MEDITAÇÃO CONTRA DEPRESSÃO: RESULTADO SEMELHANTE AOS ANTI-DEPRESSIVOS

  



Tem dias que a gente quer fugir do mundo. São problemas no trabalho, dívidas e tantas outras preocupações que geram altos níveis de estresse e beiram, inclusive, a depressão. Agora, pesquisas têm indicado a meditação como uma válvula de escape.

Tudo bem que há quem seja contra a prática e tenha em mente aquelas pessoas que ficam sentadas, o dia todo, de olhos fechados, meditando. Não é bem por aí. A meditação é um treinamento ativo da mente para melhorar a atenção e há diferentes programas com abordagens variadas, como a mindfulness.

A mindfulness é uma técnica budista de atenção plena, que serve para aliviar dores crônicas e o estresse. Se praticada meia hora por dia, a pessoa começa a aceitar melhor os sentimentos e pensamentos, vive o momento presente sem julgamentos e relaxa corpo e mente.

As conclusões são científicas e foram concluídas após uma pesquisa liderada pelo professor da Universidade Johns Hopkins, Madhav Goyal. Durante meses, ele analisou com uma equipe 47 ensaios clínicos com 3.515 pacientes. Cada um dos voluntários apresentavam um ou vários problemas de saúde física ou mental, incluindo depressão, ansiedade, estresse, insônia, uso de drogas, diabetes, doenças cardíacas e até câncer.

Resultados semelhantes aos antidepressivos

Todos foram submetidos a testes com meditação. E comprovou-se que a meditação parece, de verdade, aliviar sintomas de depressão e ansiedade e tem resultados semelhantes aos antidepressivos relatados em outros trabalhos.

"Os médicos devem estar cientes de que a meditação pode resultar na redução das consequências negativas do estresse psicológico. Assim, eles devem estar preparados para falar com os pacientes sobre o papel que um programa de meditação pode ter em certos tratamentos", escreveram os autores do estudo no artigo.

O Centro de Dependência e Saúde Mental de Toronto, no Canadá, também acompanhou um grupo de pacientes que sofriam de depressão e haviam tomado antidepressivos até a remissão dos sintomas.

No final da primeira fase, um terço dos pacientes continuou o tratamento antidepressivo, um terço recebeu placebo e o restante participou de sessões de terapia baseada na meditação de plena consciência.

Um ano e meio depois, 30% dos pacientes que se dedicaram à meditação de plena consciência voltaram a sofrer de depressão. O número equivale ao das pessoas do grupo tratado com antidepressivos. Os pesquisadores concluíram que a prática da plena consciência pode ser tão eficaz quanto os antidepressivos para evitar uma recaída.

Fonte:https://vilamulher.com.br/bem-estar/comportamento/meditacao-contra-depressao-11-1-69-1068.html

Contra depressão, meditação

A meditação mindfulness, já conhecida por vários benefícios à saúde, comprova agora ser tão eficiente quanto os remédios no tratamento da depressão.

A meditação de atenção plena, ou mindfulness, que estimula seus praticantes a direcionar a atenção integral para o momento presente, funciona tão bem quanto os antidepressivos na prevenção de recaídas de depressão, afirmam cientistas britânicos. Seu estudo, publicado em abril na revista médica The Lancet, revelou que pessoas com depressão recorrente convidadas a participar de sessões de terapia em grupo nas quais se usava mindfulness tiveram uma probabilidade de passar dois anos sem recaídas praticamente igual à daquelas tratadas com remédios antidepressivos.

Para o estudo foram recrutados 424 usuários do serviço nacional de saúde britânico no sudoeste da Inglaterra. Os pesquisadores retiraram gradualmente os antidepressivos do tratamento de metade dessas pessoas e solicitaram a elas que tomassem parte em sessões de mindfulness. Nessas sessões, elas aprendiam os princípios dessa meditação para poder reagir de modo diferente aos padrões de pensamento negativo capazes de levar a um ataque de depressão. Os demais participantes continuaram a ser tratados com remédios.

As sessões foram realizadas durante oito semanas. Depois disso, os praticantes foram estimulados a fazer os exercícios em casa diariamente e receberam a opção de participar de sessões de acompanhamento. Ao cabo de dois anos, a média de recaída na depressão dos usuários do mindfulness era de 44%; a dos que continuaram a consumir antidepressivos, 47%. Sem tratamento, a média de recaídas chega a 80% dos casos. Segundo Willem Kuyken, professor de psicologia clínica na Universidade de Oxford e principal autor do estudo, as sessões de mindfulness capacitaram os participantes a “relacionar-se de forma diferente com seus pensamentos e sentimentos”.

“A depressão recorrente é caracterizada por pessoas que têm pensamentos muito negativos sobre si mesmas, outras pessoas e o mundo, e esses pensamentos negativos podem rapidamente entrar numa espiral de recaída depressiva”, explica. A pesquisa enriquece o já vasto rol de benefícios confirmados da meditação de atenção plena para a saúde. Entre eles estão o fortalecimento do sistema imunológico, o aumento das emoções positivas, a redução das emoções negativas e do estresse, o controle da obesidade e o aumento da densidade da matéria cinzenta em áreas do cérebro ligadas a memória, aprendizado, regulação das emoções e empatia.

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