O QUE É DEMÊNCIA,CAUSAS PRINCIPAIS E TRATAMENTOS: COMO PREVENIR

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O que é Demência?


Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais.

Apesar da maioria das pessoas com Demência ser idosa, é importante salientar que nem todas as pessoas idosas desenvolvem Demência e que esta não faz parte do processo de envelhecimento natural. A demência pode surgir em qualquer pessoa, mas é mais frequente a partir dos 65 anos. Em algumas situações pode ocorrer em pessoas com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos.

A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. 

A doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência (World Health Organization [WHO], 2015). 

Em Portugal, não existindo até à data um estudo epidemiológico que retrate a real situação do problema, apenas se podem ter como referência os dados da Alzheimer Europe que apontam para cerca de 182 mil pessoas com demência (Alzheimer Europe, 2014)

Existem várias situações que produzem sintomas semelhantes à Demência, como por exemplo algumas carências vitamínicas e hormonais, depressão, sobredosagem ou incompatibilidades medicamentosas, infeções e tumores cerebrais. Quando as situações são tratadas, os sintomas desaparecem.

É essencial que o diagnóstico médico seja realizado numa fase inicial, quando os primeiros sintomas aparecem, de modo a garantir que a pessoa que tem uma condição tratável seja diagnosticada e tratada corretamente. Por outro lado, se os sintomas forem causados por uma Demência, o diagnóstico precoce possibilita o acesso mais cedo a apoio, informação e medicação, caso esta esteja disponível.

Os sinais iniciais de Demência são muito subtis e vagos e podem não ser imediatamente óbvios. Alguns sintomas comuns são:






A demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais-espaciais. Essas alterações podem ser acompanhadas por mudanças no comportamento ou na personalidade (sintomas neuropsiquiátricos).
Os prejuízos, necessariamente, interferem com a habilidade no trabalho ou nas atividades usuais, representam declínio em relação a níveis prévios de funcionamento e desempenho e não são explicáveis por outras doenças físicas ou psiquiátricas. Muitas doenças podem causar um quadro de demência. Entre as várias causas conhecidas, a Doença de Alzheimer é a mais frequente.
Quais são os sinais da Doença de Alzheimer?
O paciente com Alzheimer pode apresentar:
Perda de memória recente com repetição das mesmas perguntas ou dos mesmos assuntos. Esquecimento de eventos, de compromissos ou do lugar onde guardou seus pertences. Dificuldade para perceber uma situação de risco, para cuidar do próprio dinheiro e de seus bens pessoais, para tomar decisões e para planejar atividades mais complexas. Dificuldade para se orientar no tempo e no espaço. Incapacidade em reconhecer faces ou objetos comuns, podendo não conseguir reconhecer pessoas conhecidas. Dificuldade para manusear utensílios, para vestir-se, e em atividades que envolvam autocuidado. Dificuldade para encontrar e/ou compreender palavras, cometendo erros ao falar e ao escrever. Alterações no comportamento ou na personalidade: pode se tornar agitado, apático, desinteressado, isolado, desinibido, inadequado e até agressivo. Interpretações delirantes da realidade, sendo comuns quadros paranoicos ao achar que está sendo roubado, perseguido ou enganado por alguém. Esquecer o que aconteceu ou o que ficou combinado pode contribuir para esse quadro. Alucinações visuais (ver o que não existe) ou auditivas (ouvir vozes) podem ocorrer, sendo mais frequentes da metade para o final do dia. Alteração do apetite com tendência a comer exageradamente, ou, ao contrário, pode ocorrer diminuição da fome. Agitação noturna ou insônia com troca do dia pela noite.
Os sintomas não são os mesmos para todos os pacientes com demência, mesmo quando a causa de demência é a mesma. Nem todos os sintomas aparecerão em todos os pacientes. Como uma doença de curso progressivo, o quadro clínico do paciente com demência sofre modificações. Com a evolução da doença, há o aparecimento de novos sintomas ou o agravamento dos sintomas existentes.
Outras demências
Além da Doença de Alzheimer, existem muitos outros tipos de demência.
Demência vascular
Pode ser considerada a segunda maior causa de demência. A demência vascular é causada por lesões cerebrais de origem vascular e as manifestações clínicas dependem da localização e do número de lesões cerebrais. As lesões vasculares cerebrais podem ocorrer como infartos silenciosos, que não resultam em ataque reconhecido clinicamente, e como acidentes vasculares encefálicos, conhecidos popularmente como “derrame”. Os fatores de risco são: hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolemia, doença cardiovascular, fibrilação atrial, tabagismo, trombose, abuso de álcool e fatores genéticos.
Demência com corpos de Lewy
Causada pela presença de alterações cerebrais chamadas de corpos de Lewy. Os critérios para o diagnóstico clínico da doença incluem demência com sintomas da Doença de Parkinson (rigidez da musculatura, movimentos mais lentos; tremores são mais raros); alucinações visuais (ver coisas que não existem, geralmente pessoas, animais, objetos e crianças) e oscilação dos sintomas ao longo do dia. Os sintomas parkinsonianos e alucinações ocorrem no estágio inicial, quando alterações importantes na memória podem não ocorrer. Outras características da doença incluem quedas repetidas, desmaios, delírios (acreditar em coisas que não existem), outras formas de alucinações (auditivas, ouvir coisas que não existem) e sensibilidade importante, com reações adversas intensas, ao uso de medicações para delírios e alucinações (antipsicóticos).
Demência na Doença de Parkinson
Cerca de 40% dos pacientes com Doença de Parkinson podem evoluir para quadros demenciais. Também é causada pela presença de corpos de Lewy, mas estão presentes em locais diferentes do cérebro. Para esse diagnóstico, é necessário que o quadro demencial ocorra após um ano do início do quadro da Doença de Parkinson. Se a demência ocorrer em menos de um ano após o início dos sinais de Parkinson, a hipótese clínica principal passa a ser de demência por corpos de Lewy. A atenção é uma das funções mais prejudicadas. A memória também pode estar afetada, mas em um grau menos intenso do que é observado na Doença de Alzheimer. Outra capacidade muito comprometida é a de planejar, organizar e regular um comportamento motor (função executiva). Também são comuns os quadros de depressão e de alucinações visuais (ver animais, pessoas).
Demência frontotemporal
Quadro caracterizado por deterioração na personalidade e na cognição. A alteração típica no exame de neuroimagem é a redução da região frontal e temporal do cérebro. As mudanças no comportamento são mais importantes que os problemas na memória e orientação. As mudanças podem incluir: desinibição, impulsividade, inquietude, perda do julgamento, oscilação emocional, apatia, desinteresse, perda de motivação, isolamento, sentimentalismo excessivo, hipocondria, comportamento exaltado, choro fácil, risos inadequados, irritabilidade, comentários sexuais inadequados, atos indecentes, comportamento muito inadequado como urinar em público, alterações importantes do hábito alimentar (por exemplo, preferência por doces), negligência da higiene pessoal. As alterações cognitivas são menos evidentes que na Doença de Alzheimer e ocorrem após dois anos, aproximadamente, do início das alterações de comportamento. Ansiedade e depressão são comuns. O paciente pode apresentar atos violentos, comportamentos ruins que não apresentava antes da doença.
Fonte: http://abraz.org.br/web/sobre-alzheimer/demencia/


Como identificar os primeiros sinais de demência?

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Image captionCerca de 1,2 milhão de brasileiros sofrem do mal de Alzheimer
O mal de Alzheimer tem se tornado uma doença cada vez mais comum em idosos. Só no Brasil, estimativas indicam que existem pelo menos 1,2 milhão de pessoas vivendo com esse problema. No mundo, são mais de 35 milhões, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde.
Considerado o tipo mais frequente de demência, ele pode ser reconhecido por pequenos sinais já nos primeiros estágios – o que ajudaria muito no tratamento para retardar o avanço da doença. O problema é que muitas vezes as pessoas demoram para procurar ajuda porque ignoram ou desconhecem os sintomas.
Uma pesquisa realizada entre 4 mil pessoas no Reino Unido pela YouGov revelou que a maioria das pessoas ainda se confunde com os sinais de demência. Por exemplo, 39% dos entrevistados acredita que entrar em um lugar e esquecer o que foi fazer lá pode ser um sinal de demência – e, na verdade, isso pode acontecer com qualquer pessoa. Para quem tem a doença, esquecer o motivo pelo qual entrou na sala não é o problema, mas sim não reconhecer aquela sala.
A Sociedade do Alzheimer aproveitou o período de festas de fim de ano, em que as famílias costumam se reunir, e divulgou quais são os principais "sintomas" possíveis de serem identificados quando uma pessoa começa a sofrer esse e outros tipos de demência – segundo a instituição, há um considerável aumento de pessoas buscando informações sobre isso nessa época do ano.
Saiba aqui quais são os principais sinais:

Repetições

Enquanto a maioria acredita que esquecer nomes de conhecidos repetidamente pode ser um sinal de demência, poucos sabem que repetir as mesmas frase por várias vezes também pode ser um indício.
Gaguejar ou pronunciar palavras de forma errada são outros sinais que merecem atenção.
Image captionCerca de 1 em cada 6 idosos acima de 80 anos sofrem de demência

Mudança de humor

O risco de demência aumenta com a idade – cerca de um em cada seis idosos acima de 80 anos sofrem com o problema. Mas ela pode começar na meia-idade.
Dianne Wilkinson, de 57 anos, recebeu o diagnóstico relativamente cedo.
"Sempre fui uma pessoa super positiva, então achei estranho quando comecei a me sentir mais devagar e 'para baixo'. Mas eu achava que isso era apenas uma fase. Não achava que poderia ser um sinal de demência", afirmou.

Esquecimentos corriqueiros

"Depois de alguns meses, alguns familiares me incentivaram a ir ao médico. Mas foi depois do meu diagnóstico que as pessoas começaram a me falar que tinham notado mudanças no meu comportamento, como repetir as coisas várias vezes, não lembrar onde eu tinha colocado algumas coisas e confundir os dias da semana", contou Wilkinson, que também não havia percebido esses "esquecimentos" corriqueiros.
Ela diz que se sentiu aliviada após o diagnóstico. "Senti um alívio porque agora eu sei que a demência é a explicação para meu comportamento estranho."
"É muito importante que as pessoas busquem ajuda rapidamente, assim que notarem sinais, porque aí elas conseguirão entender o que está acontecendo e poderão buscar ajuda para poderem viver da melhor maneira possível", aconselhou.
Direito de imagemALZHEIMERS SOCIETY
Image captionDianne Wilkinson foi diagnosticada com Alzheimer aos 57 anos de idade

Tratamento

Por tudo isso, Jeremy Hughes, CEO da Sociedade do Alzheimer, reforçou a importância de se identificar os sinais de demência para poder tratar o problema o quanto antes.
"Sabemos que demência é uma das doenças mais temidas para muitos e não há dúvidas de que ela pode ter um grande impacto para quem tem o problema e também para a família e os amigos", disse.
"Por isso, é importante que a gente esclareça essa confusão sobre o que são e o que não são sinais de demência para que as pessoas fiquem mais confiantes para conversar com seus familiares que estão sofrendo esses sintomas, para que eles possam buscar ajuda o mais rápido possível."
"A demência pode quebrar as conexões que você tem com as pessoas que ama, mas nós temos inúmeros tratamentos que podem ajudar a brecá-la ou a diminuir seus danos."
Image captionAlzheimer é doença neurodegenerativa e causa perda gradual e irreversível dos neurônios

Sinais de demência

Procure ajuda médica se sua perda de memória está afetando sua vida diária e especialmente se você:
  • Tem dificuldades para lembrar coisas recentes, mas consegue se lembrar facilmente do que aconteceu no passado
  • Acha difícil acompanhar conversas ou programas de TV
  • Esquece nomes de amigos bem próximos ou de objetos que você usa todos os dias
  • Não consegue lembrar as coisas que ouviu ou leu
  • Frequentemente perde o fio do que está dizendo
  • Tem problemas de pensamento e raciocínio
  • Se sente ansioso, depressivo ou com raiva
  • Se sente confuso até quando está em um ambiente conhecido ou se perde em caminhos que faz frequentemente
  • Descobre que pessoas começaram a notar ou a comentar sobre sua perda de memória
Fonte:https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151229_demencia_sinais_rm

Demência: sintomas, tratamentos e causas

O que é Demência?

Demência é uma condição em que ocorre perda da função cerebral. É um conjunto de sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, levando a problemas cognitivos, de memória, raciocínio e afetando, também, a linguagem, o comportamento e alterando a própria personalidade.

Tipos

As demências podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as reversíveis e as irreversíveis, estas últimas também chamadas de degenerativas. As demências do tipo irreversível também são progressivas, ou seja, pioram com o passar do tempo. O melhor exemplo de demência degenerativa é a doença de Alzheimer. Os danos causados ao cérebro, neste caso, não podem, portanto, ser interrompidos ou revertidos.
Já as demências reversíveis são aquelas que, apesar de causarem danos ao cérebro, podem ter seus sintomas revertidos. Bons exemplos para esse caso são tumores cerebrais, deficiência de vitamina B12, hidrocefalia normotensiva, entre outros.

Diversas doenças estão por trás das causas da demência. Veja exemplos:

Demências degenerativas


·         Doença de Alzheimer
·         Demência com corpos de Lewy, cujos sintomas são similares aos do Alzheimer e cuja incidência é a segunda maior entre as demências (perdendo apenas para o próprio Alzheimer)
·         Demência vascular, resultante de uma série de pequenos acidentes vasculares cerebrais (AVC)
·         Demência frontotemporal, que é uma degeneração que ocorre no lóbulo frontal do cérebro e que pode se espalhar para o lóbulo temporal.

Demências reversíveis

·         Tumores cerebrais
·         Demências de causa metabólica, em que há alterações nos níveis de açúcarsódio e cálcio no sangue
·         Baixos níveis de vitamina B12
·         Hidrocefalia normotensiva
·         Uso de determinados medicamentos, principalmente alguns para tratar colesterol
·         Abuso crônico do álcool.

Outras demências

·         Traumatismo craniano
·         Doença de Parkinson
·         Esclerose múltipla
·         Doença de Huntington
·         Doença de Pick
·         Paralisia supranuclear progressiva
·         Infecções que podem afetar o cérebro, como HIV/AIDS e doença de Lyme
·         Doença de Creutzfeldt-Jakob.


Fatores de risco

Muitos fatores podem levar à demência. Alguns fatores, como idade, histórico familiar de demências e síndrome de Down, não podem ser alterados ou prevenidos.

Idade

À medida que uma pessoa envelhece, o risco de demências aumenta consideravelmente, especialmente após os 65 anos. A demência, por outro lado e ao contrário do que muita gente pensa, não é parte normal do envelhecimento, pois também pode ocorrer em pessoas mais novas.

Histórico familiar

Se você tem histórico familiar de demência, você está em maior risco de desenvolver alguma condição. No entanto, isso está longe de ser uma regra, já que muitas pessoas com histórico familiar podem também não desenvolver nenhuma doença, enquanto que uma pessoa sem nenhum tipo de histórico médico de demência desenvolver alguma ao longo da vida. Uma pessoa com mutações genéticas específicas está em maior risco de desenvolver certos tipos de demência.

Síndrome de Down

Por volta da chamada “meia idade”, muitas pessoas com síndrome de Downdesenvolvem sintomas relacionados à demência. Alguns podem, inclusive, desenvolver uma doença.

Outros fatores

Há, ainda, os fatores de risco que podem ser prevenidos. Veja:
·         Abuso de bebidas alcoólicas
·         Aterosclerose
·         Hipertensão
·         Colesterol elevado
·         Depressão
·         Diabetes
·         Altos níveis de estrogênio
·         Obesidade
·         Tabagismo
·         Níveis alterados de um aminoácido presente no sangue chamado de homocisteína.

Sintomas de Demência

Sintomas de demência variam, dependendo da causa, mas os mais comuns incluem:
·         Perda de memória
·         Dificuldade para se comunicar
·         Dificuldade com tarefas complexas
·         Dificuldade com planejamento e organização
·         Dificuldade com funções de coordenação e motoras
·         Problemas com desorientação, como se perder
·         Alterações de personalidade
·         Incapacidade de estabelecer razão
·         Comportamento inadequado
·         Paranoia
·         Agitação
·         Alucinações.

Buscando ajuda médica

Consulte um médico se você ou alguém próximo a você tem problemas de memória ou outros sintomas de demência. Algumas condições médicas tratáveis podem causar sintomas de demência, por isso é importante que o médico faça o diagnóstico e determine a causa subjacente.
Doença de Alzheimer e vários outros tipos de demência pioram ao longo do tempo. O diagnóstico precoce lhe dá tempo para planejar o futuro, enquanto você pode participar na tomada de decisões.

Na consulta médica

Entre as especialidades que podem diagnosticar uma demência estão:
·         Clínica médica
·         Neurologia
·         Geriatria
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
·         Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
·         Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
·         Você ou seu ente querido apresentaram sintomas de demências, como perda de memória, mudança de personalidade, alteração de comportamento e dificuldades para executar tarefas mais complexas, etc?
·         Quando os sintomas começaram?
·         Qual a frequência dos sintomas?
·         Você ou seu ente querido têm algum histórico familiar de demência?
·         Você ou seu ente querido fumam ou fazem uso excessivo de álcool?

Diagnóstico de Demência

A perda de memória e outros sintomas de demência têm muitas causas, por isso o diagnóstico pode ser bastante difícil.
Para diagnosticar a causa exata de seus sintomas, o médico irá realizar uma série de perguntas sobre histórico clínico do paciente, questionar-lhe sobre sintomas e realizar um exame físico. O médico ou médica pode, também, solicitar uma série de exames para diagnosticar a demência e descartar possíveis outras condições.

Exames cognitivos e neuropsicológicos

Nestes testes, os especialistas avaliarão as funções cognitivas do paciente. Uma série de habilidades é medida por meio de testes, como de memória, orientação, raciocínio e julgamento, habilidades de linguagem e atenção.
Os médicos costumam usar esses testes para determinar se o caso do paciente é de demência e podem ainda determinar se é um caso grave e quais partes do cérebro foram afetadas.

Avaliação neurológica

Em uma avaliação neurológica, os médicos irão avaliar o movimento, os sentidos, equilíbrio, reflexos e outras áreas. Eles também podem usar a avaliação neurológica para diagnosticar possíveis outras condições.

Varreduras do cérebro

Os médicos podem solicitar exames cerebrais, como uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para verificar se há evidência de derrame ou hemorragia e para descartar a possibilidade de um tumor.

Testes de laboratório

Exames de sangue simples podem descartar problemas físicos que talvez estejam afetando o funcionamento do cérebro, tais como deficiência de vitamina B-12 ou hipertireoidismo.

Avaliação psiquiátrica

Um psicólogo ou psiquiatra podem avaliar se o paciente apresenta sintomas reais de depressão ou outra condição psicológica que possa estar causando os sintomas.

Tratamento de Demência

O principal objetivo do tratamento é controlar os sintomas da demência. O tratamento costuma variar de acordo com a causa subjacente dos sintomas. Algumas pessoas necessitam ser internadas por um curto período para realizar o tratamento.
Talvez seja necessário tomar medicamentos para controlar os problemas comportamentais causados pela perda da capacidade de julgamento, maior impulsividade e confusão. Algumas drogas podem ser usadas para evitar a piora rápida dos sintomas, principalmente em casos de demência degenerativa. No entanto, o benefício trazido por essas drogas é pequeno e os pacientes e suas famílias podem não perceber muita diferença.

Medicamentos para Demência

Os medicamentos mais usados para o tratamento de demência são:
·         Haloperidol e Outros anti-psicóticos e medicamentos para os distúrbios de humor ou comportamento e insônia.

Convivendo/ Prognóstico

Grupos de apoio familiar são parte fundamental para o tratamento de demências. Saber lidar bem com a doença e aprender a conviver diariamente com ela é importante para evitar agravamento no quadro.
É bom ter em mente que pessoas com demências degenerativas só tendem a piorar com o passar do tempo. Por essa razão, é fundamental que os cuidadores adeptem-se a essa situação. Veja alguns procedimentos indicados:
·         Melhore a comunicação, mantenha contato visual, experimente usar palavras e frases mais curtas e simples, tenha muita paciência e procure usar gestos e sinais para se fazer entender, caso seja necessário
·         Incentive a prática de exercícios físicos, que podem dar ao paciente maior força e saúde cardiovascular. Algumas pesquisas também mostram que a atividade física pode retardar a progressão da perda da função cognitiva. Além disso, exercícios também podem atenuar e tratar sintomas de depressão.

Complicações possíveis

As complicações dependem da causa da demência, mas podem incluir o seguinte:
·         Abuso por um cuidador sobrecarregado
·         Aumento das infecções em qualquer parte do corpo
·         Perda da capacidade funcional ou de cuidar de si mesmo
·         Perda da capacidade de interagir
·         Menor expectativa de vida
·         Efeitos colaterais dos medicamentos para tratar a doença

Demência tem cura?

As pessoas com comprometimento cognitivo leve nem sempre desenvolvem demência. Entretanto, quando a demência ocorre, ela geralmente piora e, muitas vezes, diminui a qualidade e a expectativa de vida do paciente. Tratamento adequado pode ajudar a reverter os sintomas de algumas demências – menos das degenerativas, que são, também, irreversíveis.

Prevenção

A maioria das causas de demência não pode ser prevenida, mas você pode reduzir o risco de demência vascular, causada por uma série de pequenos derrames, parando de fumar e controlando a hipertensão arterial e o diabetes. Seguir uma dieta com pouca gordura e fazer exercícios regularmente também pode reduzir o risco deste tipo de demência.
Associação Brasileira de Alzheimer
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Neurociência
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/demencia

Demência é uma categoria genérica de doenças cerebrais que gradualmente e a longo prazo causam diminuição da capacidade de raciocínio e memória, a tal ponto que interfere com a função normal da pessoa.[1]Outros sintomas comuns são problemas emocionais, problemas de linguagem e diminuição da motivação.[1][2] Geralmente a consciência da pessoa não é afetada.[1] Para um diagnóstico de demência é necessário que haja uma alteração da função mental normal da pessoa e um declínio superior ao que seria expectável devido à idade.[1][10] Este grupo de doenças afeta também de forma significativa os cuidadores da pessoa.[1]
O tipo mais comum de demência é a doença de Alzheimer, responsável por 50 a 70% dos casos.[1][2] Entre outras causas comuns estão a demência vascular (25%), demência com corpos de Lewy (15%) e demência frontotemporal.[1][2] Entre outras possíveis causas, menos prováveis, estão a hidrocefalia de pressão normaldoença de Parkinsonsífilis e doença de Creutzfeldt-Jakob.[11] A mesma pessoa pode manifestar mais de um tipo de demência.[1] Uma minoria de casos é de origem hereditária.[12] No DSM-5, a demência foi reclassificada como perturbação neurocognitiva, com vários graus de gravidade.[13] O diagnóstico tem por base a história da doença e exames cognitivos, complementados por exames imagiológicos e análises ao sangue para despistar outras possíveis causas.[3] Um dos exames cognitivos mais usados é o mini exame do estado mental.[2] As medidas para prevenir a demência consistem em diminuir os fatores de risco como a hipertensão arterialtabagismodiabetes e obesidade.[1] Não está recomendado o rastreio na população em geral.[14]
Não existe cura para a demência.[1] Em muitos casos são administrados inibidores da acetilcolinesterase, como a donepezila, que podem ter alguns benefícios em demência ligeira a moderada.[6][15][16] No entanto, a generalidade dos benefícios pode ser insuficiente.[6][7] Existem várias medidas que permitem melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência e respetivos cuidadores.[1] A terapia cognitivo-comportamentalpode ser adequada em alguns casos.[1] É também importante a educação e o apoio emocional aos cuidadores.[1] O exercício físico pode ser benéfico para as atividades do dia a dia e pode potencialmente melhorar o prognóstico.[17] Embora o tratamento de problemas de comportamento com antipsicóticos seja comum, não está recomendado devido aos poucos benefícios e vários efeitos adversos, entre os quais um aumento do risco de morte.[18][19]
Em 2015, a demência afetava 46 milhões de pessoas em todo o mundo.[8] Cerca de 10% de todas as pessoas desenvolvem demência em algum momento da vida.[12] A doença é mais comum à medida que a idade avança.[20] Enquanto entre os 65 e 74 anos de idade apenas cerca de 3% de todas as pessoas têm demência, entre os 75 e os 84 anos a prevalência é de 19% e em pessoas com mais de 85 anos a prevalência é de cerca de 50%.[21] Em 2013, a demência foi a causa de 1,7 milhões de mortes, um aumento em relação aos 0,8 milhões em 1990.[22] À medida que a esperança de vida da população vai aumentando, a demência está-se a tornar cada vez mais comum entre a generalidade da população.[20] No entanto, para cada intervalo etário específico a prevalência tem tendência a diminuir devido à diminuição dos fatores de risco, pelo menos nos países desenvolvidos.[20] A demência é uma das causas mais comuns de invalidez entre os idosos.[2] Estima-se que em cada ano seja responsável por custos económicos na ordem dos 604 mil milhões de dólares.[1] Em muitos casos, as pessoas com demência são controladas fisicamente ou com medicamentos em grau superior ao necessário, o que levanta questões relativas aos direitos humanos.[1] É comum a existência de estigma social em relação às pessoas afetadas.[2]

Classificação

A demência é um termo geral para várias doenças neurodegenerativas que afetam principalmente as pessoas da terceira idade. Todavia a expressão demência senil, embora ainda apareça na literatura, tende a cair em desuso. A maior parte do que se chamava demência pré-senil é de fato a doença de Alzheimer,[23] que é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. Embora existam casos raros diagnosticados de pessoas na faixa de idade que vai dos 17 anos[24][25][26] aos 50 anos e a prevalência na faixa etária de 60 aos 65 anos esteja abaixo de 1%, a partir dos 65 anos ela praticamente duplica a cada cinco anos. Depois dos 85 anos de idade, atinge 30 a 40% da população.[27]
Segundo a Organização Mundial da Saúde a exposição aos disruptores endócrinos poderá desencadear a doença de Alzheimer.[28]
A demência pode ser descrita como um quadro clínico de declínio geral na cognição como também de prejuízo progressivo funcional, social e profissional. As demências mais comuns são:
No dicionário internacional de doenças outras demências são classificadas como:
CID 10 - F02.0 Demência da doença de Pick
CID 10 - F02.1 Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob
CID 10 - F02.2 Demência na doença de Huntington
CID 10 - F02.3 Demência na doença de Parkinson
CID 10 - F02.4 Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
Esses diagnósticos não são exclusivos sendo possível, por exemplo, a existência de Alzheimer simultaneamente com uma demência vascular.[29] Outras classificações incluem a demência na Síndrome de Korsakoff.

Causas

O risco de demência é maior em pessoas que vivem perto de autoestradas ou vias com muito trânsito.
Entre 2001 e 2012, investigadores acompanharam dois milhões de pessoas no Canadá e concluíram que 7% dos casos de demência diagnosticados diziam respeito a pessoas que viviam até 50 metros de distância de estradas com muito tráfego automóvel.
O estudo publicado na revista médica "The Lancet", indica que ao longo desses 11 anos foram diagnosticados 243 611 casos de demência e observou-se que havia mais casos da doença entre os que viviam perto de estradas congestionadas. Nestes casos, o número de diagnósticos foi 4% superior em pessoas quem residiam entre 50 e 100 metros de distância destas vias e 2% entre os que moravam entre 101 e 200 metros.
Ou seja, entre 7% a 11% dos casos de demência diagnosticados em moradores até 50 metros de uma via de movimento intenso podem estar relacionadas com o trânsito.[30]

Fatores de risco

Os principais fatores de risco modificáveis para a demência são, no intervalo entre os 18 e os 45 anos o baixo nível de escolaridade. No intervalo entre os 45 e os 65 anos são a hipertensão, a obesidade e a perda de audição. No intervalo superior a 65 anos são o fumar, a depressão, a inatividade física, o isolamento social e a diabetes.[31]

Causas reversíveis

Há fatores que podem causar demência e que podem ser revertidos.[32][33]
  • O uso de drogas
  • Depressão
  • Hipotiroidismo, encefalite de Hashimoto
  • Perda progressiva de visão e audição
  • Infecções, AIDS, sífilis
  • Deficiência de vitamina b12, ácido fólico: anemia.
  • Tumores, hidrocefalia
  • Reações tóxicas a medicamentos: antidepressivos, antihistaminicos, anticonvulsivos, corticosteroides, sedativos, antiparkinsonianos, anticonvulsivos, antiansiolíticos[34]

Tratamento

Um tratamento integrativo foi proposto em um estudo[35] cuja amostra foi formada por 35 pacientes (20 do sexo masculino, 15 do feminino) com uma idade média de 71,05 anos, diagnosticados com demência moderada e depressão. O tratamento proposto pelos autores incluiu: antidepressivos (sertralina, citalopram ou venlafaxina XR, apenas ou em combinação com bupropiona XR), inibidores de colinesterase (donepezil, rivastigmine ou galantamine), como também vitaminas e suplementos (multivitaminas, vitamina E, ácido alfa lipóico, omega-3 e coenzima Q-10). As pessoas participantes do estudo foram encorajadas a modificar a sua dieta e estilo de vida bem como a executarem exercícios físicos moderados. Os resultados do estudo demonstraram que a abordagem integrativa não apenas diminuiu o declínio cognitivo em 24 meses, mas até mesmo melhorou a cognição, especialmente a memória e as funções executivas (planejamento e pensamento abstrato).

Medicamentos

Atualmente, o principal tratamento oferecido para as demências baseia-se nas medicações inibidoras da colinesterase (donepezil, rivastigmina ou galantamina), que oferecem relativa ajuda na perda cognitiva, característica das demências, porém, com uma melhora muito pequena.[36] Nesse sentido, a melhora das funções cognitivas verificadas no estudo avaliado não pode ser relacionada apenas a esse tipo de medicação.
Embora os pacientes do estudo avaliado evidenciassem um quadro de demência moderada e depressão, pesquisa de Kessing et al. (no prelo) demonstrou que o uso de antidepressivos em longo prazo, em pessoas com demência sem um quadro de depressão, diminuiu a taxa de demência e minimizou as perdas cognitivas associadas, sem, no entanto, ter reduzido tais perdas totalmente. Esse estudo também identificou que os antidepressivos utilizados em curto prazo geraram mais prejuízos às funções cognitivas em pessoas com demência. Portanto, apenas o uso de antidepressivos em longo prazo foi que surtiu um efeito protetivo.
Desse modo, podemos considerar que os antidepressivos usados em longo prazo, além de tratarem os quadros de depressão, que podem estar associados aos quadros de demência, são benéficos para o tratamento desta patologia. Alguns estudos revelaram que os antidepressivos podem ter efeitos neuroprotetivos, aumentando o nascimento e permitindo a sobrevivência de neurônios nas zonas do hipocampo (parte do cérebro relacionada principalmente à memória).[37] Contudo, o uso apenas de antidepressivos não é suficiente para uma melhora acentuada das perdas cognitivas da demência.

Memória Reconstrutiva

Um estudo publicado no "Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory and Cognition" conclui que os declínios que se verificam na memória reconstrutiva são indicio de um comprometimento cognitivo leve e de demência de Alzheimer, e não se verificam no envelhecimento saudável. "A memória reconstrutiva é muito estável em indivíduos saudáveis​​, de modo que um declínio neste tipo de memória é um indicador de comprometimento neurocognitivo" revela Valerie Reyna.[38][39]

Exercícios mentais

O exercício mental tem um papel fundamental na preservação de uma boa saúde mental. Os exercícios deverão ser variados, com um certo grau de complexidade, ensinar algo de novo e devem ser agradáveis e feitos com regularidade. Deve-se treinar o cálculo mental, ler em voz alta, aprender uma língua nova e treinar as imagens mentais (imagery),[40] e também treinar os sentidos: da audição, da visão e do cheiro.[41] A perda da sensibilidade do cheiro, relacionada com o primeiro nervo craniano, é uma das primeiras capacidades a serem infectadas pela demência. Um estudo do Wellcome Trust Centre for Neuroimaging do UCL demonstrou que o treino intensivo de aprendizado levado a cabo pelos taxistas de Londres para obterem o certificado de motorista de táxi altera a estrutura do cérebro aumentando o volume da matéria cinzenta na área do hipocampo posterior. O estudo revela que o cérebro mantém a plasticidade mesmo em adulto e o treino mental intenso[42] é fundamental para a criação de novos neurônios.

Videogames

  • Jogos multi-tarefa
Uma pesquisa, publicada na revista Nature, revela que pessoas idosas com dificuldades cognitivas podem treinar a mente e melhorar a atenção (o foco de longo prazo) e a memória de curto prazo. Os neurocientistas revelam que alguns dos idosos de 80 anos que participaram da pesquisa conseguiram melhorar o seu desempenho e apresentar um padrão neurológico igual ao de um jovem de 20 anos. O treino com o jogo multitarefa, NeuroRacer, um jogo muito simples, desenvolvido por uma equipa da Universidade da Califórnia permitiu[43] ainda registrar a alteração que se processa ao nível das ondas cerebrais.[44][45][46]
  • Jogos de estratégia
Um outro estudo da UCL e Queen Mary University of London, usando o jogo StarCraft, também revela que após várias horas de treino há uma melhoria na flexibilidade cognitiva.[47] O Jogo Halo também foi objeto de estudo, e revela que é capaz de melhorar a capacidade de decisão ao torná-la mais rápida.
  • Tiro em primeira pessoa
Um estudo da universidade dos Países Baixos indica que os jogos de Tiro em primeira pessoa melhoram a memória de curto prazo e a agilidade mental.[48]
Há ainda a possibilidade do habito de jogar determinados tipos de jogos melhorar o bem estar e diminuir a possibilidade de ter depressão.[49]
Segundo o Dr Adam Gazzaley "Isso confirma nossa compreensão de que os cérebros de adultos mais velhos, como os dos jovens, são 'plásticos' — o cérebro pode mudar em resposta ao treinamento focado".[50]
Um estudo revelou que jogar o jogo “Super Mario 64” provocava aumento nas regiões do cérebro responsáveis ​​pela orientação espacial, pela formação da memória e planejamento estratégico, bem como uma melhoria das capacidades motoras finas das mãos.[51]
Jogar jogos diferentes, cada jogo focado no desenvolvimento específico de uma capacidade cognitiva distinta, e não apenas um só tipo de jogo, treina e desenvolve um leque mais vasto de capacidades cognitivas.[52][53]
Um jogo eletrônico de quebra-cabeçaSea Hero Quest, foi desenvolvido para, através da coleta de dados sobre as habilidades de navegação ao ser jogado, ajudar na investigação científica[54] de como as pessoas navegam em ambientes tridimensionais, que é uma das primeiras habilidades perdidas por aqueles que sofrem com demência.[55]

Exercícios físicos

Caminhada dos idosos promovido pela Secretaria de Saúde e Meio Ambiente em 2008.
Em questão aos exercícios físicos, segundo Pérez e Carral (2008), estes apresentam um potencial de melhorar a plasticidade do cérebro, reduzindo as perdas cognitivas ou minimizando o curso progressivo da demência. A importância dos exercícios físicos no tratamento da demência pode ser apoiada por outros estudos.[56]
O levantamento de pesos, comparado com outros exercícios revelou melhores resultados,[57] embora um conjunto de exercícios envolvendo levantamento de pesos, aeróbica e equilíbrio tivesse melhorado as capacidades linguísticas.[58]

Alimentação

Uma dieta funcional e exercícios físicos associados também demonstraram serem protetivos contra o desenvolvimento da demência ou para diminuir o curso progressivo dessa patologia.[59] Não obstante, pessoas com tendência à demência que utilizaram vitaminas antioxidantes (vitaminas C e E, por exemplo) apresentaram menor perda cognitiva que pessoas que não utilizaram tal recurso.[60]
A deficiência de vitamina D está associada a um risco significativamente maior do desenvolvimento de demências incluindo a doença de Alzheimer.[61]
Ademais, Shatenstein e[62] identificaram que pessoas com demência tenderam a ter uma alimentação mais pobre em macronutrientescálcioferrozincovitamina Kvitamina A e ácidos gordurosos, o que pode acentuar o curso degenerativo da doença. Aspecto que justifica a administração de suplementos alimentares para essa população, devido à dificuldade de se alimentar, um dos sintomas que tendem a fazer parte do quadro de demência.
Em relação ao ácido alfalipóico e à coenzima Q10, potentes antioxidantes cerebrais, ou seja, redutores dos radicais livres, existem evidências em estudos que essas substâncias também contribuem significativamente para a redução da progressão das perdas cognitivas em pessoas com demência, além de serem agentes protetivos. Tais substâncias são produzidas naturalmente pelo organismo, mas essa produção tende a reduzir-se com a idade.[63]

Comportamentos saudáveis

Metade das demências podem ser prevenidas ou pelo menos adiadas mantendo uma vida social, intelectual e profissional ativa.[64]
Uma vida com compromissos e ativa também revelou melhorar as perdas cognitivas em demências mais moderadas.[65] O uso do fumo também pode vulnerabilizar as pessoas para a demência.[66] Desse modo, a mudança do estilo de vida é um fator fundamental para minimizar o curso das perdas evidenciadas na demência.
Portanto, podemos observar que, no estudo de Bragin et al. (2005), foram utilizados como tratamento da demência vários recursos disponíveis para tanto. Ocorreu uma melhora significativa em funções cognitivas importantes, prejudicadas pela demência moderada.
Assim, o diagnóstico precoce da demência é um aspecto importante para que os tratamentos existentes possam diminuir a progressão das perdas cognitivas, funcionais, sociais e profissionais em pessoas com esta patologia. Conforme demonstrou o estudo de Bragin et al. (2005), o tratamento deve ser integrativo, envolvendo uma equipe multidisciplinar, com medicações específicas e suplementação alimentar, além de uma mudança do estilo de vida que inclui exercícios físicos moderados, cessação do uso do fumo, uma alimentação adequada e uma vida com o máximo possível de atividades.
Uma abordagem integrativa pode reduzir o curso das perdas cognitivas da demência, porém, ainda não existem tratamentos que possam "curar" integralmente essa patologia. Assim, a prevenção ao longo da vida é o melhor recurso existente. É importante durante a vida manter uma alimentação saudável e exercícios físicos regulares; bem como na aposentadoria torna-se imprescindível manter um estilo de vida ativo.

Psicoterapia

É frequente a comorbidade entre depressão, transtornos de ansiedade, distúrbios comportamentais e transtornos delirantes e demências, por isso é importante o acompanhamento psicológico regular. Esse acompanhamento inclui os familiares pois a demência causa grande impacto nos cuidadores, especialmente na família nuclear, os deixando vulneráveis a transtornos psicológicos como síndrome de Burnout (exaustão física e psicológica). São necessárias mais políticas públicas de apoio aos cuidadores, pois, quando exaustos, tendem a colocar os idosos em asilos aumentando seriamente as despesas do governo.[67][68]

Epidemiologia

O envelhecimento da população leva a um aumento das doenças crônicas e degenerativas, acarretando um maior custo-paciente na área de saúde e a necessidade de inúmeras adaptações sociais, ambientais e econômicas. É provável que, em 2025, o Brasil se torne o 6.º país com mais idosos no mundo. O número de vítimas de demências aumenta exponencialmente com a idade afetando apenas 1,1% dos idosos entre 65 e 70 anos e mais de 65% depois dos 100 anos. A média em São Paulo no ano de 1998 na população acima de 65 anos foi estimada em 7,1%.[69] Porém, como é muito sub-diagnosticada, maior nas áreas rurais e com níveis educacionais mais baixos e tem aumentado muito nos últimos anos é provável que atualmente esteja por volta de 21,9% entre os maiores de 65 anos.[70] A doença de Alzheimer, o tipo de demência mais comum, é mais comum em mulheres enquanto as demências vasculares, segundo tipo mais comum, são mais comuns em homens.
Os custos com demência no mundo passam de 600 bilhões, custo maior do que o de qualquer empresa do mundo. A estimativa da Alzheimer’s Disease International (ADI) é de que em 2010 havia 35,6 milhões de pessoas vivendo com demência no mundo. Este número deve subir para 65,7 milhões até 2030 e 115,4 milhões até 2050. No Brasil, estima-se que entre 70% e 94% dos pacientes com demência vivam em casa, subindo para 90 a 95% nas áreas rurais, média muito acima da dos países desenvolvidos que fica por volta de 66%.[71]
Fonte:Wikipédia

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