O QUE SE SABE SOBRE A VACINA DA JOHNSON, DE DOSE ÚNICA

  

Imunizante é fabricado por meio da tecnologia do adenovírus, a mesma usada na vacina de Oxford

Imunizante é fabricado por meio da tecnologia do adenovírus, a mesma usada na vacina de Oxford

DADO RUVIC/REUTERS

O QUE SE SABE SOBRE A VACINA DA JOHNSON, DE DOSE ÚNICA

O IMUNIZANTE NÃO PRECISA DE REFRIGERAÇÃO ABAIXO DE ZERO, O QUE FACILITA A DISTRIBUIÇÃO E APLICAÇÃO EM UM MAIOR NÚMERO DE PESSOAS

 

A vacina desenvolvida pelo laboratório belga Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, para proteger da covid-19 é administrada em apenas uma dose e está na terceira e última fase de testes no Brasil, com 7.560 voluntários.

A empresa já recebeu da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a Certificação de Boas Práticas de Fabricação, um dos documentos exigidos para o pedido de uso emergencial ou de registro da vacina no país, mas ainda não realizou nenhuma das solicitações.

A documentação segue em submissão contínua, processo adotado pela Anvisa para acelerar a liberação das vacinas contra a covid-19, o qual permite a análise dos dados de estudos com o imunizante por etapas, assim que eles são gerados, e não apenas ao final, quando todas as informações forem reunidas.

O infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, explica que o imunizante é fabricado por meio da tecnologia do adenovírus vetor, assim como a vacina de Oxford, que já está em aplicação no Brasil.

Conforme descrito pela Janssen, os adenovírus são um tipo de vírus que causam o resfriado comum que, ao serem modificados para desenvolver a vacina, não se replicam e não causam resfriado. Quando a pessoa recebe a vacina composta do adenovírus, o corpo inicia um processo de defesa e produz anticorpos contra aquele invasor, o que cria uma memória no corpo contra o coronavírus.

“Outra parte do processo envolve o código genético do próprio SARS-COV-2. Ele possui em sua superfície externa uma espécie de coroa, formada pelos chamados ‘spikes’, ou espigões, que são os responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano. Para produzir a vacina candidata da Janssen, um pedaço da proteína ‘S’, presente nesses espigões, é colocado dentro do adenovírus (que é o vetor, ou transportador)”, explicou a empresa por meio de nota.

O imunizante não necessita de refrigeração abaixo de zero, o que o torna compatível com os canais de distribuição padrão de vacinas, facilitando sua distribuição. “A grande vantagem é ser uma vacina de dose única, o que permite imunizar o dobro de pessoas”, afirma Kfouri.

A Johnson & Johnson anunciou que a vacina foi 72% eficaz na prevenção da doença nos Estados Unidos e alcançou uma taxa de 66% de eficácia global, em um teste realizado em três continentes e com variantes múltiplas do vírus.

No dia 8 de janeiro, o laboratório notificou um evento adverso grave ocorrido com um voluntário brasileiro durante os testes da vacina. Por razões éticas, o evento em si não foi divulgado e, de acordo com a Anvisa, as vacinações não foram interrompidas porque todos os voluntários já haviam recebido o imunizante.

Fonte:https://noticias.r7.com/saude/o-que-se-sabe-sobre-a-vacina-da-johnson-de-dose-unica-22022021

VACINA DA JOHNSON & JOHNSON GERA RESPOSTA IMUNOLÓGICA E POUCOS EFEITOS ADVERSOS

FARMACÊUTICA PRETENDE DETALHAS OS ESTUDOS ATÉ O FINAL DO MÊS E SOLICITAR AUTORIZAÇÃO PARA USO EMERGENCIAL NOS ESTADOS UNIDOS

Testes em estágio inicial da vacina experimental contra o coronavírus da Johnson & Johnson mostram que ela gerou uma resposta imunológica em quase todos os voluntários, com efeitos colaterais mínimos, após uma única dose.

A empresa espera relatar detalhes de testes mais avançados no final deste mês e espera solicitar autorização do US Food and Drug Administration (FDA), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, logo em seguida.

Os pesquisadores que testaram a vacina em um ensaio combinado de Fase 1-2 - principalmente para mostrar a segurança - descobriram que uma ou duas doses da vacina geraram respostas de anticorpos e células T contra o coronavírus. Os testes não foram projetados para mostrar se a vacina protegia as pessoas contra a infecção ou contra os sintomas do coronavírus - é isso que os testes de Fase 3 em andamento devem fazer.

Em texto no New England Journal of Medicine, uma equipe internacional de pesquisadores que testou a vacina em cerca de 800 voluntários disse que os testes iniciais mostraram que ela indica ser segura e eficaz.

Os pesquisadores - na Holanda, Estados Unidos e Bélgica - testaram a vacina em um grupo de pessoas com 65 anos ou mais e em um grupo de 18 a 55 anos.


Fonte:https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/01/14/vacina-da-johnson-johnson-gera-resposta-imunologica-e-poucos-efeitos-adversos

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