CENTENÁRIO: SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 FOI CELEBRADA COM VÁRIOS LIVROS LANÇADOS MAS TAMBÉM PASSOU POR REVISÃO CRÍTICA
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Centenário: Semana de Arte Moderna de 1922 é celebrada mas também passa por revisão crítica
Em 1952, Manuel Bandeira disse ser “perfeitamente dispensável” comemorar o trigésimo aniversário da Semana de Arte Moderna de 1922: “Se no ano 2022 ainda se lembrarem disso, então sim”. Ainda que a blague desdenhasse da importância que o evento já tinha à época, seria difícil para o poeta — embora impedido de estar presente ao encontro, pela tuberculose, ele teve seu poema “Os sapos” declamado, entre vaias da plateia — dimensionar o quanto a Semana se consolidaria como um marco da cultura brasileira cem anos depois.
Mesmo passando atualmente por uma revisão histórica para incluir outros modernismos que ficaram de fora do evento organizado pela elite cultural paulista no Theatro Municipal entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, a Semana chega ao centenário como um dos pilares das transformações que o país atravessou, não somente pela aproximação com as vanguardas internacionais, mas por criar uma nova forma de pensar a sua sociedade.
Celebrada (e tensionada) por exposições, livros e produtos audiovisuais, a efeméride suscita debates a respeito de seu legado e dos temas que começariam a ser abordados desde então.
— Uma pauta atual que já podíamos ver no modernismo é a questão da representatividade. (A pintora) Anita Malfati era uma mulher solteira que não vinha de uma família endinheirada. Tarsila do Amaral, que não participou da Semana mas era uma referência do movimento, era casada, se separou, foi para Paris com a filha, depois conheceu (o escritor) Oswald de Andrade — observa Gênese Andrade, organizadora da coletânea de ensaios “Modernismos 1922—2022”, da Companhia das Letras. — Além disso, a Antropofagia é uma das teorias culturais que mais circulam no mundo. Está no Cinema Novo, no teatro de Zé Celso, em Hélio Oiticica, nos tropicalistas. Não é uma herança engessada.
Livros : Confira os lançamentos que celebram o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922
Uma das exposições que tomam a Semana de 1922 como ponto de partida, “Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil” será inaugurada no dia 10, no Sesc 24 de Maio, na capital paulista. Assinada por sete curadores — Raphael Fonseca, Clarissa Diniz, Marcelo Campos, Aldrin Figueiredo, Divino Sobral, Paula Ramos e Fernanda Pitta —, a mostra reúne 600 obras de 200 artistas chegando até meados do século XX. Seu título é inspirado pelas fachadas de casas de Belém (PA) da década de 1950, nas quais a justaposição de azulejos quebrados criam formas geométricas que lembram setas e raios.
— Há uma lógica econômica para o evento ter acontecido na capital paulista na época. Mas hoje podemos pensar em representações que rompam com a perspectiva de centro e periferia, e que possam ir além de São Paulo e além dos anos 1920 — diz Raphael Fonseca. — A alusão ao raio-que-o-parta lembra como muitas expressões artísticas foram criadas a partir das “sobras” de um certo modernismo oficial.
Arquitetura ganha força
Entre os principais nomes presentes na Semana de 1922, o destaque foi para artistas plásticos, como Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Victor Brecheret; escritores, a exemplo de Mário e Oswald de Andrade, Graça Aranha e Menotti Del Picchia; além de músicos e compositores, como Heitor Villa-Lobos e a pianista Guiomar Novaes. A arquitetura teve apenas dois representantes, ambos imigrantes: o espanhol Antônio Garcia Moya e o polonês Georg Przyrembel. Embora os dois fossem adeptos do estilo neocolonial e a despeito da sub-representação do segmento, logo a arquitetura moderna iria se transformar em uma das maiores marcas da cultura brasileira no mundo.
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Poucos anos depois do evento, em 1928, São Paulo veria a construção da Casa Modernista, na Rua Santa Cruz, projeto de autoria do arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik (1896–1972), primeira obra do estilo no Brasil. Nas décadas seguintes, o país ganharia as primeiras edificações públicas modernas, como o Edifício Esther (São Paulo, de Álvaro Vital Brazil e Adhemar Marinho), o Palácio Capanema (Rio, de Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Ernani Vasconcelos, Jorge Machado Moreira e Oscar Niemeyer) e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte, de Niemeyer).
— A arquitetura saiu atrasada em relação às outras artes de 1922, mas em pouco tempo tomou a dianteira, projetando o Brasil internacionalmente. Em 1943, o MoMA (Nova York) realizou a histórica exposição “Brazil builds”, e muitas revistas estrangeiras de arquitetura estampavam projetos brasileiros na capa — destaca Guilherme Wisnik, escritor e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. — A Semana acelerou o processo que culminou com a construção de Brasília. Entre 1922 e 1957, ano do concurso para o Plano Piloto, foi um período muito curto, de 35 anos. É o tempo que leva a formação e o amadurecimento de uma geração de arquitetos.
O ano de 1922 também é tomado como marco pela Flup (Festa Literária das Periferias), que será realizada entre os dias 11 e 18 no Museu de Arte do Rio (MAR ) e no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). No entanto, a efeméride lembrada não será a realizada no Theatro Municipal de São Paulo e sim a viagem de Pixinguinha e seu grupo, os Oito Batutas, para Paris, onde se encontraram com músicos negros do Sul dos EUA. Um dos eventos que revê a Semana de 1922, a Flup vai destacar os 100 anos do modernismo negro homenageando Pixinguinha, o escritor Lima Barreto e a dançarina Josephine Baker.
— Quando os Oito Batutas se encontram com músicos americanos em Paris e esse intercâmbio é celebrado na cidade como um grande acontecimento, se dá o primeiro encontro diaspórico da história em que artistas negros desfrutam de uma condição de dignidade — observa Julio Ludemir, idealizador da Flup. — Pixinguinha descobriu o saxofone na viagem, e ele e Donga, ao voltarem ao Brasil, criaram formações que mesclavam ritmos nacionais ao jazz. A antropofagia também se mostrava ali.
Espírito de renovação
A efeméride será lembrada, também a partir de uma revisão histórica, na Semana Preta de 22, evento selecionado pelo 17º Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados e que irá ser realizado em junho, no Oi Futuro e em outros municípios fluminenses. O festival multiplataforma destacará a produção de artistas negros em áreas como poesia, artes visuais, fotografia, música e dança.
— Nós entendemos a Semana de 1922 historicamente, e o que ele significou dentro de uma sociedade de 100 anos atrás. Hoje estamos ampliando estes critérios e recortes para incluir outras vozes e expressões — ressalta o produtor Wesley Soares Cardozo, idealizador da Semana Preta de 22. — A ideia é promover um real protagonismo baseado na excelência de cada artista, a partir de produções que representem uma vivência relacionada às nossas raízes africanas.
Autor de “Eu sou trezentos: Mário de Andrade: vida e obra” (Edições de Janeiro), vencedor do Jabuti de não ficção em 2016, e “A brasilidade modernista — Sua dimensão filosófica” (Ed. Ponteio), que ganha este mês uma nova edição, Eduardo Jardim vê na celebração do centenário uma possibilidade de debater o programa proposto pelos modernistas de 1922 em relação a questões contemporâneas, mas sem deixar de destacar a importância do evento original.
— Aquele grupo vocalizou um espírito de renovação estética muito forte naquele momento, se não fosse em 1922 em São Paulo aconteceria depois de qualquer forma. Pensando como um movimento de ideias mais amplo, o modernismo vai do final do século XX até a Tropicália — explica Jardim. — As questões lançadas na Semana e nas décadas seguintes não se esgotaram. Podemos pensar em pautas como o que seria a identidade nacional até hoje, trazendo outros olhares às visões modernistas sobre estes temas. ( Colaborou Ruan de Sousa Gabriel )
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/centenario-semana-de-arte-moderna-de-1922-celebrada-mas-tambem-passa-por-revisao-critica-25381554
Confira os livros lançados para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922
Tem romance, reunião de textos dispersos, diário e muita crítica. O centenário da Semana de Arte Moderna, realizada no palco do Theatro Municipal de São Paulo, em fevereiro de 1922, com participação de Mário e Oswald de Andrade , Di Cavancanti, Heitor Villa-Lobos e mais um punhado de artistas, tem movimentado o mercado editorial brasileiro.
Textos já consagrados sobre a Semana e seus personagens — como "A brasilidade modernista", de Eduardo Jardim , e "Mário de Andrade: exílio no Rio", de Moacir Werneck de Castro — voltam às livrarias ao lado de obras literárias como "Macunaíma", de Mário de Andrade, e "Parque industrial", de Pagu.
Confira alguns dos últimos lançamentos relacionados à efeméride:
"1922 e depois"
Autores: Mário de Andrade, Rubem Braga e Walmir Ayala. Editora: Nova Fronteira. Páginas: 168. Preço: R$ 24,90.
Escritos entre 1928 e 1988, os ensaios reunidos na antologia foram publicados em grande parte em jornais, revistas e catálogos de exposições. Alguns textos, como "Tarsila", de Mário de Andrade, e "Mário", de Rubem Braga , permeneciam inéditos em livros.
"A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica"
Autor: Eduardo Jardim. Editora: Ponteio Edições e Editora PUC-Rio. Páginas: 144. Preço: R$ 59,90.
Lançado originalmente em 1978, a obra tornou-se um clássico ao relacionar o modernismo a debates intelectuais que remontavam ao século XIX. Professor da PUC-Rio, Eduardo Jardim resgata a figura de Graça Aranha, apoiador entusiasta da Semana, e discute a "brasilidade" modernista segundo as vertentes "analítica", proposta por Mário de Andrade, e a "intuitiva", defendida por Oswald de Andrade e Plínio Salgado .
"A revista Verde, de Cataguases: contribuição a história do modernismo"
Autor: Luiz Ruffato. Editora: Autêntica. Páginas: 192. Preço: 49,80.
O livro resgata a memória de uma das publicações modernistas mais importantes dos anos 1920, a revista Verde, de Cataguases, na Zona da Mata mineira. Luiz Ruffato desfaz a versão historiográfica que considera a Verde, bem como toda a efervescência cultural observada no município à época, fruto de um "fenômeno inexplicável".
"Diário confessional"
Autor: Oswald de Andrade. Organização: Manuel da Costa Pinto. Editora: Companhia das Letras. Páginas: 560. Preço: 99,90.
Reunião de cadernos inéditos de um dos pioneiros do modernismo apresenta uma figura bem distinta do personagem irreverente que se consagrou no imaginário nacional. Oswald de Andrade emerge como um homem inquieto, cáustico e profundamente atormentado por incertezas.
"É apenas agitação"
Autora: Nélida Capela. Editora: Telha. Páginas: 196. Preço: R$ 45.
O livro reúne 10 entrevistas concedidas a Peregrino Júnior e publicadas no carioca O Jornal em 1926, nas quais imortais da Academia Brasileira de Letras (Coelho Netto, Silva Ramos, João Ribeiro, entre outros) comentavam a Semana de Arte Moderna de 1922. Alguns comemoravam a ousadia dos paulistas, capazes de chacoalhar a arte nacional. Já outros reduziam o movimento à "agitação" inconsequente.
"Inda bebo no copo dos outros: por uma estética modernista"
Autor: Mário de Andrade. Organização: Yussef Campos. Editora: Autêntica. Páginas: 224. Preço: R$ 49,80.
"Bem poderíamos em 2022 celebrar o 1º Centenário de nossa independência literária", escreveu Mário de Andrade na revista Klaxon, em dezembro de 1922. Este é um dos textos que integram "Inda bebo no copo do outros", reunião inédita de artigos publicados pelo autor de "Macunaíma" em jornais, revistas e livros, antes e depois da Semana, sobre a renovação estética proposta pelo modernismo.
"'leite criôlo': da rede modernista nacional à memória monumental do modernismo"
Autor: Miguel de Ávila. Editora: Impressões de Minas Editora. Páginas: 266. Preço: R$ 50.
O livro analisa a revista leite criôlo, fundada em Belo Horizonte, em 1929. Lançada em 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, leite criôlo seguia o programa modernista: verso livre, linguagem coloquial, ausência de pontuação. No entanto, recebeu pouca atenção da historiografia modernista, entre outras razões, por não ter produzido um Drummond e por ser tomada como exemplo do “mau modernismo”, aquele que descambou no integralismo. A leite criôlo de fato abordava a questão negra, mas nem sempre sob uma lente positiva.
“Lira mensageira: Drummond e o grupo modernista mineiro”
Autor: Sergio Miceli. Editora: Todavia. Páginas: 264. Preço: R$ 74,90.
Comparado a outros modernistas mineiros, Carlos Drummond de Andrade estava em desvantagem: estudara farmácia, seu casamento não lhe trouxera capital econômico ou social e a fortuna da família acabara. Sem reducionismos, Miceli mostra como a proximidade com Gustavo Capanema, homem forte do Estado Novo, é chave para a compreender a ascensão profissional e a expressão poética do itabirano.
"Macunaíma"
Autor: Mário de Andrade. Editora: José Olympio. Páginas: 127. Preço: R$ 44,90.
Marco da literatura brasileira, a obra lançada em 1928 apresentou o Brasil a Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, forjado a partir de lendas e mitos indígenas e populares. A nova edição reproduz a arte gráfica original de Thomaz Santa Rosa, impressa na segunda edição do livro, em 1937.
"Mário de Andrade: exilio no Rio"
Autor: Moacir Werneck de Castro. Editora: Autêntica. Páginas: 224. Preço: R$ 59,80
Publicado originalmente em 1989, o livro se debruça sobre o período em Mário de Andrade viveu no Rio de Janeiro, entre 1938 e 1941, após chefiar o Departamento de Cultura de São Paulo. O volume traz ainda 20 cartas escritas por Mário e remetidas a Werneck de Castro e depoimentos de figuras que conviveram com o autor de "Pauliceia desvairada" durante seu exílio carioca.
"Mário de Andrade por ele mesmo"
Autor: Paulo Duarte. Editora: Todavia. Páginas: 576. Preço: R$ 99,90.
Paulo Duarte foi o responsável pelo convite a Mário de Andrade para que dirigisse o Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, em 1935. As cartas enviadas por Mário ao seu companheiro são esclarecedoras das condições em que se implantou uma intervenção na máquina pública para promover o acesso à cultura. Publicado originalmente em 1971 e há muito esgotado, Duarte faz um balanço desse período conturbado na vida cultural e política brasileira.
"Modernismo em preto e branco: arte e imagem, raça e identidade no brasil, 1890-1945"
Autor: Rafael Cardoso. Editora: Companhia das Letras. Páginas: 372. Preço: R$ 99,90.
No livro, o historiador da arte Rafael Cardoso questiona a associação do modernismo a um seleto grupo paulistano e reinvindica a modernidade de manifestações da cultura de massas, como a imprensa ilustrada, a publicidade, a música popular e até o Carnaval.
"Modernismos: 1922-2022"
Organizaçao: Gênese Andrade. Editora: Companhia das Letras. Páginas: 896. Preço: R$ 159,90.
Em 29 ensaios inéditos, intelectuais como José Miguel Wisnik , Lilia Moritz Schwarcz e Walnice Nogueira Galvão festejam, questionam e provocam reflexões sobre a Semana de 22 e seus desdobramentos, revisitando suas memórias e fortuna crítica.
"O antimodernista: Graciliano Ramos e 1922"
Organizadores: Thiago Mio Salla e Ieda Lebensztein. Editora: Record. Páginas: 294 (previsão). Preço: ainda não divulgado.
Reunião de ensaios, resenhas de livros, entrevistas e cartas que Graciliano Ramos escreveu trazendo a herança do modernismo de um ponto de vista crítico. Embora reconhecesse a importância do movimento, Graciliano não caiu na idolatria e na idealização de muitos de seus contemporâneos. Os textos mostram um Graciliano incomodado com os descaminhos da civilização ocidental, e que manifesta sua postura desconfiada e vigilante de modo contínuo.
"O guarda-roupa modernista"
Autora: Carolina Casarin. Editora: Companhia das Letras. Páginas: 288. Preço: R$ 109,90.
Nesta alentada pesquisa, Carolin Casarin analisa os ideais e as contradições do modernismo a partir do figurino do casal mais icônico da arte brasileira: a pintora Tarsila do Amaral e o poeta Oswald de Andrade, ou melhor, Tarsiwald, como Mário de Andrade os chamava.
"Parque industrial"
Autora: Pagu. Editora: Companhia das Letras. Páginas: 112. Preço: R$ 49,90.
Em "Parque industrial", a escritora modernista Patrícia Galvão, a Pagu , escancara a precariedade a que estavam submetidas as trabalhadoras da indústria têxtil na São Paulo do início dos anos 1930. Em texto autobiográfico, Pagu afirmou que, embora sem confiança em seus "dotes literários", sonhava que "Parque industrial" se convertesse em um "livro revolucionário". O volume foi lançado sob o pseudônimo de Mara Lobo quando a autora tinha 22 anos.
"Semana de 22: antes do começo, depois do fim"
Autores: José de Nicola e Lucas de Nicola. Editora: Estação Brasil. Páginas: 640. Preço: 79,90.
Em "Semana de 22", livro caprichosamente ilustrado, o especialista em literatura José de Nicola e o historiador Lucas de Nicola, pai e filho, traçam as origens e apresentam os desobramentos da Semana de Arte Moderna.
"Semana de 22: entre vaias e aplausos"
Autora: Marcia Camargos. Editora: Boitempo . Páginas: 192. Preço: R$ 57
A Semana de Arte Moderna de 1922 repercutiu mal na imprensa, causou prejuízos a seus organizadores e recebeu mais vaias do que aplausos. Por que, então, ela continua relevante e celebrada um século depois? Com o apoio de vasta bibliografia e texto ágil, Marcia Camargos tenta responder a essa perguntar em “Semana de 22”, obra publicada nos 80 anos do evento e relançada este mês com novo prefácio.
"Vanguarda europeia e modernismo brasileiro"
Autor: Gilberto Mendonça Teles. Editora: José Olympio. Páginas: 658. Preço: R$ 99,90.
Obra de referência e já consagrada, "Vanguarda europeia e modernismo brasileiro" reúne poemas, conferências e manifestos vanguardistas estrangeiros e nacionais publicados entre 1857 e 1972. O autor apresenta um rico panorama dos movimentos modernistas por meio de textos de artistas como Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé, André Breton, Vladímir Maiakóvski , Tristan Tzara, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, João Cabral de Melo Neto , Murilo Mendes, Décio Pignatari e Wlademir Dias-Pino.
Fonte:https://oglobo.globo.com/cultura/livros/confira-os-livros-lancados-para-celebrar-centenario-da-semana-de-arte-moderna-de-1922-25380683
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