GUIA DEFINITIVO PARA DEIXAR DE SER CONSUMISTA

 Cena do filme Os delírios de consumo de Becky Bloom (Foto: Reprodução)

Cena do filme Os delírios de consumo de Becky Bloom (Foto: Reprodução)

Guia definitivo para deixar de ser consumista

Com as dicas de Mafer Teixeira e Nicoly França, fundadoras da plataforma de moda sustentável Desavesso, você vai virar o jogo vendendo as suas próprias roupas

  • MAFER TEIXEIRA E NICOLY FRANÇA (@DESAVESSO)
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Que atire a primeira pedra quem nunca comprou uma blusinha por impulso; ou quem nunca comprou mais de uma roupa por que não conseguiu se decidir entre nenhuma delas; ou ainda quem comprou várias cores da mesma peça. Se você costuma fazer uma das alternativas anteriores com frequência, nós temos um diagnóstico fashion: você tende a ser uma compradora compulsiva. 

Ok, não tem nada de errado com você, tá? Mas algumas pessoas nos procuram para ajudar a acabar com essa característica que muitas vezes nos levam a dívidas e impedem de concretizar alguns objetivos, tipo o de ter a casa própria ou conhecer aquele lugar dos sonhos.

Selecionamos algumas dicas que estão no nosso canal no Youtube (youtube.com/desavesso) para você se libertar do consumo excessivo.

Confira:

1. Lojas? Nem se aproxime

Parece óbvio, né? Mas, veja bem, para que chegar perto de algo que vai querer te fazer gastar? A gente sempre acha que vai se controlar, mas confiar no nosso cérebro é um erro, porque ele toma decisões baseado na emoção e não na razão. Não acredita? Dê um Google sobre inteligência emocional e você vai entender.

A pandemia já é um bom motivo para de manter longe, mas se for comer no shopping, por exemplo, vá direto para o restaurante. Em casa, evite os anúncios e não entre no e-commerce da sua loja favorita "só para ver uma coisinha". Sempre que pensar em comprar algo, reflita se você realmente precisa daquilo ou só é uma compra por impulso.

2. Calcule o seu custo/hora

Choque de realidade que chama, né? Quando você compra alguma roupa, esse dinheiro vem do seu tempo investido no trabalho. Para você ter noção de como paga suas roupas com “tempo”, e não com o dinheiro, faça o seguinte cálculo: multiplique o número de horas que você trabalha por por 20 (a média de dias trabalhados por mês). Agora divida o seu salário por esse número.

O resultado dessa conta é o seu custo/hora. Quer dizer, por exemplo, que se você ganha R$ 3.000,00 por mês e trabalha 8hr por dia, ganha R$18,75 a hora. Portanto, para comprar uma roupa de R$300,00 vai ter que trabalhar 16h. Assim fica mais fácil de se questionar se realmente vale a pena gastar tantas horas de trabalho por apenas um desejo momentâneo de comprar.  

Mayer Teixeira e Nicoly França (Foto: Arquivo pessoal)

Mayer Teixeira e Nicoly França (Foto: Arquivo pessoal)

3. Melhore o relacionamento com as suas roupas atuais

Para que você entenda o valor que uma peça de roupa tem na sua vida, é importante você ter uma relação quase que afetiva com elas. Então, a nossa dica é: separe um dia para ter uma tarde com as roupas que você tem. Sério! Segure, vista, se olhe no espelho com elas, monte looks, se imagine pelo mundo vivendo experiências assim. Vai ser claro quando alguma delas não tiver mais sentido na sua vida e não te ajudar a contar mais a sua história. 

Este exercício garante que as próximas peças só entrem na sua vida se realmente fizerem sentido com a história que você quer contar. 

4. Estipule um objetivo...

...e venda as suas roupas para chegar até ele. Conhecemos várias pessoas que resolveram vender tudo que tinham e, por isso, abriram um brechó; outras que tinham um sonho de viajar para um lugar específico e guardaram o dinheiro que deixaram de gastar com roupas e sapatos e conseguiram fazer a viagem.

Então se você tem um sonho, siga as nossas 9 formas de vender roupas usadas sem sair de casa. E, claro, invista esse dinheiro imediatamente. Quando você sentir o quanto chegou mais perto desse sonho e o quanto deu trabalho para vender essas roupas, sua vontade de gastar instantaneamente vai diminuir consideravelmente.

5. Experimente comprar em brechó

relacionamento de uma pessoa com uma loja de roupas usadas e uma loja convencional é diferente por que ali no brechó você precisa mesmo ter uma conexão com a roupa. Não tem manequim e nem modelos vestindo as roupas para te confundir. Ali é você e a peça: se a energia bateu e a peça serviu, aí você começa a pensar como usar com o que tem em casa.
A prática ainda te faz fugir de tendências passageiras. 

Falamos sobre tudo isso aqui:  

Depois é só se preparar para ter uma vida mais feliz tendo em sua casa apenas roupas que fazem de você uma pessoa melhor. E olha que nem falamos sobre a paz de ter as contas em dia novamente. Boa sorte!

Fonte:https://revistaglamour.globo.com/Moda/noticia/2020/09/guia-definitivo-para-deixar-de-ser-consumista.html


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