A suástica é um símbolo de paz, prosperidade e boa sorte para quase 2,3 bilhões de pessoas, um terço da humanidade. A maioria delas se encontra na Ásia, onde é um emblema sagrado para o budismo, o hinduísmo e o jainismo ― o odinismo é outro exemplo. Isso pensava o monge budista T.K. Nakagaki quando, em abril de 1986, recém-chegado aos Estados Unidos, elaborou uma cruz gamada de crisântemos para celebrar o aniversário de Buda e a colocou em seu templo de Seattle (Costa Oeste). Seus companheiros entraram em pânico. “Não pode fazer isso”, gritaram. Foi o momento de seu despertar. A última vez que a utilizou no Ocidente.
Nakagaki é atualmente um dos monges budistas mais influentes dos EUA, presidente da Fundação Heiwa pela Paz e a Reconciliação de Nova York, notável calígrafo e um homem com uma missão: resgatar a suástica das forças do ódio.
A bandeira com a cruz
gamada hindu tremula no grande encontro de peregrinação (kumbh mela) Simhasth,
na cidade de Ujjain, em Madhya Pradesh (Índia). No hinduísmo, a suástica
representa a ideia de deus, Brama. Se gira para a direita (em sentido horário,
como a nazista), simboliza a evolução do universo encarnada pelo deus criador
Brama. Por outro lado, no sentido anti-horário representa a involução do
universo, obra do deus destruidor Shiva. Os círculos correspondem aos quatro
pontos cardeais, símbolo de estabilidade.
Por que teremos que nos acostumar a ver suásticas na próxima Olimpíada noJapão
Quem visitar o Japão neste ano receberá mapas com esse
emblema repetido por toda a sua geografia
A suástica é um símbolo de paz, prosperidade e boa sorte para quase 2,3 bilhões de pessoas, um terço da humanidade. A maioria delas se encontra na Ásia, onde é um emblema sagrado para o budismo, o hinduísmo e o jainismo ― o odinismo é outro exemplo. Isso pensava o monge budista T.K. Nakagaki quando, em abril de 1986, recém-chegado aos Estados Unidos, elaborou uma cruz gamada de crisântemos para celebrar o aniversário de Buda e a colocou em seu templo de Seattle (Costa Oeste). Seus companheiros entraram em pânico. “Não pode fazer isso”, gritaram. Foi o momento de seu despertar. A última vez que a utilizou no Ocidente.
Nakagaki é atualmente um dos monges budistas mais influentes dos EUA, presidente da Fundação Heiwa pela Paz e a Reconciliação de Nova York, notável calígrafo e um homem com uma missão: resgatar a suástica das forças do ódio.
“Se pudesse convencer apenas 1% já seria um sucesso”, comenta Nakagaki. Acaba de lançar um livro intitulado The Buddhist Swastika and Hitler’s Cross (“a suástica budista e a cruz de Hitler”, Stone Bridge Press), com o qual pretende lançar um pouco de luz sobre a história e o significado milenar do símbolo que hoje associamos ao horror nazista. Está consciente do ceticismo que seu esforço desperta.
Neste ano, sua cruzada obterá uma pequena vitória na Olimpíada de Tóquio-2020. Este choque cultural foi precisamente tema de debate no Japão, onde o manji (a suástica nipônica) é usada nos mapas para indicar os templos budistas, religião seguida por 46 milhões de pessoas no país. Por isso em 2016 a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão (GSI) fez uma consulta pública sobre eliminar o manji dos mapas para não ferir a sensibilidade dos visitantes que forem aos Jogos Olímpicos. Depois de um apoio maciço a sua permanência, decidiram que os estrangeiros é que devem se acostumar às suásticas, que assim ficaram de fora da lista de símbolos a serem modificados para tornar os mapas mais inteligíveis aos não japoneses.
O sequestro nazista de um símbolo mundial
Desde que Adolf Hitler a sequestrou em 1920 para transformá-la na marca registrada do Terceiro Reich, virou a representação gráfica do antissemitismo, do ódio e da superioridade racial. Sob as bandeiras e estandartes nazistas mais de seis milhões de pessoas morreram entre 1935 e 1945. O empenho de Nakagaki pôs os especialistas do Ocidente perante uma pergunta: a suástica é redimível?
“A imagem é tão poderosa do ponto de vista do desenho que seu impacto não tem precedentes na história”, explica Steven Heller, uma autoridade na crítica visual, responsável durante 30 anos pela imagem gráfica do The New York Times e copresidente da Escola de Artes Visuais de Nova York (SVA, na sigla em inglês).
Heller está obcecado com a utilização que o regime nazista fez dela e com sua relevância ao longo dos anos. É dos que pensam que “nunca será redimida”, ao contrário do seu amigo Nakagaki. Ele também acaba de escrever um livro sobre o assunto, o terceiro em sua bibliografia, sob o título The Swastika and Symbols of Hate: Extremist Iconography Today (“a suástica e símbolos de ódio: a iconografia do extremismo na atualidade”, Allworth Press). Está convencido de que, enquanto a extrema direita continuar ampliando sua mensagem nos EUA e na Europa, continuará sendo usada como expressão de ódio contra o diferente.
“A suástica de Hitler tem só 100 anos, frente a uma história milenar”, recorda Nakagaki. A origem da cruz de dois ganchos entrelaçados remonta a 5.000 anos atrás, nos vales do rio Indo (Índia). A palavra “suástica” provém do sânscrito svastica, que significa “boa sorte” ou “bem-estar”. Seus usos religiosos e seculares se multiplicaram ao longo da história. “Há suásticas repetidas por todo mundo que nada têm a ver com os nazistas”, explica Heller.
De antes de Cristo são as que aparecem aos pés dos budas esculpidos nas montanhas do norte da Índia, na necrópole de Koban no Cáucaso da Ossétia do Norte, na antiga cidade de Troia (Turquia), nos restos de Micenas, nas ruínas de Babilônia (Iraque) e nos ornamentos da tribo dos Ashanti em Gana. As escavações arqueológicas situam a suástica no continente americano antes da chegada de Cristóvão Colombo: os nativos a estamparam em vasilhas, tapetes, roupas e joalheria.
O mais surpreendente para a mente ocidental é saber que nas décadas de 1920 e 30 servia como marca comercial nos EUA. Em 1925, a Coca-Cola fabricou uma insígnia de boa sorte com forma de suástica e a frase “Beba Coca-Cola”. Os escoteiros a imprimiram em cartões-postais, trajes, joias e medalhas ao mérito.
Times esportivos a usavam para representar os quatro Ls: “Love, life, light, luck” (“amor, vida, luz e sorte”). Foi um ornamento muito comum na arquitetura do começo do século XX. Em Nova York, pode-se vê-la no teto da livraria da Universidade Columbia, na entrada do Metropolitan Museum e na fachada da Brooklyn Academy of Music. Aparecia em postais, marcas de bolachas e inclusive nos westerns de Hollywood, até que Hitler se apropriou dela.
Os nativos americanos ―navajos, apaches, papagos e hopis― foram os primeiros a se insurgirem contra seu uso por parte dos nazistas. Em 1940, em protesto, deixaram de utilizá-la para sempre com uma declaração pública e a queima de todos seus objetos que a tinham estampada.
Na Europa, estendeu-se como uma insígnia mística comum na decoração de abadias e conventos católicos. Pode ser vista nas catedrais de Amiens (França) e Oxford (Inglaterra) e no monastério beneditino de Lambach, no norte da Alta Áustria, onde se acredita que Hitler teve seu primeiro contato com ela, ainda criança, quando participou do coro.
As teorias posteriores se dividem entre os que, como Nakagaki, consideram que a copiou do jornalista e ex-monge católico Jörg Lanz von Liebenfels, fundador da Ordem dos Novos Templários, em 1907. Tratava-se de organização antissemita que promovia a superioridade da raça ariana e que a adotou como insígnia. Sabe-se que Hitler se reuniu com Lanz para conseguir cópias de sua publicação Ostara.
Outros, como Heller, especulam que a roubou do designer berlinense Wilhelm F. Deffke, um dos inventores do logotipo corporativo, membro da Bauhaus e do Ring Neuer Werbegestalter (Círculo de Novos Desenhistas Publicitários).
Assim relatou sua criada, Mana Tress, em uma carta escrita nos anos setenta ao reconhecido designer gráfico norte-americano Paul Rand. “Não pagou por ela”, escreveu Tress. A suástica de Deffke aparecia em um livro autoeditado como uma reinterpretação da roda do sol da tradição alemã.
O que está claro é que Hitler se apropriou dela no verão de 1920, depois de lhe dar um giro à direita de 45 graus sobre seu eixo. Em seu livro, Mein Kampf (“minha luta”), publicado cinco anos depois, Hitler descreveu seu significado para o nazismo e como devia ser usada. Pintada na cor preta, sobre um círculo branco e com fundo vermelho, as cores da antiga bandeira do império alemão.
Em 2 de dezembro de 1923, apareceu pela primeira vez citada no The New York Times como a Hakenkreuz (“cruz de gancho”), num artigo onde uma testemunha descrevia uma cena dentro da cervejaria Bürgerbräukeller, em Munique, onde Hitler fez sua tentativa de golpe de Estado um mês antes. A partir daquele dia, a imprensa se referiria a ela como “o símbolo nazista”.
Sua eficácia não teria sido possível sem o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, que em 19 de maio de 1933 publicou a Lei de Proteção dos Símbolos Nacionais, que garantia a exploração da marca pelo regime e proibia seu uso comercial. O governo nazista ordenou que tremulasse em todos os edifícios oficiais da Alemanha. E acabou sendo hasteada também na Polônia, Países Baixos, nos arredores da Torre Eiffel e no Partenon da Grécia.
Setenta e quatro anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a cruz gamada continua sendo um símbolo obsceno no Ocidente. Quase diariamente a imprensa publica títulos como estes: “Suástica aparece pintada sobre a placa de Trump na calçada da fama”, “Pintada uma suástica no monólito contra o nazismo em Segóvia”. Talvez por isso, a imprensa internacional repercutiu a consulta japonesa sobre retirar ou manter o manji nos mapas: “As polêmicas suásticas que o Japão quer eliminar de seus mapas”, lia-se de Londres a Nova York. Mas o que a mídia não mencionou foi a decisão final a favor da simbologia tradicional dos templos. A suástica fica. “Seria bom que alguém contasse”, sugere
Fonte:https://brasil.elpais.com/icon_design/2020-01-24/por-que-teremos-que-nos-acostumar-a-ver-suasticas-na-proxima-olimpiada.html
A SUÁSTICA BUDISTA.
Uma pena essa associação imediata com o ódio entre as pessoas, porquanto, o verdadeiro significado do símbolo, sempre será o amor e a harmonia dos povos.
A suástica ou
cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos
diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos
aos Hindus. Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial por
ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos
a que chamamos suástica possuem detalhes gráficos bastante distintos. Vários desenhos
de suásticas usam figuras com três linhas. A nazista tem os braços, apontando
para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a figura de modo a
um dos braços estar no topo. Outras chamadas suásticas não têm braços e
consistem de cruzes com linhas curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses parecem
mais hélices do que propriamente suásticas. A chamada suástica celta
dificilmente se assemelha a uma. As suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos
no espelho do símbolo Nazista. Na China há um símbolo de orientação quádrupla,
que segue os pontos cardeais; desde o ano 700 ela assume ali o significado de
número dez mil. No Japão, a suástica (卍 manji) é usada para representar templos e santuários em
mapas, bem como em outros países do extremo oriente.
Difusão do símbolo
Suástica "virada à direita" - uma
decorativa forma Hindu.
A imagem da cruz suástica é um dos amuletos mais
antigos e universais, sendo utilizada desde o Período Neolítico.1 Foi também
adotada por nativos americanos, em diversas culturas, sem qualquer
interferência umas com as outras. A Cruz Suástica também é utilizada em
diversas cerimônias civis e religiosas da Índia: muitos templos indianos,
casamentos, festivais e celebrações são decorados com suásticas. O símbolo foi
introduzido no Sudeste Asiático por reis hindus, e remanescentes desse período
subsistem de forma integral no Hinduísmo balinês até os dias atuais, além de
ser um símbolo bastante comum na Indonésia.
Um tipo de veneração à suástica.
O símbolo tem uma história bastante antiga na
Europa, aparecendo na cerâmica da pré-história de Troia e Chipre, mas não
aparece no Egito antigo, Assíria ou Babilônia; A. H. Sayce sugere que a sua
origem é hitita.2 No começo do século XX era largamente utilizado em muitas
partes do mundo, considerado como amuleto de sorte e sucesso. Entre os
nórdicos, a suástica está associada a uma Runa, Gibur, ou Gebo.
Desde que foi adotado como logotipo do Partido
Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao
racismo, à supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao Holocausto na maior
parte do Ocidente. Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho
arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo
sítio em que localizara a cidade de Troia, sendo então associada com as
migrações ancestrais dos povos "proto-indo-europeus" dos Arianos. Ele
fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que
a suástica era um "significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais",
unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas. O casal William
Thomas e Kate Pavitt especulou que a difusão da suástica entre diversas
culturas mundiais (Índia, África, América do Norte e do Sul, Ásia e Europa)
apontava para uma origem comum, possivelmente da Atlântida.
Os nazistas utilizaram-se destas ideias, desde os
primórdios dos movimentos chamados "völkisch", adotando a suástica
como símbolo a "identidade ariana" - conceito este referendado por
teóricos como Alfred Rosenberg, associando-a às raças nórdicas - grupos
originários do norte europeu. A suástica sobrevive como símbolo dos grupos
neonazistas ou como forma de alguns grupos de ativistas ofenderem seus
adversários.
Etimologia e outros nomes
A palavra "suástica" deriva do sânscrito
svastika (no script Devanagari - स्वस्तिक),
significando felicidade, prazer e boa sorte.1 Ela é formada do prefixo
"su-" (cognata do grego ευ-), significando "bom, bem" e
"-asti", uma forma abstrata para representar o verbo
"ser".1 Suasti significa, portanto, "bem-ser". O sufixo
"-ca" designa uma forma diminutiva, portanto "suástica"
pode ser literalmente traduzida por "pequenas coisas associadas ao que
traz um bom viver (ser)". O sufixo "-tica", independentemente do
quanto foi dito, significa literalmente "marca". Desta forma na Índia
um nome alternativo para "suástica" é shubhtika (literalmente,
"boa marca"). A palavra tem sua primeira aparição nos clássicos
épicos em sânscrito Ramayana e Mahabharata
Formas alternativas de escrita deste vocábulo
sânscrito em inglês incluem "suastika" e "svastica". Formas
alternativas de denominar o símbolo:
"Aranha negra" - como chamada por
diversos povos da Europa Ocidental.
"Cruz torta"
"Cruz Gamada" (ou "em
ganchos") - na Heráldica.
Historico
As primeiras formas similares à suástica estão
conservadas em vasos cerâmicos datados de cerca de 4000 a.C., em antigas
inscrições europeias (escrita "vinca"), e como parte da escrita
encontrada na região do Indo, de cerca de 3000 a.C., a qual as religiões
posteriores (hinduísmo, budismo) passaram a usar como um de seus símbolos.
Vasos encontrados em Sintashta, datados de cerca de 2000 a.C. também foram
decorados com o símbolo suástico (veja aqui). Símbolos semelhantes foram
encontrados em objetos remanescentes das Idades do Bronze e do Ferro no norte
do Cáucaso e no Azerbaijão, oriundos das culturas dos cítios e sarmácios
(vide:[1]). Em todas as demais culturas, com a exceção daquelas do sul asiático,
a suástica não parece apresentar alguma significação relevante, mas surge como
uma forma em meio a uma série de símbolos similares em complexas variações.
Dois vasos de óleo - desenho de Schliemann em
"Ilios".
Na Antiguidade, a suástica foi usada largamente
pelos indo-arianos, hititas, celtas e gregos, dentre outros. Em especial, a
suástica era um símbolo sacro do hinduísmo, budismo e jainismo. Ela ocorre em
outras culturas asiáticas, europeias, africanas e indígenas americanas - na
maioria das vezes como elemento decorativo, eventualmente como símbolo
religioso.
A visão de Wilhelm Reich
O polêmico psicanalista Wilhelm Reich (ucraniano
de origem germânica), em "Die Massenpsychologie des Faschismus, Frankfurt
1974, S. 102-107", faz a seguinte leitura do efeito psicológico da
suástica:
O Nazismo serviu-se da simbologia para atrair
sobretudo a massa de trabalhadores alemães, enganando-os com a promessa de que
Hitler seria um Lênin para a Alemanha;
"sob o simbolismo da propaganda, a bandeira
era o que primeiro chama a atenção (cantando:).
Nós somos o exército da suástica,
Erguemos as bandeiras vermelhas
O trabalhador alemão nós queremos
Assim trazer para a liberdade."
Usando músicas que claramente pareciam comunistas,
e com a bandeira habilmente composta, passava o Nazismo um caráter
revolucionário para as massas.
Reich atesta que a "teoria irracional"
da superioridade racial, tinha apelos ao subconsciente, através das formas da
suástica e dos contrastes oferecidos pelas cores utilizadas (vermelho, preto e
branco), chegando mesmo Hitler a afirmar que esta cruz era um símbolo
anti-semita, em sua origem.
E, indo mais longe, faz a leitura de que a
suástica esquerda tem nítido apelo sexual:
"Se olharmos detidamente para as suásticas no
lado direito, vemos que elas claramente revelam formas humanas esquematizadas.
Já a suástica voltada para a esquerda, mostra um ato sexual…".
Conclui, assim, que o símbolo representou
importante fator de atração para as massas, em torno de uma ideologia que
considera falaciosa.
Hinduísmo
A Suástica é encontrada em templos hindus,
símbolos, altares, quadros e na iconografia sagrada que há por toda parte. É
usada em todos os casamentos hindus, nos festivais, em cerimônias variadas, nas
casas e portões, em roupas e jóias, meios de transporte e até mesmo como
elemento decorativo de pratos diversos, como bolos e massas.
É um dos 108 símbolos de Vishnu - e representa ali
os raios do Sol, sem os quais não haveria vida.
O som Aum é também sagrado no Hinduísmo.
Considera-se Aum como representativo do único tom primordial da criação. Já a
Suástica é uma marca puramente geométrica, sem nenhum som que lhe esteja
associado. Também é vista como indicadora das quatro direções (Norte, Leste,
Sul e Oeste), neste caso simbolizando estabilidade e solidez. Já o seu uso como
símbolo do Sol pode ser visto primeiro como uma representação de Surya - o deus
hindu do Sol.
Para o Hinduismo, os dois símbolos representam as
duas formas do deus criador, Brahma: voltada para a direita, a cruz representa
a evolução do Universo (ou Pravritti); para a esquerda, simboliza a involução
do Universo (Nivritti). Também pode ser interpretado como representando as
quatro direções (Norte, Leste, Sul e Oeste), com significado de estabilidade e
solidez.
Usada como símbolo do Sol, pode ser interpretada
primeiro como representação de Surya, o deus hindu do Sol.
A Suástica é considerada extremamente santa e
auspiciosa por todos os hindus, e seu uso decorativo está presente em todos os
tipos de artigos relativos à sua cultura.
No interior do subcontinente indiano pode ser
visto nas laterais de templos, desenhada em inscrições dos túmulos, em muitos
desenhos religiosos.
O deus Ganesh muitas vezes é feito sentado sobre
uma flor de lótus, numa cama de suásticas.
Já entre os hindus de Bengala (e atual
Bangladesh), é comum ver-se o nome da Suástica ser aplicado a um desenho
ligeiramente diferente, mas com a mesma significação da suástica comum, e da
mesma forma usada como sinal auspicioso. Este símbolo se parece um tanto com a
figura de um ser humano, e é um nome bastante comum entre os bengali, a tal
ponto que uma importante revista de Calcutá é "Suástica". A figura
ali usada, entretanto, não tem uso muito comum, na Índia.
Budismo
Suástica em um templo budista da Coreia.
O Budismo foi fundado por um príncipe hindu e as
duas formas da suástica são uma herança dessa cultura. O símbolo foi
incorporado desde a Dinastia Liao nos ideogramas chineses, com o sinal
representativo 萬 ou 万 (wan, em chinês; man, em japonês; van, em vietnamita),
significando algo como "um grande número",
"multiplicidade", "grande felicidade" ou
"longevidade",1 mas o desenho 卐 (suástica virada à direita) é raramente usado.
A suástica marca as fachadas de muitos templos budistas. As suásticas (qualquer
das duas variantes) costumam ser desenhadas no peito de muitas esculturas de
Buda, e frequentemente aparecem ao pé da estatuária de Buda.
Em razão da associação da suástica voltada para a
direita com o nazismo após a segunda metade do século XX, a suástica budista
fora da Índia tem sido utilizada apenas na sua forma 卍 (virada para a esquerda).
Esta forma da suástica é comum também nas caixas
de comida chinesa indicando que a comida é vegetariana e pode ser comida por
budistas de princípios mais rígidos. Também é bordada com frequência nos
colarinhos das blusas das crianças chinesas, para os proteger de maus espíritos.
Mapas do metrô de Taipei, onde a suástica-esquerda
representa os templos, junto à cruz que indica igrejas cristãs.
Em 1922 o movimento sincrético chinês
"Daoyuan" fundou uma associação filantrópica denominada
"Sociedade da Suástica Vermelha", copiando a ocidental Cruz Vermelha,
que foi bastante atuante na China, durante as décadas de 1920 e 30.
A suástica usada na arte e escultura budistas é
conhecida dentro da língua japonesa como "manji" (que, literalmente,
pode ser traduzido como: caractere chinês para eternidade - 万字), e representa o Dharma, a harmonia universal,
o equilíbrio dos opostos. O símbolo virado à esquerda representa amor e
piedade; voltado para a direita é força e inteligência.
Jainismo
O Jainismo dá mais ênfase à suástica que o
Hinduísmo. É um símbolo do progresso humano,1 e representa o sétimo Jina
(Santo), o Tirthankara Suparsva. É considerada uma das 24 marcas auspiciosas,
emblema do sétimo arhat dos tempos atuais. Todos os templos do Jain, assim como
seus livros santos, contêm a suástica. Suas cerimônias começam e terminam com o
desenho da suástica feito várias vezes em volta do altar.
Os adeptos também usam o arroz para desenhar a
suástica (também conhecida por "Sathiyo" no estado indiano de
Gujarat) diante dos ídolos nos templos. Os Jains colocam uma oferenda sobre
esta suástica - geralmente uma fruta, um doce (mithai), uma fruta em passa ou
ainda uma moeda ou cédula de dinheiro.
Zoroastrismo
Em Surakhany (a 15 km. de Baku, no Azerbaijão)
existe um Ateshgah ou "Templo do Fogo", supostamente construído por
volta do século VI a.C. por adoradores de Zoroastro, sobre uma fonte de gás
natural (atualmente exaurida), onde ficava uma "chama eterna", que
ardia noite e dia. Este templo foi também um santuário para os Parsis (adeptos
de Zoroastro na Índia) e para os peregrinos hindus e sikhs. O pavilhão,
quadrangular, possui inscrições em sânscrito e gravações com uma suástica.
Religiões abrâmicas
A suástica não era usada pelos adeptos das
religiões Abrâmicas. Onde aparece não tem nenhum simbolismo religioso e sim
meramente decorativo - eventualmente podendo ser um sinal de boa sorte. Um
claro exemplo é o chão da sinagoga de Ein Gedi, construída durante a ocupação
da Judeia pelo Império Romano, que era ornado com a suástica.
Algumas igrejas cristãs no período românico e
gótico estavam enfeitadas com suásticas, sobretudo as do início do período
românico. Suásticas são o principal motivo de um mosaico na igreja de Santa
Sofia, em Kiev (Ucrânia), erguida no século XII. Também aparece como ornamento
na Basílica de Santo Ambrósio em Milão. Deste período é a Catedral de Nossa
Senhora, em Amiens - acima citada - que foi erguida sobre um local de práticas
pagãs, algo que, entretanto, nenhuma relação possui com o símbolo.
A mesquita islã "Sexta-feira" de Isfahan
(Irã), e a Mesquita de Taynal em Trípoli (Líbano) possuem ambas motivos com a
suástica.
Outras tradições asiáticas
Algumas fontes indicam que a imperatriz chinesa Wu
(武則天) da
dinastia Tang (684-704), decretou que a suástica seria usada como um símbolo
alternativo para representar o sol. Como parte da lista de caracteres do idioma
chinês (mandarim), a suástica 卍 tem seu código (Unicode) U+534D (e a pronúncia segue o
caractere 萬
chinês, no cantonês, man; no mandarim, wan) para a suástica voltada para a
esquerda, e U+5350 卐 para a suástica virada à direita.
O mandarim Wan é um homófono para o número 10 mil,
que é usado para representar o todo da criação, no Tao Te Ching, o livro
basilar do taoísmo.
No Japão, a suástica é chamada manji. Desde a
Idade Média é usado como um Mon - ou "brasão de armas" de algumas
famílias. Na simbologia japonesa a suástica virada à esquerda e horizontal ou manji
é usada para indicar o local de um templo budista. A suástica à direita é
chamada de gyaku manji (逆卍 - literalmente, manji invertido), e também é chamada de kagi
jūji,
significando, literalmente, "cruz em gancho".
A suástica esquerda budista também aparece no
emblema do Falun Gong. Isto acabou gerando problemas para os seguidores da
prática, particularmente na Alemanha, onde a polícia chegou a confiscar várias
bandeiras que traziam o emblema. Uma decisão judicial posterior permitiu aos
seguidores alemães do Falun Gong continuarem com o uso do símbolo.
Tradições dos nativos americanos
O formato da suástica foi usado por alguns dos
povos americanos. Foi encontrado em escavações junto ao rio Mississipi, como no
vale do rio Ohio, e era usada por muitas tribos norte-americanas, com destaque
pelos Navajos. Em cada tribo a suástica possuía uma significação distinta. Para
o povo Hopi representava os clãs nômades; para os Navajos, era o símbolo usado
para representar um tronco girando - imagem sagrada que evocava uma lenda usada
nos rituais curativos.
A forma da suástica é um símbolo bastante antigo
na cultura Kuna, de Kuna Yala, no Panamá. Para eles a imagem lembra o polvo que
criou o mundo: seus tentáculos, voltados para os quatro pontos cardeais, deram
origem ao arco-íris, ao sol, à lua e às estrelas.
Em fevereiro de 1925 os Kuna se revoltaram contra
a supressão de sua cultura, pelo governo panamenho, e em 1930 conquistaram
autonomia. A bandeira oficial do estado exibe a suástica, com formas e cores
que variaram ao longo dos tempos: as faixas antes da cor laranja eram
vermelhas, e em 1942 um círculo (representando o tradicional anel de nariz dos
Kunas) foi acrescentado para diferenciá-la ainda mais do símbolo do partido
nazista.
A Europa pré-cristã
brasão inglês com a fylfot.
A suástica, também chamada de "cruz
fylfot", um símbolo usado em moedas do século XIX como referência a uma
cunha usada como calço nas janelas das igrejas medievais, aparece como
ornamento em muitos artefatos pré-cristãos, tanto com as pontas viradas para a
esquerda como para a direita. Motivos similares, dentro de círculos ou formas
arredondadas, foram também interpretados como formas da suástica.
Na Grécia Antiga a deusa Atena era por vezes
retratada num roupão ornado por suásticas.
Uma inscrição no alfabeto ogâmico numa pedra foi
encontrada em Condado de Kerry, na localidade de Anglish, que fora modificada
para uso num túmulo de um cristão primitivo - e estava ornada com duas
suásticas e uma Cruz Pátea. Em restos de cerimônia fúnebre pré-cristã, em
Sutton Hoo, Inglaterra, foram achadas xícaras de ouro e adornos com a suástica.
A antiga cruz do sol escandinava.
O símbolo nórdico denominado cruz do Sol ou roda
do Sol, forma habitualmente interpretada como uma variante da suástica, aparece
frequentemente na arte antiga deste povo europeu. Também foram encontradas
formas semelhantes em artefatos alemães antigos (período nômade), como uma
ponta de lança encontrada em Brest-Litovsk, Rússia, ou a pedra de Snoldelev, em
Ramsø, Dinamarca.
As religiões neo-pagãs Asatru e Heathenry
germânicas a forma da suástica é frequentemente usada como símbolo religioso.
Seus adeptos argumentam que o uso não possui qualquer implicação política que o
símbolo ganhou com a ideologia nazista, lembrando as origens pré-cristãs do
símbolo.
A suástica estava também presente na mitologia
eslava pré-cristã. Era dedicada ao deus do Sol, chamado Svarog, e tinha o nome
de Kolovrat (em polonês: kolowrót). Na República Polonesa o símbolo da suástica
era popular entre os nobres. As crônicas registram que o príncipe Oleg,
varangiano (um dos povos escandinavos), que no século IX junto aos seus
guerreiros vikings russos conquistaram Constantinopla, havia inscrito uma
suástica vermelha nos portões daquela cidade. Várias das casas nobres da
Polônia, como por exemplo Boreyko, Borzym, e Radziechowski da Rutênia
ostentavam suásticas em seus brasões. As famílias alcançaram a nobreza entre os
séculos XIV e XV, e a cruz suástica pode ser vista em muitos livros de
heráldica então produzidos.
O Museu do Vaticano contém várias amostas de
cerâmica etrusca com a suástica representada.
Seicho-No-Ie
A doutrina-filosófica sincrética Seicho-No-Ie,
fundada na primeira metade do século XX pelo japonês Masaharu Taniguchi, trouxe
a suástica como um dos seus símbolos. A suástica ali utilizada está mais para a
Cruz do Sol nórdica que para o símbolo budista.
Suástica e pureza racial
O uso da suástica era associado pelos teóricos
nazistas à sua hipótese da descendência cultural ariana dos alemães. Seguindo a
teoria da invasão ariana da Índia, reivindicavam os nazis que os primeiros
arianos naquele país introduziram o símbolo, que foi incorporado nas tradições
védicas, sendo a suástica o símbolo protótipo dos invasores brancos. Também
acreditavam que o sistema de castas hindu tinha sido um meio criado para se
evitar a mistura racial.
O conceito de pureza racial, adotado como central
na ideologia Nazista, não utilizou nenhum dos métodos modernamente aceitos como
científicos. Para Alfred Rosenberg, que procurou emprestar cientificidade às
ideias de Hitler, os arianos hindus eram, a um mesmo tempo, modelo a ser
copiado e uma advertência para dos perigos da "confusão" espiritual e
racial que, dizia, ocorrera pela proximidade das raças distintas.
Com isto, viram-se os nazistas justificados em
cooptar a suástica como um símbolo da raça ariana. O uso da suástica seria um
símbolo ariano, tempos antes dos escritos de Émile-Louis Burnouf. Assim como
muitos outros escritores nazis, o poeta nacionalista Guido von Listam fez
acreditar que este era um símbolo exclusivamente ariano.
Quando Hitler criou a bandeira para o Partido,
procurou incorporar a suástica e ainda "essas cores veneráveis que
expressam nossa homenagem ao passado glorioso que tantas honras trouxe à nação
alemã" (que eram o vermelho, preto e branco).
Também declarou Hitler que "o vermelho
expressa o pensamento social que está sob o movimento. Branco, o pensamento
nacionalista. E a suástica significa a missão a nós reservada: a luta pela
vitória da raça humana ariana, e ao mesmo tempo o triunfo do ideal de trabalho
criativo em si inerente, que será sempre anti-semítico." ( Mein Kampf ).
Nacionalismo - a suástica na bandeira alemã
Na realidade, a suástica já tinha seu uso como
símbolo dos völkisch - movimentos nacionalistas alemães. Na obra
"Deutschland Erwache" (ISBN 0-912138-69-6) Ulric da Inglaterra (sic),
assim afirma:
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…o que inspirou Hitler para usar a suástica como
símbolo da NSDAP já era usado pela Sociedade Thule (em alemão: Thule-Gesellschaft)
considerando-se que havia muitas ligações desta com o DAP (Partido dos
Trabalhadores) (…) de 1919 até o verão de 1921 Hitler usou a biblioteca
Nationalsozialistische especial do Dr. Friedrich Krohn, um sócio muito ativo da
Thule-Gesellschaft (…) Dr. Krohn também era dentista de Sternberg, que foi
nomeado por Hitler para desenhar uma bandeira semelhante aquela que Hitler
projetara em 1920 (…) durante o verão de 1920 a primeira bandeira do partido
foi apresentada no Lago Tegernsee (…) sua fabricação foi caseira (…) não foram
preservadas as primeiras bandeiras, e a bandeira do Ortsgruppe München foi
então considerada como a primeira bandeira do Partido.
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José Manuel Erbez diz:
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A primeira vez que a suástica foi usada com um
significado "ariano" foi em 25 de dezembro de 1907, quando os
auto-denominados Ordem dos Novos Templários, uma sociedade secreta fundada por
Adolf Joseph von de Lanz Liebenfels, içou no Castelo de Verfenstein (na
Áustria), uma bandeira amarela com uma suástica e quatro flores-de-lis.
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Mas o fato era que Liebenfels estava utilizando-se
de um símbolo já usual.
Em 14 de março de 1933, logo após o compromisso de
Hitler como Chanceler de Alemanha, a bandeira de NSDAP foi içada ao lado das
cores nacionais de Alemanha. Foi adotado como a bandeira nacional exclusiva no
dia 15 de setembro de 1935.
A suástica foi usada nos distintivos e bandeiras
ao longo a Alemanha Nazista, especialmente pelo governo e pelo exército, mas
teve seu uso por outras organizações "populares", como o Reichsbund
Deutsche Jägerschaft.
As variantes do uso da suástica pelos Nazistas:
Suástica preta, com giro de 45º, sobre disco
branco - símbolo do NSDAP e bandeiras nacionais;
Suástica preta, com giro de 45º, sobre um quadrado
branco (exemplo, a Juventude Hitlerista)
Suástica preta, com giro de 45º, sobre fundo
branco, pintada na cauda das aeronaves da Luftwaffe;
Suástica preta, com giro de 45º, sobre desenho de
linhas brancas e pretas finas contornando um círculo branco (exemplo, a
bandeira pessoal de Hitler, onde uma grinalda de ouro cerca o símbolo)
Suástica de braços externos curvos, formando um
círculo interrompido, como a usada pela Divisão Nórdica das SS.
A suástica no Ocidente atual
O uso da suástica por Hitler e pelo Partido
Nazista e, na atualidade, por neonazistas e outros grupos preconceituosos, para
a maioria das pessoas do Ocidente a suástica é um símbolo associado às ideias e
atos destes (O Nazismo e a supremacia branca). Por conseguinte, seu uso
tornou-se um tabu em muitos países ocidentais.
Hakenkreuz im Verbotsschild.svg
Na Alemanha de pós-guerra, por exemplo, o Código Penal
(Strafgesetzbuch) tornou criminosa a exibição da suástica e outros símbolos
nazistas - com exceção dos fins educacionais e com fins de demonstrar oposição
ao nazismo (por exemplo, uma suástica quebrada, cruzada, etc.). Este código não
deixa claro, entretanto, se fica também proibida a construção de templos
budistas ou jainistas no país (estes últimos sempre possuem uma suástica na sua
fachada, e seu ritual implica na criação de sete suásticas com grãos de arroz
em torno do altar, durante as orações).
Na Finlândia algumas unidades militares ainda usam
a suástica. Em 1944 a Força Aérea mudou o seu emblema principal, mas continuou
a utilizar a suástica noutro lugar. Em 1963 a "Grã Cruz" da Ordem da
Rosa Branca mudou o seu emblema. Mais recentemente (25 de outubro de 2005) um
emblema oficial com a suástica foi adotado pela Força Aérea.
Na Austrália, país que recebeu muitos refugiados
durante a guerra, o símbolo é legalmente considerado "racista".
Em protestos contra a invasão do Iraque muitos
ativistas usaram a suástica em associação a George W. Bush. O símbolo nazista
também foi usado por alguns músicos para expressar sua discordância com a
política do presidente norte-americano (algo que provocou certa controvérsia,
no meio artístico).
Fundado nos anos 70 o Raëlismo — uma seita
religiosa que acredita na possibilidade da imortalidade do corpo através do
progresso científico — usa um símbolo que foi objeto de considerável
controvérsia: a Estrela de David e a suástica entrelaçadas. Em 1991 o símbolo
foi modificado, removendo-se a suástica, evitando-se assim a reprovação pública.
A "Society for Creative Anachronism"
(Sociedade para o Anacronismo Criativo), que visa o estudo e diversão segundo a
Idade Média e o Renascimento, impõem restrições para o uso da suástica em suas
filiais - embora algumas delas mais modernas usem o símbolo.
Em 2002 a China exportou para o Canadá alguns
brinquedos (como um panda gigante) em que a suástica aparecia, o que provocou
muitas reclamações naquele país. Antes, em 1995 a cidade norte-americana de
Glendale, na Califórnia, teve de cobrir mais de 900 postes de iluminação,
marcados com a suástica - embora estes tenham sido fabricados por uma companhia
norte-americana antes dos anos 20, e nada tivessem a ver com o nazismo.
Vikingsuncross.png
Na Índia, após a sua independência, a variação
circular (semelhante à Cruz do Sol nórdica - que se vê na imagem ao lado) as
cédulas eleitorais foram timbradas com este símbolo que, desde então, está
associado aos pleitos eleitorais.
Brasil
No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas
constitui crime, de acordo com a lei 9.459, de 1997, como dispõe o parágrafo
primeiro do seu artigo 20:3
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou
veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem
a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
Referências
William Thomas Pavitt e Kate Pavitt, The Book of
Talismans, Amulets and Zodiacal Gems (1922), Capítulo II, Talismãs de raças
primitivas - O machado - A ponta da lança - A suástica - A serpente -
Triângulos entrelaçados
A. H. Sayce, The Hittites: The Story of a
Forgotten Empire (1888), Chapter VIII. Hittite Trade and Industry
Lei Nº 9.459, de 13 de maio de 1997. Casa Civil -
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Página visitada em 21 de setembro de 2010.
Fonte:https://www.facebook.com/220266341432872/photos/a-su%25C3%25A1stica-ou-cruz-gamada-%25C3%25A9-um-s%25C3%25ADmbolo-m%25C3%25ADstico-encontrado-em-muitas-culturas-em-/437286663064171/
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