Estudo mapeia distribuição e prevalência do
Sars-CoV-19 em mercado de Wuhan
Cientistas do governo chinês
analisaram 923 amostras ambientais coletadas no local no início de 2020 e
identificaram o vírus em 7,9% delas; mas origem da pandemia segue incerta
Por Redação Galileu
12/04/2023 12h27 Atualizado há 6
meses
Um novo estudo analisou amostras coletadas no início de 2020 no Mercado Atacadista de Pescados de Wuhan, na China, onde pode ter surgido a pandemia de Covid-19. A pesquisa identificou o vírus Sars-CoV-2 em 73 das 923 coletas ambientais, obtidas dentro e ao redor do local de compras.
Os resultados foram publicados por cientistas do governo chinês em 5 de abril na revista científica Nature. O coronavírus surgiu em 2019 e, segundo o estudo, animais suscetíveis ao vírus já estavam no mercado de Wuhan nesse período. Mas as origens da pandemia continuam incertas.
A partir do dia 1º de janeiro de 2020, quando o local foi fechado, 923 amostras foram coletadas do ambiente. Outras 457 coletas foram feitas de 19 espécies de animais a partir de 18 de janeiro — isso incluiu o conteúdo não vendido de geladeiras e freezers, amostras de bichos e de um tanque de peixes.
Por meio de testes de reação em cadeia de polimerase em tempo real (RT-PCR), os cientistas notaram que 7,9% das amostras ambientais testaram positivo para o Sars-CoV-2. Mas nenhuma coleta dos animais tinha o coronavírus.
Apesar de nenhuma evidência direta nos animais, os pesquisadores acreditam que no mercado de Wuhan havia espécies com potencial para ter sido infectadas quando o vírus surgiu. Eles confirmaram, por exemplo, a existência de DNA de cães-guaxinim no local, o que não haviam citado em uma análise anterior, publicada em fevereiro de 2022.
A maioria das coletas positivas para o vírus foram feitas na Zona Oeste do mercado, especificamente nas ruas de número um a oito, onde foram detectados 71,4% dos espécimes positivos. Além disso, três entre 51 amostras de poços de esgoto das regiões vizinhas fora do local tiveram resultado positivo.
Em uma amostragem posterior feita em fevereiro, os cientistas fizeram coletas para investigar a persistência do RNA viral no mercado. Algumas dessas amostras deram positivo, especialmente no poço de esgoto e até nas paredes.
Fonte:https://revistagalileu.globo.com/saude/noticia/2023/04/estudo-mapeia-distribuicao-e-prevalencia-do-sars-cov-2-em-mercado-de-wuhan.ghtml
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