SAIBA QUAIS SÃO AS TECNOLOGIAS PARA TRATAR A CALVÍCIE FEMININA

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Como tratar a calvície feminina - Shutterstock

Saiba quais são as tecnologias para tratar a calvície feminina

Quando fez 19 anos, a blogueira Dani Salvador, de Niterói, tomou coragem para passar a tesoura nos cabelos e fazer uma franja. Ao chegar ao salão, deu de cara com a realidade: seus fios estavam ralos demais para o look. Ela, então, começou a reparar que, com o passar do tempo, eles estavan cada vez mais finos e o couro cabeludo, aparente. Depois de bater à porta de vários dermatologistas e procurar no Google tudo que havia sobre “calvície feminina”, finalmente recebeu um diagnóstico: Dani, hoje com 33 anos, tem alopécia androgenética, como é chamado no meio científico esse afinamento e enfraquecimento dos fios, causado por componente genéticos e hormonais. Apesar de ser mais comum na fase pós-menopausa, hoje muitas mulheres, das mais diversas faixas etárias, convivem com o incômodo que acerta em cheio a autoestima.
— Cabelo está muito relacionado ao psicológico, a sentimentos. Tem gente que fala: “ah, é só cabelo, olha quanta gente está morrendo de fome”, mas a falta dele pode gerar até depressão. E só quem passa por uma depressão sabe como é — diz Dani.
Foto: Reprodução
Munida da experiência dos tratamentos, a blogueira fez um vídeo contando como é administrar a alopécia. O sucesso foi tanto, que acabou dando origem a dois grupos de Whatsapp sobre o assunto (um deles, inclusive, já está lotado), em que mulheres trocam experiências e ajudam umas às outras a enfrentar a falta que o cabelo faz.
Segundo a dermatologista Bruna Bravo, queixas relacionadas ao tema têm aparecido com cada vez mais frequência nos consultórios, o que tem feito cientistas e pesquisadores se debruçarem sem descanso sobre a questão. A questão é que nem toda queda ou rarefação é alopécia androgenética e, portanto, não existe uma “fórmula de bolo” que pode ser replicada por indicação de amigas, sites na internet ou cabeleireiros.
— Temos cerca de cem fios caindo todos os dias para completar seus ciclos de vida, que duram três meses. A queda antes desse tempo pode acontecer por diversas razões, como estresse físico ou emocional, uso de medicamentos, tratamento hormonal ou interrupção de anticoncepcional. O cabelo volta à normalidade e o curso se recupera em até seis meses, se a causa está apenas relacionada a esses fatores — explica Bruna.
Daí a importância de uma conversa detalhada sobre estilo de vida para que o médico consiga entender o que está levando a uma queda precoce ou um afinamento acentuado. Além do papo, muitos dispositivos, presentes nos próprios consultórios, conseguem especificar o que se passa no folículo e a quantidade e o estado dos cabelos restantes.
— Precisamos avaliar a saúde como um todo, e a do couro cabeludo também — diz Bruna, que usa as imagens produzidas pelo aparelho alemão Foto Finder para analisar objetivamente o que está fora da cabeça do paciente.

FotoFinder, um dos tipos de aparelhos que ajudam no diagnóstico médico - Divulgação


Entre os tratamentos para solucionar o problema, quando ele não está unicamente relacionado a hábitos de vida, medicamentos ou doenças em outros órgãos, há uma convivência harmoniosa entre o velho e o novo. A famigerada substância Minoxidil continua sendo uma das queridinhas dos dermatologistas, mas convive com uma gama enorme de lasers e procedimentos de alta tecnologia para estimular o crescimento saudável dos fios.
— Quando comecei, há 9 anos, quem me procurava para tratar calvície era homem; hoje é meio a meio. E ainda bem que existem muitos aparelhos que, quando associados à parte clínica, formam combos perfeitos — diz a fisiotricologista Alexandra Lopes, da clínica Le Peaux, que costuma combinar peelings para desobstruir os folículos (já parou para pensar que o sebo e tudo que a gente usa no cabelo acaba entupindo o local de saída do fio?) a lasers de baixa e média potência que funcionam como anti-inflamatórios.
Para casos mais complicados, como o da estudante de veterinária Mariana Brandão, de 25 anos, muitas vezes é preciso ir além. Ela sofre com a rarefação dos fios por causa da alopécia androgenética desde os 19 anos e usou a internet, assim como Dani, para falar sobre o problema. Fez um vídeo de sucesso na rede contando como é a vida com uma prótese capilar, método que, segundo ela, foi o único que lhe trouxe a autoestima de volta.
— Fiz muitos tratamentos, mas só fiquei bem resolvida quando coloquei a prótese. Tanto que, só depois dela, eu consegui falar sobre o assunto e fazer o vídeo — conta Mariana.
No mundo protético, a mais recente tecnologia a chegar no Brasil, no início deste ano, é o Hairstetics, que consiste na colocação de fios de náilon idênticos a um cabelo real ancorados no couro cabeludo a partir de uma tecnologia semelhante à usada na implantação dos stents cardíacos.
— Dependendo da causa, o tratamento clínico interrompe a queda e a rarefação, mas não recupera o que se perdeu — explica Juliana Sales, cirurgiã plástica precursora do Hairstetics no Brasil.
Quando o assunto é autoestima e saúde, não dá para perder nada, só ganhar.
Hair Max, aparelho de uso doméstico contra queda capilar – Divulgação

AS TECNOLOGIAS QUE AJUDAM NO TRATAMENTO DA QUEDA CAPILAR
Aparelhos de uso doméstico
No Brasil, eles ainda estão engatinhando, mas lá fora os gadgets de saúde e beleza já são bem crescidinhos. Para estimular o crescimento dos fios, um dos mais famosos é o HairMax, uma espécie de arco de laser de baixa intensidade que aumenta o fluxo de oxigênio e nutrientes para os folículos, estimulando a saída de fios mais saudáveis.
Minoxidil
A substância é uma das mais prescritas por dermatologistas quando o assunto é tratamento tópico, por ter eficácia comprovada no estímulo do crescimento capilar. Por causa das queixas de que ele deixa o cabelo ressecado, já existem novos veículos com a proposta de diminuir esse efeito, como a espuma, por exemplo.
Microagulhamento
Semelhante ao procedimento que é feito no rosto, um aparelho faz microperfurações na pele do couro cabeludo, causando uma “ferida” que, para cicatrizar, acaba recebendo do próprio corpo substâncias que estimulam o crescimento capilar. Muitos médicos potencializam os efeitos dessa técnica com a infusão de medicamentos. Uma máquina, semelhante às de tatuagem, entrega os remédios pela agulha na derme, exatamente no lugar onde eles devem atuar.
Lasers
Assim como os outros recursos acima, eles funcionam como coadjuvantes na melhora da queda e aumento do volume capilar. Geralmente, os mais usados são os lasers de baixa e média potência, que vascularizam a região e tratam possíveis inflamações no folículo capilar que estejam comprometendo a saída da fio, aumentando a chance de crescimento saudável. Antes de começar o o tratamento com essa e outras opções, é importante ter um diagnóstico médico. Hoje em dia, eles contam com a ajuda de diversos tipos de aparelhos que fazem contagem de fios, medem espessura e enxergam a aparência da raiz de forma aumentada e objetiva.
As próteses do Hairstetics – Divulgação Hairstetics

A mais recente tecnologia de implante capilar utiliza fios de náilon cirúrgico, idênticos aos de humanos, implantados no couro cabeludo a partir de um sistema de ancoragem que utiliza material semelhante ao usado em stents cardíacos, ou seja, materiais biocompatíveis, com pouco risco de rejeição. Os cartuchos são carregados com 12 ou 25 fios da cor escolhida pelo médico e pela paciente e, com a ajuda de uma espécie de “pistola”, o especialista implanta os cabelos do cartucho de forma rápida e pouco invasiva, utilizando apenas anestesia local.
Fonte: https://oglobo.globo.com/ela/beleza/saiba-quais-sao-as-tecnologias-para-tratar-calvicie-feminina-22733399
IBAHIA.com

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