A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SEGUNDO SALOVEY E MAYER,E 8 IDÉIAS DE COMO POTENCIALIZAR A SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO DIA A DIA

Equilíbrio entre razão e emoção


A inteligência emocional segundo Salovey e Mayer


Nos últimos anos, a inteligência emocional tem estado em alta. Cada vez mais pessoas se interessam por seu estudo e por como o seu conhecimento pode ajudá-las a lidar melhor com as suas emoções. No entanto, poucas pessoas realmente conhecem sua origem. Podemos situar seu aparecimento em 1990, em um livro no qual Salovey e Mayer tentam explicar o que é a inteligência emocional e como ela se articula em nossas condutas e mentes.
Salovey era um professor da Universidade de Yale, enquanto Mayer era um estudante de pós-doutorado na época. Eles pesquisaram juntos e publicaram vários artigos sobre o tema. Apesar disso, muita gente atribui o conceito ao seu melhor divulgador, Daniel Goleman. Ele popularizou a inteligência emocional segundo Salovey e Mayer em 1996, após publicar um livro intitulado: Inteligência emocional: por que ela pode ser mais importante do que o QI.
O conceito de inteligência emocional é ligeiramente diferente para Salovey e Mayer do que é para Goleman. Devido a isso, ocorreram algumas confusões em relação a qual seria a teoria original. Neste artigo, veremos exatamente no que consiste esse conceito para os dois autores que o construíram.



O que é a inteligência emocional segundo Salovey e Mayer?


Segundo a definição que consta no primeiro livro desses autores, a inteligência emocional é a habilidade de processar informações sobre as próprias emoções e as dos outros. Além disso, também inclui a capacidade de usar essas informações como um guia para o pensamento e o comportamento.

Assim, as pessoas com inteligência emocional prestam atenção nas emoções, as utilizam, as entendem e lidam bem com elas. Por outro lado, essas habilidades servem como funções adaptativas que proporcionam vantagens a si mesmas e aos outros. Para considerar que uma pessoa tem alta inteligência emocional, ambos os autores falavam de quatro habilidades básicas:
  • Capacidade de perceber e expressar as próprias emoções e as alheias corretamente.
  • Habilidade para usar as emoções de uma maneira que facilite o pensamento.
  • Capacidade para entender emoções, linguagem emocional e sinais emocionais.
  • Habilidade para lidar com emoções com o objetivo de alcançar metas.
Nesse modelo de inteligência emocional, cada um dos campos se desenvolve em quatro fases diferentes. Esse processo, no entanto, não ocorre de maneira espontânea. Pelo contrário, costuma exigir um esforço consciente da pessoa. A seguir, veremos as quatro fases com maior profundidade.

1- Percepção e expressão correta das emoções

A primeira habilidade da inteligência emocional segundo Salovey e Mayer é a identificação das emoções próprias e alheias. Em primeiro lugar, a pessoa deve ser capaz de compreender o que está sentindo. Isso inclui as emoções, mas também os pensamentos – tanto os derivados quanto os que as geram. Posteriormente, na segunda fase, adquire-se a habilidade de fazer o mesmo com estados alheios. Por exemplo, os sentimentos de outras pessoas, ou aqueles expressados através da arte.
Na terceira fase, a pessoa adquire a capacidade de expressar suas emoções corretamente. Assim, também aprende a transmitir suas necessidades relacionadas aos seus sentimentos. Na quarta fase, por fim, adquire-se a habilidade de distinguir entre expressões corretas e incorretas das emoções dos outros.
Lidar com as nossas emoções

2- Facilitação emocional do pensamento

Na primeira fase, as pessoas dirigem seu pensamento à informação mais importante. Nesse momento ainda não são levados em consideração os próprios sentimentos. Na segunda etapa, pelo contrário, as emoções começam a ser percebidas com intensidade suficiente para serem identificáveis. Por isso, a pessoa é capaz de utilizá-las como auxílio para tomar uma decisão.
Segundo Salovey e Mayer, na terceira fase as emoções fariam a pessoa flutuar de um estado emocional ao outro. Assim, ela seria capaz de considerar diferentes pontos de vista sobre um tema. Por fim, na quarta fase, os sentimentos da pessoa a levariam a tomar decisões mais corretas e a pensar de maneira mais criativa.

3- Compreensão das emoções

Primeiro, adquire-se a capacidade de distinguir uma emoção básica de outra, além de utilizar as palavras adequadas para descrevê-las. Depois, essa habilidade é desenvolvida, permitindo que a pessoa situe esse sentimento em seu estado emocional.
Na terceira fase, a pessoa é capaz de interpretar emoções complexas. Por exemplo, uma reação que misture nojo e fascínio ou medo e surpresa. Por fim, também se adquiriria a habilidade de detectar a transição entre duas emoções, como da raiva à vergonha ou da surpresa à alegria.

4- Habilidade de lidar com as emoções para alcançar metas

Em primeiro lugar, essa capacidade requer vontade para não limitar o protagonismo que as emoções têm. Isso, que é mais fácil de conseguir com as emoções positivas, é muito mais difícil com as negativas. Nessa etapa, iremos mais além, permitindo-nos escolher com quais sentimentos nos identificaremos em função de serem úteis ou não.
Na fase anterior, a pessoa adquiriria a capacidade de estudar emoções em relação a si mesma e aos outros. Isso seria realizado dependendo de seu nível de influência, sensatez ou obviedade. Por fim, a pessoa seria capaz de lidar com as emoções próprias e alheias moderando as negativas e aumentando as positivas.

Inteligência emocional: uma habilidade prática

O modelo de inteligência emocional segundo Salovey e Mayer não reúne, nem de longe, tudo o que sabemos hoje sobre inteligência emocional. No entanto, nos leva de volta à origem do conceito, às suas bases, ao que naquela época foi uma verdadeira revolução.
Talvez o ponto mais forte desse modelo seja sua simplicidade e o fato de que apresenta uma gradação que facilita sua compreensão. Assim, é um magnífico ponto de partida para mergulhar no maravilhoso mundo das emoções.

Passamos anos ouvindo o termo “inteligência emocional” criado pelo psicólogo Daniel Golemann. Afinal, o que é a inteligência emocional? Como podemos aplicá-la em nosso dia a dia?
A inteligência emocional é a capacidade de entender as próprias emoções e as dos outros de forma equilibrada, e de resolver os próprios problemas do dia a dia sem que o mundo venha abaixo. A inteligência emocional é a habilidade de administrar as emoções.

Gostaria de ter mais inteligência emocional

“Me preocupo com tudo. Se tenho trabalho, o estresse me asfixia, se não tenho… a amargura me afoga. Se não tenho companheiro, me sinto sozinho e se tenho, acho que deveríamos ter mais espaço. Se não saio com os amigos me sinto deprimido e entediado, e se saio, sinto que não me encaixo em nenhuma reunião…
Sempre estou me queixando por tudo e nada me cai bem. Não sou feliz e realmente creio que é porque eu não quero ser; porque me afogo em um copo d´água frente ao menor problema, porque não sei ver o copo meio cheio e porque superdimensiono pequenos problemas cotidianos que outras pessoas encaram com humor. Como posso mudar a minha atitude?”
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Por que deveríamos ter mais inteligência emocional? Se tivéssemos que resumir a resposta em poucas palavras, talvez pudéssemos dizer que devemos ter mais inteligência emocional para sermos mais felizes. Que sentido tem a vida se não tentarmos ser felizes? Com certeza os problemas virão, a vida nem sempre irá sorrir, mas temos, se quisermos, o poder de transformar a realidade.
E como fazer isso? Desenvolvendo a inteligência emocional. Aprendendo a administrar as emoções tanto consigo mesmo como com os outros. Assumindo a responsabilidade das mesmas e sendo consciente de que somos nós mesmos que podemos dirigi-las para o nosso bem-estar ou mal-estar.

8 Ideias para potencializar a sua inteligência emocional no dia a dia

A seguir apresentamos algumas ideias que você pode aplicar no seu dia a dia para desenvolver a sua inteligência emocional. Atreva-se e coloque-as em prática! Você irá se surpreender com os seus benefícios:
1. Tenha uma predisposição a melhorar emocionalmente. Ninguém muda enquanto não se determinar a empreender esse rumo. Ninguém pode ajudar uma pessoa a deixar de fumar, a emagrecer, etc., se a pessoa não tiver disposição. Na inteligência emocional acontece o mesmo.
2. Aprenda a encarar os pequenos reveses do dia a dia. Procure o lado positivo de tudo que lhe acontece. Você acabou de perder um amor, o trabalho, um amigo? Não se preocupe em excesso, pense que são momentos ruins mas que tudo passa e que a vida volta a nos surpreender com novas oportunidades.
3. Não se torture com pensamentos negativos. Entrar na espiral dos pensamentos negativos não serve de nada. De verdade, o que você soluciona com os pensamentos negativos? Tente aprender a dizer “basta”. Coloque música, dance, faça exercício, converse com os outros e distraia a sua mente quando ela começa a pensar dessa forma.
4. Quando você se sentir mal procure alguém que você sabe que lhe traz paz e refúgio. Com certeza você tem alguém por perto que tem a habilidade de fazer você ver a vida de forma positiva. Procure-a, procure as suas palavras e agradeça pela sua amizade.
5. Tenha uma mente aberta em relação aos outros. Em resumo, seja empático. Não censure tanto os outros, procure compreendê-los. Pretender que os outros sejam como você quer que sejam é uma guerra sem sentido. Tire o lado positivo das pessoas. Todos temos defeitos e virtudes.
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6. Ouça o seu corpo, isso lhe ajudará a identificar muitos dos seus sentimentos. Você sentiu um nó no estômago quando lhe deram uma notícia ruim? Você sente uma certa tontura frente a esta nova situação? Descubra como o seu corpo é o primeiro que identifica as emoções e lhe ajuda a compreendê-las, inclusive a transformá-las. Aprenda a respirar, a se acalmar, etc.
7. Não leve as coisas tão a ferro e fogo. Realmente, se pararmos para pensar um pouco, estamos de passagem. Por que não colocar um pouco de nós e tentar levar as coisas com mais tranquilidade? Se o chefe hoje está insuportável é problema dele. Não deixe que isto influencie você.
8. Resolva os conflitos com os outros de forma positiva. Dizem que conversando a gente se entende. Quando você tiver um problema com alguém, procure resolvê-lo da melhor forma possível, dialogando e expondo os seus pontos de vista. Se você sentir que ela é uma pessoa negativa e que com ela simplesmente “não dá”, afaste-se cantando baixinho.
Portanto, se você quer ser feliz, você só precisa de força de vontade e esforço que, junto com estes conselhos, farão você ver a vida de outra forma. Treine a sua inteligência emocional e descubra os seus benefícios no seu dia a dia, tanto para você como para os relacionamentos com as outras pessoas. O que você está esperando?
Imagens cortesia de Lunático Khoa Le.
Fonte:
https://amenteemaravilhosa.com.br

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