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Sex Education (2018)
Estas são as razões
pelas quais os millennials praticam menos sexo que os pais
A
atividade sexual das gerações mais novas tem vindo a decrescer, dizem os
últimos estudos.
A internet e a tecnologia vieram
revolucionar o mundo pela sua rapidez e acesso à informação. Passamos mais
tempo ao telemóvel ou ao computador e tudo se tornou mais rápido e mais
imediato. No entanto, segundo o site do diário El País,
o vício pelas novas tecnologias e o aumento da toma de medicamentos para a
ansiedade e a depressão (consequências deste mesmo stress), podem estar por
detrás da diminuição do desejo sexual. Uma aparente contradição
numa sociedade repleta de novos recursos e mais preocupada com a discussão
sobre a educação sexual.
Jean M. Twenge, Ryne A.
Sherman e Brooke E. Wells, autores do estudo Declines in Sexual Frequency among American Adults para
a revista académica Archives of Sexual Behavior afirmam que "adultos
norte-americanos fizeram sexo cerca de nove vezes menos por ano no início de
2010, em comparação com o final da década de 1990". Em entrevista ao El
País, Pedro Nobre, médico especialista clínico e presidente da Associação
Mundial de Saúde Sexual, confirmou que os casais de
hoje fazem menos sexo comparados com as gerações anteriores. "Hoje em dia,
há menos sexo praticado em casal e mais sozinho". O especialista diz que a masturbação aumentou devido à
falta de tempo. No entanto, reforça que a sexualidade não é só sexo, mas tem
sim, outros elementos, como a comunicação.
E com o avanço tecnológico, houve também uma diminuição de comunicação pessoal
e um aumento de tempo passado online.
Hoje, o entretenimento está presente em
qualquer parte do dia, mesmo quando vamos dormir, contribuindo para ser uma
distracção e um fator para o esquecimento do convívio com o outro. Um estudo
realizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa de Opinião da Universidade de
Chicago, relata que "desde 1972, a fração de pessoas que pratica sexo pelo
menos uma vez por semana caiu de 45% em 2000 para 36% em 2016".
Doenças como a depressão e a ansiedade aumentaram também e com
eles diminuiu o desejo sexual. "A exaustão e a perceção de insatisfação
com nossas vidas estão ligadas ao baixo autoconceito e autoestima, o que afeta
diretamente a busca e a experiência de nossa sexualidade e vida íntima,
relegadas às últimas posições em nossas prioridades", explica Berta
Pinilla, psiquiatra e psicoterapeuta do Grupo Doctor Oliveros no mesmo artigo
do EL País.
A toma de antidepressivos está diretamente
envolvida com a diminuição do desejo sexual. Segundo o The Guardian,
este tipo de medicamentos pode ajudar muitas pessoas, mas como outros, tem
efeitos colaterais. Um deles está relacionado com o desejo sexual.
Por estas razões, existe a
necessidade de aumentar a conexão com o outro e com nós próprios. A importância
de parar, partilharmos espaços de intimidade e comunicar com o outro, são
formas importantes e que precisam de ser reformuladas. O espaço social tem um
impacto crucial na mudança de comportamento. Por isso, a partilha pessoal tem
de recuperar o lugar do mundo
digital.
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