Presidente da Comissão Europeia discute adesão da Ucrânia à UE com Zelensky em Kiev
sáb., 11 de junho de
2022 8:21 AM
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen, chegou neste sábado (11) à Kiev para uma visita dedicada ao pedido de
entrada da Ucrânia na União Europeia (UE). Ela se reúne com o presidente
ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro Denys Chmygal.
"Vamos discutir sobre o trabalho em comum
necessário para a reconstrução e os progressos obtidos pela Ucrânia em
direção à Europa", afirmou Von der Leyen a jornalistas em Kiev. A
presidente da Comissão Europeia já havia viajado a Kiev no último 8 de
abril.
A Ucrânia reclama um "engajamento
jurídico" concreto até o final deste mês da parte dos europeus para obter
um status de candidato oficial à entrada na UE, sobre a qual não há consenso
entre os 27 países-membros. Líderes do bloco devem se pronunciar na próxima
semana sobre a questão, antes de uma cúpula em 23 e 24 de junho que prevê
abordar o assunto.
Intensos combates no leste
Von
der Leyen chega à Ucrânia em um momento de intensificação
dos combates no leste. Na manhã deste sábado, o escritório de Zelensky
anunciou que bombardeios foram realizados durante à noite pelos
"ocupantes" em várias cidades do Donbass, principalmente nos
arredores de Kharkiv, Lugansk e Donetsk.
"A Rússia quer devastar cada cidade do
Donbass, cada uma delas, sem exagero", afirmou o presidente ucraniano na
noite de sexta-feira. "Os militares ucranianos fazem de tudo para colocar
um fim aos ataques dos ocupantes, com todas as armas pesadas e a artilharia
moderna que a Ucrânia possui", reiterou, reforçando o apelo por material
militar aos países ocidentais.
Em
Severodonetsk, o principal alvo da Rússia no
leste, os combates continuam. As tropas russas controlam a maior
parte desta cidade considerada estratégica para Moscou.
"O inimigo continua a atacar
Severodonetsk", indicou nesta manhã o Exército ucraniano em comunicado.
Segundo a nota, as tropas do país conseguiram barrar 14 ataques nas
regiões de Donetsk e Lugansk nas 24 últimas 24 horas, mas os russos avançam nos
arredores do município de Orikhovo.
Epidemia de cólera em Mariupol
Kiev
também fez um apelo neste sábado à comunidade internacional por ajuda
humanitária, diante da propagação de doenças como a cólera e a disenteria, em
Mariupol, no sudeste do país. Nesta cidade que foi reduzida à
ruínas pelo exército russo, as estruturas sanitárias foram
completamente destruídas e cadávares estão há semanas espalhados pelas ruas.
"A guerra que levou 20 mil habitantes,
infelizmente com essas infecções vai custar a vida de milhares de moradores a
mais", afirmou o prefeito de Mariupol, Vadym Boïtchenko. Ele também pediu
que a ONU e a o Comitê Internacional da Cruz Vermelha organize um corredor
humanitário para permitir a retirada de pessoas que não conseguiram deixar a localidade
até o momento.
Nas cidades que puderam ser retomadas pelas tropas
ucranianas, organismos independentes realizam investigações sobre possíveis
crimes de guerra. A ONG Human Rights Watch publicou na sexta-feira (10) um
relatório sobre o trabalho que realizou em Tchernihiv, a 120 quilômetros ao
norte de Kiev, que foi cercada pelas tropas russas em março.
Segundo a ONG, a Rússia violou as convenções
atualmente em vigor, assassinando cidadãos ucranianos de forma indiscriminada.
Uma das investigadoras, Belkis Willé, trabalhou no local e conversou com
a RFI.
"Muitos dos ataques que documentamos
claramente violam as leis da guerra. Por exemplo, uma dessas agressões custou a
vida de 47 civis ucranianos, em uma área onde não havia nenhum alvo
militar", diz.
Para chegar a essa conclusão, o grupo passou uma
semana no local reunindo informações e provas, como imagens de satélite, fotos
e vídeos, além do registro de testemunhos dos moradores. "Espero que
autoridades - sejam elas do Tribunal Penal Internacional, da Ucrânia ou de
outros países europeus - deem sequência a essas investigações para pedir
explicações aos comandandantes russos que ordenaram e permitiram que esses
ataques ocorressem", salientou.
(RFI com agências)
Fonte:https://www.rfi.fr/br/europa/20220611-presidente-da-comiss%C3%A3o-europeia-discute-ades%C3%A3o-da-ucr%C3%A2nia-%C3%A0-ue-com-zelensky-em-kiev
Von der Leyen em Kiev para
falar sobre adesão à EU
sáb., 11 de junho de
2022 12:29 PM
A presidente da Comissão Europeia voltou a Kiev para falar da reconstrução do país e da vontade dos ucranianos de entrarem na União Europeia. Numa conferência de imprensa conjunta com Volodymir Zelenskyy, Ursula Von der Leyen garantiu que a Comissão está "a trabalhar dia e noite" para perceber a viabilidade de uma candidatura ucraniana ao bloco.
Numa conferência de imprensa conjunta com Zelenskyy, Von der Leyen sublinhou que a Ucrânia "partilha o mesmo objetivo dos 27, de canalizar os investimentos e realizar reformas de modo a melhorar a vida dos ucranianos e reconstruir o país. "A União Europeia quer tornar a Ucrânia atrativa para os investidores e quer apoiar o seu percurso europeu num contexto de reforma e investimento", disse Von der Leyen. A presidente da Comissão considerou que "a Ucrânia fez um brom trabalho no reforço do Estado de direito, mas disse que ainda é necessário implementar reformas para combater a corrupção, por exemplo, ou para modernizar a administração para ajudar a atrair investidores". "As discussões de hoje vão permitir-nos finalizar a nossa avaliação até ao final da próxima semana", acrescentou,
Nas declarações aos jornalistas, o presidente ucraniano disse que a Rússia "quer dividir e enfraquecer a Europa”. Para Zelenskyy, todo o continente "é um alvo para a Rússia, e a Ucrânia é apenas a primeira fase da agressão desse plano". E é por isso, disse o presidente, que "a resposta positiva da União Europeia ao pedido de adesão da Ucrânia pode ser uma resposta positiva à questão de saber se o projeto europeu tem futuro".
Fonte:https://br.yahoo.com/noticias/von-der-leyen-em-kiev-152941318.html
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