ITALIANO REVELA OS BASTIDORES DO MAIOR VIRAL DA QUARENTENA DO MUNDO: 'CIN CIN,ENRICO!'


Enrico Barberis Negra Foto: Reprodução/Instagram

Enrico Barberis Negra Foto: Reprodução/Instagram

'Cin cin, Enrico!': italiano revela os bastidores de maior viral da quarentena no mundo

'Pelo menos fiz parte do mundo rir neste momento', diz Enrico Barberis Negra

Amy O’Connor, do New York Times

28/03/2020 - 12:19 / Atualizado em 28/03/2020 - 17:42

A ideia do italiano Enrico Barberis Negra era apenas relaxar com um copo de prosecco. Estava sozinho em seu apartamento nos arredores de Milão e o governo havia acabado impor um bloqueio no norte do país para tentar conter o avanço do novo coronavírus. Resolveu ir ao banheiro e deixou sua bebida para trás. Ao recuperá-la, decidiu brindar a si mesmo. Foi a maneira que encontrou de levantar o ânimo em tempos tão incertos. "Olhei no espelho, sorri e disse: 'Cin cin, Enrico!'", contou Barberis Negra em entrevista por telefone. "Comecei a rir e pensei: 'Ok, talvez eu possa tentar fazer um vídeo'". De pijama e armado com seu celular brilhante, ele gravou um pequeno vídeo de si mesmo erguente o copo para seu reflexo. "Cin cin", ele falava, num brinde comum em italiano. "Obrigado por vir".

Esses são os bastidores de um dos maiores virais dessa quarentena. Postado há duas semanas no Facebook, o filme já registra milhões de visualizações e foi compartilhado por Naomi Campbell, Chrissy Teigen, Ellen DeGenereKhloé Kardashian e Kristen Bell, que afirmou que o italiano é "obviamente o cara mais engraçado do mundo". "Eu venho de outro tipo de mundo, nada relacionado às mídias sociais", observou ele, que é comissário de bordo e tinha desativado sua conta do Instagram no ano passado.



Segundo o rapaz, a intenção era apenas fazer seus amigos rirem. Ele não imaginou que sua performance tocaria as massas. Para Enrico Barberis Negra, o vídeo reflete o clima na Itália, que é de esperança e resiliência. "Foi um momento difícil, mas tentamos sorrir, continuar e acreditar que teremos um dia bom."
Isolado, o italiano não sabe quando estará novamente com o namorado, que mora em Israel. Também não pode ver os amigos e a família. A última vez que esteve com sua mãe, eles tomaram café em mesas separadas. "Vejo vizinhos da janela nas varandas, mas você não tem ninguém para tocar, apertar as mãos ou abraçar. É disso que mais sinto falta."
O fato de ter feito as pessoas se divertirem o reconforta. "Estava conversando com um amigo na semana passada e fiquei um pouco preocupado. Estava pensando sobre a situação na Itália. Mas então estava indo dormir e me dei conta: pelo menos fiz parte do mundo rir neste momento."

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