David Vélez, criador do Nubank, nasceu na Colômbia, mas entrou na lista do Brasil pelo critério atual, de residência (Foto: Rui Mendes)
Brasil ganhou 20 novos bilionários no ano de pandemia
Lista considera empresários brasileiros de dentro e fora do país; Destes, 11 moram no Brasil
Entre os novos integrantes da lista estão David Vélez, CEO e fundador do Nubank, Anne Marie Werninghaus, acionista da fabricante de motores WEG, assim como um grupo de herdeiros da fortuna da Magazine Luiza. O levantamento perde Joseph Safra e Aloysio de Andrade Faria, fundador do grupo Alfa, que faleceram em 2020.
A revista aponta que o economista e empresário Jorge Paulo Lemann, cofundador da 3G Capital que controla o grupo Kraft Heinz e a gigante cervejeira AB Inbev, segue sendo o brasileiro mais rico, com patrimônio avaliado em US$ 16,9 bilhões (R$ 94,7 bi).
Para montar a seleção, a revista considera este ano local de residência, o que explica porque no levantamento do próprio site é possível encontrar apenas 11 brasileiros - parte desses empresários e herdeiros moram no exterior. É o caso do próprio Lemann, que reside na Suiça, e de Antonio Luiz Seabra, fundador da Natura, que hoje mora no Reino Unido.
O Brasil ficou em 7° colocado no ranking de países que mais adicionaram bilionários à sua população em 2020. China e Estados Unidos, países de onde vem quase metade de todos os super ricos do mundo, lideram a lista com um total de 724 e 626 deles, respectivamente. Ao mesmo tempo, o país faz parte de uma tendência global: apenas Kuwait, Angola e São Cristóvão e Neves, nação do Caribe, perderam bilionários em 2020.
Do outro lado da moeda, o Brasil também está entre os dez países que mais concentram renda, levando em conta dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE em 2020. O país desponta com 0,539 no índice de Gini (quando mais próximo do 1, mais desigual é uma nação). De acordo com informações do Tribunal de Contas da União, mais de 30% da população brasileira teve de ser atendida pela primeira etapa do auxílio emergencial nos primeiros meses da pandemia - são cerca de 68 milhões, além de 57 milhões na segunda rodada do programa em setembro. 2020 também foi o ano em que o país voltou a ser assombrado pelo retorno ao Mapa da Fome, do qual saiu em 2014.
Veja abaixo a lista completa:
Jorge Paulo Lemann - US$ 16,9 bi
Eduardo Saverin - US$ 14,6 bi
Marcel Herrmann Telles - US$ 11,5 bi
Jorge Moll Filho e família - US$ 11,3 bi
Carlos Alberto Sicupira e família - US$ 8,7 bi
Vicky Safra - US$ 7,4 bi
Família Safra (David, Jacob, Alberto e Esther Safra) - US$ 7,1 bi
Alexandre Behring - US$ 7 bi
Dulce Pugliese de Godoy Bueno - US$ 6 bi
Alceu Elias Feldmann - US$ 5,4 bi
Luiza Helena Trajano - US$ 5,3 bi
David Velez - US$ 5,2 bi
Luis Frias - US$ 4,6 bi
Andre Esteves - US$ 4,5 bi
Candido Pinheiro Koren de Lima - US$ 3,7 bi
Franco Bittar Garcia - US$ 3,5 bi
Pedro de Godoy Bueno - US$ 3 bi
Joesley Batista - US$2,9 bi
Wesley Batista - US$ 2,9 bi
Walter Faria - US$ 2,9 bi
Luciano Hang - US$ 2,7 bi
Guilherme Benchimol - US$ 2,6 bi
Abilio dos Santos Diniz - US$ 2,6 bi
Jose Luis Cutrale - US$ 2,5 bi
Pedro Moreira Salles - US$ 2,5 bi
Carlos Sanchez - US$ 2,5 bi
André Street - US$ 2,5 bi
Eduardo de Pontes - US$ 2,4 bi
Antonio Luiz Seabra - US$ 2,4 bi
Liu Ming Chung - US$ 2,3 bi
Fernando Roberto Moreira Salles - US$ 2,3 bi
João Moreira Salles - US$ 2,3 bi
Walther Moreira Salles Junior - US$ 2,3 bi
Jose Joao Abdalla Filho - US$ 2,2 bi
Miguel Krigsner - US$ 2,2 bi
Rubens Menin Teixeira de Souza - US$ 2,2 bi
Julio Bozano - US$ 2,1 bi
Fabricio Garcia - US$ 2,1 bi
Flavia Bittar Garcia Faleiros - US$ 2,1 bi
João Alves de Queiroz Filho - US$ 1,9 bi
Ermirio Pereira de Moraes - US$ 1,9 bi
Maria Helena Moraes Scripilliti - US$ 1,9 bi
João Roberto Marinho - US$ 1,8 bi
José Roberto Marinho - US$ 1,8 bi
Roberto Irineu Marinho - US$ 1,8 bi
Jorge Pinheiro Koren de Lima - US$ 1,8 bi
Candido Pinheiro Koren de Lima Junior - US$ 1,8 bi
David Feffer - US$ 1,7 bi
Alfredo Egydio Arruda Villela Filho - US$ 1,6 bi
Daniel Feffer - US$ 1,6 bi
Jorge Feffer - US$ 1,6 bi
Ruben Feffer - US$ 1,6 bi
Alexandre Grendene Bartelle - US$ 1,6 bi
Rubens Ometto Silveira Mello - US$ 1,6 bi
Lirio Parisotto - US$ 1,5 bi
Fernando Trajano - US$ 1,5 bi
Samuel Barata - US$ 1,4 bi
Maurizio Billi - US$ 1,4 bi
Ana Lucia de Mattos Barretto Villela - US$ 1,4 bi
Jayme Garfinkel - US$ 1,4 bi
Guilherme Peirao Leal - US$ 1,4 bi
Ilson Mateus - US$ 1,4 bi
Lily Safra - US$ 1,3 bi
Anne Werninghaus - US$ 1,1 bi
Maria Pinheiro - US$ 1 bi
Fonte:https://gq.globo.com/Lifestyle/Poder/noticia/2021/04/brasil-20-novos-bilionarios-panemia.html
Quem são os bilionários brasileiros que moram fora do país
De Jorge Paulo Lemann a Eduardo Saverin, alguns dos super ricos que nasceram no Brasil mas se espalharam pelo mundo
Segundo novo levantamento da revista Forbes, publicado esta semana, o Brasil ganhou 20 bilionários durante a pandemia, incluindo novos nomes e pessoas que voltaram a ter lugar no clube dos super ricos. Mas não é tão simples assim: em 2021, a lista passou a considerar local de residência. Sob esse critério, apenas 11 deles são considerados brasileiros. Há um outro contingente de bilionários naturalizados brasileiros mas morando no exterior, assim como o caso de David Vélez, CEO e fundador da Nubank, que é colombiano mas mora no Brasil.
Abaixo você confere alguns dos principais bilionários brasileiros espalhados pelo mundo - e onde eles moram:
Jorge Paulo Lemann - Suíça
Jorge Paulo Lemann lidera o fundo de investimento 3G Capital e tem participação nos grupos AB Inbev e Kraft Heinz, posições que o coloca no topo da lista dos brasileiros mais ricos, com fortuna avaliada em US$ 17,9 bilhões de acordo com levantamento da revista Forbes. Lemann, no entanto, reside desde 1999 em um vilarejo próximo a Zurique, na Suíça.
Eduardo Saverin - Singapura
Eduardo Saverin foi cofundador do Facebook ao lado do CEO Mark Zuckerberg em 2004, e suas ações na gigante das redes sociais (assim como atuação em fundos de investimento) explicam o patrimônio calculado em US$ 17,2 bilhões. Eduardo Saverin é natural de São Paulo, morou um tempo nos EUA até renunciar de sua cidadania estadunidense em 2012. Desde então, ele mora em Singapura.
Carlos Alberto Sicupira - Suíça
Sócio de Lemann na 3G Capital e amigo de longa data do bilionário, Carlos também não mora mais no Brasil, escolhendo a Suíça como país de residência - mais especificamente, a comuna de São Galo. Hoje, sua fortuna é avaliada em US$ 9,3 bilhões.
Alexandre Behring - Estados Unidos
Presidente do conselho de administração da Kraft Heinz, membro do conselho administrativo da Restaurant Brands International (empresa ligada à rede Burger King), e colega de Jorge Paulo Lemann, Alexandre Behring mora nos Estados Unidos desde 1994, onde estudou em Harvard antes de se juntar a Lemann em seus investimentos além-mar. Integrante da lista de bilionários desde o ano passado, seu patrimônio é avaliado em US$ 7,4 bilhões.
Antonio Luiz Seabra - Reino Unido
Fundador da Natura em 1969, Antonio Luiz Seabra detém fortuna avaliada em US$ 2,4 bilhões e mora em Londres - segundo a Forbes, Seabra também seria dono de um apartamento à beira do Rio Sena, em Paris.
Liu Ming Chung - Hong Kong
Liu Ming Chung, fundador da gigante de produção de papel Nine Dragons, é um habitante do mundo. Nascido em Taiwan, ele é naturalizado brasileiro desde os anos 70 (quando jovem, morou boa parte do tempo em Santo André, no ABC Paulista). Chung conheceu sua esposa em uma viagem a Hong Kong em 1987, se mudaram para a Califórnia pouco tempo depois e decidiram voltar ao território autônomo da China lá para os idos de 95, lugar em que mora até hoje. Sua fortuna é da ordem de US$ 2,2 bilhões
Eduardo Pontes - Reino Unido
Cofundador da fintech Stone ao lado de André Street, e dono de patrimônio na casa dos US$ 2,2 bilhões, Eduardo Pontes integra a lista dos super ricos desde 2018. Embora a revista Forbes liste Pontes como morador do Rio de Janeiro, sua cidade natal, ele mora em Londres pelo menos desde 2019, onde abriu mais uma empresa na área das fintechs, a Salt Pay, que oferece meios de pagamento a varejistas em 14 países.
Vicky e Lily Safra - Suíça
Vicky, viúva de Joseph Safra, e Lily, esposa do também falecido Edmond (irmão do banqueiro) vivem ambas em Genebra, na Suíça. Lily (US$ 1,3 bi) chegou a residir em Monte Carlo, Mônaco, durante os anos 90 antes de se mudar para o país, onde tem cidadania. Já Vicky (US$ 7,5 bi) fez as malas junto do marido com destino para a cidade suíça em 2014.
Fonte:https://gq.globo.com/Lifestyle/Poder/noticia/2021/04/bilionarios-brasileiros-exterior-forbes.html
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