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MEDICINA DA FLORESTA DA AMAZÔNIA: PESQUISADOR USA HÁ 4 DÉCADAS UXI AMARELO, UNHA DE GATO, MARAPUAMA E OUTRAS PLANTAS PARA TRATAR COM MUITO SUCESSO CISTOS NOS OVÁRIOS, ENDOMETRIOSE, MIOMAS ENTRE OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE

 

Juan Revilla é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) — Foto: Luciete Pedrosa/Ascom Inpa

Juan Revilla é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) — Foto: Luciete Pedrosa/Ascom Inpa

Por Eliana Nascimento, G1 AM



 



Foi por meio dos relatos dos avós ainda na infância que o pesquisador e doutor em Botânica Econômica Juan Revilla, de 71 anos, começou a se interessar em estudar as plantas medicinais. O peruano hoje desenvolve seu trabalho na Amazônia Brasileira, onde veio estudar e tratar pacientes há mais de quatro décadas .

Juan Revilla é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde trabalha há 43 anos. Ao G1, o pesquisador explicou que concentra seus estudos nas plantas nativas já usadas popularmente por moradores da Região Amazônica, como uxi amarelo, unha de Gato, marapuama, entre outras.

Revilla explica, por exemplo, que pesquisa sobre problemas de cistos nos ovários, miomas, nódulos nos seios e endometriose com tratamentos a partir do uso dessas ervas.

Atualmente, o doutor se divide entre duas cidades para realizar pesquisas. Em Manaus, ele atua no Instituto de Medicina Tradicional e, sempre que pode, viaja ao município de Manaquiri, onde também trabalha com plantas medicinais.

Revilla explicou que a primeira frente de sua pesquisa é sobre o levantamento das informações das plantas medicinais da Amazônia. A segunda é a orientação no uso de plantas medicinais pela população.

"Muita gente pensa que o trabalho com plantas medicinais era apenas feito por curiosos, por amantes da natureza, mas não. Hoje em dia, no Brasil, no Peru e no mundo, há pesquisadores, doutores na área de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Existe um rol de conhecimentos e publicações que justificam a eficácia das plantas medicinais", contou.

O pesquisador comentou que a Amazônia brasileira possui inúmeras plantas que curam e que poderiam ser vendidas para o mundo, mas apenas se conhece o uso de poucas.

"Para nós, é gratificante saber que as plantas da nossa Amazônia podem ajudar a tratar doenças que a medicina ainda não consegue resolver. Um exemplo: miomas, endometriose, alterações de hormônios em geral. Não existem medicamentos consistentes que possam revolver isso, mas a natureza nos mostra que há um caminho"

Pesquisador Juan Revilla em Manaquiri antes da pandemia  — Foto: Ascom/INPA

Pesquisador Juan Revilla em Manaquiri antes da pandemia — Foto: Ascom/INPA

Plantas medicinais da região amazônica

Uxi Amarelo: Originada da Amazônia brasileira, possui efeitos anti-inflamatório, antioxidante, diurético e estimulante imunológico. O pesquisador explicou que costuma se vender em forma de casca (retiradas de troncos de árvores). A planta é usada no tratamento de vários problemas de saúde, como no tratamento de miomas; cistos no ovário ou no útero; combate a infecções urinárias; promove a regulação do ciclo menstrual causada pela Síndrome dos Ovário Policísticos, também ajuda no tratamento endometriose.

Uxi Amarelo se mostra eficaz no tratamento de vários problemas de saúde — Foto: Ricardo Oliveira/Fapeam

Uxi Amarelo se mostra eficaz no tratamento de vários problemas de saúde — Foto: Ricardo Oliveira/Fapeam

"O Uxi Amarelo corrige os estudos hormonais. Hoje se conhece toda a química dessa planta e sabemos quais os princípios ativos que fazem esse trabalho. Para a indústria farmacêutica, é um fracasso, a dificuldade de fazer sínteses desses compostos. É interessante o extrato seco de Uxi Amarelo. O extrato seco não é a casca moída, é o chá sem água. E que pode se transformar em comprimidos", explicou Revilla.

Unha de Gato: Encontrada principalmente na Floresta Amazônica e em outras regiões da América do Sul, começou a ser usada pelos indígenas de forma medicinal para tratamentos inflamatórios e degenerativos. É uma planta que tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"A Unha de Gato tem um histórico mundial fantástico. É uma planta que corre na Amazônia Brasileira e nós temos uma quantidade imensa desse produto que precisa ser mapeado e ser estudado no campo para ver a dimensão da produção da unha de gato e poder transformar em medicamento. É também outra planta que estamos trabalhando aqui para transformá-la em comprimidos", contou o pesquisador.

Marapuama: Planta medicinal originada na Amazônia. Serve para melhorar a circulação sanguínea, tratar a anemia e disfunções sexuais. "É outra planta que considero muito importante, assim como o Mirantã, a Marapuama trabalha com o sistema nervoso. Essas plantas, nós estamos trabalhando alguns anos, e hoje nós sabemos de alguns componentes químicos", explicou o pesquisador.

Clínica de campo para o tratamento de doenças crônicas

Pesquisador Juan Revilla em campo botânico em Manaquiri, antes da pandemia  — Foto: Ascom Inpa

Pesquisador Juan Revilla em campo botânico em Manaquiri, antes da pandemia — Foto: Ascom Inpa

Com a pandemia, Revilla disse que teve a oportunidade de se dedicar muito mais ao campo, em Manaquiri, no interior do Amazonas. Com recursos próprios e colaboração de outras pessoas, ele conseguiu mais recursos para sustentar colaboradores, que atualmente conta com 15.

Segundo Revilla, os colaboradores preparam os ambientes físicos e paisagísticos do projeto da construção de uma clínica em Manaquiri que conta com três pontos importantes:

  1. "O primeiro é o laboratório para a fabricação dos medicamentos, quase concluída esperando alguns equipamentos";
  2. "O segundo é o jardim botânico de plantas de valor econômico, chamada Botânica Econômica Garden. Esse Jardim Botânico tenta mostrar aqui essas plantas com potencial econômico. Hoje nós estamos com mais 1600 plantas já instalada em nosso jardim";
  3. "O terceiro é o trabalho de atendimento. Nós estamos montando uma clínica de campo para o tratamento de doenças crônicas que pode ser inaugurado no fim do ano.

Falta de financiamento

O pesquisador reclamou da falta de financiamento para desenvolver seu trabalho. Para ele, atualmente, a contribuição das plantas medicinais para a saúde é de grande valia, mas lamentavelmente, a população não sabe muito sobre o Inpa, o instituto de pesquisa em que trabalha.

"Não recebemos recursos para realmente fazer a pesquisa e a transformação. Eu como botânico, eu fiz meu trabalho publicando sobre plantas amazônicas. Mas não adianta deixar esse livro na prateleira e não transformar isso em medicamentos que poderiam servir para nossa população local, para o Brasil e para o mundo", disse.

Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/05/29/medicina-da-floresta-pesquisador-usa-uxi-amarelo-unha-de-gato-marapuama-e-outras-plantas-para-tratamentos-no-am.ghtml

Estudo mostra como fitoterápico pode reduzir lesões por endometriose

28/03/2011

Uma planta típica da América Central e do Sul pode ser uma forte aliada no tratamento da endometriose – doença caracterizada pela penetração do tecido endometrial, aquele que escama e é liberado na menstruação, em órgãos como os ovários, na parede abdominal, nas tubas uterinas, na bexiga, no reto e até entre as vísceras. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Laboratório de Cirurgia Experimental da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com ratas sofrendo de endometriose induzida revela como um fitoterápico feito com unha-de-gato – uma espécie de trepadeira muito comum na Floresta Amazônica – diminuiu em 60% as lesões causadas pela doença. Devido ao ótimo resultado, o próximo passo do estudo é avaliar a eficácia da erva em humanas. Com a comprovação positiva, mulheres com a doença poderão comemorar, uma vez que o tratamento atual consiste em suspender a menstruação, o que acarreta a esterilidade.
O ginecologista especialista em endometriose João Nogueira – autor da pesquisa que faz parte do trabalho de doutorado na UFMA – conta que utilizou ratas com endometriose experimental (os pesquisadores retiram um pedaço do útero e implantam no peritônio, membrana que cobre a região abdominal). Duas semanas depois da administração do extrato de unha-de-gato (Uncaria tomentosa) foi comparado o tamanho da endometriose entre as ratas que receberam a medic ação com aquele nas que receberam soro fisiológico. "Observamos a redução de 60% da doença nas que usaram o fitoterápico", diz. Segundo ele, a substância foi administrada diariamente, com a ingestão de comprimidos de 32mg, durante os 14 dias.
De acordo com o ginecologista e coordenador do Ambulatório de Endometriose e Dor Pélvica da Unifesp, Eduardo Schor, o estudo aponta uma nova alternativa para o tratamento da endometriose. Desde a década de 1980, não há novidades nesse sentido e o arsenal de drogas disponíveis age apenas bloqueando a menstruação. "Possuem, portanto, efeitos colaterais significativos e o estudo, apesar de experimental, sinaliza uma nova opção de tratamento", comemora.
Nogueira explica que a ação específica do fitoterápico em relação à endometriose ainda não foi totalmente estabelecida, mas todas as propriedades da erva – anti-inflmatória, antibacteriana, antioxidante, imunomoduladora e antiviral – podem levar à amenização da doença. "A estratégia da linha de pesquisa é buscar tratamentos que atuem em alterações da endometriose, como processos inflamatórios, distúrbios imunológicos e estresse oxidativo", comenta. Vale lembrar que o uso da unha-de-gato no tratamento da endometriose é experimental. Os médicos não aconselham utilizar o fitoterápico por conta própria.
Eduardo Schor complementa que diversos estudos utilizaram a planta para outras finalidades, sem que nenhum efeito colateral significativo tenha sido identificado. A maioria dos efeitos colaterais, segundo ele, referem-se ao trato gastrintestinal, como náuseas, prisão de ventre e dor estomacal. "Estamos obtendo resultados favoráveis em mulheres com endometriose tratadas no ambulatório, principalmente no que se refere às queixas de dor", informa.
Hipóteses
A ginecologista Adriana Cocinell explica que as causas da doenças ainda não são comprovadas, mas uma das hipóteses é de que algumas mulheres não possuem o anticorpo que inibe a implantação dos tecidos endometriais. "Pode ser também que o útero da mulher seja retroverso ou até mesmo que o problema seja causado pelo uso de absorvente interno", opina. Ela conta que há a desconfiança também de que um fluxo menstrual muito forte ou mesmo uma possível carg a genética podem causar a doença.
De acordo com o ginecologista Eduardo Schor, as mulheres que possuem casos de endometriose na família (mãe e irmãs) têm sete vezes mais chances de desenvolver a doença. "Duas pesquisas realizadas pela Unifesp também apontam que mutações genéticas estão envolvidas no processo. Duas dessas mutações já foram identificadas, sendo que uma delas, identificada como P27, foi descoberta por nós", afirma. Schor explica que a presença das mutações aumenta em du as vezes as chances de as mulheres terem a doença. "A análise in vitro de células de 104 mulheres com a doença mostrou que a mutação P27 estava presente em 35% do grupo. Nas 109 mulheres sadias avaliadas, essa presença foi detectada em apenas 22% delas", salienta.
Frente a essas descobertas, o grupo trabalha no desenvolvimento de instrumentos de terapia gênica para o tratamento da endometriose. "O uso de adenovírus carregando genes que restabelecem a normalidade genética foi testado em cultura de células de endometriose e os resultados foram promissores", descreve.
O ginecologista investiga ainda a relação da dioxina, substância poluente usada na confecção do plástico e derivados do petróleo, no aparecimento da doença. "Um trabalho de iniciação científica mostrou uma forte tendência estatística de alteração celular da endometriose quando exposta a essa substância", afirma. Entretanto, ele ressalta que mais pesquisas são necessárias para definir se algum poluente, inclusive a dioxina, está mesmo envolvido na gênese da endometriose. A doença, segundo ele, progride e, em estágios iniciais, a cura pode ser alcançada, seja com tratamento clínico ou cirúrgico. Já quando a doença avança, o objetivo torna-se apenas deixá-la sob controle. "Por isso, o diagnóstico precoce é essencial", acredita.
Adriana Cocinell acredita que a pesquisa é uma iniciativa válida, porque algumas mulheres sentem falta da menstruação e o objetivo do tratamento com unha-de-gato é não suspendê-la. "Sobretudo, dessa forma a paciente não corre o risco de ficar estéril", acredita.

Fonte: https://www.cfn.org.br/index.php/noticias/legacy-723/

 

Pesquisa estuda efeitos do fitoterápico no tratamento da endometrioseSão Paulo, 14 de março de 2011.

Estudo realizado pelas universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Maranhão (Ufma) revelam os primeiros resultados científicos do fitoterápico conhecido popularmente como unha-de-gato. A planta é utilizada no tratamento da endometriose, doença que causa infertilidade feminina e dor nos períodos menstruais.

Os testes preliminares realizados em ratas mostraram que a unha-de-gato conseguiu reduzir em 60% as lesões causadas pela doença. Estima-se que 6 milhões de brasileiras sofram de endometriose.

A pesquisa clínica é o próximo estágio do estudo, quando o fitoterápico será administrado em mulheres e comparado com placebo ou medicamentos hormonais usados no tratamento tradicional. A hipótese é que a planta possua propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras (que melhoram o sistema imunológico).

Segundo o dr. Eduardo Schor, um dos autores do estudo a planta parece ter a capacidade de diminuir o processo inflamatório causado pela endometriose na região pélvica.

O próximo passo do estudo é descobrir se a planta pode ser usada para ajudar mulheres com dificuldade para engravidar. Segundo o pesquisador, não se sabe, por exemplo, se ela altera a espessura de endométrio ou dos mecanismos de ovulação.

Mutações genéticas

Uma outra linha de pesquisa desenvolvida na Unifesp aponta que há mutações genéticas envolvidas na endometriose. Uma delas, chamada de P27, aumenta duas vezes as chances de a mulher ter a doença. A mutação faz com que as células proliferem mais do que o normal.

A partir dessa descoberta, o grupo trabalha no desenvolvimento de uma terapia genética. Segundo o dr. Schor, o uso de adenovírus (vírus modificados) carregando genes que restabelecem a normalidade genética já foi testado em cultura de células de endometriose e os resultados foram promissores.

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações da Folha de S. Paulo)

Fonte:https://portal.crfsp.org.br/noticias/2508-unha-de-gato.html

Fitoterápico melhora os sintomas da endometriose

Publicado em: 17/03/2011

 

Um fitoterápico à base de uma planta conhecida como unha-de-gato tem melhorado os sintomas da endometriose, doença que causa infertilidade feminina e dor nos períodos menstruais. Intrigados com o grande número de pacientes que tomam o remédio por conta própria e relatam melhora, pesquisadores começaram a testá-lo cientificamente.

Os resultados do primeiro estudo controlado, feito pelas universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Maranhão (Ufma), em ratas, mostraram que a unha-de-gato conseguiu reduzir em 60% as lesões causadas pela endometriose.

Na doença, o tecido que reveste o útero (endométrio) sai fora dele e atinge outros órgãos da pelve, como intestinos e bexiga. Estima-se que 6 milhões de brasileiras sofram da doença.

Agora, na fase clínica do estudo, o fitoterápico será dado a mulheres e comparado com placebo ou medicamentos hormonais usados no tratamento tradicional da doença. A hipótese é que a planta possua propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras (que melhoram o sistema imunológico).

Antes mesmo dos resultados do estudo clínico, a unha-de-gato tem sido prescrita a pacientes da Unifesp que já usaram, sem sucesso, drogas hormonais ou para aquelas que não podem usar esse tipo de medicamento.

Os relatos de melhora dos sintomas, principalmente da dor, surpreendem. "Eu dei para a minha mulher tomar. Ela tem endometriose e a medicação hormonal não estava funcionando, diz Eduardo Schor, coordenador do ambulatório de endometriose e dor pélvica da Unifesp e um dos autores do estudo.

Segundo ele, a unha-de-gato parece diminuir o processo inflamatório causado pela endometriose na região pélvica. Os pesquisadores ainda não sabem se a planta pode ser usada para ajudar mulheres com dificuldade para engravidar.

"Não se sabe, por exemplo, se ela altera a espessura de endométrio ou dos mecanismos de ovulação", explica Schor.

Também ainda deverá ser definida a dose ideal do fitoterápico para cada paciente. No comércio, existem cápsulas de 150 mg, feitas a partir da casca da planta.

O ginecologista Carlos Alberto Petta, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que, do ponto de vista conceitual, a unha-de-gato pode melhorar a dor de qualquer processo inflamatório.

O problema é que, em se tratando de dor, o efeito placebo é muito grande. O ato de escutar essa mulher também melhora a dor.

Para ele, só será possível dizer que a unha-de-gato funciona depois de testá-la em mais estudos.

TERAPIA GÊNICA

Uma outra linha de pesquisa desenvolvida na Unifesp aponta que há mutações genéticas envolvidas na endometriose. Uma delas, chamada de P27, foi descoberta pela equipe de Schor.

"A presença dessa mutação aumenta duas vezes as chances de a mulher ter a doença. O P27 faz com que as células fiquem mais nervosas e proliferem mais do que o normal", diz Schor.

A partir dessas descobertas, o grupo trabalha no desenvolvimento de instrumentos de terapia gênica para tratar a endometriose.

"O uso de adenovírus [vírus modificados] carregando genes que restabelecem a normalidade genética já foi testado em cultura de células de endometriose e os resultados foram promissores, conta Schor.


Saiba mais
Endometriose - O Endométrio (tecido que reveste o útero e descama, formando a menstruação) passa a crescer em várias áreas como ovários, trompas, intestino e cavidade abdominal, etc.


O que causa
Tendência familiar e genética
Fatores imunológicos
Qualidade de vida ruim
Produção excessiva de hormônios

Sintomas
Dores Intensas
Alterações Urinárias ou intestinais no período menstrual
Dor durante a relação sexual
Dificuldade para engravidar
Cólicas durante o mês


Novo Tratamento

Unha de Gato-Uncaria Tormentosa
Cipó de madeira larga originário da Amazônia

Parte utilizada-Casca

Princípios Ativos e supostos benefícios

Isopteropodina - ajuda o sistema imunológico

Rincofilina-Previne a formação de coágulos

Carragenina e outros glicosídeos compostos anti-inflamatórios



Contraindicações-Enjoo, febre, constipação ou diarréia



Postado por: Lauralice Portela

Revisão de texto: Késia Andrade

Fonte:https://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=10253

Uxi Amarelo e Unha de Gato – Aliados da Fertilidade


última edição em: 06.11.2023 | Revisão médica por:
Dra. Malu Frade 
Ginecologista e Obstetra
 e 1 outra

Dois super aliados ao bem-estar e saúde da mulher são o uxi amarelo e a unha de gato. Você já ouviu falar sobre eles? Poucas pessoas sabem, mas esses dois componentes vindos da natureza podem dar uma boa ajuda quando o assunto é mioma ou inflamação dos ovários e útero. É claro que eles não substituem um tratamento clássico, com antibióticos e cirurgia, por exemplo. Porém, podem ser usados como tratamento complementar, um auxílio para aquilo que o médico já prescreveu. Mais estudos ainda são necessários sobre a ação desses tratamentos naturais. Mas para que servem exatamente e como agem no organismo? Vamos descobrir!

  1. Como Agem os Chás?
  2. Cápsulas Resolvem?
  3. Caso de Sucesso da Mariana
  4. Experimentar os Chás

Unha de Gato e Uxi Amarelo Para que Servem

Normalmente, o tratamento com uxi amarelo e unha de gato é recomendado para mulheres que têm algum tipo de problema uterino, sendo os chás bastante indicados em casos de miomas1. Mas nem só miomas o uxi amarelo e a unha de gato podem tratar. São também efetivos, por exemplo, em casos de ovários policísticos, inflamação uterina, endometriosemenstruação irregular e até problemas nos ossos.

Como Chás de Uxi Amarelo e Unha de Gato Agem na Fertilidade?

Uxi Amarelo

O uxi amarelo2 nada mais é do que a casca de uma árvore que pode chegar a 30 metros de altura. O chá deve ser feito por infusão das suas cascas (vendidas em lojas de produtos naturais) fervidas em água por 3 minutos, abafando em seguida. O chá de uxi amarelo trata principalmente miomas e cistos ovarianos ou uterinos. Para se ter eficiência, o ideal é a ingestão de 500ml de chá por dia (meio litro), sendo 250ml de manhã e 250ml à noite. Alguns especialistas vão além e indicam até meio litro de manhã e meio litro à noite, dependendo do problema a ser tratado.

Unha de gato

Planta vinda da Amazônia, a unha de gato3 é um excelente antiinflamatório e antibiótico natural. Doenças não só do útero, mas também do corpo como um todo, podem ser tratadas com o chá de unha de gato. Desde infecções comuns até gripe e inflamações como artrose, podem ser amenizadas com o uso da planta.

Uxi Amarelo e Unha de Gato – Como Tomar

Para quem quer engravidar, a unha de gato dá uma ajuda, principalmente quando existe algum problema com inflamação uterina. Recomenda-se tomar 500ml de chá de unha de gato diariamente (meio litro). Desta vez, 250ml na hora do almoço e 250ml à tarde pode ser o suficiente para o tratamento.

O uso dessas duas substâncias da natureza em conjunto pode fortalecer o organismo para a chegada de uma gravidez, além de claro, limpar o organismo para que a gravidez em si aconteça. Para quem tem miomas, nada melhor do que um útero limpo porque isso facilita a chegada da gravidez.

O chá deve ser tomado assim que a menstruação aparecer até o primeiro dia fértil. Mulheres que estiverem fazendo tratamento com anticoncepcional podem tomar continuamente. Pode-se ou não adoçar o chá para ingestão; porém, quanto mais natural melhor.

Cápsulas de Uxi Amarelo e Unha de Gato, Resolvem?

Há controvérsias! Alguns naturalistas dizem que o melhor mesmo é o chá, feito diariamente, o qual teria um poder curativo excelente. Porém, se a cápsula for a sua única opção ou se você não for adepta a chás, então as cápsulas de uxi amarelo e unha de gato são viáveis. Lembrando que toda cápsula é passada por processos laboratoriais podendo perder o efeito mais natural do tratamento e levando a resultados mais demorados.

Quanto custa o tratamento e onde encontrar? Encontrei cápsulas de uxi amarelo e unha de gato com preços entre R$ 29,00 a 90,00 em casas de produtos naturais e farmácias de manipulação. As cascas e a folha de uxi amarelo e unha de gato para imersão ficam em torno de R$ 10,00 a 45,00 cada, com quantidade para aproximadamente 15 litros de chá.

Caso de Sucesso da Mariana

Mariana, de 29 anos, lutava contra os miomas por 10 anos e, após o tratamento com uxi amarelo e unha de gato, conseguiu a tão sonhada gravidez.

“Quando eu tinha 16 anos descobri alguns miomas no útero. Eram miomas por dentro e por fora do útero. Os médicos diziam que apenas a cirurgia poderia ajudar. Operei duas vezes e, por duas vezes, os miomas retornaram e pareciam maiores. Fiquei sabendo dos chás de uxi amarelo e unha de gato por uma amiga e conversei com o ginecologista que disse que mal não faria em tentar.

Tomei as ervas tanto em cápsulas como em forma de chá por 6 meses e, no sétimo mês de tratamento, meu positivo chegou. Senti muitas mudanças logo nos primeiros meses de tratamento. A menstruação se regulou e vinha quase sem cólicas. A Ana Luiza agora tem 3 meses e é a alegria da minha vida!”

Referências:

Para nós, credibilidade e transparência são essenciais. Por isso, nossos artigos são escritos e revisados por especialistas da área. Este artigo foi escrito e revisado por:
Ginecologista e Obstetra
CRM-SP 178668 / RQE 90102
Revisora médica graduada pela Universidade Estadual do Pará, especialista em ginecologia, obstetrícia e reprodução humana pela UNIFESP.

Fonte:https://www.famivita.com.br/conteudo/uxi-amarelo-e-unha-de-gato-aliados-da-natureza/?

Uxi amarelo: para que serve e como tomar para tratar doenças
As propriedades do uxi amarelo são benéficas no tratamento da infecção urinária e endometriose
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Médico nutrólogo e sócio-diretor da Clínica Benessere. O espaço oferece diversos tratamentos na área de medici...

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Elissandra Silva - Assistente Editorial
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pessoa segurando xícara com uxi amarelo
Foto: Cozy Home/Shutterstock

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