FÓSSEIS REVELAM NOVO GIGANTE MARINHO QUE VIVEU HÁ 66 MILHÕES DE ANOS

 

Representação de um Thalassotitan, lagarto gigante que viveu no final do Cretáceo (Foto: Reprodução/ Universidade de Bath)

Representação de um Thalassotitan, lagarto gigante que viveu no final do Cretáceo (Foto: Reprodução/ Universidade de Bath)

Fósseis revelam novo gigante marinho que viveu há 66 milhões de anos

Encontrado em Marrocos, o réptil "Thalassotitan atrox" era provavelmente o maior predador dos mares do final do período Cretáceo e situava-se no topo da cadeia alimentar

  • REDAÇÃO GALILEU
 ATUALIZADO EM 

No final do período Cretáceo, há aproximadamente 66 milhões de anos atrás, animais que mais pareciam monstros marinhos realmente existiam. Pesquisadores da Universidade de Bath, na Inglaterra, descobriram um novo mosassauro do Marrocos, chamado Thalassotitan atrox, um enorme lagarto com mandíbulas maciças e dentes como os das orcas.

Os mosassauros não eram dinossauros, mas enormes répteis marinhos que poderiam ter até 12 metros de comprimento. Eles eram parentes distantes de iguanas modernas, mas pareciam um dragão-de-komodo com nadadeiras ao invés de pernas, e tinham uma barbatana caudal parecida com a de um tubarão.

Publicado na revista Cretaceous Research, o artigo descreve os restos da nova espécie, desenterrados no Marrocos, a cerca de uma hora de Casablanca. Perto do final do Cretáceo, esse lugar havia sido inundado pelo Atlântico, com águas habitadas desde peixes pequenos a répteis gigantes como o Thalassotitan.

Os mosassauros eram enormes répteis marinhos que poderiam ter até 12 metros de comprimento (Foto: Reprodução/ Universidade de Bath)

Os mosassauros eram enormes répteis marinhos que poderiam ter até 12 metros de comprimento (Foto: Reprodução/ Universidade de Bath)

O Thalassotitan era diferente da maioria da sua espécie. Enquanto a maior parte dos mosassauros tinha mandíbulas longas e dentes finos para pegar peixes, o Thalassotitan tinha um focinho curto e largo e dentes cônicos maciços como os de uma orca, permitindo que ele agarrasse e dilacerasse presas enormes.

A sua arcada dentária quebrada e desgastada encontrada pelos pesquisadores sugere justamente que esse lagarto gigante mastigava muito mais do que apenas peixes. O achado corrobora a teoria que esse seria o maior predador marinho daqueles tempos, situados no topo da cadeia alimentar.

Junto do fóssil do Thalassotitan também foram encontrados o que os cientistas acreditam ser vítimas do lagarto gigante: restos fossilizados de tartarugas marinhas, uma cabeça de plesiossauro, mandíbulas e crânios de pelo menos três espécies diferentes de mosassauros.

“Não podemos dizer com certeza que espécie de animal comeu todos esses outros mosassauros”, afirmou Nick Longrich, professor da Universidade de Bath, em comunicado. “Mas temos ossos de répteis marinhos mortos e comidos por um grande predador no mesmo local onde encontramos o Thalassotitan, uma espécie que se encaixa no perfil do assassino. Isso provavelmente não é uma coincidência”.

Fonte:https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2022/08/fosseis-revelam-novo-gigante-marinho-que-viveu-ha-66-milhoes-de-anos.html



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