OS MARAVILHOSOS CAMPOS DE LAVANDA NA PROVENCE,SUL DA FRANÇA

As paisagens são tão lindas quanto dizem

As paisagens são tão lindas quanto dizem (Hans/)

Quando e onde encontrar os campos de lavanda na Provence

Saiba qual a melhor época para coincidir a ida à França com o florescer das lavandas e quais cidades incluir no roteiro

Se o propósito da sua viagem é ver os campos de lavanda floridos, vá em julho, quando as flores ficam bem roxas. No entanto, é preciso ter cuidado com a data da colheita, que pode acontecer entre o fim de julho e o início de agosto – depois disso, as flores desaparecem. 
A porta de entrada da Provence, por via aérea, é Marselha, mas, no quesito charme, a melhor base para se hospedar é em Aix-en-Provence. A dica é fazer bate e voltas de carro até as plantações, distantes entre uma e duas horas de viagem.
Uma das paradas clássicas é a cidadezinha de Gordes e sua Abadia de Sénanque, do século 12, cercada de flores. Ainda por lá, visite o Musée de la Lavande para aprender a diferença entre “lavanda real” e “lavandin” e deixar alguns euros na lojinha com produtos Château du Bois.
 (Hans/Pixabay)
O próximo destino deve ser Valensole, principal polo de cultivo da flor, onde vários campos se estendem ao longo das estradas.
Um pouco mais distante, Sault é um bonito vilarejo medieval no alto de uma colina, com vistas privilegiadas para os campos.
Uma boa sugestão ali é conhecer a Distillerie Aroma’plantes, fazenda familiar que funciona como destilaria de plantas aromáticas. Ainda mais divertidos são os workshops que ensinam a fazer buquês e sabonetes artesanais – tudo a partir da lavanda.
O vilarejo medieval de Sault (Schaerfsystem/Pixabay)
Passeio bacana também é à fábrica da L’Occitane, em Manosque. O tour de uma hora pelas instalações é gratuito e revela as diferentes etapas de produção (reserve com bastante antecedência pelo telefone!). A visita termina em uma loja que vende produtos da marca com um descontinho.

O Lavandário em Cunha: é a Provence entre as serras da Bocaina e do Mar

Impressionismo puro na roça à Provence
Provence, a mais inolvidável das regiões da França, no sul. Boa vida, boa comida, doucement. Lavandas, ah, as lavandas…


Dicas para você viajar de trem na Provence, sul da França

Um roteiro completo para você comprar suas passagens de trem e conhecer as paisagens de Provence, na França. Dá para ir de TGV ou de TER!

Em algum lugar entre a Provence e a Côte d’Azur, as colinas ganham um tom acobreado. Então, um pouco antes de Cannes, o azulão do Mediterrâneo ganha o horizonte, pontilhado com iates colossais. A caminho de Bordeaux, aparecem vinhedos, fazendinhas, ovelhas felpudas.
Viajar de trem entre o sul e o sudoeste da França é a sua única chance de não desperdiçar nacos preciosos desse pedaço glorioso da Europa. Conectados por uma das redes ferroviárias mais abrangentes do mundo, os balneários da Côte d’Azur, as cidades mais imponentes da Provence e o mondo vino de Bordeaux são três roteiros sob medida para fazer de trem.
As linhas regionais (TER) funcionam como um metrozão intermunicipal e não exigem reserva. Cinco dias são o tempo mínimo para rodar por cada uma das regiões, que podem ser amarradas entre si pelas rotas do TGV (de alta velocidade) e do Intercités (de longa distância). Sim, dá pra esticar as pernas. Sim, a sua mala chega com você. E, sim, dá pra degustar vinhos sem neuras por ter de dirigir depois.

O que fazer na região de Provence

Com o TGV (o trem-bala francês) ou com o TER (as linhas regionais), dá pra rodar entre os hits Avignon, Nîmes, Arles e Aix-en-Provence. Para explorar com calma os arredores dessas cidades, é só pegar um ônibus.
Para sentir-se provençal, você precisa, antes de mais nada, de uma boa sacola e do quarteto linguístico essencial de todo e qualquer contato humano na França: bonjour, si’l vous plaît, merci e au revoir.
Munido desses itens, dirija-se à principal feira matinal de Aix-en-Provence (às terças, quintas e sábados entre as places la Madeleine e des Prêcheurs) e apanhe alcachofras do tamanho de bolas de vôlei, moranguinhos delicados e rosados, melões que parecem açucarados e os tomates mais vermelhos que a crosta terrestre já produziu.
Será impossível resistir a dois ou três tipos de queijo e a um potinho fofo de confiture artisanale de figos. E mais: tapenade, azeitonas a granel, mel de lavanda, foie gras.
No cantinho da feira reservado aos badulaques, descole cumbuquinhas charmosas de cerâmica, chapéus panamá e mantas de algodão. Sacola lotada, é hora de tomar o rumo de “casa”, arrematando uma baguete e uma garrafa de rosé Côtes de Provence pelo caminho.
Distribua tudo isso sobre uma mesinha ao sol, no terraço de um apartamento alugado por uns dias. Voilà: você está perto de entender o espírito da coisa.
Queijos de Provence, no sul da FrançaQueijos de Provence, no sul da França-Os queijos dos mercados de rua: irresistíveis

Sul da França sem fronteiras

Dentro da região administrativa Provence, Alpes e Côte d’Azur, o território que se conhece simplesmente como Provence tem fronteiras abstratas e muito facetadas.
O sistema ferroviário não chega aos famosos campos de lavanda ou aos vilarejos do Luberon, exaltados nos célebres livros de Peter Mayle – que são os melhores representantes da graça rústica da região.
Mas a vertente mais monumental das maiores cidades dessa parte ensolarada do sul do país, vinculada ao glorioso passado romano, está facilmente ao alcance de quem viaja de trem. Seja com o TGV (o trem-bala francês) ou com os vagões convencionais, dá pra rodar entre os hits Nîmes, Avignon e Arles, e ainda desembocar em Aix-en-Provence.
A logística ferroviária pode não ser tão simples quanto na vizinha Cote d’Azur, onde basta ir até a estação e esperar o próximo comboio, sem risco de errar. Mas, estudando um pouquinho o mapa para entender como essas cidades estão entrelaçadas, a viagem flui que é uma beleza.
Se a ideia é estabelecer uma base para viagens curtinhas de bate e volta, Avignon é a solução mais prática.
Ela foi o Vaticano do século 14 e, como sede papal, tornou-se um dos lugares mais importantes da Europa na época. À beira do Ródano, sobre o qual se lança a magnífica ponte Saint-Bénézet, do século 12, a cidade tem como principal atração o Palais des Papes, o maior palácio gótico da Europa e inequívoca demonstração de poder da Igreja Católica.
Em julho, a cidade ferve com o Festival d’Avignon, que dá vida às ruas medievais com apresentações teatrais que envolvem mais de 3 500 artistas.
Os arredores de Avignon também guardam boas surpresas. Com o ônibus da linha 2.2 (€ 1; 25 min), chega-se facilmente a Châteauneuf-du-Pape, vilarejo que produz um dos vinhos mais respeitados da França.
Com os ônibus Edgard (€ 10 ida e volta, incluindo entrada; 40 min), dá pra ir até a Pont du Gard, uma das principais peças do legado do Império Romano na Provence, sobre o rio Gard.
A melhor ideia é aproveitar o passeio para fazer um piquenique com vista para a ponte de 275 metros de extensão e 49 de altura, que era parte de um aqueduto de 50 quilômetros de extensão.
Pont du Gard, Uzès e Nîmes, FrançaPont du Gard, Uzès e Nîmes, FrançaA Pont du Gard, entre Avignon e Nîmes, é cenário perfeito para um piquenique
Nîmes, outra nobre vizinha de Avignon, está a apenas meia hora de trem regional. Sua atração incontornável é o anfiteatro romano mais bem-conservado da Europa, que, ali pelo ano 100, tinha capacidade para 24 mil espectadores. Uma exposição lá dentro conta detalhes interessantíssimos do cotidiano dos gladiadores e a história do lugar.
A imersão na Nîmes romana continua com La Maison Carée, templo de mais de 2 000 anos impecavelmente conservado, que faz um bonito contraste com o caixote de aço e vidro do Museu de Arte Contemporânea, assinado pelo arquiteto britânico Norman Foster.
Charmosa e despretensiosa, Nîmes tem cafés agradáveis, lojinhas espertas e bons restaurantes – incluindo o Alexandre, QG do chef Michel Kayser, premiado com duas estrelas Michelin.
Às margens do rio Ródano, e a menos de 20 minutos de Avignon, também pelo trem regional, Arles guarda outra joia do legado romano: um anfiteatro de colunas delicadas, erguido no final do século 1.
Mas é o seu casario em tons pastel, junto com uma vocação artística atávica, que dá tanto charme a essa cidade que teve o espanhol Pablo Picasso, o francês Paul Gauguin e, sobretudo, Vincent Van Gogh entre seus fãs. Seguir os passos do pintor holandês em Arles é uma das formas mais inspiradoras de conhecê-la.
A passagem de Van Gogh por ali, entre 1888 e 1889, foi fugaz, mas a temporada de pouco mais de um ano bastou para que ele pintasse 300 telas e, num surto de loucura, cortasse o lóbulo de sua orelha esquerda após uma briga com Gauguin (há quem diga que o próprio francês poderia ter se encarregado de decepá-la…).
O mapa com os lugares vinculados à presença do pintor em Arles é distribuído pelo escritório local de turismo e indica pontos como as arcadas do hospital onde ele se recuperou do mítico incidente, retratadas por ele numa série de quadros.
Ruela da cidade de Arles, no sul da FrançaRuela da cidade de Arles, no sul da França-Uma das ruazinhas com casas em tons pastéis de Arles
A conexão entre Avignon e Aix-en-Provence é um vapt-vupt de 20 minutos via TGV, o que teoricamente torna o passeio também viável para um pulinho de um dia.
A questão é que as estações pelas quais passa o trem de alta velocidade ficam longe do Centro, tanto em Avignon (6 quilômetros) quanto em Aix-en-Provence (18 quilômetros), o que acrescenta duas viagens de ônibus ou táxi (que em Aix sai por € 40!) a cada perna do trajeto. O melhor a fazer, portanto: arrumar as malas e, uma vez instalado em Aix, curtir a cidade com a calma que ela merece.
Por ali está a prova cabal: sentir-se provençal por uns dias não é utópico. Pelo preço de um hotel três-estrelas (e olhe lá), € 70 ao dia, aluguei um apezinho no Centro de Aix-en-Provence em plena primavera, sobre uma pracinha animada por um bar de vinhos e uma casa de chás.
Numa cidade em que a acomodação é ainda mais cara do que a ácida média fancesa – e onde os pequenos prazeres do cotidiano estão entre as principais atrações –, vale, mais do que nunca, apostar no fenômeno Airbnb. Simone, a simpática proprietária, me recebeu com frutas, pão e flores frescas e, sem complicações, entregou a chave de minha pequena imersão na região.
Tive ainda mais certeza de que vale dedicar um tempo maior a respirar o ar da cidade quando, do terracinho do meu apê alugado, na cobertura de um edifício de cinco andares, avistei o topo da montanha de Sainte-Victoire.
Montanha Sainte-Victoire, que inspirou Paul Cézzane, em Aix-en-Provence, no sul da FrançaMontanha Sainte-Victoire, que inspirou Paul Cézzane, em Aix-en-Provence, no sul da FrançaPaul Cézanne tinha inspiração de sobra
Com seu semblante pedregoso, ela serviu de inspiração para Paul Cézanne, aixoise da gema, que a retratou obsessivamente em 444 óleos e 43 aquarelas, entre o século 19 e o início do 20.
Plaquinhas de bronze com a letra C enfeitam discretamente as ruas da cidade e indicam os lugares que significaram algo na vida do pintor.
Fazem parte dessa rota biográfica desde o edifício onde ele nasceu, no número 29 da Rue de L’Opera, passando pelo Café des Deux Garçons, um clássico local ainda vivo onde ele se reunia com os amigos no Cours Mirabeau, a avenida mais majestosa do Centro, até o Musée Granet, que guarda o famoso quadro Les Grandes Baigneuses, entre outras nove obras.
De todas, a parada que mais exala a presença do pintor é o Atelier Cézanne, que foi mantido tal qual ele o deixou, com seus objetos pessoais, cavaletes, tintas e pincéis. Pertinho de lá, uma caminhada agradável ladeira acima conduz à praça de onde, muitas vezes, ele enxergou a sua – e agora um pouco minha também – Sainte-Victoire.
Revista Viagem e Turismo — junho de 2014 — edição 224
Fonte:https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/quando-e-onde-encontrar-os-campos-de-lavanda-na-provence/

Rota da lavanda: plateau de Valensole


Plateau de Valensole em julho de 2013
Quem fala na Provença já pensa logo em paisagens repletas de campos de lavanda, exalando um perfume que pode evocar os idos da infância ou um ente querido. O solo provençal é realmente propício pra lavanda, e vemos em vários jardins públicos ou privados os pequenos arbustinhos que no verão se enchem de flores e perfumam bastante os lugares. Apesar de morarmos na região há mais de dois anos, confesso que só agora conseguimos fazer um passeio pra ver de perto os famosos campos de lavanda, do plateau de Valensole, à 70km de Aix-en-Provence, perto doParque do Verdon.

A cultura da lavanda foi introduzida na região da Provença com a chegada dos focenses, que chegaram em Marseille vindos do porto grego de Foceia (hoje na Turquia) há cerca de 26 séculos atrás. Lavanda vem do latim “lavare” e os romanos já utilisavam a lavanda para perfumar seus banhos e roupas, e suas diversas propriedades medicinais são conhecidas desde a antiguidade, sendo que a lavanda era usada como componente de antídoto para picadas de animais venenosos, mas também contra pulgas e outras pestes, até mesmo a grande peste que assolou a Europa, quando as pessoas queimavam essência de lavanda em casa numa tentativa de frear a propagação da doença. Mas o cultivo da lavanda se desenvolveu principalmente à partir do século XIX e está relacionado com o desenvolvimento da indústria do perfume na cidade de Grasse, na Côte d’Azur, conhecida como capital mundial do perfume. 

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O tipo de lavanda cultivado na maior parte das plantações é o híbrido lavandin (Lavandula hybrida), resultado da polinização feita entre a lavanda dita verdadeira (Lavandula angustifolia), encontrada à partir de 800m de altitude, e a lavanda selvagem, que floresce entre 200 e 800m de altitude, por produzir uma quantidade maior de óleo essencial que a lavanda verdadeira, sendo que o óleo extraído desta última é mais fino e recebe a denominação de origem controlada (AOC, em francês) de Haute Provence. O óleo essencial de lavanda e de lavandin é usado na indústria de perfumaria e também aproveitado por suas propriedades medicinais. A diferência aparente entre a lavanda e o lavandin pode ser observada na haste da flor, que na lavanda é mais curto e só possui uma extremidade florida, enquanto o lavandin tem haste mais longa que se ramifica em duas extremidades floridas além da principal.

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Julho de 2013
Julho de 2013
Com as mães, em julho de 2012

Como chegar ao Plateau de Valensole

Escolhemos fazer o trajeto até Valensole sem passar pela auto-estrada pra desfrutar da visão dos campos de trigo e girassois, sem falar que as cidades no caminho sempre oferecem imagens interessantes e podem ser um convite pra um retorno em outras ocasiões. Saindo de Aix-en-Provence, seguimos pela autoestrada A51 até a saída 14, e dali seguimos pela estrada D96 até o Ponde Mirabeau, de onde duas opções são possíveis: continuar até Valensole pela D952 ou seguir por Manosque pela D996, atravessando a ponte Mirabeau. Aconselho essa última opção aos domingos, pois há feira na cidade de Vinon-sur-Verdon e o trânsito fica muito lento. A opção da autoestrada é mais rápida, mas não podemos parar caso avistemos campos de girassois, o que é bem possível ao longo de ambas estradinhas. 

Chegamos no centro de Valensole, uma cidade com todo aquele decor provençal e cheia de lojinhas que oferecem produtos à base de lavanda, mas seguimos viagem rumo à Moustiers-Sainte-Marie, já que além de visitar as plantações também incluimos no nosso roteiro um passeio pela cidade e também pelo lago de Sainte-Croix, sem esquecer o desfiladeiro do Verdon (Gorges du Verdon). Assim que saimos da cidade de Valensole seguindo pela estradinha que nos levaria até Moustiers a lavanda começou a dominar a paisagem, sempre intercalada com plantações de trigo ou oliveiras. O perfume é delicioso, e o zumbido das abelhas (que nem se preocupam com nossa presença, contanto que não as pertubemos) compõe a trilha sonora da visita. O acesso aos campos é livre, basta encontrar um lugar seguro para estacionar e se deliciar no mar de lavandas!



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A lavanda floresce no final do mês de junho e já em julho é possível ver os campos ganharem a tonalidade violeta que estampa vários cartões postais da região da Alta Provença. A colheita geralmente é feita entre 15 de julho e 15 de agosto sempre em função das temperaturas mais ou menos quentes durante o período de primavera e verão. No ínicio de julho começam as festividades em torno da cultura da lavanda na região da Provença e elas duram até o primeiro fim de semana de setembro, sendo que o principal evento é o “Corso de la Lavande” que acontece na cidade de Digne-les-Bains, à 110km de Aix, que este ano vai acontecer do dia 1 ao dia 5 de agosto, um evento que conta com desfile de bandas e carros alegóricos, destilação de lavanda, fogos de artifício e bailes noturnos.





Continue a percorrer a Rota da Lavanda aqui no blog:

calendário das festividades da lavanda que acontecem em 2017 é o seguinte:
– Último sábado de junho: Taulignan
– Primeiro domingo de julhoFerrasières 
– Segundo fim de semana de julhoMontélimar
– Terceiro domingo de julhoValensole
– Último domingo de julhoBarrême
– Primeiro fim de semana de agostoDigne-les-Bains (desfile) e Valréas
– Primeiro sábado de agostoValdrôme
– Segundo fim de semana de agostoSaint-André-de-Rosans
– 15 de agostoSault
– Quarto fim de semana de agostoDigne-les-bains (feira)
– Primeiro domingo de setembroMontebrun-les-bains
– Primeiro fim de semana de setembro: Saint-André-les-Alpes

Escritório de Turismo de Aix-en-Provence oferece excursões pelas cidades produtoras de lavanda, com visitas às plantações e um dos roteiros inclui uma visita à usina da L’Occitane, na cidade de Manosque, perto de Valensole. As excursões acontecem nos meses de junho e julho e as reservas são feitas diretamente no Escritório, que fica no centro de Aix, e pode ser uma oportunidade interessante para quem vem à região mas não pretende alugar carro. Caso prefira fazer o passeio por conta própria e de carro, visite o site do nosso parceiro *Rental Cars* e reserve seu veículo!

Vem pras festas da lavanda? Então aqui você encontra opções de *hospedagem em Montélimar* , *hoteis em Digne-les-Bains* ou ainda hospede-se em Sault, a capital da lavanda!

Fonte:http://www.destinoprovence.com/rota-da-lavanda-plateau-de-valensole/

Julho de 2013
Julho de 2014
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Rota da lavanda: Sault, capital mundial da lavanda


Dia desses fiz uma pequena enquete, no melhor estilo “qual a primeira palavra que te passa pela mente quando o assunto é Provença?” e a resposta foi unânime: lavanda. Geralmente nossas visitas aos campos de lavanda da região acontecem quando temos hóspedes em casa: foi assim que perdemos a conta das vezes que fomos ao plateau de Valensole, a maior superfície cultivada de lavanda da região. Mas este ano, nenhum hóspede programou pra nos visitar no verão, uma pena. Mas isso não nos impediu de conhecermos outros campos de lavanda, percorrendo itinerários diferentes da rota da lavanda, e foi assim que visitamos Bonnieux, em 29 de junho.
Aproveitamos o feriado de 14 de julho que caiu numa segunda feira bem ensolarada e caimos novamente da rota da lavanda, desta vez em direção à capital mundial da lavanda: Sault. Antes que eu pareça me contradizer ao afirmar que Valensole tem a maior superfície cultivada, mas Sault é a capital mundial da florzinha roxa, explico: existem tipos diferentes de lavanda cultivada na Provença, e a planta cultivada em Sault é conhecida como lavanda fina (Lavandula angustifolia), cultivada acima dos 700 metros de altitude, cujo óleo essencial é muito apreciado pelas perfumarias de Grasse (a capital mundial do perfume), enquanto a lavanda cultivada em Valensole, o lavandin, tem utilização funcional: sabonetes, perfumes, e seu cultivo é feito em áreas situadas até 600 metros de altitude (como eu sei? Aprendi tudo isso aqui).
De Aix-en-Provence até Sault são cerca de 90km, que optamos percorrer pela estrada nacional que sempre traz belas surpresas e nos permite conhecer com calma a região. Quando estávamos a cerca de 12km de Sault, os primeiros campos de lavanda deram o ar da graça na beira da estrada, no lugarejo chamado Sarraud. Foi ali que resolvemos estender a toalha e fazer nosso piquenique, à sombra de um pinheiro, no meio do campo de lavanda e com vista pro imponente Mont Ventoux.
Esta foi a paisagem que apreciamos durante nosso piquenique entre lavandas
O Mont Ventoux é ponto mais elevado da região, com 1912 metros de altitude, e recebeu em 2013 uma etapa do Tour de France, vencida pelo colombiano Nairo Quintana, que subiu os 23km em cerca de 50 e poucos minutos. Bernardo fez a subida em 2012 e disse que a inclinação é surreal, a subida é super puxada. Quando assisti o colombiano subir com naturalidade, como se estivesse fazendo uma caminhada tranquila à beira-mar, lembrei do relato do Bernardo: foram 4 horas de subida, água acabou faltando um tempo pra chegar no topo, e pensei que fiz muito bem em recusar o convite pra acompanhá-lo e fiquei dormindo.
Depois do piquenique ao som do mistral soprando forte e espalhando o perfume da lavanda pelos ares, e do zumbido das abelhas ocupadíssimas entre uma flor e outra de lavanda, voltamos pra estrada pra percorrer os 12km mais longos da minha vida. Explico: imagine você dirigir numa estrada onde cada metro proporciona um ângulo diferente pr’aquela foto maravilhosa, e onde depois de cada curva tem uma paisagem de deixar o queixo caído, que te obriga a estacionar toda hora pra contemplar o que os olhos não podem ver por curto tempo. Pois bem, essa é a maior dificuldade de dirigir na rota da lavanda: resistir ao apelo incessante da paisagem pra parar e contemplar. E é por isso que prefiro viajar pelas estradas nacionais, pois nelas temos mais facilidade de desviar a rota, de encostar o carro na beira da estrada, do que numa autoestrada, onde existem sim mirantes (a autoestrada pra Côte d’Azur tem um belíssimo com vista estupenda pra Mônaco, Menton e Itália).
Depois de não sei quantas paradas pelo caminho, e de perder a oportunidade de parar no mirante da estrada pouco antes da cidade durante a ida, chegamos ao vilarejo medieval de Sault. A cidade conta com vários estacionamentos, e não tivemos dificuldade em encontrar uma vaga próxima ao centro – lembrando que nossa visita foi feita num feriado e durante o período de floração da lavanda.
Como grande parte dos vilarejos medievais que já visitamos na região, Sault reúne as características que encantam os visitantes: erguida numa colina que tem vista privilegiada pro vale onde a lavanda é cultivada, as casas misturam o estilo provençal, com suas fachadas em tons rosados e declinações de ocre, suas janelas coloridas, ao estilo medieval, com pedras aparentes e torres arredondadas que são vistas com frequência no centro histórico.
Nosso único imperativo do dia era: flanar. E nos perdemos pelas ruelas do vilarejo, percorrendo sem pressa os corredores vazios, encontrando uma galeria de arte aqui, uma casinha com janelas cor de lavanda acolá, uma igreja numa praça charmosa, um museu… ops, a entrada é gratuita! Vamos lá. E a Luna foi bem vinda no único museu da cidade, que pode passar despercebido com facilidade, o que seria uma pena. Pois ali, atrás de uma portinha tímida, com uma plaquinha igualmente tímida convidando os transeuntes a entrar, fica um acervo que nos surpreendeu.
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Além de objetos típicos dos séculos XVIII e XIX principalmente, uma vasta biblioteca com livros e documentos ocupa o salão principal. A sala seguinte é dedicada ao cultivo da lavanda: um alambique e outros objetos de cultivo e colheita antigos estão à exposição, além de fotos de época. Mais uma sala, mais uma riqueza de objetos: moedas antigas, muito antigas mesmo, dos tempos de Alexandre, o grande, até os tempos do franco francês contam um pouco da história através dos símbolos gravados no metal. Mas a maior riqueza do museu fica no último salão: artigos egípcios trazidos por locais que foram ao país na época de Napoleão, durante as campanhas das Pirâmides, no século XIX, e que foram posteriormente doadas ao museu pelas famílias daqueles que participaram dessas expedições. Uma múmia de um sacerdote é sem dúvidas o item mais precioso do acervo, e por si só vale a visita ao despretensioso museu.
Depois da visitinha, continuamos a percorrer as ruas do vilarejo, já caminhando de volta pro carro. Na estradinha, a parada no mirante não escapou durante a volta, e marcou o fim da nossa visita à capital mundial da lavanda.

Informações práticas:

Para obter informações mais atualizadas sobre o estado dos campos de lavanda, entre em contanto com o Office du Tourisme de Sault
A floração da lavanda acontece geralmente à partir de meados de junho, e a colheita geralmente de 15 de julho a 15 de agosto. Leia tudo que já foi publicado sobre Rota da Lavanda.
 Rua do Museu, e entrada do museu da cidade. Vale muito a visita.
Esta mesinha ali embaixo também é uma excelente opção pro piquenique
Finalmente, a vista do mirante na estradinha

Fonte:http://www.destinoprovence.com/rota-da-lavanda-sault-capital-mundial-da-lavanda/

Campos de lavanda na Provence: Tudo o que você precisa saber para chegar neles


Os enormes campos de lavanda da Provence atraem milhares de turistas todos os anos.
Enquanto eu dirigia sozinho pela estreita D6 (estrada departamental), com os vidros do carro abertos, sentindo o vento e o sol do verão mediterrâneo (essa luz que encantou pintores impressionistas como Cézanne e Van Gogh), escutando as músicas da Tal Benyerzi e vendo — e sentindo o suave aroma (eu achava que ia ser meio enjoativo) — daqueles enormes campos de lavanda no auge da floração, com as montanhas ao fundo, a sensação era a de que eu tinha chegado ao paraíso, a de que eu não estava mais na Terra. Em mais um dos nossos passeios pela Provence, a seguir tudo o que você precisa saber para ter a melhor experiência ao redor desta flor, cujo óleo essencial é usado há milênios na beleza e no bem-estar, e que também é usada na gastronomia (não deixe de provar o sorvete de lavanda, que é companheiro perfeito para enfrentar o calor provençal, o mel, ou ainda o crème brûlée à la lavande  em algum restaurante).

QUANDO VISITAR

provence-campos-de-lavanda-sault-valensole-1200-2-1As flores da lavanda (lavande fine, em francês, mais rara e selvagem, cujo óleo essencial é aproveitado na perfumaria) e do lavandim (lavandin, na foto acima, usado para produtos menos nobres como sabonetes) não florescem na primavera europeia (de 21 de março a 21 de junho), mas sim no começo do verão, mais especificamente nos últimos dias de junho até por volta de 10 de julhoComo a colheita começa por volta da metade do mês (no ano de 2016 começou no dia 15 de julho, mas a data de início depende da meteorologia, daaltitude da plantação), se você chegar após essa data é capaz de encontrar os campos todos vazios, o que seria uma tristeza; e se chegar antes, as flores ainda não estarão no auge de suas cores e beleza. O ideal é chegar à Provence por volta do dia 5 de julho para aproveitar não só os campos mas também os festivais que estarão já em pleno vapor: o de teatro em Avignon, o de música lírica em Aix-en-Provence, o de fotografia em Arles, com os nomes mais relevantes destas artes, discussões extremamente interessantes e cobertas incansavelmente por todos os jornais francófonos e os maiores do mundo. Ah, outro detalhe: por mais que você esteja lá nesta época, acontece de campos diferentes estarem em épocas de floração diferentes; uns com as flores mais coloridas, outros com as flores ainda começando a floração, ou seja, menos coloridas. os campos são todos abertos; não têm cerca; você pode andar lá longe e fazer fotos incríveis. (A concierge de um hotel me disse que muitas chinesas viajam com seus vestidos de noiva para a Provence só para serem fotografadas vestidas de branco nos campos de lavanda. Por isso, não se assuste se você vir uma noiva de véu e grinalda — segurando um bouquet  e SEM marido — caminhando pela paisagem; não é uma alucinação).

A NOSSA ROTA PREFERIDA

provence-campos-de-lavanda-sault-valensole-1200-3-2Você vai ler em vários lugares que Sault é a capital da lavanda  e uma das rotas mais famosas é a que a liga a Gordes ou Roussillon (os vilarejos medievais “empoleirados” que você não pode deixar de visitar; conheça-os clicando aqui). E como eu estava hospedado no Mas des Herbes Blanches, um Relais & Châteaux em Joucas (vilarejo entre Gordes e Roussillon), foi essa a primeira rota que fiz. Mas passar pertinho da imponente falésia da Madeleine me impressionou bem mais que os pouquíssimos e pequenos campos de lavanda em todo o caminho. Chegando a Sault, apesar da vista para um grande vale aos pés do Mont Ventoux (meio longe e não muito emocionante, confesso), onde você consegue ver os quadradinhos cor de lavanda de longe, a cidade não oferece muito o que fazer e logo voltei.
A questão é que os campos de lavanda de verdade, esses das fotos que a gente sonha em ver (enormes com uma árvore no meio, com as montanhas ao fundo), não estão no Maciço do Lubéron (região onde ficam Gordes e Roussillon), mas sim no Plateau de Valensole, próximos a outro vilarejo e de paisagens incríveis da Provence: o village  também perché  Moustiers Sainte-Marie (nas fotos abaixo) e o Grand Canyon do Verdon. E, sério, não dá para competir. As duas horas dirigindo — e parando muito, claro — pelas estradas departamentais D108D953D8 até Valensole, e depois a D6 e a D952 chegando a Sainte-Marie (e à Bastide de Moustiers, hotel lindo, charmoso e saborosíssimo de Alain Ducasse no vilarejo, a 10 minutos de carro do lago azul-turquesa Sainte-Croix), foram uma das experiências mais belas da minha vida. Depois desta rota, nesta época, você terá certeza de que viu os mais belos campos de lavanda da Provence. E tente ir no nascer ou no pôr do Sol, quando você pegará uma luz mais dramática. :- ) {Para ler o O guia definitivo para dirigir na França: Beber e dirigir, as estradas mais bonitas, GPS, pedágios, combustível, clique aqui}
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COMO PARAR O CARRO PARA AS FOTOS SEM LEVAR MULTA

Eu devo ter parado o carro ou para fotografar ou para contemplar aquelas paisagens uma centena de vezes. Mas a dinâmica é um pouco complicada: as estradas departamentais são vias de duas mãos, muito  estreitas (tem hora que você acha que o seu carro e o carro que está vindo não vão caber nas duas faixas), não tem acostamento e, muitas vezes, árvores ou valas ladeiam a pista. E, apesar de você quase não ver policiais rodoviários em quase todo o percurso, eles podem sim aparecer; e você pode levar uma desagradável multa — e uma bronca — se parar o carro no meio da pista (e eles já chegam com sirene e tudo). Por isso, por mais que você tenha de andar um pouco, pare o carro nas entradas das propriedades dos campos de lavanda (são estradinhas de terra que saem da pista) ou então nos bolsões que existem nos lugares mais visitados justamente para que os viajantes parem seus carros e apreciem a paisagem. Use o bom senso. {Para conhecer o nosso guia definitivo sobre como dirigir pelas estradas francesas — que modelo de carro alugar, se pode beber e dirigir (e o quanto), as estradas mais bonitas, GPS, pedágios, combustível —, clique aqui}

SE VOCÊ NÃO ESTIVER DE CARRO, COMO VISITAR?

provence-campos-de-lavanda-sault-valensole-1200-1A melhor maneira de aproveitar a Provence é alugando um carro e dirigir livremente, no seu tempo, de acordo com o seu roteiro. Se você não dirige, o único jeito é contratar uma excursão, que pode sair de Avignon ou de Aix-en-Provence (você pode se informar no hotel, são várias opções). Ou então, se você não quiser andar de ônibus com outros turistas, você pode contratar um motorista para fazer o trajeto com você.
Fonte:http://simonde.com.br/campos-de-lavanda-na-provence-tudo-voc-precisa-saber-para-chegar-sault-valensole/

França, Provence: campos de lavanda em Valensole-vídeos do You Tube




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