'Red pill',
'incel', 'machosfera': como o discurso misógino está se espalhando nas redes
A repórter Pâmela Dias e a socióloga
Camila Galetti explicam o aumento de adeptos de uma ideia que vê a mulher como
principal alvo de críticas, e que não raro leva a atos de violência
07/03/2023 04h00 Atualizado há 17 horas
A denúncia feita pela atriz Livia La Gatto contra o coach Thiago Schutz, acusado de ameaçá-la de morte, jogou luz sobre um movimento que vem crescendo nos últimos anos, especialmente nas redes sociais: espalhado por várias siglas e nomes, como "red pill", o discurso misógino, que menospreza as mulheres e glorifica ações que as diminuam, não apenas tem cada vez mais seguidores, mas também acabou produzindo um mercado milionário de assinaturas de vídeos, livros e palestras.
Especialistas veem uma série de riscos nesse movimento. O primeiro é o mais óbvio: ao atacar mulheres que, na visão dessas pessoas, estão cerceando suas masculinidades, o discurso serve como pretexto para ameaças, como no caso de Schutz, ou mesmo ataques com mortes. Outro ponto é uma "normalização" de ideias misóginas, algo que, em parte, pode ser atribuído à falta de ações mais contundentes das empresas de tecnologia. Afinal, as comunidades, canais e contas seguem no ar mesmo depois de ameaças explícitas.
O Ao Ponto desta terça-feira discute o crescimento do discurso misógino no Brasil, e os impactos sobre as vidas das pessoas, especialmente as mulheres. Neste episódio, as convidadas são a repórter da editoria Brasil Pâmela Dias, e a socióloga Camila Galetti.
Publicado de segunda a sexta-feira, às 6h, nas principais plataformas de podcast e no site do GLOBO, o Ao Ponto é apresentado pelos jornalistas Carolina Morand e Filipe Barini, sempre abordando acontecimentos relevantes da atualidade. O episódio também pode ser ouvido na página de Podcasts do GLOBO. Você pode seguir a gente em plataformas como Spotify, iTunes, Deezer e na Globoplay.
Fonte:https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/03/red-pill-incel-machosfera-como-o-discurso-misogino-esta-se-espalhando-nas-redes.ghtml
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