ARQUIVOS MISTERIOSOS DO VATICANO - O EVANGELHO DE JUDAS - CONCÍLIO DE NICÉIA

Livro: Os Misteriosos EVANGELHOS APÓCRIFOS
RESUMO - Arquivos Misteriosos do Vaticano - O Evangelho de Judas - Concílio de Nicéia
Trechos retirados do livro: Os Misteriosos EVANGELHOS APÓCRIFOS
Essa nota vai resumir o tema acima e deixar que o leitor pesquise por si para tirar suas dúvidas e ou aprofundar-se nesses temas.
Os chamados, Arquivos Secretos do Vaticano, surgiram em uma época em que a igreja católica era praticamente soberana no mundo e se tornara depositária do conhecimento humano desde a época remota da inquisição ( cerca de 1.184 d.C ). Os livros que eram considerados perigosos e que ameaçavam os dogmas estabelecidos pela igreja, eram confiscados e destruídos MAS NÃO ANTES DE TEREM UM EXEMPLAR COLOCADO NOS ARQUIVOS PARA SUAS FUTURAS CONSULTAS.
O EVANGELHO DE JUDAS
Revelado ao público em fevereiro de 2006 d.C, uma das maiores descobertas recentes em relação aos estudos bíblicos: O Evangelho Perdido de Judas Iscariotes. O material foi encontrado na década de 1970 d.C próximo a cidade de El-Minya, 120 KM ao sul do Cairo. A obra foi identificada como um evangelho apócrifo, ou seja, não reconhecido oficialmente pela igreja católica. Sua autoria é atribuída a seguidores gnósticos ( do termo gnose, vindo da palavra grega, gnosis, ou conhecimento, ou seja, um documento ligado a uma sabedoria de carácter intuitivo e transcendental) e datada de meados do século II. Na obra, embora esteja danificada em algumas partes, ainda é possível discernir sua estrutura original composta por 26 páginas de papiro, escritas em copta dialectal ( última forma de escrita utilizada no Egito Antigo ). Seu conteúdo polêmico fala sobre as relações entre Judas, mais conhecidos por todos como “ o traidor”, e Jesus Cristo. Detalha também que a traição pregada pela igreja foi bem diferente de como todos conhecem, sendo uma maneira do discípulo atender a um pedido do próprio Jesus para que fosse denunciado aos romanos e, assim, cumprir sua missão. Este apócrifo afirma que Judas era o discípulo favorito e fiel de Jesus e aquele que mais entendia seus ensinamentos. Sua narrativa fala que Judas recebeu ensinamentos exclusivos do próprio Cristo, apresentando uma ideia hierárquica de seres angelicais e uma outra versão para a criação do universo. O manuscrito diz ainda que Judas era o conhecedor de sua verdadeira identidade, desta forma o seguidor não teria se enforcado, como é contado nas pregações das mais diversas igrejas cristãs. Segundo o texto ele teria se recolhido para o deserto, satisfeito por ter realizado sua grande missão e atendido o pedido de Jesus.
CONCÍLIO DE NICÉIA
Em 325 d.C, Constantino realizou o COncílio de Nicéia, na atual cidade de Iznik, província de Anatólia. Este foi o primeiro de dois concílios realizados na cidade ( o segundo ocorreu em 787 d.C ) convocado pelo imperador Flavius Valerius Constantinus, filho de Constâncio I. HOJE MUITOS HISTORIADORES QUE ANALISARAM SEU GOVERNO SÃO UNÂNIMES QUE SUA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO NÃO FOI TÃO COMPLETA ASSIM, POIS NÃO ABRIA MÃO DE SUA POSIÇÃO COMO SUMO-SACERDOTE DO CULTO AO “SOL INVICTUS” REPRESENTAÇÃO DO DEUS PERSA, MITRA E SÓ FOI BATIZADO EM SUE LEITO DE MORTE. DE FATO ALGUNS ELEMENTOS DESSE CULTO SERIAM, DEPOIS, ABSORVIDOS PELO CRISTIANISMO, COM COMEMORAÇÃO DO NATAL.
O cristianismo, como conhecemos hoje, deve muito de sua forma ao imperador romano, Constantino que em, 327 d.C, compilou as principais tendências religiosas contidas nos evangelhos de Marcos, João e Mateus. Isso era necessário para colocar uma ordem nos inúmeros textos que apareciam na época e que deixavam muitos fiéis confusos. Calcula-se que Constantino tenha deixado de fora, PELO MENOS, SESSENTA TEXTOS, HOJE APÓCRIFOS. ESSA DECISÃO REVELOU-SE MAIS DE CARÁTER POLÍTICO DO QUE RELIGIOSO. CONSTANTINO TINHA NOÇÃO DE QUE A UNIÃO DO IMPÉRIO ROMANO SÓ ACONTECERIA QUANDO AS PRINCIPAIS VERTENTES RELIGIOSAS DA ÉPOCA ESTIVESSEM CONCENTRADAS NUMA MESMA RELIGIÃO. HOJE, MUITOS HISTORIADORES CONSEGUEM IDENTIFICAR NO CRISTIANISMO ELEMENTOS RETIRADOS DE OUTRAS CRENÇAS. Os mais notórios deles são os oriundos da adoração do deus persa Mitra, conhecido como o Sol Vencedor. O dia de Natal, 25 de dezembro, tem suas origens nas solenidades originalmente atribuídas a este deus, cujo nascimento era comemorado no solstício de inverno ( hemisfério norte ) e de verão ( hemisfério sul ).
deus Mitra
No calendário romano esta data caía no dia 25 e os romanos a comemoravam na madrugada do dia 24, que para eles era a ocasião do “Nascimento do Invicto” uma alusão ao alvorecer de um novo Sol. Arqueólogos já encontraram figuras do “menino Mitra” em várias localizações romanas, que mostram semelhanças com retratos do menino Jesus. Outro ponto interessante é o conjunto de elementos egípcios, A ideia da virgem Maria e sua semelhança com a deusa Ísis em sua concepção de Hórus.
Ísis, Hórus e Osíris
A própria familia sagrada ( José, Maria e Jesus ) seria uma reconfiguração da tríade Ísis, Osíris e Hórus.




A ESCOLHA DOS CANÔNICOS
A versão oficial de como essa escolha foi feita é registrada em alguns documentos oficiais. Porém mesmo que se tratem de versões históricas, quando alguém as lê sente como era difícil ser prático e direto naqueles dias e não se deixar o fanatismo tomar conta. “Senão vejamos coo isso teria acontecido. Na difícil missão de escolher quais seriam os textos inspirados por Deus, os bispos teriam espalhados os diversos textos no chão e se reunido para rezar. Então, durante o ato, os quatro evangelhos que conhecemos hoje ( Mateus, Marcos, Lucas e João) levantaram-se por si mesmos e foram depositar-se no altar” Outra versão fala que os textos foram colocados no altar e que somente os não-inspirados ( os apócrifos ) caíram por si mesmos no chão. Uma terceira versão fala sobre a mesma passagem de oração, o momento quando o espírito santo adentra no recinto em forma de pomba, passando por uma vidraça sem quebra-la. Em seguida pousou no ombro direito de cada um dos bispos presentes e cochichou em seus ouvidos quais eram os evangelhos canônicos. Misteriosamente a igreja escolhe 4 textos que , fechados em si mesmos, trazem contradições. Mas parecem simplesmente desconsiderar esse detalhe e insistem em manter seu cânon baseado neles.
E o que aconteceu com os textos apócrifos após o Concílio de Nicéia? Para os historiadores houve uma verdadeira caça ás bruxas, com muitos dos textos queimados ou perdidos, unicamente porque se opunham ás bases tradicionais da igreja.
Fonte: Livro: Os Misteriosos EVANGELHOS APÓCRIFOS

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