALON : ILHA LENDÁRIA DA LENDA ARTURIANA




Avalon (provavelmente do celta abal: maçã) é uma ilha lendária da lenda arturiana, famosa por suas belas maçãs. Ele aparece pela primeira vez Historia Regum Britanniae ("A História dos Reis da Bretanha") de Geoffrey of Monmouth como o lugar onde a espada do Rei Arthur Excalibur foi forjada e posteriormente para onde Arthur é levado para se recuperar dos ferimentos após a Batalha de Camlann.

A Origem de Avalon
Avalon deve muito de seu mistério às lendas celtas que a consideram uma porta de passagem para outro nível de existência. 


Uma existência povoada de magia e amplitude espiritual. 


Também era chamada de "Ynis Vitrin" ou Ilha de Vidro, onde seres mágicos, isolados do mundo mortal, desfrutam a eternidade. 


O nome tem origem no semi-deus celta Avalloc.


Pesquisas arqueológicas atestam que os campos de Glastonbury, há milhares de anos, foram pântanos drenados, ou seja, a cidade já foi uma ilha, o que reforça sua proximidade com as lendas de Avalon




Como uma "Ilha dos Bem-aventurados" Avalon tem paralelo em outros lugares na mitologia indo-europeia, em particular a Tír na nÓg irlandesa e a Hespérides grega, também conhecidas por suas maçãs. Avalon foi associada há muito tempo com seres imortais, como Morgana Le Fay.

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O último sono de Arthur por Sir Edward Burne-Jones


Na lenda arturiana

Avalon era uma ilha lendária encantada onde "Excalibur", a espada do Rei Artur tinha sido forjada e para onde o próprio rei tinha voltado vitorioso depois da sua última batalha para ser curado de um ferimento mortal.
Em algumas versões, Avalon é regida por Morgana, uma sacerdotisa da antiga religião rodeada de nove donzelas sacerdotisas responsáveis pela cura de Artur, deitado numa cama de ouro. Numa outra versão ela é descrita como sua meia irmã.
Em uma outra versão, o Rei Arthur é ferido em combate, e então levado pela Dama do Lago a uma Avalon mística do além, paralela ao mundo real, onde Artur permanece retirado desse mundo, tornando-se para sempre imortal.
Em algumas versões da lenda, ele não resiste à viagem e morre, tendo sido enterrado então em Avalon; em outra versão, ele estaria só dormindo, esperando para voltar num futuro próximo, pois, a ilha seria um refúgio de espíritos, a qual permitiria a ele permanecer vivo por meio das artes mágicas.

Ynys Wydryn

Na ficção histórica As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell, parte da trilogia sobre a saga arturiana, o autor dá um outro nome a Avalon, Ynys Wyndryn, porém ele mesmo também cita Ynys Mon em sua narrativa de ficção histórica, mascarando a verdade da ficção que mistura pesquisa histórica e lenda.
Ynys Wydryn (Ilha do Vidro), ou Avalon, era em termos lendários o local onde vivia Merlin juntamente com Viviane, que era grã-sacerdotisa e tia de Arthur (que nunca chega a ser rei), onde era possível utilizar a magia, ou seja, o poder divino dos deuses antigos.
Avalon, Ynys Wydryn ou Ynys Mon era um lugar de conhecimento sobre os deuses pagãos antigos onde os druidas passavam o conhecimento antigo de geração em geração. Era o lugar onde se aprendia o conhecimento da religião antiga o druidismo, sendo Merlin o senhor de Avalon ou Ynys Wydryn, que construíra Tor, uma torre onde vivia e guardava todos os seus memoráveis e quem sabe mágicos tesouros.
A Senhora do Lago é designada como autoridade máxima da ilha, e Artur era filho do rei Uther Pendragon, que no passado, era seguidor da crença da Deusa, como também a mãe de Artur, Igraine. Arthur faz um pacto de reacender a crença da Senhora do Lago para que com o passar do tempo ela não se apagasse.
No fim de tudo, Ynys Wydryn ganha um papel importante, pois quando Artur foi ferido mortalmente em batalha pelo seu próprio filho Mordred, ele teria sido supostamente levado de barco à ilha por sua meia irmã Morgana ao Lago, para onde através dos poderes que a Deusa havia lhe dado ela poderia retornar.
No caminho, ela foi recusada por ter desprezado a Deusa e o único jeito de retornarem à Avalon foi Artur devolver a Excalibur ao Lago, onde habitava a Deusa. Sua sepultura foi feita em Avalon, na terra de Merlin, Ynys Wydryn, juntamente com o corpo de sua amada Guinevere.

Conexão com Glastonbury

Em torno de 1190 Avalon tornou-se associado com Glastonbury, quando monges da Abadia de Glastonbury alegaram ter descoberto os ossos de Artur e sua rainha. É no trabalho de Giraldus Cambrensis que encontra-se a primeira conexão:
Cquote1.svgO que agora é conhecido como Glastonbury foi, em tempos antigos, chamado de Ilha de Avalon. É praticamente uma ilha, pois é completamente cercada por pântanos. Em galês, é chamada de "Ynys Afallach", o que significa Ilha das Maçãs uma vez que esta fruta cresceu em grande abundância. Após a batalha de Camlann, uma nobre chamada Morgana, mais tarde, a governante e padroeira da região e com uma estreita relação de sangue com o Rei Arthur, o levou para a ilha, agora conhecida como Glastonbury, a fim de que seus ferimentos pudessem ser cuidados. Anos atrás, a região também tinha sido chamada de "Ynys Gutrin" em galês, que significa a Ilha de Vidro, e destas palavras, os saxões invasores depois inventaram o nome do local "Glastingebury".


Referências

Fonte:Wikipedia e http://misteriosdeavalon.blogspot.com.br


O TEMPLO DE AVALON : SIGNIFICADO

A jornada se inicia na busca interior dos segredos adormecidos dentro de nós. A mente é o começo, as atitudes o resultado final e a percepção, que vai além da lenda e do mito, elementos essenciais para a evolução espiritual e o equilíbrio entre os mundos.
O nosso propósito é resgatar a espiritualidade dos druidas nos dias atuais, através do estudo da História, Antropologia e Arqueologia, sob uma ótica Reconstrucionista, principalmente, anterior a cristianização, relacionados ao Druidismo e a Cultura Celta, bem como a cultura indo-europeia.
Avalon é conhecida como a ilha das maçãs, a ilha feérica que conecta o mundo profano ao mundo divino. Uma analogia aos arquétipos arthurianos que facilitam o nosso caminhar rumo aos Deuses, juntamente com o ciclo da natureza que percorre as estações do ano, concluindo assim, sua trajetória de vida, morte e renascimento.
Apesar das controvérsias entre fato e ficção, rudes guerreiros dos contos celtas são transformados em nobres cavaleiros e as heróicas buscas de testemunhos druídicos tornam-se aliados ao poder do mito e da lenda, ajudando-nos a divulgar o Druidismo com seriedade e bom-senso.
Miticamente, a colina do Tor, em Glastonbury, representa a entrada do Outro Mundo, Ynys Afallach ou Avalon, a Terra do Eterno Verão. A misteriosa ilha, a Tir na nÓg dos irlandeses, cantada em verso e prosa por bardos e trovadores medievais, inspirados nos antigos povos celtas.
Sendo assim, que o poder dos bosques da ilha sagrada renove as energias e reavive a esperança, outrora perdida em nossos corações. Mas não como uma lenda morta, mas como um ideal vivo e realizável. Pois a magia está na sabedoria de fluir no melhor caminho de volta para a casa. 
Peço então, que as brumas dêem passagem ao conhecimento e ao saber dos Antigos... Este espaço é dedicado a todos aqueles que buscam viver de maneira plena e em harmonia aos princípios da natureza, a força ancestral e a proteção dos Deuses.
Abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar!

Círculos de Pedra
Somente a essência transcende o tempo linear,
Rumo à sabedoria da verdadeira fonte espiritual
Adormecida nos grandes círculos de pedra
Vibração da alma celestial
Clama a chama dos antigos ancestrais
Percorrendo as águas claras além-mar,
Aporta nesse momento presente
Para mais uma vez despertar,
Heróis outrora perdidos na memória
Daqueles que ousaram calar
Mas que por muitos se fizeram lembrar
Nobres sentimentos venham agora revelar,
Os segredos do visco consagrado
Abençoados pelo céu, a terra e o mar...
Resgatando o eterno ciclo sagrado
Onde a vida sempre sobrepõe à morte.

Rowena Arnehoy Seneween ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
Todos os direitos reservados.

Fonte:http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/

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