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SÍRIUS,O NOVO ACELERADOR DE PARTÍCULAS BRASILEIRO É INAUGURADO EM CAMPINAS

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Sirius,novo acelerador de partículas brasileiro é inaugurado em Campinas

 
Foi inaugurada nesta quarta-feira (14) a primeira fase do Sirius, o novo acelerador de partículas brasileiro em Campinas (SP). Quando concluído, o dispositivo será a mais avançada fonte de luz sincrotron do mundo. Com esse tipo de luz, o aparelho é capaz de analisar partículas atômicas em alta resolução.
No total, o Sirius deve custar R$ 1,8 bilhão quando finalizado, e R$ 1,3 bilhão já foram investidos. A estimativa é de que ele esteja 100% operacional em 2021. No momento, todo o edifício que abriga o Sirius ficou pronto, bem como dois dos três aceleradores projetados; 85% de toda a tecnologia utilizada foi obtida diretamente no Brasil.
O coordenador do projeto Sirius, Antônio José Roque — diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais —, diz que esse será um laboratório aberto aos pesquisadores. Um dos objetivos centrais do acelerador, contudo, é aperfeiçoar pesquisas na produção de petróleo e gás.
Sempre se diz que o Brasil é o país do futuro. Com esse projeto, pode-se dizer que o futuro chegou 
O Presidente da República, Michel Temer, esteve na inauguração e ressaltou que o laboratório é a maior e mais avançada base de pesquisa científica já construída no país. Além disso, ele permitirá a integração entre os pesquisadores locais e os de várias outras partes do mundo.
“Sempre se diz que o Brasil é o país do futuro. Com esse projeto, pode-se dizer que o futuro chegou. Essa máquina é motivo de orgulho. Ela engrandece a ciência nacional”, disse Temer durante a cerimônia de inauguração.
Somente a Suécia tem um acelerador de elétrons da mesma geração que o construído no Brasil. O antigo acelerador brasileiro, inaugurado em 1997, já é considerado ultrapassado. Você pode saber mais sobre o acelerador em si através deste link.

Conheça o Sirius, o novo acelerador de partículas brasileiro

Está em fase final de construção o mais novo acelerador de partículas brasileiro, o Sirius. O equipamento está sendo instalado em Campinas, no interior do estado de São Paulo, e deve custar no total R$ 1,8 bilhão. O governo federal, vem repassando verbas lentamente para a construção do acelerador, mas, em novembro, com investimento já realizado na casa dos R$ 1,3 bilhão, os primeiros testes devem começar a ser feitos.
Quando pronto, o Sirius será o mais avançado acelerador de partículas da sua categoria no mundo inteiro, sendo uma fonte de luz síncrotron. Ele ganha esse nome por ser capaz de lidar com esse espectro de radiação, o que inclui raios-X, luz ultravioleta, infravermelha e mais.
revistapesquisa
Conjunto de magnetos responsável por faz os elétrons serpentearem no interior do anel de armazenamento e, com isso, liberar energia na forma de luz síncrotron

Funcionamento

A aceleração de partículas se dá por meio de campos elétricos, e campos magnéticos são responsáveis pela mudança de trajetória das partículas. No total, o Sirius tem uma circunferência de 500 m e uma série de estágios e anéis de aceleração para estudos de partículas.
Em termos simples, o processo de inicial de aceleração começa com o aquecimento de um fio de tungstênio. Com isso, elétrons são liberados do material e conduzidos por uma carga magnética para os anéis de aceleração e, então lançados em “booster”.
siriusVisão aérea do prédio do Sirius
Esse booster é a estrutura circular responsável por colocar esses feixes de elétrons quase na velocidade da luz. Depois disso, eles são direcionados ao acelerador principal, que é essa grande estrutura de 500 m que você vê nas imagens.
O funcionamento desse equipamento pode parecer complicado para quem não tem um conhecimento profundo de física, mas o caso é que o Sirius poderá ser utilizado não apenas para testar teorias, mas também para conseguir resultados práticos.
O antigo acelerador fonte de luz síncrotron que o Brasil possui — o qual será substituído pelo Sirus — foi um dos responsáveis por decifrar em um modelo 3D uma proteína essencial para a reprodução do vírus zika. O Siruis será capaz de conseguir imagens mil vezes melhores e, com isso, poderá dar um grande impulso na qualidade das pesquisas brasileiras em vários campos.
siriusCâmaras de vácuo que conduzirão os elétrons em aceleração
“O Sirius está muito próximo do limite daquilo que a engenharia permite construir e será capaz de produzir ciência competitiva internacionalmente por, ao menos, uma década”, disse o diretor do LNLS, o físico Antônio José Roque da Silva.
Caso não haja mais atrasos nos repasses do governo federal para a construção do acelerador, estima-se que o Sirius esteja completamente operante durante o ano de 2019, se tornando o equipamento mais moderno do mundo em sua categoria.
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