O OCIDENTE TEME O PESADELO NUCLEAR QUE PODE MATAR 5 BILHÕES DE PESSOAS: UMA BOMBA TÁTICA NAS FRONTEIRAS EUROPEIAS. A OTAN FORÇA OS LIMITES DA GUERRA NUCLEAR.

National Nuclear Security Administration
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Guerra nuclear pode matar mais de 5 bilhões de fome, alerta estudo

Por Danielle Cassita | Editado por Rafael Rigues | 15 de Agosto de 2022 às 18h45


Uma guerra nuclear em larga escala, travada entre Estados Unidos e Rússia, poderia desencadear uma crise de fome global e causar a morte de mais de 5 bilhões de pessoas. O alerta veio de um estudo liderado por Lili Xia, professora pesquisadora assistente na Universidade Rutgers, que descreveu também o possível cenário em um conflito nuclear regional e de menor proporção: mesmo neste caso, bilhões de pessoas poderiam ficar sujeitas à fome.

Para o estudo, Xia e seus colegas calcularam quanta fuligem, capaz de bloquear a luz do Sol, poderia entrar na atmosfera após as tempestades de fogo causadas pela detonação de armas nucleares. Eles trabalharam com cálculos da dispersão de fuligem em diferentes cenários de guerra nuclear: cinco conflitos entre a Índia e o Paquistão, de menor proporção, e uma grande guerra entre os Estados Unidos e a Rússia.

Os autores inseriram os dados do arsenal nuclear de cada país em uma ferramenta de previsão meteorológica, que permite estimar a produção agrícola das principais culturas de cada país. Depois, eles examinaram as possíveis mudanças nos pastos e na pesca global. Como resultado, eles descobriram que o cenário do menor conflito, com uma guerra local entre a Índia e o Paquistão, geraria uma queda de 7% na produção calórica mundial em apenas cinco anos de guerra.

Representação das mudanças médias no consumo diário calórico por pessoa, após uma guerra de dois anos (Imagem: Reprodução/Nature Food)

Já no cenário mais extremo, com uma guerra nuclear em larga escala travada entre Estados Unidos e Rússia, a produção calórica global cairia 90% entre três e quatro anos após a guerra. Os autores concluíram que essas mudanças iriam causar problemas catastróficos no mercado global de alimentos — segundo eles, no pior cenário, mais de 75% do mundo morreria de fome em apenas dois anos. “Os dados nos dizem uma coisa: precisamos evitar que uma guerra nuclear aconteça”, disse Alan Robock, coautor do estudo.

Ele destacou que os pesquisadores já têm informações mais que suficientes para saber que guerras nucleares de qualquer tamanho poderiam aniquilar os sistemas de alimentos em todo o mundo, matando bilhões de pessoas no processo. “Nosso trabalho deixa claro que é hora de esses nove Estados [com armas nucleares] escutarem a ciência e o resto do mundo e assinar o tratado”, acrescentou ele, em referência ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, um acordo internacional para o desarmamento nuclear.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Food.

Fonte: Nature Food; Via: Universidade de Rutgers

https://canaltech.com.br/meio-ambiente/guerra-nuclear-pode-matar-mais-de-5-bilhoes-de-fome-alerta-estudo-223123/

 O OCIDENTE TEME O PESADELO NUCLEAR: UMA BOMBA TÁTICA NAS FRONTEIRAS EUROPEIAS. 


O uso da arma é possível para Moscou se a integridade do estado for ameaçada. Os EUA mantiveram cerca de 500 bombas B-61, armazenadas também na Itália.

 

O comentário é de Gianluca Di Feo, publicado por La Repubblica, 22-09-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

A contagem regressiva para a hora mais sombria já começou. Restam três meses, quatro no máximo, para evitar que a invasão da Ucrânia desencadeie uma escalada em que o uso de dispositivos nucleares não seja mais excluído. Vladimir Putin tomou a decisão mais arriscada para seu sistema de poder, mas também para a segurança mundial. Ele não pode voltar atrás: agora ele é ainda mais obrigado a insistir na prova de força, tanto no campo de batalha quanto no confronto com o Ocidente. O efeito dos 300.000 reservistas mobilizados ontem sobre o destino do conflito será visto em janeiro. Mas é uma incógnita, na qual poucos apostam, e isso obriga o Kremlin a ostentar a única certeza: a capacidade destrutiva de seu arsenal atômico.

 

Apesar do fim da Guerra Fria, a Rússia nunca deixou de considerar essas armas como um pilar de sua estratégia. A doutrina de seu uso foi constantemente atualizada, a última vez em junho de 2020, assim como as ferramentas para concretizá-la. Enquanto Washington negligenciou seus departamentos nucleares - até três anos atrás, as bases dos mísseis intercontinentais ainda usavam computadores com disquetes - Moscou investiu enormes somas para modernizá-las. Com uma diferença conceitual. Os Estados Unidos e a OTAN ficaram ancorados nas teorias concebidas na época do Muro de Berlim e na perspectiva de um embate entre os dois grandes blocos.

 

Nos debates do Kremlin, por outro lado, foi considerada a possibilidade de usar armas nucleares nos conflitos "menores" abertos pelo esfacelamento da URSS. No centro das reflexões estão os dispositivos "táticos" que possuem uma ogiva entre 0,2 e duzentos quilotons: para ter um termo de comparação, a explosão de Hiroshima foi de vinte quilotons. A abordagem é apresentada como defensiva: são o instrumento extremo para impor a supremacia russa. É afirmando pelo documento assinado por Putin: a "Bomba" pode ser usada se a integridade do Estado for ameaçada, se houver necessidade de impedir uma escalada e se estiver diante de uma derrota "inaceitável". Condições que se assemelham ao cenário que está se concretizando na Ucrânia, onde as regiões anexadas à Rússia com o referendo estão expostas ao avanço inimigo e o destacamento de Moscou corre o risco de entrar em colapso.

 

Como e onde a arma "tática" seria usada é um segredo. O targeting, ou seja, a disciplina que determina a escolha dos alvos, é uma síntese de complexas avaliações políticas e militares, em que o cálculo dos danos infligidos é acompanhado pelo cálculo das potenciais retaliações. Há meses, os líderes da OTAN vêm se questionando, tentando identificar os eventuais alvos para os quais os mísseis do Kremlin seriam apontados. Duas hipóteses circularam.

 

A mínima: a Ilha das Serpentes, a rocha ocupada pelos russos e depois reconquistada. Desde o início da invasão tornou-se o ícone da resistência, apagá-lo com um cogumelo enviaria uma mensagem feroz para toda a nação. Além disso, nas cínicas estimativas dos generais destaca-se que não haveria vítimas civis e que a precipitação - a chuva de cinzas contaminadas - seria dispersada no mar. Isso seria suficiente para dobrar a determinação dos ucranianos? Por isso, a lista de possíveis retaliações chega a incluir o horror máximo: a destruição de um centro habitado na região de Lviv, na fronteira com a Europa. Mesmo com a menor ogiva haveria milhares de mortos e feridos, com uma nuvem radioativa que também atingiria a Polônia e talvez os países bálticos. Um desafio não só para o povo ucraniano, mas para todo o Ocidente.

 

Como reagiria a Aliança AtlânticaKiev não faz parte e não há planos para um cenário tão monstruoso. Até 1991 as ogivas "táticas" eram previstas pelos comandos da OTAN como meio de combater o ataque das divisões blindadas soviéticas, depois com o desarmamento coletivo a questão foi arquivada. Nem todas as bombas desse tipo, no entanto, foram desmontadas. Os Estados Unidos mantiveram cerca de quinhentas bombas B-61 em serviço, algumas das quais destinadas a serem lançadas por aeronaves aliadas.

 

E eis que os ventos da guerra podem chegar até a Itália, porque as bases atlânticas mais próximas da área de conflito estão no território italiano. No aeroporto de Aviano, na província de Pordenone, há cerca de vinte B-61 para jatos da aviação estadunidense. Outras - o número exato é ultrassecreto - estão em Ghedi, não muito longe de Brescia: estão em um bunker estadunidense, mas seriam usadas pelos caças Tornado da Força Aérea italiana. Ninguém quer acreditar que esses fantasmas possam se transformar em realidade: até mesmo apenas pensar em armas nucleares - como disse o Papa Francisco - "é uma loucura". É por isso que é indispensável encontrar uma maneira de parar imediatamente a corrida para o abismo.

Fonte:https://www.ihu.unisinos.br/categorias/622402-o-ocidente-teme-o-pesadelo-nuclear-uma-bomba-tatica-nas-fronteiras-europeias

A OTAN força os limites da guerra nuclear. Artigo de Jeffrey Sachs


"Como a aliança liderada pelos EUA cercou a Rússia e agora tenta levá-la a derrota humilhante. A diplomacia de paz sabotada por Washington e Londres. A escalada sem controle. Será um conflito mundial a solução para a crise do capitalismo?"

 

O artigo é de Jeffrey D. Sachs, publicado por Other News e reproduzido por Outras Palavras, 29-09-2022. A tradução é de Maurício Ayer.

 

Jeffrey D. Sachs é professor da Universidade de Columbia, diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia e presidente da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ele atuou como conselheiro de três secretários-gerais da ONU e atualmente atua como advogado dos ODS sob o secretário-geral António Guterres.

 

Eis o artigo. 

 

O ex-assessor de segurança nacional dos EUA, Zbigniew Brzezinski, tem uma célebre descrição da Ucrânia como um “pivô geopolítico” da Eurásia, central para o poder dos EUA e da Rússia. Como a Rússia vê seus interesses vitais de segurança em jogo no conflito atual, a guerra na Ucrânia está rapidamente se transformando em um confronto nuclear. É urgente que os EUA e a Rússia exerçam moderação antes que o desastre aconteça.

 

Desde meados do século 19, o Ocidente competiu com a Rússia pela Crimeia e, mais especificamente, pelo poder naval no Mar Negro. Na Guerra da Crimeia (1853-1856), a Grã-Bretanha e a França capturaram Sebastopol e baniram temporariamente a marinha russa do Mar Negro. O conflito atual é, em essência, a Segunda Guerra da Crimeia. Desta vez, uma aliança militar liderada pelos EUA busca expandir a OTAN para a Ucrânia e a Geórgia, para com isso cercar o Mar Negro com cinco de seus membros.

 

Os EUA há muito consideram qualquer intrusão de grandes potências no Hemisfério Ocidental como uma ameaça direta à segurança dos EUA, desde a Doutrina Monroe de 1823, que afirma: “Devemos, portanto, à franqueza e às relações amigáveis ​​existentes entre os Estados Unidos e essas potências [europeias] declarar que devemos considerar qualquer tentativa da parte delas de estender seu sistema a qualquer parte deste hemisfério como perigosa para a nossa paz e segurança”.

 

Em 1961, os EUA invadiram Cuba quando o líder revolucionário cubano Fidel Castro procurou o apoio da União Soviética. Os EUA não estavam muito interessados ​​no “direito” de Cuba de se alinhar com qualquer país que quisesse – a mesma alegação bradada pelos EUA sobre o suposto direito da Ucrânia de ingressar na OTAN. A fracassada invasão dos EUA em 1961 foi respondida pela decisão da União Soviética de colocar armas nucleares ofensivas em Cuba em 1962, o que levou à Crise dos Mísseis de Cuba exatamente 60 anos atrás neste mês. Essa crise deixou o mundo à beira de uma guerra nuclear.

 

No entanto, a consideração dos Estados Unidos por seus próprios interesses de segurança nas Américas não impediu este país de se intrometer nos principais interesses de segurança russos na vizinhança da própria Rússia. Com o enfraquecimento da União Soviética, os líderes políticos dos EUA passaram a acreditar que os militares dos EUA poderiam operar como bem entendessem. Em 1991, o subsecretário de Defesa, Paul Wolfowitz, explicou ao general Wesley Clark que os EUA podem implantar sua força militar no Oriente Médio “e a União Soviética não nos impedirá”. As autoridades de segurança nacional dos Estados Unidos decidiram derrubar os regimes do Oriente Médio aliados à União Soviética e se intrometer nas questões de segurança da Rússia.

 

Em 1990, a Alemanha e os EUA garantiram ao presidente soviético Mikhail Gorbachev que a União Soviética poderia dissolver sua própria aliança militar, o Pacto de Varsóvia, sem medo de que a OTAN se expandisse para o leste para substituir a União Soviética. Com base nisso, ganhou o consentimento de Gorbachev para a reunificação alemã, em 1990. No entanto, com o fim da União Soviética, o presidente Bill Clinton perjurou, apoiando a expansão da OTAN para o leste.

 

O presidente russo Boris Yeltsin protestou veementemente, mas não pôde fazer nada para impedi-lo. O diplomata e ex-formulador de políticas dos EUA para a Rússia, George Kennan, declarou que a expansão da OTAN “é o início de uma nova guerra fria”.

 

Sob a supervisão de Clinton, a OTAN expandiu-se para a Polônia, Hungria e República Tcheca em 1999. Cinco anos depois, na gestão do presidente George W. Bush Jr., a OTAN expandiu-se para mais sete países: os estados bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Mar Negro (Bulgária e Romênia), Balcãs (Eslovênia) e Eslováquia. Na gestão do presidente Barack Obama, a OTAN se expandiu para a Albânia e a Croácia em 2009 e, com Donald Trump, para Montenegro em 2019.

 

A oposição da Rússia à expansão da OTAN intensificou-se fortemente em 1999 – quando os países da OTAN desconsideraram a ONU e atacaram a Sérvia, aliada russa – e endureceu ainda mais em os anos 2000, devido às guerras de escolha dos EUA no Iraque, na Síria e na Líbia. Na conferência de segurança de Munique em 2007, o presidente Vladimir Putin declarou que a expansão da OTAN representa uma “séria provocação que reduz o nível de confiança mútua”.

 

Putin continuou: “E temos o direito de perguntar: contra quem essa expansão se destina? E o que aconteceu com as garantias [de não ampliação da OTAN] que nossos parceiros ocidentais fizeram após a dissolução do Pacto de Varsóvia? Onde estão essas declarações hoje? Ninguém sequer se lembra delas. Mas vou me permitir lembrar a esta audiência o que foi dito. Gostaria de citar o discurso do secretário-geral da OTAN, Sr. Woerner, em Bruxelas, em 17 de maio de 1990. Ele disse na época: ‘o fato de estarmos prontos para não colocar um exército da OTAN fora do território alemão dá à União Soviética uma garantia de segurança firme’. Onde estão essas garantias?”

 

Ainda em 2007, com a admissão da OTAN de dois países do Mar Negro, Bulgária e Romênia, os EUA estabeleceram o Grupo de Trabalho da Zona do Mar Negro (originalmente a Força-Tarefa Leste). Então, em 2008, os EUA aumentaram ainda mais as tensões com Rússia ao declarar que a OTAN se expandiria até o coração do Mar Negro, incorporando a Ucrânia e a Geórgia e ameaçando o acesso naval da Rússia ao Mar Negro, o Mediterrâneo e o Oriente Médio. Com a entrada da Ucrânia e da Geórgia, a Rússia seria cercada por cinco países da OTAN no Mar Negro: Bulgária, Geórgia, Romênia, Turquia e Ucrânia.

 

A Rússia foi inicialmente protegida da expansão da OTAN na Ucrânia pelo presidente ucraniano pró-Rússia, Viktor Yanukovych, que liderou o parlamento ucraniano para declarar a neutralidade da Ucrânia em 2010. No entanto, em 2014, os EUA ajudaram a derrubar Yanukovych e levar ao poder um governo veementemente antirrusso. A Guerra da Ucrânia eclodiu nesse ponto, com a Rússia rapidamente recuperando a Crimeia e apoiando os separatistas pró-Rússia em Donbas, a região do leste da Ucrânia com uma proporção relativamente alta da população russa. O parlamento da Ucrânia abandonou formalmente a neutralidade no final de 2014.

 

A Ucrânia e os separatistas apoiados pela Rússia no Donbas têm travado uma guerra brutal há 8 anos. As tentativas de acabar com a guerra no Donbas através dos Acordos de Minsk falharam quando os líderes da Ucrânia decidiram não honrar os acordos, que exigiam autonomia para o Donbas. Depois de 2014, os EUA despejaram massivamente armamentos na Ucrânia e ajudaram a reestruturar as forças armadas ucranianas para operarem de modo integrado à OTAN, como tem ficado evidente nos combates deste ano.

 

A invasão russa em 2022 provavelmente teria sido evitada se Biden concordasse com a demanda de Putin, no final de 2021, de encerrar a expansão da OTAN para o leste. A guerra provavelmente teria terminado em março de 2022, quando os governos da Ucrânia e da Rússia trocaram um esboço de acordo de paz baseado na neutralidade ucraniana. Nos bastidores, os EUA e o Reino Unido pressionaram o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a rejeitar qualquer acordo com Putin e continuar lutando. Nesse ponto, a Ucrânia se afastou das negociações.

 

Rússia aumentará sua agressividade conforme necessário, possivelmente para armas nucleares, para evitar a derrota militar e a expansão da OTAN para o leste. A ameaça nuclear não é vazia, mas sim uma medida da percepção da liderança russa sobre seus interesses de segurança que estão em jogo. É aterrorizante, mas os EUA também estavam preparados para usar armas nucleares na crise dos mísseis em Cuba, e um alto funcionário ucraniano recentemente instou os EUA a lançar ataques nucleares “assim que a Rússia nem bem pensar em realizar ataques nucleares”, certamente uma receita para a Terceira Guerra Mundial. Estamos novamente à beira de uma catástrofe nuclear.

 

O presidente John F. Kennedy tomou conhecimento do confronto nuclear durante a crise dos mísseis em Cuba. Ele desarmou essa crise não por força de vontade ou poder militar dos EUA, mas por diplomacia e compromisso, removendo mísseis nucleares dos EUA na Turquia em troca da União Soviética remover seus mísseis nucleares em Cuba. No ano seguinte, ele buscou a paz com a União Soviética, assinando o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares.

Fonte:https://www.ihu.unisinos.br/categorias/622659-a-otan-forca-os-limites-da-guerra-nuclear-artigo-de-jeffrey-sachs


 

Em junho de 1963, Kennedy pronunciou a verdade essencial que pode nos manter vivos hoje: “Acima de tudo, enquanto defendemos nossos próprios interesses vitais, nós, as potências nucleares, devemos evitar aqueles confrontos que levam um adversário a escolher entre uma retirada humilhante ou uma guerra nuclear. Adotar esse tipo de caminho na era nuclear seria apenas evidência da falência de nossa política – ou de um desejo coletivo de morte para o mundo.”

 

É urgente voltar ao projeto de acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia de finais de março, baseado na não expansão da OTAN. A situação preocupante de hoje pode facilmente sair do controle, como o mundo fez em tantas ocasiões passadas – mas desta vez com a possibilidade de uma catástrofe nuclear. A própria sobrevivência do mundo depende da prudência, diplomacia e compromisso de todos os lados.

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