POR QUE O MEL É UM SUPERALIMENTO PARA AS ABELHAS E PARA OS HOMENS

  pote de mel de vidro arredondado com colher de pau coberta de mel. favas e flores espalhadas ao fundo

 (Araw General Trading/Reprodução)

O mel é um superalimento: conheça os seus benefícios

O mel é considerado um superalimento por conta de sua riqueza em vitaminas, minerais e antioxidantes. Mostraremos a seguir por que o mel pode ser uma ótima escolha para melhorar a sua dieta.

O que são os superalimentos?

Superalimentos são aqueles naturais ricos em vitaminas, fibras, minerais e outros nutrientes que só fazem bem à saúde.

Assim, quando adicionados a uma dieta equilibrada, os superalimentos como o mel fornecem ao corpo nutrientes importantes. Dessa forma, esses nutrientes ajudam, por exemplo, a prevenir doenças crônicas e alergias. Do mesmo modo, podem melhorar o desempenho do sistema imunológico.

Por que o mel é considerado um superalimento?

O mel é considerado um superalimento porque contém uma variedade de vitaminas, minerais e antioxidantes. Em síntese os antioxidantes ajudam a prevenir os radicais livres no organismo. Estes radicais livres são resultado de reações bioquímicas no corpo. Entretanto, há também fontes externas de radicais livres como gordura animal e poluição, por exemplo. Sem dúvidas os radicais livres podem danificar as células e prejudicar, por exemplo, a pele.

O mel é baixo em calorias?

Frequentemente, as pessoas associam o mel ao sabor doce. Assim, imaginam que possui alto valor calórico. Pelo contrário, o mel tem 40% menos calorias em relação ao açúcar comum usado no dia a dia. Portanto, pode ser uma boa forma de deixar a refeição mais prazerosa, sem exagerar no consumo energético.

5 Benefícios que o consumo de mel pode trazer

Sendo assim, adicione o mel a uma dieta balanceada. Certamente você poderá aproveitar uma série de benefícios e melhorias na sua saúde.

Conheça abaixo os 5 principais benefícios relacionados a esse superalimento.

1. O mel tem poder anti-inflamatório

Um estudo de 2014 publicado na revista General Medicine mostrou que o mel pode ser benéfico. Com certeza ajuda a tratar infecções no nosso organismo, com a vantagem de não apresentar efeitos colaterais como a maioria dos medicamentos.

2. O mel auxilia no controle da pressão

Como já vimos, o mel possui substâncias antioxidantes, que estão relacionadas à redução da pressão sanguínea. Do mesmo modo, estudos realizados em ratos e em humanos também estabelecem uma relação entre o consumo de mel e uma melhoria no controle da pressão.

3. O mel pode melhorar o colesterol

Altas concentrações do colesterol LDL são consideradas um fator de risco para doenças do coração.

Nesse sentido, uma série de estudos mostra a capacidade do mel em reduzir os níveis do colesterol ruim (LDL). Não somente baixa o colesterol ruim, como contribui para aumentar os níveis do colesterol bom (HDL).

Um estudo de 2008 do ScientificWorldJournal, por exemplo, fez um comparativo do mel com o açúcar refinado comum. Em suma, concluiu-se que a escolha do mel pode reduzir em até 5.8% o colesterol “ruim” (LDL), e aumentar em 3.3% o colesterol bom (HDL).

4. O mel melhora a saúde do coração

O mel é uma fonte rica de fenóis e outros antioxidantes que estão ligados a uma redução no risco de doenças do coração.

Primordialmente, esses componentes podem potencializar a dilatação das artérias e melhorar o fluxo sanguíneo em direção ao coração. Por outro lado os fenóis podem evitar a formação de coágulos, que estão relacionados a ataques cardíacos e derrames.

5. O mel tem efeitos positivos na pele

Por fim, o mel é usado para acelerar a cicatrização de feridas e queimaduras desde o Egito antigo.

Atualmente, uma série de estudos mostra o mel como um dos tratamentos mais eficazes para problemas na pele, incluindo úlceras e feridas em geral.

Além disso, existem várias aplicações estéticas do mel. Desse modo, quando aplicado à pele, traz inúmeros benefícios. A seguir, conheça algumas aplicações estéticas do mel:

·         Máscara facial de hidratação, aplicado puro à pele.

·         Limpeza dos poros, ao ser misturado a óleo de coco.

·         Esfoliante caseiro, quando misturado ao bicarbonato de sódio.

Semelhantemente, a ingestão do mel também é benéfica à saúde da pele. Por sua alta concentração de antioxidantes, o superalimento ajuda a reparar as células danificadas.

Conclusão

O mel está, portanto, relacionado a muitos benefícios para a saúde devido a seus componentes. Certamente quando somado a uma rotina de boa alimentação, atividades físicas moderadas e qualidades do sono, pode ajudar na manutenção de uma boa imunidade. Da mesma maneira contribui para manter a boa saúde do coração, bons níveis de colesterol e pressão sanguínea.

Fonte:https://coofamel.com.br/o-mel-e-um-superalimento/

3 usos do mel na jardinagem

Além das receitas culinárias e benefícios para a sua saúde, o mel pode fazer muito bem para suas plantas

Por CicloVivo

Nas frutas, em bolos, pães, puro ou como adoçante natural para sucos e geleias, o mel é um ingrediente nutritivo e saboroso. Mas, além de trazer saúde e sabor para a sua vida, o mel pode ser um grande aliado das suas plantas. Graças às suas propriedades e nutrientes, o mel é um bom aliado em alguns momentos da jardinagem. Em todos os casos, é importante usar mel de boa qualidade e procedência.

Veja 3 maneiras de usar o mel nas suas plantas!

1. Raízes mais saudáveis

Graças às suas propriedades antibacterianas e antifúngicas e a boa quantidade de energia que oferece, o mel é um ótimo aliado para manter as raízes fortes e ajudar no seu crescimento.

Quando for replantar alguma planta ou fazer mudas a partir de estacas, use a seguinte receitas: 2 colheres de sopa de mel em 2 xícaras de água fervida. Mexa bem e deixe a água esfriar totalmente. Então, mergulhe as raízes da muda ou a estaca nesta solução antes de plantá-las na terra.

2. Fertilizante para frutíferas e flores

 

abelha europa pousada em flor roxa

 (Blain's Farm & Fleet/Reprodução)

O mel não é apenas antibacteriano e antifúngico. É também uma excelente fonte de nutrientes e de elementos essenciais para as plantas, como o fósforo, potássio, ferro, magnésio e zinco.

Com esta composição, o mel é especialmente benéfico para flores e frutificação – e esta receita deve ser usada apenas uma vez ao ano, nesta época. Para fortalecer as suas árvores frutíferas ou flores, misture 2 colheres de mel em 7 xícaras de água fervida. Mexa bem e deixe esfriar totalmente. Depois é só regar.

3. Spray foliar

 

jardim com folhas exuberantes. Canteiros com pequenas flores laranjas ao fundo

 (The Spruce/K.Dave/Reprodução)

Quando notar que as suas plantas estão fracas, o mel pode ser a solução. Se notar que as plantas estão com deficiência de nutrientes, especialmente aqueles que estão presentes no mel, elas podem ficar mais fortes com um spray aplicado diretamente nas folhas.

Misture 2 colheres de sopa de mel em um litro de água e borrife essa solução nas folhas das plantas fracas a cada duas semanas. Se a falha for falta de nutrientes, logo você verá resultados positivos.

Fonte:https://casa.abril.com.br/jardins-e-hortas/3-usos-do-mel-na-jardinagem/

Por que o mel é um superalimento para as abelhas e para os homens

Por BBC

 

 

Da desintoxicação de pesticidas até o aumento da longevidade, os benefícios do doce alimento das abelhas vão muito além de simplesmente nutrir esses insetos trabalhadores na colmeia.


Não é surpresa para ninguém que as abelhas sabem muito sobre o mel.


Elas não são apenas produtoras como também consomem o mel — e de forma muito sofisticada. Ofereça a uma abelha doente diferentes variedades de mel, por exemplo, e ela escolherá aquela que melhor combate a sua infecção.


Já as pessoas têm muito a aprender com as abelhas com relação às características nutricionais do mel. Poucas décadas atrás, a maioria das listas de "alimentos funcionais" — aqueles que oferecem benefícios à saúde além da nutrição básica — não mencionava o mel, segundo a entomologista May Berenbaum, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos. "Até os apicultores — e, com certeza, os cientistas que estudavam as abelhas — consideravam o mel nada mais do que água com açúcar", segundo ela.

Daquela época até hoje, muitas pesquisas revelaram que o mel é repleto de substâncias químicas vegetais que influenciam a saúde das abelhas. Os componentes do mel podem ajudar as abelhas a viver por mais tempo, aumentar sua tolerância a condições desfavoráveis, como o frio intenso, e ampliar sua capacidade de combater infecções e curar feridas. As descobertas indicam formas de ajudar as abelhas, que vêm sofrendo muito nos últimos anos com parasitas, exposição a pesticidas e perda de habitat.

"É simplesmente uma substância notável e as pessoas talvez ainda não a valorizem muito", segundo Berenbaum.

Fruto de milhões de anos de evolução

O mel é saboroso na torrada ou misturado ao chá, mas ele é muito mais que um adoçante.

É claro que o líquido viscoso é composto principalmente de açúcar, que os membros da colmeia usam para o seu sustento. Mas ele também compreende enzimas, vitaminas, sais minerais e moléculas orgânicas que dão a cada tipo de mel suas características exclusivas e oferecem uma série de benefícios para a saúde das abelhas.

Diversos insetos podem produzir mel: as abelhas mamangabas, as abelhas sem ferrão e até vespas melíferas — mas somente as abelhas melíferas, da espécie Apis, produzem mel suficiente para abastecer as prateleiras das mercearias. Essa capacidade não surgiu da noite para o dia; ela é o resultado de milhões de anos de evolução.

As abelhas se distinguiram das vespas há cerca de 120 milhões de anos, durante um pico da evolução e difusão das angiospermas (plantas produtoras de flores). Essa diversidade da flora - além de uma mudança no comportamento das abelhas, que passaram a alimentar as larvas com pólen e não insetos - estimulou a evolução das cerca de 20 mil espécies de abelhas conhecidas hoje em dia.

Especializar-se na fabricação de mel exigiu mais algumas habilidades químicas e de comportamento. As abelhas começaram a adicionar um pouco de néctar ao pólen e moldá-lo na forma de "pacotes", para facilitar o transporte. Elas também desenvolveram glândulas de secreção de cera, que forneceram uma forma de armazenar separadamente o néctar líquido e o pólen sólido.

"A cera é um material de construção muito flexível", segundo Christina Grozinger, entomologista da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, que estuda os mecanismos responsáveis pelo comportamento social e a saúde das abelhas.

O mel e os compostos vegetais que ele contém fornecem todo tipo de benefícios para a saúde das abelhas — Foto: Getty Images via BBC

O mel e os compostos vegetais que ele contém fornecem todo tipo de benefícios para a saúde das abelhas — Foto: Getty Images via BBC

Para formar um favo de mel, as abelhas melíferas moldam a cera em hexágonos, que são o formato mais eficiente para armazenar uma substância, já que eles se unem firmemente entre si. "É um feito da engenharia", segundo Grozinger.

A construção de muitas células pequenas e uniformes apresenta outra vantagem: superfícies maiores significam evaporação mais rápida da água - e menos água significa menos crescimento de micróbios.

O processo de produção do mel que irá preencher as células do favo começa quando a abelha colheitadeira sorve o néctar. Pode parecer que ela está se alimentando, mas o lanche açucarado não vai para o seu estômago — pelo menos não no sentido tradicional. Ela armazena o néctar no papo, ou na vesícula melífera, onde ele é misturado com diversas enzimas.

Uma das primeiras enzimas a entrar em contato com o mel é a invertase, que divide as moléculas de sacarose do mel ao meio, gerando os açúcares simples glicose e frutose. Estranhamente, pesquisas indicam que as abelhas não têm os genes necessários para fabricar essa enzima divisora da sacarose - provavelmente ela é produzida por um micróbio que vive no intestino da abelha.

Ao retornar para a colmeia, a abelha melífera regurgita a mistura para a primeira abelha de uma "linha de montagem" de insetos. A passagem que se segue de uma boca para a outra reduz cada vez mais o teor de água e introduz novas enzimas. Esse processo continua a decompor o néctar e impedir o crescimento de micróbios.

As abelhas depositam a mistura em seguida em uma célula da colmeia e evaporam mais água batendo suas asas. Outra enzima surge no processo — a glicose oxidase — e converte parte da glicose em ácido glucônico, que ajudará a preservar o mel.

Essa reação química também reduz o pH (aumentando a acidez) e produz peróxido de hidrogênio — que evita o crescimento dos micróbios, mas pode tornar-se tóxico em níveis mais altos. Ainda outras enzimas, provavelmente trazidas com o pólen e as leveduras, decompõem parte do peróxido, mantendo o equilíbrio dos seus níveis.

Por fim, a célula está pronta para ser fechada com cera. Abelhas enfermeiras alimentarão outros membros da colmeia com o mel processado e o restante será armazenado para dias frios ou chuvosos.

Remédio doce

Apicultores poderão ajudar os insetos deixando uma variedade de qualidades de mel na colmeia — Foto: Getty Images via BBC

Apicultores poderão ajudar os insetos deixando uma variedade de qualidades de mel na colmeia — Foto: Getty Images via BBC

O néctar foi o que levou Berenbaum a estudar o mel - um interesse que começou a florescer em meados dos anos 1990.

Ela sabia que o néctar era colocado em infusão com substâncias químicas vegetais, chamadas de fitoquímicos: compostos que combatem pragas e ajudam no crescimento e no metabolismo vegetal. Berenbaum teve o pressentimento de que esses fitoquímicos surgiam quando as abelhas transformavam o néctar em mel. E, se eles estavam ali, ela queria saber qual seria sua função para as abelhas.

Berenbaum começou então a verificar a diversidade das substâncias químicas do mel. Em 1998, sua equipe concluiu que tipos de mel diferentes continham diferentes níveis de antioxidantes, dependendo da origem floral do mel. "Isso instigou meu interesse", afirma ela.

Posteriormente, seu grupo concluiu que abelhas melíferas alimentadas com água com açúcar misturada com dois fitoquímicos do mel — ácido p-cumárico e o potente antioxidante quercetina - apresentaram melhor tolerância a pesticidas que abelhas que se alimentaram apenas com água com açúcar. Além disso, as abelhas que receberam a água misturada com fitoquímicos viveram por mais tempo que as abelhas que não os receberam, segundo ela e seus colegas relataram em 2017, na revista Insects.

Outras pesquisas revelaram efeitos da adição de fitoquímicos ao mel. Estudos demonstraram que ácido abscísico amplifica a reação imunológica das abelhas, reduz o tempo de cura das feridas e aumenta a tolerância a baixas temperaturas.

Outros fitoquímicos reduzem o impacto de parasitas, que são uma das principais causas do declínio das abelhas melíferas. Fornecer a abelhas melíferas infectadas com fungos um xarope contendo timol (um fitoquímico derivado das plantas de timo), por exemplo, reduz o número de esporos fúngicos em mais da metade.

Demonstrou-se também que os fitoquímicos inibem as bactérias que causam loque europeia e americana - sendo que esta última é tão contagiosa e devastadora que a recomendação para seu controle é queimar colmeias inteiras para evitar sua disseminação.

Aparentemente, alguns fitoquímicos realizam seu trabalho aumentando a atividade de genes relacionados à desintoxicação e imunidade. Quando as abelhas se alimentam com fitoquímicos do néctar como anabasina, por exemplo, um gene encarregado de elaborar as proteínas antimicrobianas aumenta sua produção, segundo relatou uma equipe de pesquisa em 2017, na revista Journal of Economic Entomology.

E os fitoquímicos poderão beneficiar a saúde das abelhas satisfazendo as comunidades de micróbios que vivem nas colmeias: seus microbiomas. Cafeína, ácido gálico, ácido p-cumárico e kaempferol aumentam a diversidade e a quantidade dos micróbios intestinais das abelhas melíferas, segundo relataram pesquisadores no ano passado, na revista Journal of Applied Microbiology. A saúde dos microbiomas intestinais das abelhas melíferas está relacionada a menores intensidades de diversas infecções por parasitas.

As abelhas melíferas até escolhem variedades de mel benéficas para a saúde quando estão doentes. O entomologista Silvio Erler e sua equipe apresentaram quatro tipos de mel para abelhas melíferas infectadas por parasitas.

"Nós apenas demos a elas uma escolha", afirma Erler, agora no Instituto Julius Kühn, na Alemanha. As abelhas doentes preferiram mel de girassol, que tinha o nível mais alto de atividade antibiótica e era o melhor remédio para a infecção, segundo relatou a equipe na revista Behavioral Ecology and Sociobiology.

As abelhas melíferas curam-se a si próprias?

Apesar do aumento da imunidade e de outros benefícios à saúde fornecidos pelo mel, as abelhas ainda enfrentam problemas. Apicultores norte-americanos perderam 45% das suas colônias entre abril de 2020 e abril de 2021 — o segundo pior ano desde o início das pesquisas da organização Bee Informed Partnership, em 2006.

Os apicultores muitas vezes deixam um pouco de mel na colmeia, mas a variedade do alimento parece ser importante. Pesquisas indicam que tipos de mel diferentes, produzidos por abelhas colheitadeiras de flores das árvores de acácia-bastarda, girassol ou uma mistura de flores, combatem tipos diferentes de bactérias.

Erler compara essa variedade a uma farmácia. "Nós vamos à farmácia... e dizemos, precisamos disso para dor de cabeça e daquilo para dor de estômago. E, na farmácia, nós temos todos os remédios num lugar só."

Mas as abelhas somente são capazes de construir sua farmácia de mel se as flores certas estiverem disponíveis, não apenas em número e diversidade, mas ao longo de toda a estação, segundo Berenbaum, que é coautor de uma análise do impacto do mel sobre a saúde das abelhas na Annual Review of Entomology, edição de 2021. Essa biodiversidade está em falta nos grandes campos de produção para onde as abelhas são enviadas todos os anos para polinizar produtos básicos, como amêndoas, maçãs, abóboras e peras.

Aumentar a diversidade floral realmente gera abelhas mais saudáveis, afirma Arathi Seshadri, entomologista do Laboratório de Saúde das Abelhas Melíferas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em Davis, na Califórnia. E o USDA incentiva os donos de terras a converter parte das terras produtivas em áreas silvestres, com seu Programa de Reservas de Conservação. "A agricultura tem que continuar", afirma Seshadri, "mas precisa também sustentar os polinizadores".

Melhor nutrição para as abelhas não solucionará todos os problemas enfrentados por esses insetos. Mas garantir que as abelhas melíferas tenham acesso aos seus próprios remédios pode ajudar, segundo Silvio Erler. Ele sugere que os apicultores deixem parte do mel elaborado com diversas flores na colmeia, para que as abelhas tenham uma farmácia de mel bem abastecida por todo o ano.

E May Berenbaum, que começou suas pesquisas anos atrás porque achava que o mel não estava recebendo atenção suficiente da ciência, afirma que o acúmulo de conhecimento é um passo na direção certa. "Estou feliz por ver que finalmente o mel está chamando a atenção", afirma ela.

*Berly McCoy é produtora e escritora científica freelancer no noroeste do Estado de Montana, nos Estados Unidos.


**Este artigo foi publicado originalmente na revista jornalística independente Knowable, da editora norte-americana Annual Reviews, e republicado pelo site BBC Future.


Fonte:https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2022/01/02/por-que-o-mel-e-um-superalimento-para-as-abelhas.ghtml



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