BILL GATES APOSTA EM VACINA ESPECÍFICA CONTRA COVID-19 QUE TAMBÉM APRESENTA EFEITOS COLATERAIS;SAIBA QUAL E O PORQUÊ

 


Bill Gates aposta em vacina específica contra COVID-19; saiba qual e o porquê

Na corrida por uma vacina eficaz e segura contra a COVID-19, Bill Gates, o filantropo bilionário e fundador da Microsoft, entende que um possível imunizante dificilmente estará pronto até o final deste ano por conta das etapas de testes necessárias, que precisam ser respeitadas. Entretanto, Gates aposta que a vacina da Pfizer possa ser uma surpresa neste percurso.

Quanto às previsões bastante otimistas de que uma vacina contra a COVID-19 comece a ser distribuída ainda em 2020, Gates é um tanto quanto cético. “Nenhuma das vacinas deve ser aprovada nos Estados Unidos antes do final de outubro”, explicou o fundador da Microsoft, durante entrevista para CNBC, publicada nesta semana.

Bill Gates aposta que vacina da Pfizer contra a COVID-19 pode ter estudos clínicos finalizados primeiro (Imagem: Reprodução/ WhiteSession/ Pixabay)
Bill Gates aposta que vacina da Pfizer contra a COVID-19 pode ter estudos clínicos finalizados primeiro (Imagem: Reprodução/ WhiteSession/ Pixabay)

Para o filantropo, as possibilidades de se alcançar uma vacina eficaz e segura contra a COVID-19 devem ser maiores para 2021. “Acho que assim que entrar, digamos, dezembro ou janeiro, as chances são de que pelo menos duas ou três [vacinas] irão [buscar aprovação] — se a eficácia [realmente] existir”, lembrou Gates.

Vacina da Pfizer contra a COVID-19

“A única vacina que, se tudo corresse perfeitamente, poderia buscar a licença de uso emergencial até o final de outubro, seria a da Pfizer”, destacou Gates durante a conversa. Inclusive, a Fundação Bill e Melinda Gates firmou parceiras para o desenvolvimento de diferentes vacinas contra o coronavírus, como com a Pfizer e com a farmacêutica da Johnson & Johnson, a Janssen.

“Nós vemos bons níveis de anticorpos na fase um e na fase dois, então estamos muito esperançosos”, explicou Gates sobre as expectativas em relação ao imunizante ser aprovado antes do final do ano na terceira e última fase de pesquisa e, assim, estar disponível mais cedo para a população.

No entanto, uma preocupação — durante o processo de desenvolvimento dos imunizantes contra a COVID-19 — seria o uso de licenças emergenciais para iniciar campanhas de vacinação, em massa, contra o coronavírus, como as autoridades russas propuseram para a vacina Sputnik V.

"A boa notícia é que as principais empresas de vacinas [norte-americanas], hoje, disseram que não solicitarão nem mesmo a licença de uso de emergência até que tenham uma prova de eficácia”, comentou Gates “Também temos que seguir todas as etapas de segurança para que as pessoas sintam que desejam participar da administração desta vacina”, defendeu.

Como funciona a vacina em que Bill Gates aposta?

Desenvolvida em parceira com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, a potencial vacina contra a COVID-19 funciona a partir de uma sequência de RNA mensageiro que orienta o sistema imunológico da pessoa vacinada a produzir uma proteína específica do coronavírus. Uma vez produzida dentro do corpo, o sistema imunológico pode reconhecer ela como um antígeno e criar imunidade.

Em outras palavras, a fórmula da Pfizer utiliza o maquinário do próprio corpo humano para ser capaz de produzir essa proteína, similar à do vírus, e estar preparada caso o paciente precise combater o agente infeccioso. Para testar a eficácia do método, cerca de 29 mil voluntários no mundo participam dos estudos clínicos com o imunizante.

No Brasil, mil participantes fazem parte do grupo de testes do imunizante da Pfizer. Os voluntários estão divididos entre os estados de São Paulo e Bahia. Nacionalmente, quem conduz os testes é o CEPIC (Centro Paulista de Investigação Clínica), em São Paulo, e a Instituição Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador.

Fonte: Canaltech


Efeitos colaterais leves e moderados são relatados em pesquisa com vacina da Pfizer contra COVID-19 (Imagem: Reprodução/Heung Soon/Pixabay)

Pesquisa com vacina da Pfizer contra a COVID-19 revela efeitos colaterais; veja

Por Fidel Forato | 16 de Setembro de 2020 às 17h20

Na corrida por um imunizante contra a COVID-19, mais detalhes sobre a eficácia e segurança das fórmulas começam a aparecer. Na terça-feira (15), a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou alguns resultados preliminares da terceira e última fase da pesquisa sobre a vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Segundo as análises, alguns voluntários do estudo demonstraram efeitos colaterais leves e moderados.  

No estudo da Pfizer em parceria com a alemã BioNTech, mais de 12 mil participantes já receberam uma segunda dose da vacina, segundo a agência de notícias Reuters. No total, o estudo clínico deve envolver até 44 mil pessoas. No entanto, não foi explicado em qual dos grupos da pesquisa os efeitos colaterais foram confirmados. 

Isso porque, em pesquisas de fase 3, os responsáveis pelo estudo e nem os pacientes sabem se estão recebendo a vacina contra a COVID-19 ou um placebo (substância sem efeito relacionado ao coronavírus).

Entre os efeitos colaterais relatados, foram identificados fadiga, dor de cabeça, calafrios e dores musculares. Além disso, alguns participantes do ensaio também apresentaram febre. Inclusive, quadros com febres altas. 

Segurança de vacina contra a COVID-19

Independente aos efeitos leves e moderados, a Pfizer assegura avaliações de segurança e tolerabilidade da vacina durante todo o estudo. Para isso, há um comitê independente que monitora esses dados e pode recomendar a pausa da pesquisa a qualquer momento, diante de alguma reação adversa grave. Segundo a farmacêutica, isso não aconteceu até o momento.

Se os responsáveis pelo estudo e os pacientes não sabem o que recebem, isso não é segredo para o comitê independente de segurança. Segundo Kathrin Jansen, chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da farmacêutica, o comitê "tem acesso a dados não ocultos para que eles nos notifiquem se tiverem alguma preocupação com a segurança, e não o fizeram até o momento".

Curiosamente, os relatos se tornaram públicos uma semana depois que os ensaios do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca foram suspensos temporariamente. Depois que se verificou que o efeito adverso grave não estava associado à fórmula da vacina por um comitê independente, as pesquisas puderam retomar, inclusive no Brasil — mas exceto nos EUA. 

Fonte: Reuters e Uol    

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