Covas na China têm 120 esqueletos de cavalos
sacrificados na Idade do Bronze
Restos dos animais, alguns
desmembrados, foram escavados em antiga cidade que foi centro político e
cultural no Período Zhou Ocidental (1045 a.C. a 771 a.C.)
Por Redação Galileu
02/11/2023 11h59 Atualizado há um dia
Nos restos de uma cidade da Idade do Bronze cercada por muralhas na China, arqueólogos descobriram seis poços de sacrifício contendo ossos de 120 cavalos, incluindo potros. A descoberta divulgada ontem (1) pelo site Live Science foi publicada em 3 de agosto na revista Antiquity.
A antiga cidade, conhecida como Yaoheyuan, fica nas colinas das Montanhas Liupan, no noroeste da China. O município, que foi centro político e cultural no Período Zhou Ocidental (1045 a.C. a 771 a.C.), continha um centro urbano murado, com cemitérios de alto status e fossos de sacrifício, um complexo palaciano, uma fundição de bronze, oficinas de cerâmica e ossos de oráculos inscritos.
Em Yaoheyuan, eram comuns sacrifícios de vários tipos, evidenciados por túmulos contendo ossos desarticulados de pessoas, cavalos, bois, cabras, ovelhas, galinhas, cães e coelhos, ao lado de enterros humanos.
Os poços de sacrifício contendo os cavalos empilhados traziam alguns de seus esqueletos desmembrados, o que indica que os animais provavelmente foram despedaçados antes de serem jogados ali.
Segundo relata no estudo o autor, Feng Luo, da Universidade do Noroeste, em Xi'an, China, o enterro e consumo desses cavalos em sacrifícios apontam não apenas para a riqueza e status da cidade de Yaoheyuan, mas também para a disponibilidade desses animais na região.
"Os cavalos eram um dos recursos mais importantes no noroeste da China durante o Período Zhou Ocidental", observa Luo.
Além dos enterros de animais, os arqueólogos descobriram o primeiro local de fundição de bronze conhecido do período. O lugar ainda continha tanques e restos da argila usada anteriormente para fazer moldes, fornos e bases de construção.
Os pesquisadores desenterraram também moldes de cerâmica, objetos de jade e pedra, vasos esmaltados em verde e ossos gravados com mais de 150 ideogramas, ou símbolos representando palavras, que são semelhantes aos caracteres chineses.
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