‘Não
é para tudo, nem para todos’, diz médica sobre uso de cannabis medicinal
Cannabis medicinal não atua como um curativo, mas
sim na melhora de alguns sintomas, como os da doença de Parkinson
07/06/2024 às
15:02 •
O deputado Eduardo Suplicy (PT-SP) voltou a falar, nesta semana, sobre o tratamento que recebe contra a doença de Parkinson. O parlamentar, de 82 anos, trata a condição usando o canabidiol, substância extraída da Cannabis sativa, também conhecida como maconha.
A importação do produto é permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2015, no entanto, o plantio no Brasil, mesmo que para uso medicinal, é proibido.
Apesar de ainda ser um tabu, o uso da cannabis no tratamento de algumas doenças é efetivo. Segundo a médica neurologista Helga Sartori, ela não atua como um curativo, mas sim na melhora de alguns sintomas.
“A terapia canabinoide não é modificadora da doença, porém alguns pacientes se beneficiam com alguns sintomas”, explicou.
No caso de Suplicy, o principal efeito foi a melhora nos tremores que sentia nas mãos. O deputado contou à Folha que sentia muitos tremores, principalmente na hora de comer e segurar os talheres, além de ter dores musculares nas pernas e desequilíbrios. Com o uso da cannabis, “a dor na perna sumiu” e “o tremor, na hora de comer, melhorou”, segundo ele.
A médica contou que já receitou a cannabis medicinal para pacientes, mas salientou que o tratamento não é para tudo, nem para todo mundo.
"[O uso da cannabis] não é para todo mundo e não é para tudo, mas é uma ferramenta terapêutica a mais que provavelmente entrará cada vez mais dentro do nosso arsenal de tratamento para os pacientes, não só na doença de Parkinson, mas de várias outras patologias”, afirmou.
Fonte:https://www.itatiaia.com.br/saude/2024/06/07/nao-e-para-tudo-nem-para-todos-diz-medica-sobre-uso-de-cannabis-medicinal
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