DAS POLÊMICAS AO ATIVISMO: QUEM FOI BRIGITTE BARDOT, ÍCONE DO FEMININO E ESTRELA DO CINEMA QUE ATUOU EM 56 FILMES, REFERÊNCIA ABSOLUTA EM ESTILO A PARTIR DOS ANOS 60, MORREU AOS 91 ANOS NA FRANÇA
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Das polêmicas
ao ativismo: quem foi Brigitte Bardot, estrela do cinema que morreu aos 91 anos
na França
Nascida em Paris, ela formou-se em balé
clássico antes de ser descoberta pelo cinema; aos 15 anos, já estampava capas
de revistas como Elle, iniciando trajetória como modelo
Por O Globo — Paris
28/12/2025 07h06 Atualizado há 3
horas
Considerada um dos maiores ícones do cinema francês, Brigitte Bardot morreu aos 91 anos. A informação foi confirmada neste domingo pela fundação que leva seu nome, e a causa da morte não foi divulgada.
“Com imensa tristeza, a Fundação Brigitte Bardot anuncia a morte de sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora de renome mundial, que escolheu abandonar sua prestigiada carreira para dedicar sua vida e sua energia à defesa dos animais e à sua fundação”, diz o comunicado enviado à agência AFP.
Em outubro, Brigitte chegou a ser levada às pressas para um hospital em Toulon, no sul da França, após ser diagnosticada com uma “doença grave”. A estrela, considerada um dos maiores ícones do cinema francês, passou por uma cirurgia, teve alta e voltou para casa, mas voltou a ser hospitalizada em novembro.
Brigitte Bardot, lenda viva do cinema, é internada na França; atriz construiu mito entre o escândalo e a liberdade
Da bailarina parisiense ao mito de Saint-Tropez
Nascida em Paris, em 28 de setembro de 1934, Brigitte Anne-Marie Bardot formou-se em balé clássico no Conservatório Nacional de Música e Dança antes de ser descoberta pelo cinema. Aos 15 anos, já estampava capas de revistas como Elle, iniciando sua trajetória como modelo.
Ela estreou nas telonas em 1952, no filme A Garota do Biquíni, mas foi em 1956 que ganhou fama mundial com E Deus Criou a Mulher, dirigido por seu então marido, Roger Vadim. O longa, repleto de sensualidade e ousadia para a época, foi censurado em Hollywood — o que apenas aumentou sua popularidade.
Descrita como “a mulher que inventou Saint-Tropez”, Bardot transformou-se em um ícone da liberdade sexual feminina, desafiando padrões conservadores e provocando escândalos onde passava. Em 1957, padres em Nova York chegaram a pedir que fiéis boicotassem seus filmes, e o Vaticano a classificou como “má influência”. O resultado foi o oposto: as filas nos cinemas só cresceram.
— Lá está Brigitte, esticada de ponta a ponta da tela, de cabeça para baixo e nua como o globo ocular de um censor — ironizou um crítico da época.
Escândalos, paixões e independência
Durante sua carreira, Bardot atuou em mais de 45 filmes e gravou 70 músicas, tornando-se referência estética e cultural. Ela criou a “pose Bardot” — sentada, pernas cruzadas e olhar provocante — e popularizou o decote ombro a ombro, que até hoje leva seu nome.
A atriz teve quatro casamentos: com Roger Vadim (1952–1957), Jacques Charrier (1959–1962), Gunter Sachs (1966–1969) e Bernard d’Ormale, seu atual marido desde 1992. Com Charrier, teve seu único filho, Nicolas-Jacques, em 1960, mas manteve uma relação conturbada.
— Não fui feita para ser mãe — admitiu Bardot anos depois. — Adoro animais e crianças, mas nunca fui adulta o suficiente para cuidar de uma criança.
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Nicolas foi criado pela família paterna e só se reconciliou com a mãe décadas depois, em 1996. Apaixonada e impulsiva, Bardot também viveu romances com o cantor Sacha Distel e com o ator Warren Beatty. — Sempre busquei paixão — disse ela. — Quando ela acabava, eu fazia as malas.
Da fama ao ativismo — e às polêmicas
Bardot deixou o cinema em 1973, aos 39 anos, para dedicar-se à defesa dos animais. Em 1986, criou a Fundação Brigitte Bardot, que atua em resgate, proteção e campanhas de esterilização. Vegetariana convicta, chegou a doar mais de £ 90 mil (R$ 657 mil) para ajudar cães de rua em Bucareste e ameaçou se mudar para a Rússia após um zoológico francês negar tratamento a dois elefantes doentes.
Apesar da carreira humanitária, sua imagem se viu novamente cercada por polêmicas. Em 2004, foi condenada por incitação ao ódio racial em um livro, e seu apoio à extrema direita francesa, especialmente à candidata Marine Le Pen, reacendeu debates sobre sua figura pública.
— Bardot é Bardot — disse a escritora Marie-Dominique Lelièvre, amiga próxima. — Ela desafia qualquer definição.
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/12/28/das-polemicas-ao-ativismo-quem-foi-brigitte-bardot-estrela-do-cinema-que-morreu-aos-91-anos-na-franca.ghtml
Brigitte Bardot
não quis ser mãe e teve relação conturbada com o filho
Atriz morreu neste domingo (28), em
Saint-Tropez, aos 91 anos
Por O Globo — Rio de Janeiro
28/12/2025 09h22 Atualizado agora
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Brigitte Bardot em fotos marcantes
Nicolas nasceu em 11 de janeiro de 1960, fruto do casamento de Bardot com o ator Jacques Charrier. À época, ela estava no auge da fama, e declarou posteriormente que se sentiu pressionada a levar a gestação adiante, apesar de não querer ser mãe. Em entrevistas e em sua autobiografia, Bardot afirmou que a gravidez foi um período de sofrimento psicológico e que nunca conseguiu estabelecer um vínculo materno tradicional com o filho.
Após a separação do casal, em 1962, Jacques Charrier obteve a guarda de Nicolas, que foi criado longe dos holofotes, principalmente pelo pai e pela avó paterna. Bardot teve contato esporádico com o filho ao longo da infância, mas a relação permaneceu fria e distante. Nicolas cresceu fora do universo artístico, mudou-se ainda jovem para a Noruega e construiu uma vida longe da mídia.
O distanciamento ganhou maior repercussão pública quando Bardot passou a falar abertamente sobre o tema, afirmando que nunca se arrependeu de não ter exercido plenamente a maternidade. As declarações provocaram forte reação na França, tanto de críticas quanto de apoio, especialmente entre mulheres que viam na atriz uma figura que ousou questionar o mito da maternidade obrigatória.
Até a morte da atriz, a relação dela com o filho seguiu discreta. Nicolas Charrier tem 65 anos e segue morando na Noruega. Ele tem duas filhas, Thea, de 35, e Anna Charrier, de 39.
Fonte:https://oglobo.globo.com/c ultura/noticia/2025/12/28/brigitte-bardot-teve-relacao-conturbada-com-o-filho-entenda.ghtml?
Brigitte
Bardot em cinco filmes
Atriz francesa atuou em 56 filmes
Por AFP
28/12/2025 08h42 Atualizado há 5
horas
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De "E Deus Criou a Mulher", que a catapultou para o estrelato em 1956, passando por "A Boneca e o Bruto" e "Colinot, o Sedutor", seu último filme em 1973, a atriz francesa Brigitte Bardot atuou em 56 filmes. Estes são alguns de seus papéis mais conhecidos:
"E Deus Criou a Mulher" (1956)
"A história de uma garota de seu tempo que deixou para trás tabus sociais e sentimentos de culpa, e que tem uma sexualidade plena e livre", explicou o diretor do filme, Roger Vadim, que era marido de Bardot na época.
Filmado na hoje exclusiva cidade turística francesa de Saint-Tropez, este drama (restrito a menores de 16 anos em seu lançamento) recebeu uma recepção morna da crítica e entrou em conflito com a mídia conservadora.
No entanto, foi um sucesso nos Estados Unidos e marcou o início da "Bardotmania", que transformou essa jovem (de 22 anos) em um símbolo sexual internacional.
Durante as filmagens, Bardot iniciou um relacionamento com seu colega de elenco, Jean-Louis Trintignant. A atriz e Vadim se divorciaram em 1957.
"A Verdade" (1960)
Uma jovem sedutora é acusada de assassinar seu ex-amante. O julgamento permite a reconstrução do relacionamento entre a vítima e a jovem.
Neste drama, Bardot desenvolve uma nova faceta de sua atuação. Além disso, durante as filmagens, ela iniciou um relacionamento com o ator Sami Frey.
As filmagens foram complicadas e o diretor, Henri-Georges Clouzot, difícil. Bardot lembraria mais tarde que "parecia que seu próprio julgamento estava acontecendo", como se sua "má reputação" e "libertinagem" estivessem sendo julgadas.
O filme seria, no entanto, nas palavras da própria atriz, "a obra-prima de sua carreira". Indicado ao Oscar, atraiu cinco milhões de espectadores na França.
Assim como sua personagem no filme, Bardot tentou suicídio ao final das filmagens.
"O Desprezo" (1963)
Um roteirista e sua esposa aparentam ser um casal muito unido. Mas um incidente aparentemente inofensivo com um produtor levará... Uma jovem mulher a desprezar o marido.
Bardot contracena com Michel Piccoli neste clássico cult de Jean-Luc Godard, filmado na Itália (Roma e Capri), na fabulosa vila do escritor Curzio Malaparte.
Após uma primeira exibição, os produtores exigiram mais cenas de nudez com a atriz. Isso levou à icônica cena em que a personagem de Bardot pergunta ao marido: "Você acha minha bunda bonita?".
Este papel permanece um dos mais famosos de sua carreira. Em termos de público (235.000), o filme foi um sucesso para Godard, mas um fracasso em comparação com as produções anteriores de Bardot.
"Viva Maria!" (1965)
Na América Central, duas cantoras de music hall se apaixonam pelo mesmo homem, um revolucionário. Louis Malle dirige esta paródia de faroeste estrelada por Jeanne Moreau e Brigitte Bardot, que se respeitam mutuamente, mas são rivais profissionais.
No início das filmagens, no México, Moreau comanda os primeiros flashes das câmeras e fala com a imprensa. Bardot, pressionada por seu agente, parte para o ataque e responde às perguntas dos repórteres, vencendo, por fim, a batalha midiática.
O filme recebeu críticas mistas, mas atraiu 3,5 milhões de espectadores na França.
"A Boneca e o Bruto" (1969)
Um violoncelista míope e mal-humorado (Jean-Pierre Cassel) conhece Felicia (Bardot), uma mulher bela, caprichosa e elitista, quando seu Citroën bate na traseira de seu Rolls-Royce. A personagem de Bardot tenta seduzir o músico, que permanece indiferente às suas investidas.
O cineasta Michel Deville cria uma comédia encantadora com nuances abertamente feministas em torno de dois personagens que não têm nada em comum. Bardot, buscando relançar sua carreira, incorpora esse papel com grande personalidade.
"A Boneca e o Bruto" é, de certa forma, o "E Deus Criou a Mulher" de sua época. 1970. "Deville soube como me reconstruir", disse a atriz. O filme atraiu 1,6 milhão de espectadores.
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/12/28/brigitte-bardot-em-cinco-filmes.ghtml
Brigitte Bardot: relembre entrevista da atriz francesa à Rita Lee, em 2018: 'A morte é monstruosa'
Morta aos 91 anos, ícone do cinema foi capa de ELA e falou também sobre ativismo animal
Por
O GLOBO
— Rio de Janeiro
28/12/2025 10h47 Atualizado agora
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A atriz Brigitte Bardot, que morreu na França aos 91 anos, neste domingo (28), foi capa da Revista ELA em 2018, entrevistada por Rita Lee (1947-2023). Ambas foram ferrenhas ativistas dos animais, e conversaram sobre o assunto. A musa do cinema francês também falou o que pensa sobre a morte: "A morte me dá medo porque ela é monstruosa, e eu só gosto do que é belo".
Na época, Bardot havia lançado recentemente o livro "Lágrimas de combate" (Globo Livros), em que conta como canaliza sua fama para ajudar os animais. "Todas as batalhas são difíceis. Não há hierarquia para a dor dos animais. Mas o que ficará marcado para sempre como o mais inesquecível é o combate contra o massacre das focas, que foi uma vitória conquistada depois de 30 anos de espera", declarou.
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Rita Lee: Você conta um pouco da sua rotina diária no livro. Diz que entende de bichos mais do que o seu veterinário! Como explica sua ligação com eles?
Brigitte Bardot: É o mistério que existe entre a mãe e seus filhos.
RL: O cinema foi para você o que a música foi para mim: andar sempre à beira do abismo?
BB: O cinema foi uma ajuda formidável para me tornar a celebridade que hoje eu coloco a serviço dos animais. Quando fazia cinema, me dedicava profundamente a ele, assim como a tudo que realizei, a fim de ser a melhor e vencer no que me propus a fazer.
RL: Por que nunca topou fazer filmes em Hollywood?
BB: Porque isso nunca me agradou.
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RL: Você se mantém linda e digna sem recorrer a procedimentos estéticos. quando percebeu que esse seria seu caminho?
BB: Eu sou uma mulher natural, aceito o que a natureza e o tempo me impõem.
RL: Como entende Deus através dos animais?
BB: Cada um de nós imagina Deus de uma maneira diferente: será que Ele existe? Será que Ele não existe? Mas, no meu imaginário, penso que Ele deu aos animais tudo que falta ao ser humano: uma beleza natural, uma coragem exemplar, uma dignidade extraordinária diante da morte, uma necessidade de sobreviver ao dia a dia sem fazer disso um comércio, uma fidelidade sem igual ao seu rebanho, a seus congêneres, sem precisar dividir suas terras e seus pertences. Além disso, eles são dotados de uma sabedoria diante das condições inumanas às quais nós os submetemos sem cessar.
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RL: No livro, você cita São Francisco, Virgem Maria (adoraria ver sua capelinha na propriedade de La Garrigue!) e Santa Brigitte... como é sua espiritualidade? faz algum ritual? acredita que o espírito continua depois da morte?
BB: Nutro um amor verdadeiro por aquela que chamo de “minha Pequena Virgem”. Mandei construir para Ela uma pequena capela à qual recorro quando preciso me recolher, acompanhada de meus cachorros, de meus gatos e de todos aqueles que querem me seguir. Um porquinho me acompanhou outro dia. É um lugar selvagem e próximo do mar: deixo meu pensamento voar, medito à minha maneira, permito-me ser invadida pela calma, pelo odor selvagem, pelos sons do mar. Eu me reabasteço, então, da coragem que às vezes me falta. A morte me dá medo porque ela é monstruosa, e eu só gosto do que é belo.
RL: O que acha de zoológicos?
BB: Os zoológicos são prisões para inocentes. Um universo carcerário frequentemente insalubre e estreito que leva os animais à loucura, privados de espaço e de companhias.
RL: Como gostaria de ser lembrada, além de a deusa mais sexy do planeta?
BB: A fada dos animais.
Fonte:https://oglobo.globo.com/ela/gente/noticia/2025/12/28/brigitte-bardot-relembre-entrevista-da-atriz-francesa-a-rita-lee-em-2018-a-morte-e-monstruosa.ghtml?
Última aparição
de Brigitte Bardot foi em entrevista rara em casa, sete meses antes da morte
Atriz morreu aos 91 anos, após anos
longe dos holofotes
Por O Globo — Paris
28/12/2025 08h32 Atualizado há 5
horas
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A morte de Brigitte Bardot, neste domingo, encerrou simbolicamente o ano de 2025 com a despedida de uma das maiores figuras do cinema mundial. A atriz tinha 91 anos e estava afastada da vida pública havia décadas. Sua última aparição ocorreu sete meses antes, em uma entrevista rara concedida em casa, no sul da França.
Bardot viveu seus últimos anos conforme desejava: longe dos holofotes, dedicada integralmente aos animais. Reclusa entre La Madrague, sua casa em Saint-Tropez, e a região da Garrigue, ela só abriu uma exceção no dia 12 de maio, quando aceitou receber a equipe da BFMTV para um raro depoimento em vídeo — o primeiro em 11 anos.
A entrevista foi concedida exclusivamente em nome de sua militância em defesa dos direitos dos animais, em especial contra a chasse à courre, modalidade tradicional de caça na França, que Bardot classificava como “completamente obsoleta”.
— Conduzo uma luta que merece um pouco de mim mesma. E, neste caso, o melhor de mim é me mostrar — afirmou a ex-atriz, afastada das telas havia mais de meio século.
Na ocasião, Bardot também revelou ter enviado cartas formais ao presidente Emmanuel Macron, ao então primeiro-ministro François Bayrou e a parlamentares, pedindo o fim da prática. O apelo foi acompanhado de um gesto irônico: um aparelho auditivo, com a mensagem de que a Fundação Brigitte Bardot oferecia “o meio para que suas reivindicações fossem ouvidas”.
Durante a entrevista, Bardot falou ainda sobre o isolamento imposto pela fama, vivido como escolha, mas também como prisão.
— Sou prisioneira de mim mesma. Nunca pude ir a um bar tomar um café. As pessoas me reconheciam. Não posso escapar, não posso escapar de mim — lamentou.
Mesmo afastada do show business, ela seguia atenta aos debates públicos. Sobre o feminismo contemporâneo, manteve o tom provocador que marcou sua trajetória: disse que o movimento “não era sua praia” e acrescentou que sempre gostou de homens, citando seus casamentos com Roger Vadim, Jacques Charrier e Gunter Sachs, além da união atual com Bernard d’Ormale.
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/12/28/ultima-aparicao-de-brigitte-bardot-foi-em-entrevista-rara-em-casa-sete-meses-antes-da-morte.ghtml?
Brigitte
Bardot: meses antes da morte, atriz lançou livro com reflexões e defendeu
direita como 'remédio para a agonia da França'
Atriz francesa misturou memórias,
opiniões e críticas em 'Mon BBcédaire'
Por O Globo e AFP —
Paris
28/12/2025 07h48 Atualizado há 4
horas
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Da letra A, de “abandono”, até o Z, de “zoológico”, a artista percorreu conceitos e memórias.
Em seus escritos, declarou amor a Jean-Paul Belmondo, a quem chamava de “cara formidável, ator genial, engraçado e corajoso”, e afirmou que Alain Delon “carregava em si o melhor e o pior”. Sobre Marcello Mastroianni, avaliou que, apesar de “encantador”, era “um bom ator sem gênio nem uma autêntica personalidade inesquecível”.
O erotismo, que marcou sua carreira desde o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), foi definido por Bardot como “jogos de amor onde tudo é permitido com imaginação, confusa perversidade e malícia amorosa”.
Alain Delon: confira trajetória do ícone do cinema que morreu aos 88 anos
Entre os lugares citados, está Saint-Tropez, onde comprou a casa “La Madrague”. A atriz lamentou, no entanto, a transformação do balneário: “lindo pequeno vilarejo de pescadores” que teria se tornado “uma cidade de milionários onde já não resta nada de seu encanto”.
Defensora dos animais e voz polêmica na política francesa, Bardot descreveu a França atual como “sombria, triste, submissa, doente, danificada, devastada, ordinária, vulgar...”. Para ela, a direita era o “único remédio urgentíssimo para a agonia” do país — posição alinhada à sua conhecida proximidade com Marine Le Pen.
Reclusa da imprensa há décadas, Bardot já havia publicado, em 1996, suas memórias, "Iniciais BB".
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/12/28/brigitte-bardot-meses-antes-da-morte-atriz-lancou-livro-com-opinioes-e-defendeu-direita-como-remedio-para-a-agonia-da-franca.ghtml
Brigitte
Bardot: veja 6 marcas do estilo que fez atriz quebrar padrões e redefinir a
feminilidade ao longo das décadas
Atriz francesa teve a morte anunciada
neste domingo pela fundação que leva seu nome; causa não foi divulgada
Por O Globo e AFP —
Paris
28/12/2025 08h38 Atualizado há 5
horas
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Ícone do cinema europeu e referência absoluta de estilo a partir dos anos 1960, a atriz francesa Brigitte Bardot morreu aos 91 anos. A morte foi anunciada neste domingo, dia 28 de dezembro, pela fundação que leva o seu nome. A causa, no entanto, não foi divulgada.
Bardot influenciou gerações ao traduzir, em roupas e atitudes, a imagem da mulher francesa livre, sensual e descontraída. Desde sua irrupção nas telas de cinema, seu visual inspirou tendências que atravessaram décadas — das sapatilhas de bailarina às blusas listradas de marinheiro — e consolidou códigos de moda associados até hoje ao seu nome.
Veja seis marcas do estilo que fez a atriz quebrar padrões e redefinir a feminilidade ao longo das décadas:
Sapatilhas
Bardot, bailarina clássica antes de se tornar atriz, estava habituada às sapatilhas de balé da Repetto. Em 1956, pediu à marca que lhe produzisse modelos igualmente leves e confortáveis, porém mais valorizadores e sensuais.
As sapatilhas Cinderela, em vermelho-carmim, tornaram-se peça-chave do figurino de “E Deus Criou a Mulher”, de Roger Vadim. Desde então, o modelo se transformou em um dos maiores sucessos da marca, disponível em diversas cores e materiais. Bardot costumava combiná-las com saias midi amplas ou calças justas.
Estampa vichy
Na década de 1960, o branco dominava os casamentos. Bardot rompeu com a tradição. Em 1959, disse “sim” ao ator Jacques Charrier usando um vestido rosa com estampa vichy (xadrez), mangas três quartos adornadas com bordados ingleses e uma volumosa cabeleira loira, sem acessórios. Até então, a estampa vichy era associada a panos de prato ou potes de geleia na França.
“Desenhei um vestido que me lembrava as pastorinhas do século XVIII”, explica o criador do vestido, Jacques Esterel, do qual foram vendidos milhões de exemplares em todo o mundo. Décadas depois, o mito seguiu vivo: em 2010, a casa francesa de artigos de couro de luxo Lancel lançou uma linha de bolsas “BB” forrada com vichy rosa.
Marinheira
Coco Chanel foi responsável por transformar a camiseta listrada de marinheiro — originalmente militar e masculina — em peça feminina. Coube a Bardot, porém, dar projeção mundial ao modelo.
O cineasta Jean-Luc Godard vestiu a atriz com a blusa em “O Desprezo”, de 1963, usada com uma larga fita no cabelo, que se tornaria outra de suas marcas registradas.
Ombros à mostra
O chamado decote Bardot ganhou o nome da atriz. Inspirado em seu estilo, deixa os ombros e a parte superior do busto à mostra, por vezes em formato de coração, reforçando uma sensualidade direta e sem artifícios.
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Western
No fim dos anos 1960, Bardot apareceu com um microvestido de couro e botas até as coxas, figurino criado por Roger Vivier. Na década seguinte, tornou-se entusiasta do estilo Cavalli, marcado pela mistura de jeans e couro e por estampas de animais.
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Cabelo volumoso, olhos felinos
Soltos e desalinhados, presos em coque ou em tranças, os cabelos volumosos de Bardot foram fonte constante de inspiração. Em algumas ocasiões, ela os prendia com lenços para realçar o olhar. A atriz também ajudou a popularizar a maquiagem de olhos esfumados, marcada pelo delineador, criando o efeito que se consagraria como “olhos de gata”. Mais do que uma estrela do cinema, Brigitte Bardot construiu um legado estético que ultrapassou as telas e ajudou a moldar a cultura visual do século XX.
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Brigitte
Bardot: meses antes da morte, atriz lançou livro com reflexões e defendeu
direita como 'remédio para a agonia da França'
Atriz francesa misturou memórias,
opiniões e críticas em 'Mon BBcédaire'
Por O Globo e AFP —
Paris
28/12/2025 07h48 Atualizado há 4
horas
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“A liberdade é ser a si mesmo, mesmo quando incomoda”, proclama Brigitte Bardot no prólogo de "Mon BBcédaire", obra em que expõe, com estilo incisivo, sua visão de mundo por meio de definições escritas à mão. O título é um jogo de palavras entre o termo “abecedário” e as iniciais da atriz, que morreu aos 91 anos.
Nas páginas, Bardot registrou lembranças, nomes de personalidades e lugares que marcaram sua trajetória. Segundo a editora Fayard, responsável pelo lançamento na França em setembro, o livro é “uma imersão na personalidade de uma mulher que marcou sua época por sua independência, seu engajamento e sua ousadia”.
Da letra A, de “abandono”, até o Z, de “zoológico”, a artista percorreu conceitos e memórias.
Em seus escritos, declarou amor a Jean-Paul Belmondo, a quem chamava de “cara formidável, ator genial, engraçado e corajoso”, e afirmou que Alain Delon “carregava em si o melhor e o pior”. Sobre Marcello Mastroianni, avaliou que, apesar de “encantador”, era “um bom ator sem gênio nem uma autêntica personalidade inesquecível”.
O erotismo, que marcou sua carreira desde o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), foi definido por Bardot como “jogos de amor onde tudo é permitido com imaginação, confusa perversidade e malícia amorosa”.
Alain Delon: confira trajetória do ícone do cinema que morreu aos 88 anos
Entre os lugares citados, está Saint-Tropez, onde comprou a casa “La Madrague”. A atriz lamentou, no entanto, a transformação do balneário: “lindo pequeno vilarejo de pescadores” que teria se tornado “uma cidade de milionários onde já não resta nada de seu encanto”.
Defensora dos animais e voz polêmica na política francesa, Bardot descreveu a França atual como “sombria, triste, submissa, doente, danificada, devastada, ordinária, vulgar...”. Para ela, a direita era o “único remédio urgentíssimo para a agonia” do país — posição alinhada à sua conhecida proximidade com Marine Le Pen.
Reclusa da imprensa há décadas, Bardot já havia publicado, em 1996, suas memórias, "Iniciais BB".
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/12/28/brigitte-bardot-meses-antes-da-morte-atriz-lancou-livro-com-opinioes-e-defendeu-direita-como-remedio-para-a-agonia-da-franca.ghtml
Brigitte Bardot: relembre a carreira da atriz em FOTOS
Ícone do cinema e ativista dos direitos dos animais morreu neste domingo (28), aos 91 anos.
Por Redação g1 — São Paulo
28/12/2025 07h35 Atualizado há 6 horas
Brigitte Bardot, atriz francesa e ícone do cinema
mundial, morreu neste domingo (28), aos
91 anos.
Também conhecida pelo ativismo em defesa dos
direitos dos animais, ela nasceu em Paris, em 28 de setembro de 1934.
A atuação em E Deus Criou a Mulher (1956), dirigido
por seu então marido Roger Vadim, a projetou como símbolo de sensualidade e
liberdade e influenciou a cultura pop dos anos 1960.
Brigitte Bardot em foto sem data — Foto: Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964 — Foto: Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Brigitte Bardot marcou era no cinema mundial e se tornou um símbolo de beleza — Foto: AP Photo/File
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Brigitte Bardot em foto de setembro de 2017 após encontro com presidente francês Emmanuel Macron — Foto: Eric Feferberg / AFP
A atriz também era ativista pela causa animal — Foto: REUTERS/Charles Platiau/Foto de Arquivo
A atriz francesa Brigitte Bardot em manifestação de ativistas pelos direitos dos animais em frente ao prédio do Conselho Europeu em Bruxelas — Foto: Reuters
A atriz francesa Brigitte Bardot é fotografada no set do filme "Se Don Juan Fosse Mulher", dirigido por Roger Vadim, em Estocolmo, em 4 de agosto de 1972 — Foto: AFP
Brigitte Bardot (à esquerda) e o ecologista suíço Franz Weber preparam uma campanha contra a caça às focas em Paris, em 3 de março de 1977. — Foto: AFP
Brigitte Bardot concede uma entrevista coletiva em dezembro de 1965 em Hollywood para o filme "Viva Maria!", dirigido por Louis Malle (ao fundo). — Foto: AFP
Brigitte Bardot durante as filmagens de "La verité", dirigido por G.H. Clouzot, em 23 de agosto de 1960, em Paris. — Foto: AFP
Brigitte Bardot posa com um papagaio durante a 9ª edição do Festival de Cinema de Cannes, em 25 de abril de 1956. — Foto: AFP
Brigitte Bardot retoca a maquiagem no set de "Amar é Minha Profissão", dirigido por Claude Autant-Lara, em Paris, em 2 de fevereiro de 1958. — Foto: AFP
Brigitte Bardot circula entre jovens da Força Aérea Real Britânica (RAF) durante as filmagens de "Babette Vai à Guerra", em 1959, na base aérea de Abingdon. — Foto: AFP
Brigitte Bardot e o humorista americano Danny Kaye em estúdio (1959) — Foto: AFP
Brigitte Bardot em Londres (1968) — Foto: AFP
Brigitte Bardot posa para fotógrafos em abril de 1959, em Londres — Foto: AFP
Brigitte Bardot e o ator Jacques Charrier no set de "Babette Vai à Guerra", dirigido por Christian-Jacques, nos Estúdios Saint-Maurice, em 6 de março de 1959. — Foto: AFP
Brigitte Bardot participa da exposição internacional de felinos em Saint-Tropez, no sul da França, em 4 de junho de 1977 — Foto: AFP
Brigitte Bardot posa durante a 6ª edição do Festival de Cinema de Cannes, de 15 a 29 de abril de 1953. — Foto: AFP
Atriz Brigitte Bardot abandonou carreira de atriz para se dedicar à defesa dos animais — Foto: Reuters/File photo
Brigitte Bardot em um canil em Nice (sul da França), segurando um dos 143 filhotes apreendidos por agentes alfandegários em uma van húngara, em 28 de dezembro de 2005. — Foto: AFP
Brigitte Bardot — Foto: Remy de la Mauviniere/AP
Fonte:https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2025/12/28/brigitte-bardot-relembre-a-carreira-da-atriz-em-fotos.ghtml
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