MEDICINA DA FLORESTA DA AMAZÔNIA: PESQUISADOR USA HÁ 4 DÉCADAS UXI AMARELO, UNHA DE GATO, MARAPUAMA E OUTRAS PLANTAS PARA TRATAR COM MUITO SUCESSO CISTOS NOS OVÁRIOS, ENDOMETRIOSE, MIOMAS ENTRE OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE
Juan Revilla é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) — Foto: Luciete Pedrosa/Ascom Inpa
Medicina da floresta: pesquisador usa uxi amarelo, unha de gato, marapuama e outras plantas para tratamentos no Amazonas
Pesquisador do Inpa realiza pesquisas há quatro décadas sobre o uso de plantas tradicionais em tratamentos contra cistos nos ovários, endometriose e miomas, entre outros.
Por Eliana Nascimento, G1 AM
Foi por meio dos relatos dos avós ainda na infância que o pesquisador e doutor em Botânica Econômica Juan Revilla, de 71 anos, começou a se interessar em estudar as plantas medicinais. O peruano hoje desenvolve seu trabalho na Amazônia Brasileira, onde veio estudar e tratar pacientes há mais de quatro décadas .
Juan Revilla é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde trabalha há 43 anos. Ao G1, o pesquisador explicou que concentra seus estudos nas plantas nativas já usadas popularmente por moradores da Região Amazônica, como uxi amarelo, unha de Gato, marapuama, entre outras.
Revilla explica, por exemplo, que pesquisa sobre problemas de cistos nos ovários, miomas, nódulos nos seios e endometriose com tratamentos a partir do uso dessas ervas.
Atualmente, o doutor se divide entre duas cidades para realizar pesquisas. Em Manaus, ele atua no Instituto de Medicina Tradicional e, sempre que pode, viaja ao município de Manaquiri, onde também trabalha com plantas medicinais.
Revilla explicou que a primeira frente de sua pesquisa é sobre o levantamento das informações das plantas medicinais da Amazônia. A segunda é a orientação no uso de plantas medicinais pela população.
"Muita gente pensa que o trabalho com plantas medicinais era apenas feito por curiosos, por amantes da natureza, mas não. Hoje em dia, no Brasil, no Peru e no mundo, há pesquisadores, doutores na área de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Existe um rol de conhecimentos e publicações que justificam a eficácia das plantas medicinais", contou.
O pesquisador comentou que a Amazônia brasileira possui inúmeras plantas que curam e que poderiam ser vendidas para o mundo, mas apenas se conhece o uso de poucas.
"Para nós, é gratificante saber que as plantas da nossa Amazônia podem ajudar a tratar doenças que a medicina ainda não consegue resolver. Um exemplo: miomas, endometriose, alterações de hormônios em geral. Não existem medicamentos consistentes que possam revolver isso, mas a natureza nos mostra que há um caminho"
Pesquisador Juan Revilla em Manaquiri antes da pandemia — Foto: Ascom/INPA
Plantas medicinais da região amazônica
Uxi Amarelo: Originada da Amazônia brasileira, possui efeitos anti-inflamatório, antioxidante, diurético e estimulante imunológico. O pesquisador explicou que costuma se vender em forma de casca (retiradas de troncos de árvores). A planta é usada no tratamento de vários problemas de saúde, como no tratamento de miomas; cistos no ovário ou no útero; combate a infecções urinárias; promove a regulação do ciclo menstrual causada pela Síndrome dos Ovário Policísticos, também ajuda no tratamento endometriose.
Uxi Amarelo se mostra eficaz no tratamento de vários problemas de saúde — Foto: Ricardo Oliveira/Fapeam
"O Uxi Amarelo corrige os estudos hormonais. Hoje se conhece toda a química dessa planta e sabemos quais os princípios ativos que fazem esse trabalho. Para a indústria farmacêutica, é um fracasso, a dificuldade de fazer sínteses desses compostos. É interessante o extrato seco de Uxi Amarelo. O extrato seco não é a casca moída, é o chá sem água. E que pode se transformar em comprimidos", explicou Revilla.
Unha de Gato: Encontrada principalmente na Floresta Amazônica e em outras regiões da América do Sul, começou a ser usada pelos indígenas de forma medicinal para tratamentos inflamatórios e degenerativos. É uma planta que tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"A Unha de Gato tem um histórico mundial fantástico. É uma planta que corre na Amazônia Brasileira e nós temos uma quantidade imensa desse produto que precisa ser mapeado e ser estudado no campo para ver a dimensão da produção da unha de gato e poder transformar em medicamento. É também outra planta que estamos trabalhando aqui para transformá-la em comprimidos", contou o pesquisador.
Marapuama: Planta medicinal originada na Amazônia. Serve para melhorar a circulação sanguínea, tratar a anemia e disfunções sexuais. "É outra planta que considero muito importante, assim como o Mirantã, a Marapuama trabalha com o sistema nervoso. Essas plantas, nós estamos trabalhando alguns anos, e hoje nós sabemos de alguns componentes químicos", explicou o pesquisador.
Clínica de campo para o tratamento de doenças crônicas
Pesquisador Juan Revilla em campo botânico em Manaquiri, antes da pandemia — Foto: Ascom Inpa
Com a pandemia, Revilla disse que teve a oportunidade de se dedicar muito mais ao campo, em Manaquiri, no interior do Amazonas. Com recursos próprios e colaboração de outras pessoas, ele conseguiu mais recursos para sustentar colaboradores, que atualmente conta com 15.
Segundo Revilla, os colaboradores preparam os ambientes físicos e paisagísticos do projeto da construção de uma clínica em Manaquiri que conta com três pontos importantes:
- "O primeiro é o laboratório para a fabricação dos medicamentos, quase concluída esperando alguns equipamentos";
- "O segundo é o jardim botânico de plantas de valor econômico, chamada Botânica Econômica Garden. Esse Jardim Botânico tenta mostrar aqui essas plantas com potencial econômico. Hoje nós estamos com mais 1600 plantas já instalada em nosso jardim";
- "O terceiro é o trabalho de atendimento. Nós estamos montando uma clínica de campo para o tratamento de doenças crônicas que pode ser inaugurado no fim do ano.
Falta de financiamento
O pesquisador reclamou da falta de financiamento para desenvolver seu trabalho. Para ele, atualmente, a contribuição das plantas medicinais para a saúde é de grande valia, mas lamentavelmente, a população não sabe muito sobre o Inpa, o instituto de pesquisa em que trabalha.
"Não recebemos recursos para realmente fazer a pesquisa e a transformação. Eu como botânico, eu fiz meu trabalho publicando sobre plantas amazônicas. Mas não adianta deixar esse livro na prateleira e não transformar isso em medicamentos que poderiam servir para nossa população local, para o Brasil e para o mundo", disse.
Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/05/29/medicina-da-floresta-pesquisador-usa-uxi-amarelo-unha-de-gato-marapuama-e-outras-plantas-para-tratamentos-no-am.ghtml
Estudo mostra
como fitoterápico pode reduzir lesões por endometriose
28/03/2011
Uma planta típica da América Central e do Sul pode
ser uma forte aliada no tratamento da endometriose – doença caracterizada
pela penetração do tecido endometrial, aquele que escama e é liberado na
menstruação, em órgãos como os ovários, na parede abdominal, nas tubas
uterinas, na bexiga, no reto e até entre as vísceras. Uma pesquisa da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Laboratório de Cirurgia
Experimental da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com ratas sofrendo de
endometriose induzida revela como um fitoterápico feito com unha-de-gato –
uma espécie de trepadeira muito comum na Floresta Amazônica – diminuiu em
60% as lesões causadas pela doença. Devido ao ótimo resultado, o próximo passo
do estudo é avaliar a eficácia da erva em humanas. Com a comprovação positiva,
mulheres com a doença poderão comemorar, uma vez que o tratamento atual
consiste em suspender a menstruação, o que acarreta a esterilidade.
O ginecologista especialista em endometriose João Nogueira – autor da
pesquisa que faz parte do trabalho de doutorado na UFMA – conta que
utilizou ratas com endometriose experimental (os pesquisadores retiram um
pedaço do útero e implantam no peritônio, membrana que cobre a região
abdominal). Duas semanas depois da administração do extrato de unha-de-gato
(Uncaria tomentosa) foi comparado o tamanho da endometriose entre as ratas que
receberam a medic ação com aquele nas que receberam soro fisiológico.
"Observamos a redução de 60% da doença nas que usaram o
fitoterápico", diz. Segundo ele, a substância foi administrada
diariamente, com a ingestão de comprimidos de 32mg, durante os 14 dias.
De acordo com o ginecologista e coordenador do Ambulatório de Endometriose e
Dor Pélvica da Unifesp, Eduardo Schor, o estudo aponta uma nova alternativa
para o tratamento da endometriose. Desde a década de 1980, não há novidades
nesse sentido e o arsenal de drogas disponíveis age apenas bloqueando a
menstruação. "Possuem, portanto, efeitos colaterais significativos e o
estudo, apesar de experimental, sinaliza uma nova opção de tratamento",
comemora.
Nogueira explica que a ação específica do fitoterápico em relação à
endometriose ainda não foi totalmente estabelecida, mas todas as propriedades
da erva – anti-inflmatória, antibacteriana, antioxidante, imunomoduladora
e antiviral – podem levar à amenização da doença. "A estratégia da
linha de pesquisa é buscar tratamentos que atuem em alterações da endometriose,
como processos inflamatórios, distúrbios imunológicos e estresse
oxidativo", comenta. Vale lembrar que o uso da unha-de-gato no tratamento
da endometriose é experimental. Os médicos não aconselham utilizar o
fitoterápico por conta própria.
Eduardo Schor complementa que diversos estudos utilizaram a planta para outras
finalidades, sem que nenhum efeito colateral significativo tenha sido
identificado. A maioria dos efeitos colaterais, segundo ele, referem-se ao
trato gastrintestinal, como náuseas, prisão de ventre e dor estomacal.
"Estamos obtendo resultados favoráveis em mulheres com endometriose
tratadas no ambulatório, principalmente no que se refere às queixas de
dor", informa.
Hipóteses
A ginecologista Adriana Cocinell explica que as causas da doenças ainda não são
comprovadas, mas uma das hipóteses é de que algumas mulheres não possuem o
anticorpo que inibe a implantação dos tecidos endometriais. "Pode ser
também que o útero da mulher seja retroverso ou até mesmo que o problema seja
causado pelo uso de absorvente interno", opina. Ela conta que há a desconfiança
também de que um fluxo menstrual muito forte ou mesmo uma possível carg a
genética podem causar a doença.
De acordo com o ginecologista Eduardo Schor, as mulheres que possuem casos de
endometriose na família (mãe e irmãs) têm sete vezes mais chances de
desenvolver a doença. "Duas pesquisas realizadas pela Unifesp também
apontam que mutações genéticas estão envolvidas no processo. Duas dessas
mutações já foram identificadas, sendo que uma delas, identificada como P27,
foi descoberta por nós", afirma. Schor explica que a presença das mutações
aumenta em du as vezes as chances de as mulheres terem a doença. "A
análise in vitro de células de 104 mulheres com a doença mostrou que a mutação
P27 estava presente em 35% do grupo. Nas 109 mulheres sadias avaliadas, essa
presença foi detectada em apenas 22% delas", salienta.
Frente a essas descobertas, o grupo trabalha no desenvolvimento de instrumentos
de terapia gênica para o tratamento da endometriose. "O uso de adenovírus
carregando genes que restabelecem a normalidade genética foi testado em cultura
de células de endometriose e os resultados foram promissores", descreve.
O ginecologista investiga ainda a relação da dioxina, substância poluente usada
na confecção do plástico e derivados do petróleo, no aparecimento da doença.
"Um trabalho de iniciação científica mostrou uma forte tendência
estatística de alteração celular da endometriose quando exposta a essa
substância", afirma. Entretanto, ele ressalta que mais pesquisas são
necessárias para definir se algum poluente, inclusive a dioxina, está mesmo
envolvido na gênese da endometriose. A doença, segundo ele, progride e, em
estágios iniciais, a cura pode ser alcançada, seja com tratamento clínico ou
cirúrgico. Já quando a doença avança, o objetivo torna-se apenas deixá-la sob
controle. "Por isso, o diagnóstico precoce é essencial", acredita.
Adriana Cocinell acredita que a pesquisa é uma iniciativa válida, porque
algumas mulheres sentem falta da menstruação e o objetivo do tratamento com
unha-de-gato é não suspendê-la. "Sobretudo, dessa forma a paciente não
corre o risco de ficar estéril", acredita.
Fonte: https://www.cfn.org.br/index.php/noticias/legacy-723/
Unha-de-gato
São Paulo, 14 de março de 2011.
Estudo realizado pelas universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Maranhão (Ufma) revelam os primeiros resultados científicos do fitoterápico conhecido popularmente como unha-de-gato. A planta é utilizada no tratamento da endometriose, doença que causa infertilidade feminina e dor nos períodos menstruais.
Os testes preliminares realizados em ratas mostraram que a unha-de-gato conseguiu reduzir em 60% as lesões causadas pela doença. Estima-se que 6 milhões de brasileiras sofram de endometriose.
A pesquisa clínica é o próximo estágio do estudo, quando o fitoterápico será administrado em mulheres e comparado com placebo ou medicamentos hormonais usados no tratamento tradicional. A hipótese é que a planta possua propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras (que melhoram o sistema imunológico).
Segundo o dr. Eduardo Schor, um dos autores do estudo a planta parece ter a capacidade de diminuir o processo inflamatório causado pela endometriose na região pélvica.
O próximo passo do estudo é descobrir se a planta pode ser usada para ajudar mulheres com dificuldade para engravidar. Segundo o pesquisador, não se sabe, por exemplo, se ela altera a espessura de endométrio ou dos mecanismos de ovulação.
Mutações genéticas
Uma outra linha de pesquisa desenvolvida na Unifesp aponta que há mutações genéticas envolvidas na endometriose. Uma delas, chamada de P27, aumenta duas vezes as chances de a mulher ter a doença. A mutação faz com que as células proliferem mais do que o normal.
A partir dessa descoberta, o grupo trabalha no desenvolvimento de uma terapia genética. Segundo o dr. Schor, o uso de adenovírus (vírus modificados) carregando genes que restabelecem a normalidade genética já foi testado em cultura de células de endometriose e os resultados foram promissores.
Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações da Folha de S. Paulo)
Fonte:https://portal.crfsp.org.br/noticias/2508-unha-de-gato.html
Fitoterápico
melhora os sintomas da endometriose
Publicado em: 17/03/2011
Um fitoterápico à base de uma planta conhecida como unha-de-gato tem
melhorado os sintomas da endometriose, doença que causa infertilidade feminina
e dor nos períodos menstruais. Intrigados com o grande número de pacientes que
tomam o remédio por conta própria e relatam melhora, pesquisadores começaram a
testá-lo cientificamente.
Os resultados do primeiro estudo controlado, feito pelas universidades federais
de São Paulo (Unifesp) e do Maranhão (Ufma), em ratas, mostraram que a
unha-de-gato conseguiu reduzir em 60% as lesões causadas pela endometriose.
Na doença, o tecido que reveste o útero (endométrio) sai fora dele e atinge
outros órgãos da pelve, como intestinos e bexiga. Estima-se que 6 milhões de
brasileiras sofram da doença.
Agora, na fase clínica do estudo, o fitoterápico será dado a mulheres e
comparado com placebo ou medicamentos hormonais usados no tratamento
tradicional da doença. A hipótese é que a planta possua propriedades
anti-inflamatórias e imunomoduladoras (que melhoram o sistema imunológico).
Antes mesmo dos resultados do estudo clínico, a unha-de-gato tem sido prescrita
a pacientes da Unifesp que já usaram, sem sucesso, drogas hormonais ou para
aquelas que não podem usar esse tipo de medicamento.
Os relatos de melhora dos sintomas, principalmente da dor, surpreendem. "Eu
dei para a minha mulher tomar. Ela tem endometriose e a medicação hormonal não
estava funcionando, diz Eduardo Schor, coordenador do ambulatório de
endometriose e dor pélvica da Unifesp e um dos autores do estudo.
Segundo ele, a unha-de-gato parece diminuir o processo inflamatório causado
pela endometriose na região pélvica. Os pesquisadores ainda não sabem se a
planta pode ser usada para ajudar mulheres com dificuldade para engravidar.
"Não se sabe, por exemplo, se ela altera a espessura de endométrio ou
dos mecanismos de ovulação", explica Schor.
Também ainda deverá ser definida a dose ideal do fitoterápico para cada
paciente. No comércio, existem cápsulas de 150 mg, feitas a partir da casca da
planta.
O ginecologista Carlos Alberto Petta, professor da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas), diz que, do ponto de vista conceitual, a unha-de-gato
pode melhorar a dor de qualquer processo inflamatório.
O problema é que, em se tratando de dor, o efeito placebo é muito grande. O ato
de escutar essa mulher também melhora a dor.
Para ele, só será possível dizer que a unha-de-gato funciona depois de testá-la
em mais estudos.
TERAPIA GÊNICA
Uma outra linha de pesquisa desenvolvida na Unifesp aponta que há mutações
genéticas envolvidas na endometriose. Uma delas, chamada de P27, foi descoberta
pela equipe de Schor.
"A presença dessa mutação aumenta duas vezes as chances de a mulher ter
a doença. O P27 faz com que as células fiquem mais nervosas e proliferem mais
do que o normal", diz Schor.
A partir dessas descobertas, o grupo trabalha no desenvolvimento de
instrumentos de terapia gênica para tratar a endometriose.
"O uso de adenovírus [vírus modificados] carregando genes que
restabelecem a normalidade genética já foi testado em cultura de células de
endometriose e os resultados foram promissores, conta Schor.
Saiba mais
Endometriose - O Endométrio (tecido que reveste o útero e descama, formando a
menstruação) passa a crescer em várias áreas como ovários, trompas, intestino e
cavidade abdominal, etc.
O que causa
Tendência familiar e genética
Fatores imunológicos
Qualidade de vida ruim
Produção excessiva de hormônios
Sintomas
Dores Intensas
Alterações Urinárias ou intestinais no período menstrual
Dor durante a relação sexual
Dificuldade para engravidar
Cólicas durante o mês
Novo Tratamento
Unha de Gato-Uncaria Tormentosa
Cipó de madeira larga originário da Amazônia
Parte utilizada-Casca
Princípios Ativos e supostos benefícios
Isopteropodina - ajuda o sistema imunológico
Rincofilina-Previne a formação de coágulos
Carragenina e outros glicosídeos compostos anti-inflamatórios
Contraindicações-Enjoo, febre, constipação ou diarréia
Postado por: Lauralice Portela
Revisão de texto: Késia Andrade
Uxi Amarelo e Unha de Gato – Aliados da Fertilidade
Dois super aliados ao bem-estar e saúde da mulher são o uxi amarelo e a unha de gato. Você já ouviu falar sobre eles? Poucas pessoas sabem, mas esses dois componentes vindos da natureza podem dar uma boa ajuda quando o assunto é mioma ou inflamação dos ovários e útero. É claro que eles não substituem um tratamento clássico, com antibióticos e cirurgia, por exemplo. Porém, podem ser usados como tratamento complementar, um auxílio para aquilo que o médico já prescreveu. Mais estudos ainda são necessários sobre a ação desses tratamentos naturais. Mas para que servem exatamente e como agem no organismo? Vamos descobrir!
Unha de Gato e Uxi Amarelo Para que Servem
Normalmente, o tratamento com uxi amarelo e unha de gato é recomendado para mulheres que têm algum tipo de problema uterino, sendo os chás bastante indicados em casos de miomas1. Mas nem só miomas o uxi amarelo e a unha de gato podem tratar. São também efetivos, por exemplo, em casos de ovários policísticos, inflamação uterina, endometriose, menstruação irregular e até problemas nos ossos.
Como Chás de Uxi Amarelo e Unha de Gato Agem na Fertilidade?
Uxi Amarelo
O uxi amarelo2 nada mais é do que a casca de uma árvore que pode chegar a 30 metros de altura. O chá deve ser feito por infusão das suas cascas (vendidas em lojas de produtos naturais) fervidas em água por 3 minutos, abafando em seguida. O chá de uxi amarelo trata principalmente miomas e cistos ovarianos ou uterinos. Para se ter eficiência, o ideal é a ingestão de 500ml de chá por dia (meio litro), sendo 250ml de manhã e 250ml à noite. Alguns especialistas vão além e indicam até meio litro de manhã e meio litro à noite, dependendo do problema a ser tratado.
Unha de gato
Planta vinda da Amazônia, a unha de gato3 é um excelente antiinflamatório e antibiótico natural. Doenças não só do útero, mas também do corpo como um todo, podem ser tratadas com o chá de unha de gato. Desde infecções comuns até gripe e inflamações como artrose, podem ser amenizadas com o uso da planta.
Uxi Amarelo e Unha de Gato – Como Tomar
Para quem quer engravidar, a unha de gato dá uma ajuda, principalmente quando existe algum problema com inflamação uterina. Recomenda-se tomar 500ml de chá de unha de gato diariamente (meio litro). Desta vez, 250ml na hora do almoço e 250ml à tarde pode ser o suficiente para o tratamento.
O uso dessas duas substâncias da natureza em conjunto pode fortalecer o organismo para a chegada de uma gravidez, além de claro, limpar o organismo para que a gravidez em si aconteça. Para quem tem miomas, nada melhor do que um útero limpo porque isso facilita a chegada da gravidez.
O chá deve ser tomado assim que a menstruação aparecer até o primeiro dia fértil. Mulheres que estiverem fazendo tratamento com anticoncepcional podem tomar continuamente. Pode-se ou não adoçar o chá para ingestão; porém, quanto mais natural melhor.
Cápsulas de Uxi Amarelo e Unha de Gato, Resolvem?
Há controvérsias! Alguns naturalistas dizem que o melhor mesmo é o chá, feito diariamente, o qual teria um poder curativo excelente. Porém, se a cápsula for a sua única opção ou se você não for adepta a chás, então as cápsulas de uxi amarelo e unha de gato são viáveis. Lembrando que toda cápsula é passada por processos laboratoriais podendo perder o efeito mais natural do tratamento e levando a resultados mais demorados.
Quanto custa o tratamento e onde encontrar? Encontrei cápsulas de uxi amarelo e unha de gato com preços entre R$ 29,00 a 90,00 em casas de produtos naturais e farmácias de manipulação. As cascas e a folha de uxi amarelo e unha de gato para imersão ficam em torno de R$ 10,00 a 45,00 cada, com quantidade para aproximadamente 15 litros de chá.
Caso de Sucesso da Mariana
Mariana, de 29 anos, lutava contra os miomas por 10 anos e, após o tratamento com uxi amarelo e unha de gato, conseguiu a tão sonhada gravidez.
“Quando eu tinha 16 anos descobri alguns miomas no útero. Eram miomas por dentro e por fora do útero. Os médicos diziam que apenas a cirurgia poderia ajudar. Operei duas vezes e, por duas vezes, os miomas retornaram e pareciam maiores. Fiquei sabendo dos chás de uxi amarelo e unha de gato por uma amiga e conversei com o ginecologista que disse que mal não faria em tentar.
Tomei as ervas tanto em cápsulas como em forma de chá por 6 meses e, no sétimo mês de tratamento, meu positivo chegou. Senti muitas mudanças logo nos primeiros meses de tratamento. A menstruação se regulou e vinha quase sem cólicas. A Ana Luiza agora tem 3 meses e é a alegria da minha vida!”
Fonte:https://www.famivita.com.br/conteudo/uxi-amarelo-e-unha-de-gato-aliados-da-natureza/?
Uxi amarelo é uma planta medicinal, originária da Amazônia, também conhecida como uxi-pucu, uxi-liso, uxi, pururu ou uxuá. A ingestão é muito benéfica para o organismo, pois atua como tratamento e prevenção de diversas doenças.
A planta possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, diuréticas e imunoestimulantes. De acordo com o nutrólogo Alisson Melo, da clínica Benessere, o uxi amarelo pode ser usado como tratamento auxiliar de:
- Miomas
- Cistos ovarianos
- Infecções urinárias
- Endometriose
- Doenças reumatológicas
- Diabetes
- Gastrite
- Hipercolesterolemia.
Vale ressaltar que uxi amarelo não é indicado para gestantes e mulheres em fase de lactação.
Leia também: 5 chás que não devem ser consumidos durante a gravidez
Uxi amarelo para engravidar
Como dito acima, seus benefícios podem ajudar no tratamento da endometriose e ovários policísticos e, por isso, o uxi amarelo é muito conhecido entre os povos indígenas como planta que trata infertilidade feminina, uma vez que tem resultados positivos para estas doenças.
Como tomar
O nutrólogo Elifas Rodrigues, também especialista da clínica Benessere, explica que o uxi amarelo pode ser consumido tanto na forma de chá ou como suplemento em cápsulas ou pó.
"Para fazer o chá basta colocar de 10 a 25 gramas de uxi amarelo em 1 litro de água fervente e deixar por cerca de 3 minutos. Deixe descansar de 10 a 15 minutos, depois é só coar e beber pelo menos 3 vezes ao dia", ensina.
Uxi amarelo e unha de gato
Segundo os nutrólogos, o chá de uxi amarelo e o chá de unha de gato formam um poderoso composto natural medicinal quando consumidos em conjunto, pois é capaz de potencializar as propriedades anti-inflamatórias e imunoestimulantes de ambas as plantas.
No entanto, os chás devem ser feitos de forma separada. "Consuma o chá de uxi amarelo pela manhã e o chá de unha de gato no período da tarde", indica o nutrólogo Alisson Melo.
Fonte:https://www.minhavida.com.br/materias/materia-20105
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