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'Ouro de Hitler': caçadora diz estar perto de achar tesouro nazista perdido na Alemanha; entenda
Mistério persiste desde 1945 e atrai investigadores em meio a rumores de contrabando e desaparecimentos
Por O Globo — São Paulo
26/10/2025 08h16 Atualizado há uma semana
Nos dias finais do Terceiro Reich, a Alemanha vivia um colapso acelerado, mas o ouro saqueado pelo regime nazista precisava sobreviver. Ainda que derrotados, os nazistas tentaram salvar seu último símbolo de poder: toneladas em barras e moedas, enviadas às pressas para as montanhas da Baviera, na Alemanha, para fugir das mãos dos Aliados.
Avaliado hoje em bilhões de dólares, o tesouro incluía barras de ouro, moedas e altas quantias em diferentes moedas estrangeiras. Parte dele teria sido enterrada perto do Walchensee, um lago alpino, onde só fragmentos vieram a público depois da guerra. A história é reconstruída no livro Nazi Gold, dos historiadores Ian Sayer e Douglas Botting.
Uma operação secreta nas montanhas
Em abril de 1945, mais de 93% do ouro do Reich já havia sido apreendido pelos Aliados na mina de Merkers, na Turíngia. Com Berlim sob cerco total, Adolf Hitler autorizou que o restante fosse contrabandeado rumo ao sul. Caminhões e trens cruzaram a Alemanha em ruínas até Munique — onde, segundo Sayer, os oficiais “não tinham mais contato com ninguém” e já não sabiam que ordens seguir.
O carregamento acabou levado a um centro de treinamento em Mittenwald, próximo da Áustria, e depois transferido para Einsiedl, às margens do Walchensee. Lá, treze toneladas de ouro e valores teriam sido empilhadas em um campo militar que hoje funciona como alojamento juvenil, à espera de novos comandos.
Na noite de 26 de abril, o tesouro foi dividido em lotes e escondido na região montanhosa de Steinriegl. Dias depois, em meio ao pânico, os locais dos buracos foram alterados, tornando o mapa da riqueza ainda mais enigmático. Tropas americanas recuperaram apenas parte do saque — e os registros nunca bateram sobre o total original.
O próprio Sayer admite que quantias significativas “escaparam pelos dedos dos Aliados”. Ele menciona rumores de milhões de dólares contrabandeados para a Suíça, além de relatos de moradores de Garmisch-Partenkirchen que, após a guerra, passaram a desfilar com carros Porsche e BMW novos, sem explicação aparente.
A alemã Cornelia Ostler, 40 anos, acredita que o restante continua enterrado na Baviera. “A história é cheia de lacunas, e é isso que estou tentando explorar”, disse ao The Sun. A busca, segundo ela, começou com seu pai, Reinhold Ostler, também caçador de tesouros: “Quando estou procurando, me sinto muito próxima dele”. Uma pista recente é um distintivo nazista datado de 1934 encontrado na região.
O historiador, que chegou a recuperar duas barras desaparecidas na década de 1990, considera plausível que esconderijos permaneçam intactos. “Se alguém morre, é preso ou simplesmente esquece o local, o ouro continua ali”, afirmou. Cornelia aposta que está mais perto do que qualquer um imagina.
Inventário estimado do tesouro de Hitler
(Conforme descrito em Nazi Gold)
- 364 sacos de ouro, com duas barras em cada (728 barras)
- 4 caixas adicionais contendo barras de ouro
- 25 caixas de barras de ouro, cada uma com 50 kg (4 barras por caixa)
- 2 sacos de moedas de ouro
- 6 caixas possivelmente com moedas dinamarquesas
- 11 caixas com conteúdo supostamente em ouro, pesando 150 kg
- 20 caixas herméticas, acreditadas com moedas de ouro
- 89 sacos de moeda estrangeira, incluindo:
- — 2.430.000 dólares americanos
- — 230.500 libras esterlinas
- — 2.000.000 de francos franceses
- — 500.000 francos suíços
- — 1.000.000 de florins holandeses
- — 2.340.000 coroas norueguesas
- — 45.000 coroas suecas
- — 1.000.000 de liras italianas
- — 69.000 escudos portugueses
- — 40.000 libras egípcias
- — 226.650 libras turcas
- — 1.700 libras palestinas
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