ESTUDOS CIENTÍFICOS COMPROVAM EFEITOS DO YOGA SOBRE A SAÚDE MENTAL E FÍSICA

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Estudos científicos comprovam efeitos do Yoga sobre a saúde mental e física

O Yoga e outras práticas corporais foram introduzidas no Sistema Único de Saúde, no Brasil,  por meio da Portaria 719, de 7 de abril de 2011, com a criação do Programa da Academia de Saúde, pelo Ministério da Saúde. O uso do Yoga como prática terapêutica motivou o crescimento de pesquisas sobre o tema. E, com o objetivo de observar os efeitos calmantes da yoga e sua atuação no SNS, pesquisadores do departamento de psiquiatria do All India Institute of Medical Sciences, em Nova Déli, liderados por G. Sahasi, compararam efeitos da yoga aos do ansiolítico diazepam.  Ao fim de três meses de pesquisa, os autores descobriram que o grupo que praticou yoga tinha pontuação menor em escalas de ansiedade, reduzindo os sintomas. Tais resultados não foram encontrados no grupo que havia tomado o medicamento.
Pesquisadores da Universidade de Duisburg-Essen, Alemanha, e da Universidade de Nova York, em 2005, observaram em mulheres estressadas alterações positivas em consequência da prática de exercícios respiratórios da yoga (Pránayáma) e posturas (Ásana) durante três meses. Para avaliá-las, os pesquisadores utilizaram testes psicológicos como a Escala Cohen de Stress Percebido, Inventário Estado-Traço de Ansiedade (STAI), Perfil de Estados de Humor (POMS), Escala CEDS de Depressão e até níveis salivares de cortisol.
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A meditação é sem dúvida a técnica de yoga mais estudada, talvez pela influência que exerce em diferentes funções cognitivas. Testes com eletroencefalografia vêm demonstrando que a concentração (Dhyána), é um processo cognitivo que requer treinamento e integração de diferentes redes neurais.  O aumento da atividade de ondas alfa (ondas de 9 a 13 Hz, que refletem estados de relaxamento) e a redução de ondas teta (ondas de 4 a 8 Hz, que indicam tanto estado de sonolência quanto de atenção), durante a meditação, mostram que o cérebro se encontra mais orientado internamente, alerta e atento – ou mais vigilante. A equipe de Richard Davidson, da Universidade Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, investigou a atividade eletroencefalográfica de indivíduos que meditavam diariamente havia mais de 20 anos e de um grupo-controle (meditadores ocasionais). Os autores observaram o aparecimento de ondas cerebrais amplas, conhecidas como ondas gama (de 27 Hz em diante), somente em indivíduos que meditavam diariamente, mostrando grande concentração e aumento da atividade neuronal.
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Um dos exercícios propostos pelo yoga, está as técnicas de Pránayáma, que têm como finalidade prolongar a expiração e valorizar a retenção de ar. Sendo assim, os quimiorreceptores sensíveis à elevação de CO2, localizados no centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral), começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a freqüência cardíaca. Esse princípio conduz a um treinamento tão forte do SNA que ocorre um aumento das variações da frequência cardíaca, mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório involuntário é profundamente alterado. E, mais: Em artigo original do Laboratório de Cardiopneumologia e Fisiologia do Exercício da Universidade de Fortaleza, os pesquisadores Carlos Hermano da Justa Pinheiro e Maria de Jesus Ferreira Marinho concluíram que “Modificação do padrão respiratório melhora o controle cardiovascular na hipertensão essencial”. Assistidos em ambulatório, homens e mulheres (45 a 60 anos de idade) com diagnóstico médico de hipertensão arterial. Foram realizadas sessões de pránayáma duas vezes por semana durante um mês. Cada sessão teve duração de 30 minutos, os resultados demonstraram redução da pressão arterial, redução da frequência cardíaca e respiratória.
Podemos entender que essas pesquisas talvez explique por que os praticantes de yoga sejam menos propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de humor e respondam melhor às alterações emocionais negativas.
Yoga no cuidados de pessoas portadoras de câncer e diabetes, esse foi o tema da Tese apresentada a Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas para obtenção do grau de Mestre. Buscas foram conduzidas nas bases de dados “PubMed”, “Embase”, “Web of Science” e “Ebsco Host” para o período de vinte anos (1991 a 2011), utilizando as descrições “yoga and cancer” e “yoga and diabetes”. Foram analisados 36 e 22 artigos respectivamente referentes ao câncer e diabetes junto com as tradições e técnicas de yoga.
Os artigos analisados indicaram que o yoga é um recurso terapêutico viável e favorável ao cuidado de pessoas com câncer e diabetes.
“Yoga é a eliminação das instabilidades da mente”, diz o texto Yoga Sutra de Patanjali. Ou seja, a dos pensamentos compulsivos. Nesse sentido, nada tem a ver com religião, ginástica ou terapia: yoga é uma filosofia prática. E, segundo esse sistema filosófico, não é possível atingir boa saúde física e mental sem a aquisição de estados mais profundos de concentração. Tratar a prática cientificamente requer adotar uma linha de estudo objetiva, com linguagem atualizada e cuidado de manter suas tradições e princípios originais, sem descaracterizá-los.
E o Yoga acaba sendo sempre mais do que as palavras podem dizer. Não inclui a crença em nenhum poder sobrenatural, nem exige fé religiosa. Todo mundo já ouviu dizer que Yoga significa em sânscrito união, mas Yoga igualmente significa trabalho, aplicação. Ou seja, Yoga seria o meio e o fim ao mesmo tempo. Está escrito na Bhagavad Gítá: ‘Yoga é perfeição em todas as ações’.  Perfeição aqui significa arte de viver consciente.
A experiência é a única coisa que salva o yogi. Se você não fizer, não viver, não experimentar em sua própria carne, não sentir no mais íntimo do seu ser, não adianta ler, pesquisar ou ouvir palestras sobre o assunto.
Por isso, não convém dizer ‘eu faço Yoga’, pois, em verdade, você não ‘faz’ Yoga. Ela já está feita! Você ‘desliza’ para o estado de Yoga (união) em certos momentos. Por exemplo, quando consegue ficar totalmente consciente da sua respiração.
Isso tem a ver com você, com a sua existência, com o seu momento presente, com o ar que entra por suas narinas no mesmo instante em que você está aqui sentado lendo.
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Se você não for usar o Yoga, para que vai querer estudá-lo?
Por isso, amigo/leitor, convido você, a sentar de forma confortável e com as costas eretas.Tome consciência da sua respiração e desfrute intensamente da certeza de estar vivo. Respire fundo, usando toda a extensão dos seus pulmões. Faça isso por pelo menos dez vezes, exalando devagar. Se, após haver respirado conscientemente por alguns segundos, você tiver percebido alguma mudança no ritmo dos seus pensamentos ou emoções, você conseguiu praticar Yoga. Bem-vindo!)
Vanessa Mantuani.
Referências:
1- Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Arq. Bras. Cardiol. vol.88 no.6 São Paulo June 2007
2- Biblioteca virtual em Saúde – Título: Yoga e doenças crônicas – Inovações no cuidado do câncer e diabetes. Fonte: Campinas; s.n; fev. 2013. 64 p. tab. Tese: Apresentada a Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas para obtenção do grau de Mestre.
3- Yoga Journal  – Por Sally Kempton. Tradução: Thays Biasetti
4- Livro Yoga Prático – Pedro Kupfer


Fonte:http://www.yogue.com.br/estudos-cientificos-comprovam-efeitos-do-yoga-sobre-a-saude-mental-e-fisica/

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