COVID-19: ESTADO DE MINAS GERAIS NO BRASIL TEM 13 VARIANTES EM CIRCULAÇÃO,DIZ LEVANTAMENTO

  



 As 13 variações já foram identificadas em outros locais

(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

COVID-19: Minas Gerais tem 13 variantes em circulação, diz levantamento

SES-MG está monitorando o vírus e suas mutações; variação B.1.1.7, do Reino Unido, e P.1, de Manaus, são as mais preocupantes

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou nesta quinta-feira (8/4) que já circulam 13 variantes da COVID-19 no estado. Todas já foram identificadas em outros locais, no entanto, entre as mutações mais preocupantes estão a B.1.1.7, do Reino Unido, e a P.1, que surgiu em Manaus.

O vírus causador da COVID-19, Sars-CoV-2, e suas variantes estão sendo monitorados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Rede Corona-Ômica BR-MCTI, representada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Nesta quarta-feira (7/4), os cientistas divulgaram o resultado de uma possível nova variante na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Apesar disso, a SES-MG reforça que são necessários estudos complementares para identificar se essas mutações estão associadas a alguma alteração biológica do vírus, que possivelmente se originou da antiga linhagem B.1.1.28, que circulava na capital, e adquiriu novas mutações ainda não descritas. 

A possibilidade de mais uma variante, além das 13 já identificadas, é motivo de preocupação entre especialistas. A reportagem do EM ouviu autoridades na área de saúde nesta quinta, que defendem uma coordenação nacional que implemente um lockdown em todos os estados, para frear a transmissão do vírus, e ainda uma ampliação do sequenciamento do vírus da COVID-19 em BH, para garantir maior monitoramento da possível nova variação. 

A SES-MG garante que tem ampliado as ações de vigilância genômica do coronavírus e reforça que as medidas de distanciamento social são fundamentais para controlar a transmissão do coronavírus e conter a disseminação das variantes.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

COVID-19: Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

Vídeo explica como as variantes do coronavírus afetam regras sanitárias, como o uso de máscaras, e elevam preocupação entre especialistas

A descoberta de novas cepas de coronavírus mudam os cuidados sanitários do dia a dia? Pesquisadores afirmam que as três principais mutações do Sars-CoV-2 em circulação no mundo são mais contagiosas que a variante original. E isso levou alguns países a exigir equipamentos de proteção mais eficientes, como máscaras, para tentar barrar o avanço da COVID-19.

Alemanha, Áustria e França têm demandado que as pessoas usem máscaras cirúrgicas ou do tipo PFF2 em locais públicos e no transporte coletivo. Fizemos este vídeo #PRAENTENDER como as novas linhagens preocupam a comunidade científica e o que devemos fazer no nosso dia a dia para aumentar a proteção diante de variantes mais transmissíveis. 

As cepas que mais preocupam no momento são a B.1.351, identificada pela primeira vez na África do Sul; a B.1.1.7, identificada pela primeira vez no Reino Unido; e a B.1.1.28, identificada pela primeira vez em Manaus (Amazonas). Para entender mais sobre a B1, variante brasileira, confira este vídeo que fizemos em outra edição do #PRAENTENDER. 

Maior procura por atendimento

Pesquisadores têm detectado aumento na procura por atendimento médico, o que eleva a pressão sobre os sistemas de saúde. Autoridades de saúde acreditam que a linhagem P1, identificada no Amazonas, já se espalhou por outros estados. Mas, como poucas amostras são de fato sequenciadas, fica difícil registrar a disseminação da cepa. 

Testes mostraram que Araraquara, cidade do interior de São Paulo, é uma das mais afetadas pela P1 neste começo de 2021. A variante foi identificada no município em fevereiro e o número de óbitos por COVID-19 dobrou em comparação a janeiro. Para tentar conter o colapso no sistema de saúde, a prefeitura decretou fechamento total entre 21 e 23 de fevereiro.

Atenção às máscaras faciais 

A máscara PFF2, também chamada de N95, é usada principalmente por profissionais da saúde e tem um poder de filtragem superior ao das outras máscaras cirúrgicas e de pano.

Para a especialista em epidemiologia e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, as novas variantes do coronavírus exigem o uso de máscaras mais eficazes, como a PFF2.
“A máscara PFF2 tem um filtro que, na hora que a gente vai inspirar ou expirar, consegue filtrar partículas muito pequenas, partículas menores que o vírus. Ela tem um poder de filtração maior, tanto se a gente tiver infectado, para que a gente não transmita, quanto se alguém infectado estiver próximo, para que o ar seja filtrado antes que a gente respire”.

Máscaras de pano

A máscara de pano é a mais comum no dia a dia dos brasileiros, mas ela requer cuidados. Ela precisa ter três camadas e estar bem ajustada ao rosto. A preferência também deve ser dada a tecidos que tenham algodão na composição. Devem ser usadas de forma individual, assim como todas as outras, e somente por três horas. Após esse período, é necessário retirá-la, e guardar em saco de papel ou plástico para poder lavar. Lave, no máximo, por 30 vezes essas máscaras, para que elas não percam a eficácia.

“O ideal é você usar as duas (máscara PFF2 e de tecido), mesmo que você esteja num lugar aberto. Por conta dessas novas variantes, a gente não tem ainda tantos estudos, mas a gente já sabe que elas são mais transmissíveis. Então, melhor se cuidar. Acho que nesse momento da pandemia, grande parte das pessoas já tem pelo menos duas máscaras de tecido que poderia utilizar. Lembrando que a máscara de tecido, quando você chegar em casa, você lava com água e sabão e deixa ela arejando”, explica Ethel.
Além desses cuidados com as máscaras, as outras medidas de proteção contra o coronavírus continuam valendo, como o distanciamento social e o uso de álcool em gel.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

 A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: 
O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



Fonte:https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2021/02/25/interna_nacional,1241033/covid-19-entenda-as-regras-de-protecao-contra-as-novas-cepas.shtml
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/04/08/interna_gerais,1255070/covid-19-minas-gerais-tem-13-variantes-em-circulacao-diz-levantamento.shtml

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