
Acervo. Parte das peças com desenhos de influência marajoara e tapajônica que ainda serão finalizadas com pintura (Foto Lufe Gomes / Editora Globo)
Cerâmica artesanal mantém viva herança de nações indígenas extintas
A cultura das cerâmicas marajoara e tapajônicas é reproduzida e preservada por mestres artesãos de Icoaraci, distrito de Belém do Pará
Com papel fundamental para fomentar o artesanato da região está o Sebrae Pará, que desde 1998 realiza ações para valorizar a identidade cultural dessas comunidades e promover a melhoria da qualidade de vida, ampliando a geração de renda. A organização foi coeditora do livro Arte da terra – resgate da cultura material e iconográfica do Pará, editado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, que detém um grande acervo com desenhos de detalhes das peças, que são reproduzidos pelos artesãos de Icoaraci para a produção de obras atuais. "Seu Anísio é um grande conhecedor das culturas marajoara, tapajônica e maracá", diz Renata Trícia, gerente da unidade de Comércio e Serviços do Sebrae Pará. Além das imitações de desenhos, o mestre desenvolve traços mais autorais. Um bom exemplo é a linha que retrata a corda do Círio de Nazaré, maior evento religioso do Brasil.

Mestre Anísio e bengaleiro que traz desenho inspirado na corda do Círio de Nazaré, 70 cm de altura, R$ 490 (Foto Lufe Gomes / Editora Globo)

Prato com pintura feita pelo artesão Admilson, 20 cm, R$ 45 (Foto Lufe Gomes / Editora Globo)

Floreira rendada com estampa desenvolvida pelo mestre ceramista Déo Almeida, 80 cm, R$ 650 (Foto Lufe Gomes / Editora Globo)

Detalhe. Conforme molda a cerâmica, o artesão cria relevos sobre a peça (Foto Lufe Gomes / Editora Globo)
Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/Detalhes-decorativos/Artesanato/noticia/2017/04/ceramica-artesanal-mantem-viva-heranca-de-nacoes-indigenas-extintas.html
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