CORONAVÍRUS PODE TER SEGUIDO "CAMINHO COMPLICADO" ATÉ WUHAN,DIZ CHEFE DE EQUIPE DA OMS fevereiro 09, 2021 Gerar link Facebook X Pinterest E-mail Outros aplicativos Peter Ben Embarek durante entrevista coletiva em WuhanCoronavírus pode ter seguido "caminho complicado" até Wuhan, diz chefe de equipe da OMSJosh Horwitz e David Stanwayter., 9 de fevereiro de 2021 12:18 PMPor Josh Horwitz e David StanwayWUHAN, China (Reuters) - O chefe da equipe liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na cidade chinesa de Wuhan que pesquisa a origem da Covid-19 disse nesta terça-feira que os morcegos continuam sendo a provável origem do coronavírus e que a transmissão de cadeia fria é uma possibilidade e justifica mais investigação.A cadeia fria se refere ao transporte e à comercialização de alimentos congelados. A China aventa a possibilidade de o vírus ter sido transmitido por alimentos congelados e anunciou várias vezes ter encontrado vestígios do coronavírus em embalagem de alimentos importados.Mas Peter Ben Embarek, especialista da OMS em doenças animais que lidera o grupo de especialistas independentes, também disse que a investigação de quase um mês da equipe em Wuhan não alterou dramaticamente o quadro do surto."O caminho possível de qualquer espécie animal original até o mercado de Wuhan pode ter sido um caminho muito longo e complicado, envolvendo também movimentos através das fronteiras", afirmou.Embarek disse que valeria a pena estudar se um animal selvagem congelado em um local como um mercado e nas condições certas poderia ser propício para uma disseminação rápida do vírus."Sabemos que o vírus consegue sobreviver em condições que são encontradas nestes ambientes frios, congelados, mas não entendemos realmente se o vírus consegue se transmitir para humanos" ou em quais condições, disse ele na entrevista coletiva.Ele disse que o trabalho para identificar a origem do coronavírus aponta para um reservatório natural de morcegos, mas que é improvável que eles estivessem em Wuhan, a cidade na qual o surto foi identificado pela primeira vez no final de 2019.(Por Josh Horwitz, em Wuhan, e David Stanway, em Xangai; Reportagem adicional de Stephanie Nebehay, em Genebra)Não há evidência de que Wuhan foi o epicentro da pandemia, diz OMSPedestres em rua de Wuhan (Getty Images)O vírus causador da pandemia poderia estar circulando em outras regiões antes de ser identificado na cidade de Wuhan, no centro da China, no final de 2019, afirmou um especialista da autoridade de saúde da China nesta terça-feira (9).Liang Wannian também comentou sobre a visita de quase um mês a Wuhan liderada pela Organização Mundial de Saúde. Segundo ele, a cidade não foi o epicentro da pandemia.“A análise de eventos dos dois meses anteriores ao primeiro caso registrado em 19 de dezembro não revelou claras evidências da ocorrência de casos clínicos da infecção por SARS-Cov-2”, afirmou Liang .“A maioria dos casos foi reportada na segunda metade de dezembro, muitos deles associados ao mercado de Wuhan, indicando que era um dos focos da transmissão. Não é possível com base nas atuais informações epidemiológicas determinar como o SARS-Cov-2 foi introduzido no mercado de Wuhan”, seguiu o especialista.Liang também comentou que a equipe da OMS não conseguiu rastrear as lojas do mercado de Wuhan que venderam animais infectados.Ele disse ainda que o coronavírus geneticamente relacionados ao SARS-Cov-2 foi identificado em animais diferentes, como morcegos e pangolins.Peter Ben Embarek, especialista em vírus da OMS que chefiou a equipe de investigadores, afirmou que a equipe descobriu novas informações sobre a origem da doença, mas nada que mudasse o que já se sabia sobre o início da crise.“Em termos de entender o que aconteceu nos primeiros dias em dezembro de 2019, mudamos drasticamente a imagem que já tínhamos antes? Acho que não. Mas melhoramos nosso entendimento, adicionamos detalhes para essa história? Absolutamente”, afirmou.OMS diz que não há evidência de que mercado de Wuhan foi epicentro da pandemia ANA ESTELA DE SOUSA PINTO ter., 9 de fevereiro de 2021 8:12 AMBRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - Não há informação suficiente para estabelecer que o epicentro da pandemia de Covid-19 tenha sido o mercado de frutos do mar de Huanan, local do primeiro grupo conhecido de infecções na cidade chinesa de Wuhan, afrimou nesta terça (9) a comissão comandada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para pesquisar a origem do Sars-Cov-2. A equipe chegou em 14 de janeiro à cidade de Wuhan, onde o coronavírus foi identificado pela primeira vez, no final de 2019 e, depois de duas semanas de quarentena, visitou o mercado de Huanan, entre outros locais, e reuniu-se com especialistas do Instituto de Virologia de Wuhan, que pesquisa o novo coronavírus. De acordo com Ben Embarek, especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS e presidente da equipe de investigação, os resultados trouxeram mais detalhes sobre a origem da pandemia, mas "não mudaram substancialmente as hipóteses originais". Ele afirmou que foram investigadas quatro hipóteses para a origem da pandemia, entre elas a de que o vírus tivesse "vazado" de um laboratório, mas a conclusão foi que isso é "extremamente improvável". As outras três possibilidades, que ainda exigem mais pesquisa, são 1) a transmissão direta de uma espécie animal silvestre para um humano; 2) a introdução do vírus em uma espécie intermediária, mais próxima dos humanos, no qual o patógeno circulou antes de ser transmitido aos homens e 3) a presença do patógeno em alimentos, principalmente congelados. A equipe tentou especificar um hospedeiro animal original para o coronavírus, mas não encontrou evidências definitivas. Embora morcegos e pangolins sejam apontadas como possíveis fontes, as linhagens já sequenciadas nesses animais não são suficientemente similares ao patógeno para garantir essa associação, afirmou Liang Wannian, chefe do painel de especialistas Covid-19 na Comissão Nacional de Saúde da China. Além disso, a alta suscetibilidade de visons e gatos ao coronavírus indica que outras espécies também possam ser reservatórios do vírus que se disseminou depois na pandemia. Ben Embarek disse também que embora pesquisas apontem para um reservatório natural em morcegos, é improvável que eles tenham sido fonte primordial de contágio em Wuhan. Segundo ele, foram feitas ainda pesquisas em várias espécies animais e não foi constatada contaminação relevante que permitisse especificar um hospedeiro original. Sem sinais antes de dezembro De acordo com Liang, sequenciamentos mostram que o Sars-Cov-2 estava circulando algumas semanas antes que os casos começassem a ser relatados em Wuhan, mas a revisão de dados e amostras de hospitais, bancos de sangue e centros de vigilância sanitária da região não indicam que o patógeno tivesse contaminado humanos antes de dezembro de 2019. O chefe do painel de especialistas chinês afirmou que a revisão dos dados de mortes por pneumonia, tanto em Wuhan quanto na província de Hubei, de junho a dezembro de 2019, não mostram evidência de transmissão do Sars-Cov-2 na população antes de dezembro de 2019. De acordo com Ben Embarek, especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS e presidente da equipe de investigação, as investigações mostram que havia circulação do Sars-Cov-2 em outros locais além do mercado de frutos do mar de Huanan. Há registros de contágio em outros mercados de alimentos de Wuhan e também de infecções não relacionadas a mercados. Na semana passada, um dos membros da equipe, o especialista em doenças infecciosas Dominic Dwyer, disse que seriam necessários anos para entender completamente as origens da Covid-19.Fonte:https://br.yahoo.com/noticias/oms-diz-que-n%C3%A3o-h%C3%A1-111200799.html Comentários
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