A libertação das crianças
A libertação das crianças é necessária. Ela é a maior necessidade no
mundo, porque nenhuma outra escravidão é tão profunda, tão perigosa e tão
destrutiva. As crianças não têm permissão de conhecer a si mesmas.
(Bhagwan Shree Rajneesh, também conhecido como Osho)
A sociedade cria falsos eus, diz que as crianças são isso e aquilo, que
elas deveriam se comportar dessa ou daquela maneira. A sociedade dita ideais,
idéias, e logo a criança se acostuma com o fato de que é católica, evangélica,
x, y, z, de que é homem, de que deve se comportar de uma maneira masculina e de
que não deve chorar porque isso é ser marícas. A menina começa a se comportar
de uma maneira feminina: aprende que não deve subir em árvores, empinar pipas,
jogar bola, que isso é coisa de menino. Lentamente, existem mais e mais
fronteiras, e elas ficam cada vez mais estreitas e todos se sentem sufocados.
Esta é a situação: todos estão sufocados e, no fundo, todos almejam ser
livres. Mas como?
Parece que as paredes que cercam as pessoas são realmente muito
poderosas e fortes. E as pessoas vivem nesse tipo de aprisionamento por toda a
vida. Elas vivem na prisão e morrem na prisão, sem nunca terem sabido o que era
a vida, o que a vida era para ser, nem nunca conhecerem a glória e a grandeza
da existência.
Esse é o estado condicionado da mente. Todo o processo da meditação
consiste em descondicioná-la, em retirar essas paredes. O que os pais, a
sociedade, os padres, sacerdotes e os políticos fizeram precisa ser desfeito
pela meditação.
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