Tibet - Monte Everest,a mãe do Mundo
Visitar o acampamento base do Everest, a montanha mais alta do mundo, foi uma das experiências mais interessantes da viagem de 8 Dias no Tibet.
O Monte Everest. ཇོ་མོ་གླང་མ ou Qomolanga, que em tibetano quer dizer mãe do mundo, é o pico mais alto do planeta, 8.848 metros acima do nível do mar. ele é a pontinha dos Himalaias, cadeia de montanhas que atravessa cinco países: Butão, Índia, Nepal, China e Paquistão. Essa região é considerada por muitos como o teto do mundo!
Como é Visitar o Acampamento Base do Everest
Sabíamos que a jornada até o E.B.C. (Everest Base Camp), ou em bom e velho português Acampamento Base do Everest, a 2.250 metros acima do nível do mar não seria fácil. Além da altitude, a viagem é muito desgastante. Como estávamos no Tibet, escolhemos conhecer o acampamento base do Everest do lado tibetano e pra chegar até lá passamos 11, 12 horas chacoalhando dentro de uma van, que eu não sabia se iria chegar inteira lá em cima. O limite de velocidade imposto pelo governo chinês nas rodovias tibetanas é de 50 km/h. Imagina isso! Essa lentidão dificultou pra caramba nossa jornada, que já não era das mais fáceis.
Além disso, percorremos os últimos 150 km até o E.B.C de madrugada, por uma das estradas mais sinistras – e sinuosas – em que já estive na vida.
O Caminho de Ida até o Acampamento Base do Everest
Como você não pode fazer turismo independente no território tibetano, você tem que comprar um pacote de viagem com uma agência e o roteiro mais comum, de 8 Dias pelo Tibet vai até o E.B.C passando por Shigatse, a segunda maior cidade tibetana, e alguns outros pontos muito interessantes como:
Lago Yamdrok
No Tibet os lagos são sagrados. Eles são usados, desde o fim do século 12, como locais para práticas do budismo esotérico, anterior ao budismo tibetano. O Yamdrok Tso (lago em tibetano) é considerado como um talismã, parte do espírito-vida do povo tibetano.
O cenário é belíssimo. Do alto da montanha você vê o lago azul envolvendo montanhas com seus topos cobertos por neve, e se pergunta: Estou sonhando?! É a altitude que me faz enxergar assim?!
Chegando até as margens do lago o azul muda e você se depara com outra visão surreal. As bandeirinhas de oração, as montanhas geladas. Impossível não imaginar aquele mesmo lugar em tempos remotos.Uma experiência pra guardar na memória!
A água do Yamdrok tem origem do degelo da neve e no entanto, e não há alteração no nível da água no decorrer do ano. A água influente e a evaporação natural têm um equilíbrio dinâmico incrível, tanto, que os tibetanos acreditam que se o Yamdrok secar, não haverá mais vida no Tibet. O lago é também o lar do famoso monastério Samdig, o único dirigido por uma lama feminina.
De lá continuamos em direção ao oeste, cruzando o plateau tibetano,sempre acompanhados por paisagens maravilhosas.
Karola Glacier
Cerca de duas horas de distância do Yamdrok Lake fica a Karola Glacier, 5.560 metros acima do nível do mar. Não é uma grande geleira, mas fica a 300 metros da estrada.
- Monastério Palcho e a estupa Kumbum
A última parada antes do fim do dia foi em Gyantse, visitando o Kumbum, a maior estupa do Tibet.
Passamos a noite no confortável hotel Jymdu em Shigatse, o que nos deu novo fôlego para enfrentar o dia seguinte.
A ‘subida’ até o Acampamento Base do Everest
De Shigatse até o acampamento base do Everest foram mais ou menos 13 horas de estrada, incluindo uma parada demorada para almoço – preço que se paga por estar em um grupo grande -. A última cidade antes da ‘caprichada’ estrada de terra foi o posto policial. Como procedimento padrão descemos todos do carro, com passaportes em mãos, permissões, etc etc etc. Até que passamos pelo posto policial já eram 8h30 da noite e a estrada que nos esperava até o E.B.C. não era mole não.
Pôr do Sol com vista!
A sorte é que no Tibet o sol de põe 21h30, 21h45 da noite. E põe sorte nisso! Chegamos ao ponto de observação, de onde se pode avistar toda a cordilheira, uma das vistas mais lindas que já vi na vida, bem na hora do pôr do sol. O azar foi rodar as quase 5 horas restantes de viagem no escuro.
Finalmente chegamos ao Acampamento Base do Everest, a 5.250 metros acima do nível do mar à 1 da manhã. Dormimos em um ‘hotel’ em uma tenda nômade, com aquecimento, um fogão central que queimava coco de Yak pra aquecer a água quente para o chá.
O interior da tenda era muito confortável, tinha três bancadas cobertas com colchonetes e tapetes tibetanos para serem divididas por 2 pessoas e quantos cobertores fossem necessários. Os banheiros eram comunitários, do lado de fora, e pros ‘meninos’ a opção ‘sob as estrelas’ era, com certeza, a melhor. Dormimos em 6 na tenda e nada poderia nos preparar para o que viria no dia seguinte.
Prevenindo a doença da altitude!
Como chegaríamos a mais de 5.000 metros de altitude, fizemos uma viagem bem tranquila, bem vagarosa. Chegamos em Lhasa, descansamos por 1 ou 2 dias sem muito esforço. Fizemos também um pré tratamento durante 5 dias com comprimidos de Gingko biloba. Os mais céticos podem me desacreditar, mas pra mim a Gingko biloba deu certo. Me senti disposta, não tive dor de cabeça, com apetite, e foi tudo ótimo.
Também é recomendado beber bastante água, de 3 a 5 litros por dia, e um ótimo – e valioso – conselho é comprar uma lata de oxigênio logo na chegada a Lhasa – vendida por toda a cidade -, e carregar com você. O oxigênio é o melhor remédio pra altitude.
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Amanhecer no Acampamento base do Everest
Acordamos às 6, com a preparação do café da manhã bem ali, no meio da tenda. Os cafés instantâneos que eu ‘coletei’ dos hotéis durante a viagem fizeram a diferença e alegraram nossa manhã fria. Ainda era escuro quando sai da tenda, um frio de quebrar os ossos, mas resisti bravamente. Lá estava eu, vendo o sol nascer sobre a montanha mais alta do mundo, a mãe do Universo.
Fez um dia lindo, sem nuvens, e o sol nasceu devagar. Para chegar mais perto da montanha existem duas opções: um trekking de 4 km até a base da montanha, ou um ônibus do governo que percorre o mesmo trajeto e custa RMB25 (ida e volta). Do ponto onde pára o ônibus, seguimos à pé, de onde a vista é ainda mais linda. Não sem antes passar pelo discurso dos militares chineses, dizendo onde ir e onde não ir, e o que fazer.
Atualmente é proibido fotografar com bandeiras, faixas, ou qualquer outro tipo de manifestação escrita ou desenhada. Isto porque num passado recente, estrangeiros usaram este local como forma de manifestação contra o regime ditatorial chinês no Tibet. Nosso guia nos contou que um de seus colegas guia e o motorista chegaram a ser presos em um destes episódios por não conseguirem ‘controlar’ seus clientes, e chegaram a passar 3 anos presos.
Aproveitar o dia lindo, sem nuvens, céu azul aos pés do Everest foi sensacional. Um dos pontos altos da viagem.
Tudo que vai, volta!
Pegamos os mesmos terríveis quilômetros de volta a Shigatse, onde novamente passamos a noite para um merecido banho! No dia seguinte voltamos para Lhasa, acompanhando as belas paisagens tibetanas.
Estar ali foi uma das experiências mais fortes da minha vida, e como não tem jeito mesmo, depois de estar a 2.250 metros é só descida! Olha aí a prova que eu fui!
Viva o vídeo!
Tá pensando em conhecer o Tibet?! Já assistiu nosso Vídeo Inspiração Tibet?! Você vai ter um gostinho do que é conhecer a cultura milenar do topo do mundo!
Fonte:https://www.topensandoemviajar.com/2013/10/17/tibet-o-topo-do-mundo/
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