O QUE SÃO OS POVOS SEMITAS E O QUE SIGNIFICA A PARAVRA ANTISSEMITA?: E QUAL A DIFERENÇA ENTRE JUDEU, HEBREU, SIONISTA, ISRAELITA... ?




POVOS SEMITAS

Os povos semitas são um grupo de povos que compartilham uma origem linguística e cultural comum. O termo semita vem da Bíblia, que se refere aos descendentes de Sem, um dos filhos de Noé. Entre os povos semitas, se destacam os árabes e os hebreus, que também estão ligados às três grandes religiões monoteístas do mundo: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

Os povos semitas tiveram origem no Oriente Médio, onde ocuparam diversas regiões desde a antiguidade. Alguns dos povos semitas antigos foram os acádios, os ugaritas, os fenícios, os arameus, os assírios, os babilônios, os caldeus e os amoritas. Esses povos se destacaram por suas realizações nas áreas da escrita, da arte, da arquitetura, do comércio, da política e da religião.

Ao longo da história, os povos semitas enfrentaram vários desafios e conflitos, que os levaram a migrar em busca de melhores condições ou de sobrevivência. A grande expansão semita no mundo se deu através dos povos árabes, que no século VII fundaram o islamismo e conquistaram vastos territórios desde a Espanha até o Oceano Pacífico. No entanto, o império árabe se fragmentou em diversos estados por causa de disputas internas e externas.

Os povos hebreus, por sua vez, também se dispersaram pelo mundo por causa das invasões dos povos romanos no século I. Esse fenômeno é conhecido como a diáspora judaica, que resultou na formação de comunidades judaicas em diferentes regiões e no estabelecimento de novos contatos culturais. Os judeus sofreram diversas perseguições e discriminações ao longo dos séculos, culminando no Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

No século XX, ocorreram diversos acontecimentos envolvendo os povos semitas remanescentes: os árabes e os judeus. Com o fim da Primeira Guerra Mundial e o desmoronamento do Império Otomano, as regiões da Síria e do Líbano ficaram sob o domínio da França1. Em 1948, foi criado o Estado de Israel na Palestina, que era habitada por árabes muçulmanos e cristãos. Esse fato gerou uma série de conflitos entre Israel e seus vizinhos árabes, que persistem até hoje.

Os povos semitas são, portanto, um grupo diverso e complexo, que tem uma história rica e influente na humanidade. Eles são responsáveis por muitas contribuições nas áreas da língua, da cultura, da ciência, da arte e da religião. No entanto, eles também enfrentam muitos desafios e problemas no cenário atual, que exigem diálogo e cooperação para a busca da paz e do respeito mútuo.



O QUE SÃO OS POVOS SEMINAS E O QUE SIGNIFICA A PARAVRA ANTISSEMITA?

Post de Estudos Históricos

Os povos semitas constituem um grupo etnolinguístico originário do Oriente Médio, ligados por línguas de uma mesma família: o tronco semítico da grande família afro-asiática. Embora o termo “semita” tenha sido cunhado por estudiosos europeus do século XIX a partir do nome bíblico Sem — um dos filhos de Noé — ele se tornou uma forma de agrupar diferentes povos antigos que compartilhavam estruturas linguísticas e culturais semelhantes.


Entre os primeiros povos semitas identificados historicamente estão os acádios, que fundaram um dos primeiros impérios da história, na Mesopotâmia, por volta de 2.300 a.C., sob a liderança de Sargão da Acádia. A partir deles, desenvolveram-se os assírios e babilônios, que dominaram vastas áreas da Mesopotâmia com impérios militarizados e culturas altamente desenvolvidas.
Na região do Levante, os cananeus habitaram o território correspondente ao atual Líbano, Síria, Israel e Palestina. Dentre eles, destacaram-se os fenícios, navegadores e comerciantes habilidosos que difundiram um dos primeiros sistemas alfabéticos. Também na mesma região surgiram os hebreus, ancestrais dos judeus modernos, que se estabeleceram em Canaã e desenvolveram uma tradição monoteísta com enorme impacto na história religiosa e filosófica da humanidade.
Os arameus, povo nômade originário da Síria, espalharam o uso do aramaico, uma língua que chegou a ser a mais falada no Oriente Médio durante séculos e provavelmente era usada por Jesus. Mais ao sul, na Península Arábica, os árabes se organizaram em tribos até o surgimento do Islã no século VII, quando passaram a exercer enorme influência religiosa, linguística e política em regiões da Ásia, África e Europa.
As línguas semitas compartilham traços linguísticos específicos, como o uso de raízes trilíteras — três consoantes que formam o núcleo de uma palavra — e sistemas complexos de conjugação verbal. Na organização social, predominavam estruturas patriarcais baseadas em clãs e linhagens, além de uma forte tradição oral e religiosa.
A influência dos povos semitas atravessou os séculos, principalmente através das três grandes religiões monoteístas que nasceram de suas tradições: judaísmo, cristianismo e islamismo. Nos dias atuais, os árabes e os judeus são os principais povos identificados como descendentes semitas.
O termo “semita” continua presente no vocabulário moderno, embora muitas vezes com conotações restritas — como no caso da palavra “antissemita”, usada para se referir a atitudes hostis contra os judeus, ainda que o conceito original abarque todos os povos dessa linhagem histórica e linguística.

Fonte:https://www.facebook.com/SBdeHolanda/posts/os-povos-semitas-constituem-um-grupo-etnolingu%C3%ADstico-origin%C3%A1rio-do-oriente-m%C3%A9dio/822043010149976/

Qual a diferença entre judeu, hebreu, sionista, israelita…?


Compreender e utilizar os termos corretos, especialmente nos domínios político e religioso, facilita a comunicação sem mal-entendidos e ajuda a compreender acontecimentos históricos de particular importância para a humanidade. Listamos 8 termos e seus derivados relativos à História Judaica para explicar, sem rodeios, o que significam. São eles: Quem é Semita / o que é semitismo Quem eram os Hebreus O que é Hebraico Quem é Judeu O que é Antissemita e antissemitismo O que é Sionismo e Sionista O que é Antissionismo e antissionista Quem é Israelense e Israelita 10 perguntas sobre Judeu, Hebreu, Semita, Sionista etc. 1. Quem é Semita / o que é semitismo Cabeça de semita hebreu, terracota, período greco-romano. 



Cabeça de semita hebreu, terracota, período greco-romano.


Segundo a Bíblia, semita eram todos os descendentes de Sem, filho de Noé o que inclui os judeus e os árabes e os antigos hebreus, fenícios, caldeus, sírios, assírios, acadianos, amoritas, arameus e hicsos. Todos eles provêm do mesmo ramo linguístico, étnico e e cultural do Oriente Médio antigo. Existem três hipóteses para a origem dos povos semitas: 1) esses povos teriam se originado na Etiópia e depois se estabelecido na Arábia e no Oriente Médio; 2) seriam originários do sul da Mesopotâmia; 3) teriam surgido na Arábia e a partir de 3500 a.C. teriam migrado para outras regiões em busca de terras férteis. As três grandes religiões monoteístas do mundo – judaísmo, cristianismo e islamismo – possuem raízes semitas. Semitismo é um adjetivo que se refere aos povos falantes de idiomas semíticos (hebreu, aramaico e árabe) o que abrange os árabes, os judeus, os etíopes e os assírios. Em laranja, a extensão geográfica dos falantes de línguas semíticas no Oriente Médio e África. 




Em laranja, a extensão geográfica dos falantes de línguas semíticas no Oriente Médio e África.



2. Quem eram os Hebreus Azulejo egípcio representando chefes cananeus como prisioneiros de Ramsés III, 1189-1077 a.C. A maioria dos arqueólogos considera os hebreus como refugiados cananeus locais. Museu Egípcio no Cairo. Os hebreus eram um antigo povo nômade, de origem semita que, segundo a Bíblia, viviam na cidade de Ur, uma pequena vila da Mesopotâmia e dali migraram, no II Milênio a.C., conduzidos por Abraão. Discute-se ainda a origem do nome hebreu. O uso da palavra é relativamente pouco frequente na Bíblia Hebraica, aparecendo pouco mais de 20 vezes. Mais comum é a expressão ibri e seu plural ibrim que, segundo um estudioso francês, deriva do hebraico eber significando “do outro lado do rio”, ou seja, além do rio Jordão ou do Eufrates. Para outros especialistas, hebreu deriva da raiz do verbo avar, “passar” e, portanto, os hebreus seriam “os que passam”, os andarilhos. Outra origem, considera o termo hebreu derivado nome do patriarca Éber (Évér), ancestral distante de Abraão. Gradualmente o termo hebreu evoluiu para designar israelita e judeu como um grupo étnico e para designar a língua que falam, o hebraico. A cronologia desta evolução é ainda pouco conhecida. Hoje o termo hebreu é sinônimo comum de “judeus” nas línguas ocidentais, das tradições greco-romanas e cristãs 




Fragmento do Pergaminho de Isaías, escrito em hebraico, século II a.C., um dos manuscritos mais bem preservados dos Manuscritos do Mar Morto.


3. O que é Hebraico Fragmento do Pergaminho de Isaías, escrito em hebraico, século II a.C., um dos manuscritos mais bem preservados dos Manuscritos do Mar Morto. Hebraico é uma língua semítica, intimamente relacionada ao fenício, pertencente ao grupo cananeu que também contém as línguas aramaicas. A Bíblia original, a Torá, que os judeus ortodoxos consideram ter sido escrita na época de Moisés, há cerca de 3300 anos, foi redigida no hebraico “clássico”. Os Manuscritos de Qumran, descobertos em cavernas localizadas ao norte do Mar Morto, também foram escritos principalmente em hebraico. Por volta da destruição de Jerusalém pelos babilônicos, em 587 a.C., o hebraico clássico foi sendo substituído no uso diário pelo aramaico que se tornou a língua usada tanto na liturgia,  no estudo religioso como também no comércio. O hebraico deixou de ser uma língua falada regularmente em algum momento entre 200 e 400 d.C. No final do século XIX, o hebraico renasceu como língua falada, sendo o único exemplo bem-sucedido de renascimento linguístico. O hebraico moderno, que não corresponde ao hebraico clássico, adota alguns elementos dos idiomas árabe, ladino (língua dos judeus sefarditas), iídiche (língua dos judeus oriundos da Europa), e outras línguas que acompanharam a Diáspora Judaica. Atualmente, o hebraico e o árabe são as línguas oficiais do Estado de Israel. Formas antigas do hebraico são usadas para oração ou estudo nas comunidades judaicas, enquanto o hebraico clássico é estudado por arqueólogos e linguistas especializados no Oriente Médio e suas civilizações. 



Família judaica celebrando o Chanucá, tradicional Festa das Luzes.


4. Quem é Judeu Família judaica celebrando o Chanucá, tradicional Festa das Luzes. A palavra “judeu” é uma derivação do latim judaeus (de Judeia), derivado por sua vez do hebreu yehudi. O termo se refere a qualquer pessoa que professa a religião monoteísta judaica. Portanto, é judeu ou judia quem segue o judaísmo, quer tenha nascido dentro ou fora de Israel. Este aspecto religioso refere-se ao povo judeu descendente dos antigos israelitas, que também partilham práticas sociais, culturais e linguísticas. Assim, um judeu é, do ponto de vista religioso, qualquer pessoa que adira ou se converta ao judaísmo e, do ponto de vista étnico e cultural, descende dos israelitas. Mesmo assim, é mais comum usar o termo judeu em relação a conceitos religiosos. 



Gravura antissemita de 1898, mostra o banqueiro alemão judeu Rothschild como rei abraçando o mundo, em alusão à suposta conspiração judaica que controlaria o mundo.


5. O que é Antissemita e Antissemitismo 


Gravura antissemita de 1898, mostra o banqueiro alemão judeu Rothschild como rei abraçando o mundo, em alusão à suposta conspiração judaica que controlaria o mundo. Os termos antissemita e antissemitismo dizem respeito unicamente aos judeus (e não a todo grupo dos semitas) significando hostilidade, preconceito ou discriminação contra os judeus. O antissemitismo é uma forma de racismo. A historia do antissemitismo remonta ao mundo romano e estende-se por toda Idade Média e Moderna. São, porém, diversos os seus fatores e os efeitos que provocaram na comunidade judaica da Europa e do Oriente Médio neste tempo. Não existia, então, o termo antissemitismo. Ele foi criado no final do século XIX, na Alemanha, como uma alternativa com aparência mais científica para Judenhass (“aversão a judeus”), sendo utilizada amplamente desde então. Dessa maneira, o antissemitismo surge entre os nazistas, apoiado em teorias racistas da suposta superioridade da “raça ariana”. Culminou com as perseguições nazistas e com os campos de extermínio na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Não somente os nazistas realizaram ações antissemitas. Na União Soviética, durante o chamado Grande Expurgo, decretado por Stalin em 1936, foram assassinados milhões de soviéticos, entre eles, muitos judeus. A situação piorou após o pacto nazi-soviético de Não-Agressão de 1939, e continuou até o fim da Segunda Guerra Mundial. Contudo, em 1947, na ONU, Stalin apoiou a fundação do Estado de Israel. Nos Estados Unidos, ideias antissemitas foram propagadas pelo pioneiro fabricante de automóveis Henry Ford, simpatizante do nazismo alemão, em artigos no seu jornal The Dearborn Independent (publicado de 1919 a 1927) e reunidos mais tarde sob o título The International Jew.. Alguns políticos importantes compartilhavam tais ideias. Hitler elogiou Henry Ford no Mein Kampf e, em 1938, o condecorou com a Ordem de Mérito da Águia Alemã. 

6. O que é Sionismo e Sionista 

Sionismo é o movimento em defesa à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel. Sionista designa todos aquele que é fiel à ideologia do sionismo. O termo deriva do hebraico Sião, nome de uma colina de Jerusalém onde existiu uma fortaleza com o mesmo nome. O termo foi usado como sinônimo de terra prometida, ou terra de Israel. O sionismo ganhou força no final do século XIX, em especial entre os judeus da Europa Centro-Oriental (romenos, russos, poloneses e outros) e preconizava a imigração de judeus de diversos países para a Palestina onde seria criada a Nova Sião. A aspiração sionista começou a se tornar real depois das perseguições que os judeus da Rússia sofreram em 1882. Foram fundadas na Palestina (então sob domínio do Império Otomano) colônias judaicas em grande parte subvencionadas pelo banqueiro barão Edmond de Rothschild. Pela mesma época, o banqueiro barão Moritz von Hirsch fundou a Associação de Colonização Judaica (1891) e patrocinou a imigração judaica em larga escala para o Brasil e a Argentina onde criou colônias agrícolas e promoveu a educação judaica. O movimento sionista ganhou base teórica com o livro O Estado Judeu (Der Judenstaat), do jornalista Theodor Herzl, publicado em 1896. A obra tornou-se o livro-propaganda do sionismo que logo ganhou a solidariedade de várias personalidades. Herzl defendia que o problema do antissemitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem se reunir e se estabelecer num estado nacional independente. Logo após o primeiro congresso sionista, realizado em Basileia em 29 de agosto de 1897, foi criada a Organização Sionista Mundial, tendo Herzl como presidente. Em 1901, foi criado o Fundo Nacional Judaico para a compra de terras na Palestina. A partir de então foi crescente o número de judeus que migraram para a Palestina (que estava sob domínio do Império Otomano). As ideias sionistas não eram, a esse tempo, aceitas por todos os judeus; tampouco havia, no movimento, concordância em relação a elas. Os seus líderes, partidos e ideologias divergiam frequentemente uns dos outros. A ideia do retorno à “Terra Prometida” tinha forte apelo religioso, mas nem por isso convencia a maioria dos judeus. Vivendo há tantas gerações em diversos locais do mundo e com uma situação estabilizada, muitos não tinham interesse em deixar tudo para trás e recomeçar a vida na Palestina. Em 1917, o sionismo recebeu impulso decisivo com a Declaração Balfour (nome do ministro britânico das Relações Exteriores, Lord Balfour) através da qual a Grã-Bretanha manifestou-se favoravelmente à criação de um lar nacional judaico na Palestina sob mandato britânico. Em 1922, a Liga das Nações adotou a Declaração de Balfour e concedeu à Grã-Bretanha o Mandato da Palestina que determinava: O Mandato assegurará o estabelecimento do lar nacional judaico […] e o desenvolvimento de instituições autônomas, e também salvaguardará os direitos civis e religiosos de todos os habitantes da Palestina, independentemente da raça e da religião. Faltou, contudo, negociar com os árabes e palestinos que há séculos ocupavam aquelas terras e que foram contrários à migração judaica em massa para a região. O sionismo ganhou novo impulso a partir da década de 1930 com a implacável perseguição nazista aos judeus e os horrores do Holocausto na Segunda Guerra Mundial. A tragédia uniu grande parte dos judeus do mundo em torno do projeto sionista de migração para a Palestina. A criação do Estado de Israel, em 1948, deu ainda mais força ao movimento sionista. Mas também levantou protestos nas comunidades árabes em toda Palestina dando início a conflitos armados que ainda hoje ocorrem na região. 

7. O que é Antissionismo e Antissionista 


Mulheres árabes antissionistas segurando cartazes pró-Palestina em frente à embaixada israelense em Amã, 2021.

Mulheres árabes antissionistas segurando cartazes pró-Palestina em frente à embaixada israelense em Amã, 2021. Antissionismo é a oposição política, moral ou religiosa ao sionismo, isto é, ao direito de existência do Estado de Israel. O termo é usado em diferentes contextos para designar hostilidades que podem ser ao governo de Israel, à criação do Estado de Israel, ao seu caráter judaico, ao seu território, às políticas israelenses em relação aos palestinos, à política de colonização dos territórios palestinos ocupados etc. Os antissionistas condenam o sionismo por ter promovido a compra e ocupação de terras no Mandato Britânico da Palestina, com o objetivo de criar o Estado de Israel, que consideram artificial. Questionam a definição de Israel como Estado judeu. Os muçulmanos antissionistas consideram o Estado de Israel como uma intrusão no que a Sharia (leis religiosas islâmicas) considera como Dar al-Islam (a terra historicamente conquistada em nome do Islã). Insistem que o Estado de Israel é ilegítimo e se recusam a se referir a ele como “Israel”, usando em vez disso, a expressão “entidade sionista”. O antissionismo é também um componente importante da negação do Holocausto, teoria da conspiração antissemita que afirma que o Holocausto é uma invenção ou exagero. Os antissionistas negacionistas afirmam que os judeus cooperaram com os nazistas e que Israel beneficiou-se do que chamam “a grande mentira do Holocausto”. Não há qualquer comprovação documental que sustentem essas ideias.  

8. Quem é Israelense e Israelita 

Israelense é o cidadão do Estado de Israel, nascido ou habitante de Israel, independente da etnia ou filiação religiosa. O Estado de Israel compreende judeus (73% da população total), árabes (21%) em sua maior parte muçulmana, embora também existam árabes cristãos (1,5%), drusos e circassianos. Todos eles são cidadãos israelenses. Israelita se refere à religião judaica ou ao povo de Israel no sentido bíblico. Os israelitas formavam uma confederação de tribos, as Doze Tribos de Israel, de língua semítica, que habitava uma parte de Canaã. Os israelitas são a etnia da qual os judeus e os samaritanos modernos traçam a sua ancestralidade. 

10 perguntas sobre Judeu, Hebreu, Semita, Sionista etc. 

1. O que é semita? A palavra refere-se a um grupo étnico e linguístico de povos, entre os quais se destacam os árabes e judeus, e os antigos fenícios, hebreus, assírios, caldeus, sírios, acadianos, aramaicos e hicsos. A palavra é de origem bíblica, derivada de Sem, filho de Noé, de quem os semitas se dizem descendentes. 

2. Quem eram os hebreus? Os hebreus eram um antigo povo nômade, de origem semita que, segundo a Bíblia, viviam na cidade de Ur, uma pequena vila da Mesopotâmia. Dali migraram, no II Milênio a.C., conduzidos por Abraão, e se estabeleceram em Hebron, em Canaã. 

3. O que é hebraico? Hebraico é uma língua semítica, intimamente relacionada ao fenício, pertencente ao grupo cananeu que também contém as línguas aramaicas. A Bíblia original, a Torá, foi redigida em hebraico “clássico”. Os Manuscritos de Qumran, descobertos em cavernas localizadas ao norte do Mar Morto, também foram escritos, principalmente, em hebraico. 

4. Qual a diferença entre judeu, hebreu, israelita e israelense? Os quatro termos são, originalmente, adjetivos gentílicos, isto é, designam a região, cidade ou país de origem. Assim, hebreu era o habitante de Hebron; judeu, o habitante do reino de Judá; israelita, habitante do reino de Israel; israelense, o cidadão do Estado de Israel. 

5. Onde fica a cidade de Hebron? Hebron era uma cidade cananeia antes de ser conquistada pela tribo de Judá e se tornar o local de coroação e capital do Rei Davi. Nela estão enterrados vários patriarcas e matriarcas bíblicos no Túmulo dos Patriarcas. Hoje é uma cidade palestina da Cisjordânia, e considerada sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos. 

6. Quem é judeu? É aquele que professa o judaísmo, religião monoteísta, quer tenha nascido dentro ou fora de Israel, e que descente de mãe judia (de acordo com a lei judaica). Portanto, judeu pode ser tanto uma identidade religiosa quanto étnica e cultural. 

7. O que é antissemita e antissemitismo? Ambos os termos dizem respeito unicamente aos judeus (e não a todo grupo dos semitas). Antissemita é a pessoa que expressa ódio, discriminação ou preconceito contra judeus, à cultura judaica e aos praticantes do judaísmo. Antissemitismo, termo nascido na Alemanha nazista, é uma forma de racismo. 

8. O que é sionista e sionismo? Ambos os termos derivam de Sião, nome de uma das colinas de Jerusalém e usado como sinônimo de terra prometida, ou terra de Israel. No final do século XIX, o sionismo nasceu como um movimento em defesa da migração judia para a Palestina para construir um Estado para os judeus. Veja mais aqui. 

9. Qual a diferença entre antissemitismo e antissionismo? Antissemitismo significa preconceito contra o povo judeu e existe há séculos. Antissionismo é oposição à existência do Estado de Israel e ganhou força a partir de 1948 com a criação desse Estado. Há muita controvérsia no uso do conceito de antissionismo, muitas vezes utilizado para qualificar as críticas das políticas do governo israelense. 

10. Quem mora em Israel é judeu ou israelense? Quem mora em Israel é israelense, embora a maioria da população seja judia (cerca de 73%). Israel é definido como um Estado Judeu e Democrático e é o único Estado de maioria judaica do mundo. Além dos judeus, a população israelense é composta por uma minoria árabe significativa (cerca de 21%), principalmente de muçulmanos, mas também há árabes cristãos, drusos e circassianos, todos cidadãos israelenses.  Fonte AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário da História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto, 2005. Enciclopedia Britannica Digital.

Fonte: https://ensinarhistoria.com.br/qual-a-diferenca-entre-judeu-hebreu-sionista-israelita/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

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