O QUE É A NANOTECNOLOGIA ?

O QUE É A NANOTECNOLOGIA ?
Nanotecnologia é o entendimento e controle da matéria em nanoescala, em escala atômica e molecular. Ela atua no desenvolvimento de materiais e componentes para diversas áreas de pesquisa como medicina, eletrônica, ciências, ciência da computação e engenharia dos materiais.
Um dos princípios básicos da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. O objetivo é elaborar estruturas estáveis e melhores do que se estivessem em sua forma "normal". Isso porque os elementos se comportam de maneira diferente em nanoescala.

Microscópio varredura tunelamento

Microscópio de Varredura por tunelamento permitiu a observação de átomos e moléculas em nível atômico. Foto: Scanning Tunneling Microscope in Schwingungs-Dämpfplatten

O homem só pode ver átomos individualmente pela primeira vez em 1981, quando o Microscópio de Varredura por Tunelamento (STM), uma das mais importantes ferramentas de nanotecnologia, foi criado e deu início à nanotecnologia. O STM foi o que permitiu a observação de átomos e moléculas em nível atômico. Além dele, outra importante ferramenta de nanotecnologia é o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Ambos são usados na exploração de materiais em nanoescala.

Por que a nanotecnologia existe

A nanotecnologia trabalha com objetos entre 1 e 100 nanômetros. Em 1 metro há 1 bilhão de nanômetros. Para se ter uma ideia melhor, a espessura de uma folha de jornal tem cerca de 100.000 nanômetros de espessura, já o DNA humano tem apenas 2,5 nanômetros de diâmetro.

DNA

O DNA mede cerca de 2,5 nanômetros
Por meio da nanotecnologia, cientistas conseguem desenvolver materiais e componentes melhores, pois os materiais trabalhados nas escalas métricas que conhecemos não se comportam da mesma maneira em nanoescala. Gases, líquidos e sólidos trabalhados em nanoescala podem se tornar mais fortes ou ganharem propriedades como condução de calor e eletricidade, ficar mais reativos, mudar de cor e outros fenômenos.
Por sua capacidade de criar materiais mais fortes, finos e duráveis, a nanotecnologia é bastante usada em diversos setores da indústria e da tecnologia e em estudos da física, química, biologia e medicina.

Usos da nanotecnologia

A nanotecnologia é usada na modernização de setores da indústria e da tecnologia como a tecnologia da informação, energia, meio ambiente, segurança, tecnologia de alimentos e transporte. Ela também trabalha no desenvolvimento de soluções que diminuem o impacto no meio ambiente e no tratamento de doenças.
Um dos exemplos de uso da nanotecnologia são as finas películas desenvolvidas para óculos, computadores, câmeras, janelas e outras superfícies para fazer com que os objetos ganhem propriedades como impermeabilidade, antirreflexo, autolimpeza, resistência a raios ultravioleta e outros.
Nanopartículas também podem ser usadas para catalisar reações químicas, reduzindo a quantidade de catalisadores usada para produzir as reações químicas necessárias na indústria. Isso economiza dinheiro e ainda reduz a quantidade de poluentes lançada na atmosfera. Isso já é usado na indústria petrolífera, no refinamento do petróleo; e na indústria automotiva, nos catalisadores automotivos.

Samsung TV OLED

Displays OLED, com imagens mais brilhantes e consumo reduzido de energia, foram criados com a ajuda da nanotecnologia
Outra tecnologia criada com o auxílio dos estudos em nanoescala foi a dos displays OLED, presentes em várias TVs e smartphones. Esse tipo de tela oferece imagens com brilho maior e consumo reduzido de energia. Os displays flexíveis de e-readers, como o Kindle, também são resultado de pesquisas da nanotecnologia.

Perigos da nanotecnologia

Como já dito, os elementos se comportam de maneira diferente em nanoescala. Se por um lado isso pode trazer avanços incríveis, por outros muitos cientistas temem que isso possa gerar catástrofes ambientais, biológicas e econômicas. Isso porque alguns elementos pouco reativos em escala normal podem se tornar extremamente perigosos em nanoescala.
As substâncias se tornam mais reativas à medida que suas partículas ficam menores. Isso acontece porque sua área de superfície é maior em relação ao seu volume, proporcionando uma área de contato maior em que pode haver reações químicas.
Outra preocupação é quanto à interação de nanopartículas com sistemas vivos. Vários dos elementos que sabemos terem pouca capacidade de interagir com organismos vivos podem ter sua capacidade aumentada, pois podem penetrar na pele facilmente ou entrar na corrente sanguínea através dos pulmões. Uma vez dentro do corpo, podem causar reações químicas imprevisíveis.
O amianto, por exemplo, foi desenvolvido para ser inofensivo e quimicamente inerte. Mais tarde, no entanto, descobriu-se que, quando rompido, ele produz pequenas fibras no ar que podem ser inaladas, podendo causar câncer quando se alojam nos pulmões. Esse efeito nocivo ocorre devido ao seu tamanho e à forma como ele interage com as células pulmonares.

Possíveis contribuições da nanotecnologia

Apesar de ainda haver dúvidas sobre seus efeitos, é bem provável que a nanotecnologia continue entre nós por muitos e muitos anos por causa dos avanços que pode trazer a vários setores da sociedade.
No setor de construção, por exemplo, a nanoengenharia de aço, concreto, asfalto e outros materiais podem oferecer soluções mais resistentes e duráveis em transporte e infraestrutura, por exemplo, reduzindo os custos dos governos em estradas. Novos sistemas podem, inclusive, dar a essas estruturas a capacidade de gerar ou transmitir energia.
Além disso, sensores e dispositivos em nanoescala podem fornecer monitoramento contínuo de estradas, ruas, estradas, túneis etc ajudando a reduzir custos e aumentando a produtividade.
Na medicina, medicamentos baseados em nanotecnologia poderão ser usados para tratar pacientes. Nanopartículas são usadas no desenvolvimento de tratamentos para o câncer com o objetivo de aumentar sua eficiência nos tumores e diminuir sintomas em outras partes do corpo.
https://canaltech.com.br/ciencia/o-que-e-nanotecnologia/


AFINAL,O QUE É A NANOTECNOLOGIA


É o futuro do que a gente conhece como tecnologia, em uma versão superminiaturizada e inteligente. Ela é desenvolvida por um ramo da ciência que trabalha na escala dos bilionésimos de metro (a partir de 0,000001 milímetro) – ou nanômetros, de onde vem o nome dessa área. Com ela, seria possível construir coisas átomo por átomo, molécula por molécula, ou seja, usando os tijolinhos básicos que formam a matéria. Uma das promessas é montar computadores que usam moléculas em vez de chips. Isso faria toda a diferença: teríamos micros capazes de pensar como gente! “Nosso cérebro nada mais é que um computador molecular, que usa componentes nanométricos (as moléculas que formam os neurônios) para processar dados”, diz o químico Henrique Toma, da Universidade de São Paulo (USP). Se um dia for realmente possível construir materiais átomo por átomo, poderemos montar, em tese, qualquer coisa. Imagine que, daqui a 30 anos, você sinta uma dor de barriga e corra para o banheiro. Sua privada, toda high tech, poderá analisar o “material” que você deixou por lá e mandar esses dados para um aparelho especial, capaz de reorganizar os átomos que existem na natureza e transformá-los em outra coisa. Ele pode pegar, por exemplo, partículas de algum gás da atmosfera e, com elas, sintetizar o remédio certo para você. Se o medicamento lhe der sede, o aparelho poderá pegar outros átomos para materializar um copo de refrigerante. Com a nanotecnologia, daria também para fazer materiais novos: metais e plásticos mais resistentes para a engenharia, combustíveis melhores para os carros, pernas humanas para acidentados. Mas, hoje, essa ciência ainda ensaia seus primeiros passos. O que existe são máquinas que constroem, molécula por molécula, tipos de proteína para fabricar medicamentos. Quem aposta nessa tecnologia diz que pode demorar mais de um século até construirmos coisas fantásticas, como as que você vê nestas páginas.
Mergulhe nessa
Na Internet:

Admirável mundo novo

No futuro, moléculas inteligentes seriam capazes de materializar objetos a partir de átomos de gases
Santo remédio
O maior impacto da nanotecnologia seria, de longe, na saúde. Moléculas robôs capazes de modificar o DNA poderiam ser adicionadas a drogas para exterminar doenças como o câncer. Mais: elas poderiam penetrar no código genético de vírus e castrá-los, tirando deles a capacidade de se multiplicar e de matar
O segredo da mágica
Essas engrenagens mais de mil vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo, conhecidas como moléculas robôs, seriam o cérebro da nanotecnologia. A função primordial delas seria fazer e desfazer ligações entre os átomos, possibilitando a construção de coisas átomo por átomo. Projetadas e programadas em laboratório, elas ficariam flutuando no ar até serem requisitadas para construir um novo objeto por meio de um comando de voz, por exemplo
Computador-cabeça
Micros que usassem moléculas para processar dados seriam pequenos o suficiente para ficar implantados no corpo, ligados aos neurônios do cérebro. Além de serem mais do que portáteis, com telas e mouses virtuais, eles poderiam até turbinar a inteligência da pessoa, já que o modo de processar informações desses supermicros seria análogo ao da mente do seu usuário
Comida do nada
A nanotecnologia poderia fazer coisas surgirem aparentemente do nada. A mágica, na verdade, seria mais um dos efeitos da ação das moléculas robôs. Elas transformariam um gás com elementos como carbono, hidrogênio e oxigênio em um banquete — uma feijoada, por exemplo. Afinal, esse prato nada mais é que um bando de átomos arrumados de uma maneira específica — e suculenta!
Purificadora de ar
Moléculas robôs suspensas na atmosfera eliminariam a sujeira que a humanidade despeja no ar desde o século 18. Elas poderiam usar moléculas de oxigênio (O2), reorganizá-las e criar moléculas de ozônio (O3), reduzindo o buraco na camada desse gás que protege nosso planeta. Para repor a perda de oxigênio, as moléculas quebrariam dióxido de carbono (CO2), que, em excesso, aumenta a temperatura média da Terra
Carro vivo
Automóvel do futuro é este aqui: feito só com minúsculas moléculas artificiais, ele poderia mudar de cor, de forma ou até de cilindrada a qualquer comando do dono. Se a lataria riscar, não tem problema: as nanoengrenagens entram em ação para tapar o estrago da mesma forma que uma estrela-do-mar se auto-regenera quando perde um membro.
Fonte:https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-a-nanotecnologia/

Saiba o que é nanotecnologia e como ela pode mudar o futuro

Nanotecnologia é um termo usado para referir-se ao estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular, ou seja, é a ciência e tecnologia que foca nas propriedades especiais dos materiais de tamanho nanométrico. O principal objetivo  é criar novos materiais, novos produtos e processos a partir da capacidade moderna de ver e manipular átomos e moléculas.
Nanotecnologia (Foto: Reprodução/ Wikimedia Commons)Nanotecnologia (Foto: Reprodução/ Wikimedia Commons)

O nome foi citado pela primeira vez por Richard Feynman em Dezembro de 1959 e definido pela Universidade Científica de Tóquio, no ano de 1974. Mas foi somente a partir do ano de 2000 que a nanotecnologia começou a ser desenvolvida e testada em laboratórios.
A base do uso da nanotecnologia é o nanômetro, uma unidade de medida assim como o quilômetro, o metro e o centímetro. Ele equivale a um bilionésimo de metro, o que abre espaço para muitas possibilidades, mas também traz grandes desafios para conseguir trabalhar em uma escala tão minúscula. A maior prova dessa dificuldade, está o fato de que apenas laboratórios e indústrias que têm equipamentos de alta precisão conseguem lidar com essa tecnologia.
As possibilidades de aplicação
Nanotecnologia (Foto: Steven Martin/Wikimedia Commons)Nanotecnologia (Foto: Steven Martin/Wikimedia Commons)

Com a nanotecnologia será possível, por exemplo, otimizar os efeitos de remédios levando-os diretamente para onde são necessários dentro do corpo, o que diminuiria a toxidade das drogas, os efeitos colaterais e as dosagens. Também será possível fazer algo parecido em tratamentos como o do câncer, atacando apenas as células defeituosas.
 Embora muitas das possibilidades a nanotecnologia ainda estejam no universo da ficção científica, por causa das dificuldades em tornar realidade alguns procedimentos, a cada dia surgem novas pesquisas em torno do assunto, o que certamente tornará possível muitas coisas em um futuro próximo.
Voltando para a realidade
Voltando um pouco para a realidade, já existem alguns produtos que são resultado do uso da nanotecnologia. Dentre esses, merece destaque os microprocessadores. Toda vez que os processadores evoluem é necessário usar um novo processo de produção com uma escala menor, para poder fabricar as partes internas dele (que atualmente já são fabricados em 45 nanômetros) e assim diminuir seu tamanho e o consumo de eletricidade. É graças as pesquisas e ao desenvolvimento da nanotecnologia que hoje é possível ter equipamentos cada vez menores, e com maior poder computacional.
Imagem de um circuito integrado ampliada 2400 vezes, evolução graças a nanotecnologia (Foto: Divulgação)Imagem de um circuito integrado ampliada 2400 vezes, evolução graças a nanotecnologia (Foto: Divulgação)
Além dos microprocessadores, a nanotecnologia já está presente em alguns tecidos com características especiais, equipamentos médicos como cateteres, válvulas cardíacas, marca-passo, implantes ortopédicos, protetores solar, produtos para limpar materiais tóxicos, sistemas de filtração do ar e da água, vidro autolimpante, coberturas resistente a arranhões, curativos antimicrobiano, limpadores de piscinas, desinfetantes e muitas outras soluções. Na prática, a nanotecnonlogia hoje abrange vária áreas com suas diversas aplicações.
A nanotecnologia ainda está em fase inicial aqui no Brasil, mas já apresenta alguns resultados importantes. Um bom exemplo disso é a “língua eletrônica”, um dispositivo que combina sensores químicos de espessura nanométrica, com um sofisticado programa de computador para detectar sabores. O dispositivo foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Embrapa, liderados pelo Dr. L. H. Mattoso.
    Lingua eletronica desenvolvida pela Embrapa usa nanotecnologia (Foto: divulgação) Lingua eletronica desenvolvida pela Embrapa usa nanotecnologia (Foto: Divulgação)

Além disso, em agosto de 2013, foi inaugurado no país a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), que consiste em diversar ações que, juntas, buscam criar, integrar e fortalecer atividades ligadas ao tema e promover o desenvolvimento científico e tecnológico do setor.
O impacto da tecnologia
Além das dificuldades técnicas, o desenvolvimento da nanotecnologia esbarra em aspectos sociais e ambientais que levantam muitas discussões e questionamentos. Existe muito debate nas implicações futuras da nanotecnologia, pois os desafios são parecidos aos de desenvolvimentos de novas tecnologias. Dentre as discussões estão as questões sobre a toxicidade e o impacto ambiental causado pelo uso dos nanomateriais e os potenciais efeitos disso na economia global.
Todas essas questões levantam a necessidade de uma regulação sobre nanotecnologia e outras burocracias. Por causa disso, o desenvolvimento dessa área pode demorar. Mas independente dessas dificuldades, a nanotecnologia é constantemente impulsionada por seus defensores e por novas necessidades que vão surgindo e aumentando a importância dessa área.
Fonte:https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/03/saiba-o-que-e-nanotecnologia-e-como-ela-pode-mudar-o-futuro.html
11 fatos curiosos (e assustadores) sobre nanotecnologia
nanotecnologia está presente em vários lugares, mesmo que não consigamos visualizá-la de fato. Afinal, quem vai enxergar uma coisa tão pequena, mas tão pequena que não pode ser medida em centímetro ou milímetro (o nanômetro equivale a um bilionésimo do metro, ou seja, a quantidade de barba que cresce no rosto de um homem logo após a primeira passada da lâmina, veja você).
Porém, esta engenharia de sistemas funcionais em escala molecular faz cada vez mais parte do dia a dia, apesar de não termos a exata consciência disso. Listaremos aqui alguns fatos interessantes (e assustadores) sobre a nanotecnologia, para que você conheça um pouco mais sobre esta pequena gigante que está em evidência.

Fato 1: não é de hoje

Antes de mais nada, o que você precisa saber sobre nanotecnologia é que ela não passou a existir nos anos 80, quando foi nomeada. Já na Idade Média, os artistas se utilizavam de uma forma de nanotecnologia ao criar uma mistura de cloreto de ouro em vidro derretido.
O resultado era um vidro com pequenas esferas douradas em seu conteúdo, que absorviam e refletiam a luz do Sol de forma a produzir um vermelho rubi mais vivo, que se destacava em obras de arte. Portanto, saiba que os primeiros nanotecnólogos o eram antes mesmo de saber do que se tratava esta nova forma de lidar com tamanhos diminutos.
Claro, a manipulação na escala que atualmente conhecemos não é tão antiga assim. Apenas em 1989, o engenheiro da IBM Don Eigler conseguiu, com a ajuda de microscópio em escala atômica, mover e controlar um único átomo. Atualmente, os pesquisadores da Universidade de Princeton são capazes de controlar um único elétron (sim, você leu direito, um mísero e nano elétron).

Fato 2: tamanho é documento

No caso da nanotecnologia, tamanho faz toda a diferença. A proporção diminuta de certos materiais faz com que propriedades como cor, transparência e pontos de derretimento sejam diferentes de porções maiores da mesma substância.
Televisões mais finas que se utilizam da nanotecnologia

Fonte da Imagem: Divulgação/LG
Pense nas telas que cada vez mais se utilizam da nanotecnologia: são finas e ainda deixam a imagem melhor do que aquelas equipadas com LED ou Plasma. Não, elas não são microscópicas, apenas mais finas do que as demais, por usar materiais que ocupam menos espaço, as benditas nanopartículas.

Fato 3: se você não comeu, ainda vai comer

Para realçar cor, sabores e aumentar a validade para uso, diversos produtos alimentícios, e cosméticos estão recebendo nanopartículas diversas. Enquanto a lei em relação a esses elementos não é regulamentada, ninguém sabe quais produtos utilizam a nanotecnologia (e o quanto de nanopartículas existem) para deixar ainda mais bonita e durável a comida que você ingere ou o creme antirrugas sagrado para o rosto.
Não existe regulamentação, por exemplo, que façam com que as empresas avisem as nanotecnologias empregadas nos diversos itens de consumo. Da mesma forma, não se sabem ainda quais são os riscos trazidos por alimentos que contenham as pequenas partículas, uma vez que os testes ainda não se mostram conclusivos nesta área.
Comidas com conservantes podem conter nanopartículas

Fato 4:  seu corpo vai reter alguma coisa

O que se pode supor, entretanto, é que o corpo vai receber estas nanopartículas e, assim como nos metais pesados, uma probabilidade é que elas sejam retidas em seu organismo, em vez de liberadas para o ambiente.
A quantidade pode ser pequena, mas ao se acumular no organismo, certas propriedades podem fazer mal aos consumidores da nanotecnologia utilizada para conservar os alimentos. Como os estudos na área ainda não são conclusivos e as embalagens não mostram os números factuais sobre o assunto, é difícil saber o futuro e os problemas ocasionados por elementos tão pequenos.
Por via das dúvidas, faça o seguinte: não coma nada que você não possa ver (ok, é um conselho idiota, mas piadinhas nunca fizeram mal a ninguém, diferente, pelo jeito, de alimentos que usam a nanotecnologia).

Fato 5: o corpo não é páreo para elas

Além da possibilidade de serem acumuladas no corpo, as nanopartículas, por causa do seu tamanho diminuto, também não respeitam as barreiras do corpo. Pesquisas indicam que elas podem passear pelo sangue, penetrar em células e até mesmo passear pelo seu cérebro, provocando danos – isso é de dar medo – não apenas cerebrais, mas em outros órgãos vitais.

Fato 6: se o corpo não é páreo, as doenças também não são

Porém, como essas minúsculas matérias passeiam pelo nosso corpo, elas também podem nos ajudar em termos de saúde. Pesquisadores da Universidade de San Diego criaram nanopartículas fluorescentes que brilham dentro do seu corpo, facilitando a visualização de tumores ou danos a órgãos vitais.
Já os pesquisadores de Yale criaram nanosferas plásticas que envolvem os antígenos e podem ajudar a melhorar a eficiência de vacinas contra tumores cancerígenos. O invólucro ajuda a proteger a proteína citocina, que ajuda o corpo a produzir mais dos grandes e belos anticorpos necessários para combater doenças e infecções.

Fato 7: nanopartículas podem fazer parte do seu cérebro (no bom sentido)

Na mesma linha de estudo para a ajuda na medicina, pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia usam os nanotubos para criar neurônios sintéticos. A ideia é conseguir transformar os nanotubos em redes funcionais, que facilitariam os implantes cerebrais.

Fato 8: seus dentes também são beneficiados

Se você pensa que apenas doenças mais complicadas serão afetadas pela nanotecnologia, está muito enganado. Até mesmo a restauração dos seus dentes já pode conter traços dessa nova tecnologia.
Restauração antiga em comparação com aquela que utiliza a nanotecnologia.
Fonte da Imagem: 3M
Por permitir que os estudiosos lidem com a estrutura de materiais em um nível molecular, as “massas” usadas para restaurações feitas com uso da estrutura molecular são criadas para durar ainda mais tempo. Além disso, o material é mais fácil de manusear (polir e esculpir), ficando mais bonito em sua boca, em comparação do que aqueles “prateados” que, convenhamos, ficam feios para caramba quando usados em dentes branquinhos.

Fato 9: roupas entram na brincadeira

As roupas também recebem influência da nanotecnologia, acredite ou não. Cientistas da Universidade Tecnológica da Georgia criaram geradores elétricos feitos de nanofios, colocando-os em pequenas jaquetas feitas especialmente para hamsters.
Quando os ratinhos corriam, os geradores fabricavam eletricidade. A ideia é transportar essas características para roupas humanas, para que você possa, por exemplo, carregar seu celular enquanto sai para correr, ou ainda, medir sua pressão arterial em um gadget conectado às batidas do coração.
Nano-tex, uma tecnologia para deixar tudo impermeávelOutras empresas de roupas (GAP, Dockers, Old Navy e mais) se utilizam da nanotecnologia já no tratamento do próprio tecido. O Nano-Tex “reorganiza” as fibras da roupa, criando propriedades interessantes como conforto, resistência e impermeabilidade. Para isso, tecidos de algodão são mergulhados em uma solução com trilhões de nanofibras, que se fundem com o tecido da roupa. Essa “solução” também pode ser usada em panos de sofás, tapetes e o que mais se imaginar.

Fato 10: a tecnologia não pode parar

Além dos usos mais curiosos e assustadores da nanotecnologia, ela certamente já faz muito para a criação de eletrônicos menores e mais potentes. Pesquisadores governamentais dos Estados Unidos criaram matrizes de nanodutos de cromo que podem armazenar dados com uniformidade nunca antes vista. O objetivo é construir chips de silicone mais complexos e integrados.
Além de condutores, pesquisas estão sendo conduzidas em Illinois, um dos centros de pesquisas moleculares, e trazem outros resultados interessantes. A nanotecnologia permite o estudo da criação de partículas que detectam mercúrio, colas eletrônicas para baratear o custo de semicondutores, máquinas de Raio-X ainda mais precisas e muito mais.

Fato 11: medo da Skynet

Para não chegarmos ao 13 (que pode dar azar) paramos no último fato sobre a nanotecnologia. Com a utilização e criação a partir de escalas moleculares, é possível controlar e influenciar o crescimento para a formação de várias configurações (de acordo com suas propriedades naturais químicas).
Entretanto, os processos estão se tornando cada vez mais complexos, com a criação de computadores inteiros com o uso destas características. Em um caso hipotético, o que aconteceria se esses mesmos processos saíssem do controle? Teríamos o destino criado em filmes como “O Exterminador do Futuro” ou “Eu, Robô” em nossas mãos?
Os robôs vão dominar o mundo?
Fonte da Imagem: Divulgação/Warner
Além da criação de pequenos robôs capazes de entrar em guerra com quem manipula materiais em níveis moleculares, a nanotecnologia também se aplica a guerras (entre humanos, nesse caso). Armaduras resistentes, lasers e outros artefatos podem ser criados através da manipulação de materiais, o que pode levar a várias experiências equivocadas, perigosas e terroristas. Calafrios para os mais preocupados com a revolução das máquinas!
Teorias destruidoras de mundo à parte, vale a pena comentar que a nanotecnologia já faz parte da sua vida de uma forma ou outra, seja na televisão que acabou de comprar ou na camiseta que se mantém “fresquinha” mesmo depois de 200 km de corrida. Qual será o destino de todas essas especulações, só vamos descobrir daqui a sabe-se lá quantos anos. Porque, afinal, ainda não existe uma máquina nanoDelorien sendo construída.
Fonte:https://www.tecmundo.com.br/nanotecnologia/6540-11-fatos-curiosos-e-assustadores-sobre-nanotecnologia.htm

Sobre a Nanotecnologia


É a ciência que projeta e desenvolve produtos e processos tecnológicos pela manipulação de partículas minúsculas, na escala de nanômetros

É a ciência que projeta e desenvolve produtos e processos tecnológicos pela manipulação de partículas minúsculas, na escala de nanômetros (1 nanômetro equivale à bilionésima parte de 1 metro). Essa é a escala de dimensões de um átomo.
Com técnicas e ferramentas específicas, este bacharel organiza átomos e moléculas para criar um novo material ou novo processo. Atua também no setor de pesquisa e desenvolvimento de diversas áreas, da medicina à computação.

Fique de Olho

ÁREA CRESCE E GANHA IMPORTÂNCIA
tecnologia da manipulação da matéria em nível molecular já afeta ou afetará, em um futuro próximo, setores tão diversos como medicinaagronegócio e energia. Considerada uma área estratégica para o governo, o setor vem se consolidando ano a ano no país.
Desde 2013, opera no Brasil o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias, o Sisnano, que reúne laboratórios direcionados ao desenvolvimento, educação e pesquisas em nanociências e nanotecnologias. Há dois anos, instituições ligadas ao Sisnano, como UnicampUFRGSUFMGUSP e Furg, passaram a integrar o projeto europeu NanoReg, que fará a regulação internacional das pesquisas em nanotecnologia.

O que você pode fazer

Desenvolvimento: criar produtos e processos tecnológicos em indústrias.
Pesquisa: realizar pesquisa científica para universidades e institutos de pesquisa.

Mercado de Trabalho

Este é um curso recente no país. A primeira turma se formou em 2013, na UFRJ, única instituição a oferecê-lo.
As melhores perspectivas estão em centros de pesquisa e desenvolvimento das indústrias, principalmente nos setores petrolíferoquímicofarmacêutico, de cosméticos e de materiais. Há boas chances também na agroindústria, no desenvolvimento de tecnologias voltadas à produtividade de lavouras e à saúde de rebanhos, como biossensores para o diagnóstico de doenças em animais.
Há ainda a possibilidade de empreender na área. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o país possui cerca de 100 empresas do setor, 25 delas no estado de Santa Catarina. A maioria são pequenos negócios que prestam serviço aos grupos industriais no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos.

Curso

Nos dois anos iniciais, a base é física, matemática, química e biologia. Depois, o aluno escolhe a ênfase do curso.
Em Física, estuda eletromagnetismo, mecânica quântica e medicina molecular. Em Materiais, o conteúdo é voltado para disciplinas como tecnologia de materiais. E, em Bionanotecnologia, para fisiologia celular e área de fármacos e cosméticos.
Estágio e trabalho de conclusão não são obrigatórios.
Duração média: 4 anos.
Fonte:https://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/nanotecnologia/

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