COMO ASSUMIR E CUIDAR DOS CABELOS GRISALHOS, UMA REVOLUÇÃO: CONFIRA DICAS DE PROFISSIONAIS PARA O PROCESSO DE TRANSIÇÃO E OS SEGREDOS DAS MULHERES GRISALHAS NATURAIS
Como assumir os cabelos grisalhos: confira dicas de profissionais para o processo de transição
Tudo o que você precisa saber para adotar os fios acinzentados e mantê-los saudáveis
- LAUREN VALENTI
- VOGUE US
Durante a pandemia da Covid-19, que atrapalhou as idas ao cabeleireiro e provocou uma mudança sísmica na cultura, muitas mulheres cogitaram adotar os cabelos grisalhos ao invés de escondê-los. “O lockdown definitivamente ajudou a encorajar essa decisão”, diz Jack Martin, o colorista número um quando se trata da transição para os fios acinzentados. O momento atual é sobre o cabelo prata ser idolatrado ao invés de estigmatizado.
“Normalmente, quando as mulheres vêem um pouco de cinza aparecendo, elas vão direto para o salão. Mas enquanto estávamos na quarentena em casa, elas tiveram que vê-los crescer e isso deu a chance de perceberem como suas raízes naturais são bonitas”, completou.
Enquanto os ideais de beleza estão evoluindo, permanece o fato de que a obsessão cultural pela juventude indica que muitas mulheres se descobrem considerando as implicações sociais de ficar grisalhas, ao invés de apenas seguirem a sua própria vontade.
"Às vezes as mulheres ficam nervosas com essa transformação”, admite Martin, cujas clientes de cabelos grisalhos incluem Jane Fonda e Andie Macdowell. “É uma coisa grande e nova e elas podem estar indo contra as pessoas ao seu redor, que dizem: ‘Você está louca? Por que você quer parecer velha?'.” Como a própria Macdowell disse à Vogue no início deste ano, esse foi o caso dela enquanto administrava a sua carreira em Hollywood e chegava aos 60 anos. Mas isso não a impediu de se juntar ao crescente movimento dos cabelos grisalhos – e como a empolgação em torno de seus fios grisalhos indica, confiar em sua intuição e abraçar o processo natural de envelhecimento capilar compensou.
“No começo, eu era muito cautelosa porque não queria que ninguém ficasse chateado. Mas depois que fiz isso, ficou muito claro para mim que meus instintos estavam certos, porque nunca me senti tão poderosa”, explicou Macdowell sobre ficar grisalha. “Eu me sinto mais honesta, que não estou fingindo. Eu sinto que estou abraçando exatamente o momento em que estou. Me sinto muito confortável, e de várias maneiras, acho que dá para notar no meu rosto. Eu apenas acho que combina comigo”, finaliza.
Clientes e coloristas estão gostando dessa mudança radical. “Liberar-se e amar a si mesmo completamente é um dos sentimentos mais libertadores de todos os tempos”, diz o colorista Matt Rez. “Escute, eu sou um colorista de cabelo e ganho a vida lutando contra a natureza o dia todo, mas o que eu mais amo no meu trabalho é encontrar maneiras de melhorar o que já existe. Isso é o que parece melhor pelo plano da natureza.”
Se você está pensando em fazer a transição para os cabelos grisalhos, aqui está tudo o que precisa saber antes da sua visita ao salão, desde o processo transitório até a manutenção. Olha só:
Primeiro passo: deixar as raízes crescerem
“Eu peço que minhas clientes deixem suas raízes crescerem cerca de 7 a 10 centímetros”, explica Martin, acrescentando que um corretivo de raiz temporário é uma maneira fácil e conveniente de cobri-las durante esse período. “Faço esse pedido porque preciso ver com clareza o padrão de cinza natural para que possamos imitá-lo e combiná-lo”. Antes da consulta inicial, o profissional também incentiva o fortalecimento do cabelo e a reparação dos danos com tratamentos de condicionamento profundo. “Os fios ficam mais fortes e saudáveis, o que resulta em uma transformação bem-sucedida”, diz ele.
O processo pode ser longo
Dependendo da espessura, da cor e do comprimento do cabelo, a transformação para o grisalho no salão pode levar de seis a 14 horas. Em termos de técnica, tudo se baseia no padrão das raízes e no quão claro ou escuro é a tonalidade natural da cliente. “Quando há uma mecha cinza ou branca, eu me concentro nesse tom e o uso de base até o fim”, explica Martin. “Se há um pedaço escuro, eu sigo ele. É tudo uma questão de como a coloração será feita”. Em outros casos, o profissional descolore completamente todo o cabelo, sem tocar na raíz, para remover um pouco da cor artificial antes de tingir. “Eu costumo descolorir até ficar parecido com o tom de dentro de uma banana, que é quase como o branco, uma espécie de branco amarelado, e depois tonalizo todo o cabelo”, explica. “Isso me dá uma visão completa das áreas claras e escuras para que eu possa entrar com uma luz fraca e combinar as regiões.”
Para uma transição mais lenta ao longo do tempo, também é possível tonalizar os cabelos em várias sessões. “A cada quatro a seis semanas, seu colorista pode aplicar a fórmula mais leve em uma parte dos fios. Esse processo pode levar cerca de um ano”, explica Rez. “À medida que o cabelo mais escuro nas pontas desbota, um iluminado para combater a sombra do comprimento desbotado ajudará a tornar esse processo mais fácil.” Durante esse tempo, luzes acinzentadas também podem ser feitas para adicionar dimensão ao visual.
Mechas prateadas ajudam a completar o look
Quando um cliente está em transição para cabelos grisalhos, Martin apresenta a ideia de adicionar mais "mechas de glamour" ao redor do rosto, no estilo das musas Bancroft ou Susan Sontag. “São lindas luzes pratas que emolduram, tornando a cor mais impactante e iluminando a face”, explica ele. “É muito fácil de manter e, ao contrário da manutenção a cada poucas semanas, a cliente pode ir ao salão a cada três ou quatro meses para retocar".
Tratamentos são essenciais para manter a cor – e a saúde do fio
Em média, as clientes que assumem o grisalho, mesmo que ele tenha crescido naturalmente, precisam voltar ao salão a cada três ou quatro meses para cortes e tratamentos de tonificação e hidratação, que são importantes para neutralizar o amarelo indesejado ou tons de laranja que podem surgir nos cabelos descoloridos. “Eles trazem uma cor cinza desbotada e/ou amarelada de volta à vida de cinco a 15 minutos. Não estou brincando, se você tem cabelos brancos, fez a transição lenta ou é alguém que mudou totalmente em alguns dias, um brilho pode levar a aparência do seu cabelo a outro nível”, diz Rez, acrescentando que o colorista também pode deixar o visual mais frio ou aquecido na hora de fazer a transição, a depender da preferência de cada um.
Para proteger ainda mais a cor entre as manutenções, Martin recomenda que seus clientes eliminem o uso de chapinha, secador e qualquer ferramenta térmica; evitem a exposição ao sol e ao cloro, pois isso torna o cabelo mais acinzentado; e aplique xampu apenas uma vez por semana, o que fará com que a cor do cabelo desapareça mais lentamente. Assim como é feito com o loiro, o fio prateado deve ser limpo com um xampu roxo que combate o alaranjado e corrige a cor para restaurar sua tonalidade mais fria e neutra. Tratamentos de hidratação profunda projetados especificamente para cabelos coloridos também são essenciais, e podem ser aliados a uma fórmula em tons de roxo.
Estilizar seu novo cinza com cuidado e confiança
O uso de ferramentas de calor deve ser reduzida ao mínimo para preservar a integridade do cabelo. Mas quando for necessário apostar nelas, certifique-se de aplicar um protetor térmico antes e mantenha a temperatura não muito alta. À medida que os fios envelhecem, eles podem ficar mais opacos e rígidos, por isso Martin recomenda o uso de séruns, cremes e sprays com ingredientes hidratantes no comprimento. “Quando o cabelo fica frizzado, significa que não está recebendo umidade suficiente”, explica.
Ao escolher a forma e o comprimento de seu cabelo, lembre-se de que os fios grisalhos não precisam ser cortados curtos. “Existe uma ideia antiquada de que quando se fica grisalha, precisa cortar curtinho, e eu sou totalmente contra isso”, diz o especialista. “Se você tem um cabelo longo, bonito e saudável, você pode mantê-lo comprido. A minha dica é fazer um pouco mais de camadas para emoldurar o rosto”.
Fonte:https://vogue.globo.com/Noiva/Beleza/noticia/2021/11/como-assumir-os-cabelos-grisalhos-confira-dicas-de-profissionais-para-o-processo-de-transicao.html
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Os segredos das mulheres grisalhas naturais
Confira o relato de seis mulheres que
resolveram assumir os cabelos grisalhos naturais. Saiba como cuidar do cabelo,
quais produtos utilizar e mais. Leia!
Por Claudia Lima
11/05/2019 09h34 Atualizado há 2 anos
Deixar os cabelos brancos aflorarem sempre foi um tabu na vida da maioria das mulheres. Não para estas. Depois de muita tinta para esconder os primeiros fios que teimavam em aparecer, elas finalmente resolveram assumir os fios naturais. Para algumas, o fator decisivo foram os retoques frequentes nas raízes; outras, problemas de saúde como alergias, por exemplo. Mas a maioria queria simplesmente ver como eram seus cabelos naturais, depois de anos escondidos sob tinturas. Elas admitem que a transição não é fácil, mas que é o caminho para uma revolução externa e principalmente interna.
Hoje, na hora de cuidar, elas apostam em produtos mais naturais, tratamentos caseiros e claro, um bom corte. Conheça abaixo a história (e dicas ótimas!) de seis mulheres que se reencontraram que bradam sem a menor dúvida: eu amo meus cabelos brancos!
Para Patida Mauad, os cabelos brancos são seu maior patrimônio (Foto: Adi Leite) — Foto: Vogue
Patida Mauad, blogueira, 60 anos
“Eu nunca pintei meu cabelo, ele é totalmente virgem de tinta. Meu primeiro fio branco apareceu por volta dos 27 anos e logo que vi decidi que nunca iria tingi-lo. Cada vez que aparecia um fio eu achava incrível. Mas é aquela coisa: homem grisalho é charmoso; mulher é desleixada. Claro que os amigos faziam aquela patrulha, dizendo que eu era jovem para ter os cabelos brancos. Eu sempre dizia: “Se eu sou jovem, então por que devo pintar o cabelo?” O meu olhar para a beleza é outro, mais natural. E a vida é isso: a gente envelhece, normal. Sabe o que me importa de verdade? Eu quero mais é compartilhar a minha idade! Eu amo meus cabelos brancos, eles são meu patrimônio!”
Dica: Xampu roxo! Como a tendência do cabelo branco muitas vezes é amarelar, ele neutraliza, unifica e realça o tom. Para hidratar, faço uma máscara caseira com abacate: bata ou amasse até que fique homogêneo. Passe nos cabelos úmidos e mantenha por trinta minutos. Lave e pronto!
Virginia Bohrer não se reconhecia mais com os fios tingidos (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Vogue
Virginia Bohrer, artista plástica e designer têxtil, 56 anos
“Passei a pintar os cabelos logo que apareceram os primeiros fios brancos, mas depois de um tempo notei que ele começou a ficar feio e sem vida. Quando olhava no espelho, não me reconhecia mais, e então há 5 anos, comecei a amadurecer a ideia de deixá-lo natural. Queria ter a surpresa de ver como era meu cabelo!
Fiquei grisalha há apenas um ano e a mudança foi gradual: comecei fazendo mechas, mas odiava! Resolvi raspar e fiquei feliz de ver como era branquinho. Assumir o cabelo grisalho é um processo profundo e nada fácil. No início fiquei com medo de ser descartada – mesmo trabalhando com moda – pelo colegas jovens e pela própria sociedade. Porque você sabe: uma cama branca é linda e gostosa; uma camisa branca é linda e chique; uma mulher de cabelo branco é feia e velha.
Mas mesmo você se dando conta dos olhares, eu digo: estou muito feliz com meu cabelo! Estou usando num comprimento tido como “perigoso”, ainda em fase de crescimento. Sim, porque existe ainda o estereótipo de que cabelo branco tem de ser curto e supermoderno. Eu quis deixar crescer, para usar coques, brincar mais. Se vai ficar branco para sempre? Não sei, o que importa é que me sinto inteira e de verdade.”
Dica: Cuido muito dos meus cabelos e procuro não agredi-los com o uso frequente de secadores e optei por usar no dia a dia apenas xampus naturais, sem química. A cada 15 dias lavo com um xampu de grandes marcas específico para os fios grisalhos. Com os fios brancos, estou descobrindo que o cabelo acaba sendo um elemento que brinca com todo o resto e combinações de cores lindas. Por exemplo: roupas claras deixam um visual superchique. Já o vermelho vivo, acende o look.
Ainda em transição, Bebete Indarte exibe seu cabelo "pepper and salt" (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Vogue
Bebete Indarte, professora de ioga, 58 anos
“A primeira vez que tentei assumir o grisalho foi em 2011, justamente porque estava cansada de ter de pintar toda hora. Mas na época achei meu branco muito metálico. Como moro na Holanda, onde é frio, fiquei achando que me destacava demais e acabei desistindo. No ano passado, depois de uma temporada no Brasil, resolvi deixar de novo. Afinal, queria saber: que cor é o meu cabelo?!?! Ele foi crescendo e o branco aparecendo, bonito. Fui ao salão e fiz um corte. Fiquei tão apaixonada que abri uma conta no Instagram, @greyhairvolution e descobri que existe uma grande corrente de mulheres que assumiram os grisalhos. Meu cabelo está ”pepper and salt”, ou seja, mesclado de preto e branco. Ainda estou na transição, e não é fácil: hoje lido melhor, mas no início dá aquele medo porque a mulher fica com o estigma de não ser atraente quando fica mais velha, menos sexual. Recebi muitas críticas, já não fui reconhecida nos lugares... Mas se você tem personalidade, ajuda muito. Hoje eu sou muito mais respeitada e admirada pela coragem de quebrar todos esses tabus. Estou me descobrindo uma nova mulher e para mim, foi um divisor de águas.”
Dica: o cabeleireiro é o melhor amigo das grisalhas. O mais importante é você se sentir bonita, não importa se o corte é curto, médio ou longo. Como mantenho o meu curto, mousse e hairspray também são ótimos aliados.
KIka Pereira de Souza (Foto: Ana Carvalho) — Foto: Vogue
Kika Pereira de Sousa, produtora fotográfica e dona do atelier Kikaps Papers, 57 anos
“Fui loira a vida inteira, é a cor natural do meu cabelo. Durante muito tempo fiz luzes para manter a cor e de repente os fios começaram a aparecer. Como eles se misturavam, não era exatamente um problema. Perto dos 50 o branco se intensificou e passei a pintar a raiz para unificar. Mas a grande quantidade de química me causou uma alergia imensa. Foi aí que comecei a namorar a ideia de assumir os cabelos brancos. Avisei o marido, os amigos e meu cabeleireiro, que foi contra. Fiquei brava porque acho que eles são as pessoas mais indicadas para ajudar nessa transição. Procurei outro profissional que sugeriu que eu deixasse natural sem nem saber que era exatamente o que eu queria! Fiquei um tempo sem nada de tinta, apenas vendo o cabelo crescer e como ele era de verdade, se a cor era bonita e uniforme... Seis meses depois, cortei bem curto, mas deixei a franja mais comprida. Um mês depois radicalizei: passei a máquina e deixei todo grisalho. Não digo que seja fácil, é preciso estar decidida porque existe uma fase de adaptação. Para mim ficou perfeito, ainda mais porque tenho um estilo mais despojado. E além de me mostrar quem eu realmente sou, ganhei anos de vida!”
Dica: Mantenha o cabelo em ordem: se for liso, faça escova, se tiver cachos, modele. Se não cuidar, fica com aparência desleixada. Cabelos brancos pedem que você ande mais arrumada e maquiada. Caso contrário dá uma envelhecida. Passei a usar uma base e rímel e percebi que meus olhos, que são azuis, ganham destaque e meu rosto aparece muito!
Jandira Victalino (Foto: Reprodução) — Foto: Vogue
Jandira Victalino, cabeleireira, 58 anos
"Meus cabelos sempre foram muito escuros, então quando os primeiros brancos começaram a aparecer eu comecei a pintar. Sempre fui uma mulher de muitas cores e nunca tive medo de ousar, já fui loira muito antes da Beyoncé! Até que um dia tive uma reação alérgica no corpo inteiro por conta de tantos produtos. Foi quando vi que precisava parar. Em casa, minha irmã e meu marido foram contra, mas eu estava decidida. Cortei primeiro a nuca e deixei meio moicano. Até que um dia resolvi usar uma chapinha que devia ter restos de alisante e meu cabelo ficou escorrido. Raspei a cabeça inteira e comecei do zero. Mas meu cabelo cresce muito rápido e com muitos cachos e hoje estou apaixonada por ele! Vejo que sirvo como um incentivo para quem quer assumi-los ao natural, principalmente as mulheres negras, que podem usar coques altos, tranças e dependendo do estilo, até dreadlocks. Acho que fica lindo! Fora que com os cabelos brancos a vida fica mais prática. Apesar de ser camaleônica, tenho certeza que do branco não saio mais. Quero ser tipo uma Diana Ross. Grisalha!”
Dica: Para quem tem o cabelo muito crespo, vale hidratar com óleo de coco, deixando por 30 minutos. Depois, se quiser, finalize com gel. Eu lavo meus cabelos com xampu normal e uso condicionador ou creme para pentear sem enxágue. E termino fazendo a fitagem para definir os cachos.
Bia Villarinho (Foto: Camila Cornelsen) — Foto: Vogue
Bia Villarinho, publicitária, 54 anos
“Comecei a pintar os cabelos aos 17 anos de curtição, pois sempre gostei de ser diferente. Meus brancos começaram a aparecer aos 20, mas como meu cabelo era um loiro acinzentado, não aparecia muito. Nessa vontade de querer me divertir com o visual, depois de muitas cores acabei descolorindo. Mas foi um processo muito doloroso, o couro cabeludo ardia, coçava, eu sofria muito. Prometi que não iria fazer mais. Só que a raiz foi crescendo meio malhada. Eu achei que poderia ficar interessante e passei a máquina 2 para tirar a tinta restante. Detalhe: eu não tinha nem 40 anos. Foi uma libertação, porque queria ir em busca de uma coisa mais natural. Por outro lado, gastava muito para ter o cabelo colorido e também nunca tive muita paciência para salão.
Não acho que cabelo branco tenha qualquer relação com a idade e que deve ser sempre curto, acho uma bobagem esse negócio de “corte moderninho”. Já usei todos os comprimentos, inclusive até 2 meses atrás ele estava quase na cintura. É o seu cabelo e você tem de usar da maneira que mais gosta. Não tenho vontade de voltar às cores. Acho que nada vai ficar mais confortável em mim do que os meus fios brancos.
Dica: Meu único cuidado é usar xampu adequado para cabelos brancos, porque além de unificar a cor, ele protege os fios. Também nunca uso muita maquiagem, mas um batom, principalmente vermelho, ilumina o rosto. Eu sempre usei roupas pretas e cinzas, antes mesmo dos cabelos ficarem brancos e descobri que combinam muito.”
Fonte:https://vogue.globo.com/semidade/noticia/2019/05/os-segredos-das-grisalhas.html
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