INFLUÊNCIA DA MÚSICA NO ORGANISMO

O cientista alemão Kneutgen demonstrou que a dissonância rítmica - contra a qual o organismo humano não tem defesa a não ser a fuga, constitui um perigo mortal para os seres vivos. Sua afirmação de que os organismos vivos tendem irremediavelmente a acomodar o funcionamento de sus órgãos a um ritmo sonoro exterior a eles, foi por ele demonstrada num aquário.
É sabido que um peixe necessita de um mínimo de 43 aspirações por minuto para não morrer asfixiado. Porém, se deixarmos próximo ao aquário um mecanismo que emita um tic-tac num ritmo de 40 por minuto, o peixe passa a acompanhar suas respirações com esse ritmo. Ao fim de um minuto as aspirações do peixe passam a ser de 40 por minuto sem que ele possa aumentá-las novamente. O peixe tenta fugir para um local silencioso, e se a experiência não for interrompida, acaba morrendo asfixiado por dissonância rítmica.
Por esse motivo, o rock não serve para relaxamento. O ritmo do rock é constante, sincopado, ao passo que no relaxamento, a tendência é diminuir o pulso e o ritmo da respiração. Que procure observar bem cada pessoa a que riscos inocentemente se expõe, às vezes, ao não saber selecionar adequadamente a música, seja para o relaxamento, seja para ativação, seja para o estudo ou o trabalho.
Em questões de música para terapia o gosto pessoal não conta. Alguém pode perfeitamente gostar de rock ou de outro ritmo musical. Porém, cada ritmo produz um trabalho e um resultado diferente no corpo. Cientificamente falando, as ondas sonoras são energia, e como tal, reconstituíveis, ou alteráveis. Além do mais existe uma ligação muito estreita entre o som  a luz ( cor ). Cada tipo de música produz no meio ambiente que nos cerca determinadas cores, imperceptíveis a olho nu, porém, perfeitamente captadas pela mente ( o subconsciente ) e manifestadas, depois, pelas emoções. Assim há músicas que provocam nostalgias; outras, alegrias; outras, tristezas; outras, melancolia; etc..
Todo trabalho de relaxamento, de imaginação, de desenvolvimento da mente deve ser feito de modo positivo e construtivo. Assim, a música deve ser altamente seletiva.
A relação de  "Clássicos" apresentada a seguir servirá de guia para que se possa selecionar as músicas de acordo com as diversas necessidades de cada indivíduo.
Com base nesta lista, cada um poderá compor suas trilhas sonoras para relaxamento, ou para outros fins:
Músicas para a memória, estudo e aprendizado- Concerto em sol menor para flauta e corda, BMW 1056, de J. S. Bach, (faixa de "largo").
- Concerto em fá menor, BMW 1056, de J. S. Bach ( Largo ).
- Concerto de solo de clavicórdio em sol menor, BMW 975, de Bach ( largo).
- Concerto de solo de clavicórdio em dó maior, BMW 976, Bach, ( largo).
- Concerto de solo de clavicórdio em fá maior, Bach, BMW 978 ( largo).
- Quatro Estações, de Vivaldi, "largo" do "Inverno".
- Concerto em ré maior para guitarra e corda dos concertos barrocos, de Vivaldi, "largo".
- Concerto em dó maior para bandolim, corda e claricórdio, de Vivaldi, movimento "largo".
- Três concertos para viola d`amore, de Vivaldi, "largo".
- Concerto de flauta número 4 em sol maior, de Vivaldi, "largo".
Músicas para o pessimismo- Rossini: Abertura Guilherme Tell. Final.
- Bizet: Abertura de Carmen.
- Wagner: Abertura e Campesino.
- Wagner: Abertura dos Maestros Cantores.
- Wagner: Abertura das Walkirias.
- Wagner: Prelúdio do Acto III de "Lohengrin".
- Nicolai: Abertura das Alegres Comadres de Windsor.
- Tchaikovsky: Abertura "1812"
Músicas para introspecção- Grieg: Concerto para piano em lá menor. Primeiro Movimento.
- Rachmaninoff: Concerto para piano número 2, último movimento.
- Tchaikovsky: Concerto para piano número 1, primeiro movimento.
- Addinsell: Concerto Varsóvia.
- Gershwin: Rapsódia Azul
Músicas para relaxamento dinâmico- Strauss: Valsa Danúbio Azul.
- Strauss:Vozes de Primavera.
- Strauss: Contos dos Bosques de Viena.
- Strauss: Valsa, Sangue Vienense.
- Tchaikovsky: Valsa da "Serenata em Dó".
- Lehar: Valsa da "Viúva Alegre".
- Waldteufel: Valsa dos Patinadores.
-Tchaikovsky: Valsa das Flores, da Suíte Quebra-noses.
Músicas para o stress- Tchaikovsky: Solo - Um coração solitário.
- Schumann: Traumergi.
- Debussy: Clair de Lune.
- Chopin: Estudo opus 10 número 3.
- Saint - Saens: O Cisne do "Carnaval dos Animais".
- Rubinstein: Melodia em Fá.
- Humperdink: Oração de "Hansel y Gretel".
- Grieg: Melancolia Matinal de Suíte "Peer Gynt" número 1.
- Massenet: Meditação de "Thaís".
- Wagner: Canção da Estrela da Tarde de "Tannhauser".
- Brahms: Arrulho, "Canção de Cena"
Músicas para o otimismo- Khatchaturian: Dança do Sabre, de Gayne.
-Glieré: Dança dos Marinheiros russos.
- Brahms: Dança Húngara números 5 e 6.
- Grieg: Dança Norueguesa número 2.
- Grieg: Dança de Anitre, da suite Peer Gayne número 1.
- Smetana: Danças dos Comediantes da Noiva Vendida.
- De Falla: Dança do Ritual do Fogo, do "O Amor Bruxo".
- Strauss: Polke Tritsch - Tratsch.
- Strauss: Polke Pizzicatto.
- Strauss: Bacanal de "Sansão e Dalila".
- Ravel: Bolero.
Músicas para energia- Souza: Barras e Estrelas.
- Souza: Washington Post.
- Souza: Sempre Fidelis.
- Herbert: Marcha dos Brinquedos, de "Juguetilandia".
- Meyerbeer: Marcha da Coroação, de "O Profeta".
-Gounod: Marcha Fúnebre para uma Marionete.
- Elgar: Marcha, Pompa e Circunstância número 1.
- Prokofiev: Marcha de "O Amor ou Três Laranjas".
- Verdi: Marcha Triunfal de "Aída".
-Schurbert: Marcha Militar.
- Berlioz: Marcha Rakoczky.
- Wagner: Marcha de Festa, de "Tannhauser".
- Tchaikovsky: Marcha Eslava.
Músicas para sono reparador- Chopin: Valsa em Ré maior Bemol, "Minuto".
- Chopin: Polonesa em Lá Maior, "Heróica".
- Chopin: Fantasia Impromptue.
- Chopin: Valsa em Dó Sustenido Menor.
- Chopin: Noturno em Mi Bemol Maior, Opus 9 número 2.
- Chopin: Prelúdio número 7, Opus 28.
- Liszt: Liebestraum - Sonho de Amor.
- Brahms: Valsa número 15 em Lá Bemol.
- Beethoven: Sonata Clair de Lune, primeiro movimento.
- Rachmaninoff: Prelúdio em Dó Sustenido Menor, "Destino".
- Schubert: Momentos Musicais número 3.
- Mendelssohn: Canção de Primavera.
- Sinding: Murmúrio de Primavera.
Músicas para serenidade- Borodin: Dança Polovetsiana número 2.
- Borodin: Noturno para cordas.
- Tchaikovsky: Tema de amor da Abertura de "Romeu e Julieta".
- Tchaikovsky: Andante Cantabile, quarteto para cordas número 1 em ré.
- Rachmaninoff: Variação número 18 de "Rapsódia sobre um tema de Paganini".
- Chopin: Polonesa em Lá Bemol Maior.
- Ravel: Pavana para um Infante Difunto.
- Grieg: Noturno, Dia de Esponsais em Troldhaugen.
- Offembach: Barcarola dos "Contos de Hoffmann".
- Debussy: Sonho.
- Wagner: Morte de Amor, de Tristão e Isolda.
Músicas para mulheres grávidas- Vivaldi: Concerto para dois violinos P. 189, 281, 366 e 436.
- Vivaldi: As Quatro Estações.
- Bach: Concerto para dois violinos.
- Beethoven: Concerto Tríplice.
- Brahms: Concerto para violino.
- Sibelius: Concerto para violino, Dos Humorescas OP 87b.
- Tchaikovsky: Concerto para violino.
- Haynd: Duo.
- Honegger: Sonatina.
- Prokoviev: Sonata.


* Entendendo a ação da música em nosso cérebro e alma.

Ouvir música provoca liberação de dopamina e dá prazer Cientistas identificaram que substância é secretada antes do prazer associado à música ouvida e durante o auge emocional

Música e prazer: equipe mediu a liberação de dopamina e a atividade do cérebro de quem ouve música

O intenso prazer que se sente ao escutar música provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro, de acordo com um estudo publicado neste domingo.

A dopamina é uma substância química da molécula do “sistema de recompensa”, que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou que desempenha um papel na motivação.

Então como pode estar envolvida em um prazer abstrato como o de ouvir música, que não parece ser diretamente indispensável para a sobrevivência da espécie?

Para entender isso, pesquisadores da Universidade McGill, em Montreal (Canadá), selecionaram dez voluntários de 19 a 24 anos entre os 217 que responderam a um anúncio solicitando pessoas que sentiram “estremecimentos”, sinais de extremo prazer, ao escutar música.

Graças a vários aparelhos de diagnóstico por imagens, a equipe de Salimpoor Valorie e Robert Zatorre mediu a liberação de dopamina e a atividade do cérebro.

Paralelamente, sensores informavam a frequência cardíaca e respiratória dos voluntários, bem como sua temperatura ou sinais de estremecimento de prazer no nível da pele.

Os resultados publicados na revista científica Nature Neuroscience mostram que a dopamina é secretada antes do prazer associado à música ouvida, e durante o próprio “estremecimento” de prazer, ou seja, no auge emocional.

Tratam-se de dois processos fisiológicos distintos que envolvem diferentes regiões no “coração” do cérebro.

Durante o auge do prazer, é ativado o núcleo “accumbens”, envolvido na euforia produzida pela ingestão de psicoestimulantes, como a cocaína. Antes, no prazer por antecipação, a atividade da dopamina é observada em outra área do cérebro.

O nível de liberação da dopamina varia com a intensidade da emoção e do prazer, em comparação com as medições realizadas ao escutar uma música “neutra”, isto é, indiferente aos voluntários.

“Nossos resultados ajudam a explicar porque a música tem esse valor em todas as sociedades humanas”, concluem os pesquisadores. Permitem compreender “porque a música pode ser utilizada de forma eficaz em rituais, pelo marketing ou em filmes para induzir estados de humor”, acrescentam.

Como um prazer abstrato, a música contribuiria, graças à dopamina, para um fortalecimento das emoções, ao estimular noções de espera (da próxima nota, de um ritmo preferido), de surpresa, de expectativa.

Comentários

  1. Perfeito, do lado de cá como "usuários" deste maravilhoso "remédio" agradeço o esclarecimento para um sentimento de prazer que nunca soube descrever...continuarei ouvindo música SEMPRE!

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