'FOGO E FÚRIA': O QUE ESTÁ NO LIVRO QUE SACUDIU A CASA BRANCA DE TRUMP

Resultado de imagem para FOGO E FÚRIA: O QUE ESTÁ NO LIVRO QUE SACUDIU A CASA BRANCA DE TRUMP

Advogado de Trump tenta impedir publicação de livro sobre Casa Branca

Ex-assessor do presidente também enfrenta ameaça de processo por vazar informações

Presidente dos EUA, Donald Trump, faz discurso na Casa Branca - Evan Vucci / AP

WASHINGTON — Um advogado do presidente dos EUA, Donald Trump, tenta impedir a publicação de um polêmico livro sobre os bastidores da Casa Branca, cujo lançamento está previsto para a próxima terça-feira, segundo o "Washington Post". Além disso, os representantes legais do republicano também já ameaçaram legalmente o seu ex-estrategista-chefe Steve Bannon por ter vazado informações confidenciais sobre o governo ao autor da obra, o jornalista Michael Wolff. Os três envolvidos na história são ameaçados de processos na Justiça por difamação.
Uma nota enviada ao autor de "Fire and Fury" ("Fogo e Fúria", em tradução livre) e ao presidente da editora do livro diz que eles podem ser acusados formalmente, incluindo por difamação, pelos advogados de Trump. E também pede que a editora Henry Holt desista imediatamente da publicação, divulgação ou disseminação do livro ou de qualquer um dos seus trechos. Os advogados prometem ainda solicitar uma cópia completa da obra, como parte da investigação. De acordo com o autor, a publicação é baseada em 200 conversas com Trump e membros de sua campanha que, muitas vezes, ofereceram relatos conflitantes.

De acordo com veículos que tiveram acesso a trechos do livro, as entrevistas de Wolff revelam ainda que a campanha não acreditava que venceria as eleições. Além disso, Trump não fazia ideia de quem era o então líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, John Boehner; o chefe do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, teve um colapso ao saber das gravações nas quais Trump faz comentários misóginos; e Ivanka, filha mais velha do presidente, tem ambições presidenciais e afirmava que seria ela, e não Hillary, a primeira mulher a ocupar a Presidência dos EUA, além de zombar dos cabelos do pai.
— Esse livro está repleto de relatos falsos e enganadores de indivíduos que não têm acesso ou influência na Casa Branca — afirmou a secretária de Imprensa do governo americano, Sarah Huckabee Sanders. — Colaborar com um livro que só pode ser descrito como lixo de ficção dos tabloides é um atestado de suas desesperadas tentativas de manter alguma relevância.

AMEAÇA A EX-ESTRATEGISTA

O ex-estrategista-chefe do governo de Donald Trump, Steve Bannon - JOE RAEDLE / AFP

Também nesta quinta-feira, Trump ameaçou Bannon legalmente por uma carta enviada pelo seu advogado. De acordo com a imprensa americana, a notificação por escrito a Bannon o acusa de vazar informações falsas quando estava na Casa Branca para aparentar ser mais importante do que realmente era e também de "difamar Trump e membros de sua família".
Bannon e Trump romperam relações após a revelação de que o ex-estrategista classificara uma reunião entre uma advogada russa e membros da sua campanha em 2016 como “uma traição” e “um ato antipatriótico”. Participaram do encontro o fillho do presidente, Donald Trump Jr., e o seu genro, Jared Kushner. O seu objetivo deles era obter informações comprometedoras contra sua então adversária nas eleições presidenciais, Hillary Clinton. Em resposta às declarações presentes no livro, Trump acusou ontem em nota o ex-assessor de “perder o juízo”:
“Steve Bannon não tem nada a ver comigo ou com meu mandato presidencial. Ao ser despedido, ele não apenas perdeu o emprego, como também perdeu a razão. Ele foi um membro da equipe de campanha que começou a trabalhar para mim depois que eu já conquistara a indicação republicana, derrotando 17 candidatos várias vezes descritos como o grupo de nomes mais qualificados já apresentados pelo Partido Republicano”, afirmou o presidente, culpando Bannon pela derrota do republicano Roy Moore no Alabama. “Agora que está sozinho, Steve está aprendendo que vencer não é tão fácil como eu fiz parecer. Ele teve muito pouco a ver com nossa histórica vitória, alcançada graças aos homens e mulheres esquecidos desta nação. Ele, no entanto, teve tudo a ver com a perda de uma cadeira no Senado no Alabama que os republicanos mantiveram por mais de 30 anos. Steve não representa minha base eleitoral — ele representa somente a si mesmo”.
O encontro com a advogada Natalia Veselnitskaya na Trump Tower, em 9 de junho, foi alvo de investigações durante o ano passado, mas, de acordo com o presidente, Natalia usou a ocasião para criticar sanções impostas a membros do governo russo. No livro, Bannon, que só se juntaria oficialmente à campanha dois meses mais tarde, não economiza críticas ao encontro.
“Não há chance de que Don Jr. (filho mais velho de Trump) não tenha levado essas pessoas ao escritório de seu pai no 26º andar”, diz Bannon, segundo o livro. “Três nomes do alto escalão da campanha (Don Jr., Jared Kushner, e o ex-chefe de campanha, Paul Manafort) acharam que era uma boa ideia encontrar uma agente de um governo estrangeiro na Trump Tower sem qualquer advogado presente. Mesmo se você não acha que isso é traiçoeiro, ou antipatriótico, ou uma merda, e eu acho tudo isso, o FBI deveria ter sido chamado imediatamente.”
De acordo com Trump, Bannon não estava interessado em levar adiante o lema do presidente de “tornar os EUA grandes novamente”, e em vez disso “parecia interessado em apenas incendiar tudo”.

“Steve finge estar em guerra com a mídia, que ele chama de partido de oposição, no entanto passou todo o seu período na Casa Branca vazando informações falsas para se apresentar como alguém mais importante do que ele realmente era. É a única coisa que ele sabe fazer. Ele raramente teve contato direto comigo e apenas fingiu ter influência para tapear pessoas sem acesso e sem noção, que ajudou a escrever livros fajutos”, atacou o presidente.


Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/advogado-de-trump-tenta-impedir-publicacao-de-livro-sobre-casa-branca-22254286#ixzz53KxQog6Q 

Imagem relacionada

Equipe considera Trump uma criança, diz autor de livro sobre Casa Branca

Segundo Michael Wolff, presidente americano não tem a menor credibilidade


WASHINGTON - O autor do polêmico livro sobre bastidores da Casa Branca que tem incomodado o presidente americano, Donald Trump, disse que o republicano não tem a menor credibilidade entre os funcionários do governo. Em sua primeira entrevista desde o surgimento de trechos de "Fire and Fury: Inside the Trump White House", Michael Wolff afirmou que todos na equipe de Trump o descrevem da mesma forma:

— Todos dizem que ele é uma criança — afirmou o escritor em entrevista ao programa "The Today Show", da rede NBC. — O que eles querem dizer com isso é que ele tem a necessidade de gratificação instantânea. É tudo sobre ele. Esse homem não lê, não ouve. Ele é como uma máquina de pinball, atirando para todos os lados.
Michael Wolff também afirmou ter falado por três horas com o magnata antes e depois de sua eleição para poder escrever o livro.
— Falei com o presidente, se ele se deu conta de que era uma entrevista ou não, não sei, mas não estava em 'off' (algo a ser mantido em sigilo) — confirmou Wolff, apesar de o presidente ter escrito na quinta à noite em seu Twitter que "nunca falou para um livro".

O canal CNN revelou na quinta-feira que muitos legisladores americanos, a maioria democratas, consultaram uma professora de psiquiatria da Universidade de Yale, em dezembro, sobre a saúde mental do presidente Trump. Entre eles, no entanto, havia um republicano.
— Os legisladores disseram que estavam preocupados sobre o risco que representava o presidente, o risco que representava sua instabilidade mental para o país — disse à CNN a professora Brady Lee, editora do livro "O Perigoso Caso de Donald Trump", uma série de ensaios de psiquiatras que analisam o estado psicológico do presidente dos Estados Unidos.
Trump afirmou que o livro de Wolff é "cheio de mentiras", e seus advogados tentaram impedir o lançamento do livro, que estava previsto para a próxima terça-feira. No entanto, diante da iniciativa do governo, a editora Henry Holt antecipou para esta sexta-feira a publicação da obra. De acordo com o autor, o livro é baseado em 200 conversas com o presidente e membros de sua campanha que, muitas vezes, ofereceram relatos conflitantes.

 
'Fogo e fúria': o que está no livro que sacudiu a Casa Branca de Trump




Inimigos íntimos. Trump e Bannon em foto de janeiro: ex-assessor pode virar dor de cabeça ao presidente por causa de agenda radical Foto: Carlos Barria / REUTERS / 22-1-2017

‘Ato antipatriótico’ em reunião

Desde quarta-feira, a revelação de partes do livro levaram o presidente americano a adotar medidas revoltadas: rompeu publicamente qualquer relação com o ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, a quem acusou de “perder o juízo”. No livro, o ex-assessor classificou uma reunião com uma advogada russa — na qual nomes ligados à campanha presidencial de Trump, entre eles seu filho, Donald Trump Jr. e seu genro, Jared Kushner, buscaram informações comprometedoras contra sua então adversária, Hillary Clinton — como “uma traição” e “um ato antipatriótico”.
“Não há chance de que Don Jr. (filho mais velho de Trump) não tenha levado essas pessoas ao escritório de seu pai no 26º andar”, diz Bannon, segundo o livro. “Três nomes do alto escalão da campanha (Don Jr., Jared Kushner, e o ex-chefe de campanha, Paul Manafort) acharam que era uma boa ideia encontrar uma agente de um governo estrangeiro na Trump Tower sem qualquer advogado presente. Mesmo se você não acha que isso é traiçoeiro, ou antipatriótico, ou uma merda, e eu acho tudo isso, o FBI deveria ter sido chamado imediatamente.”

Michael Wolff dá entrevista à NBC sobre livro que sacudiu governo Trump - BRENDAN MCDERMID / REUTERS

Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/equipe-considera-trump-uma-crianca-diz-autor-de-livro-sobre-casa-branca-22258178#ixzz53Ku2gJdP 



O presidente dos EUA, Donald Trump - JIM WATSON / AFP

Congressistas consultaram psiquiatra sobre saúde mental de Trump

Professora de Yale disse que grupo se preocupava sobre risco do republicano para o país

WASHINGTON — Um grupo de congressistas americanos, a maioria democratas, consultou uma professora de psiquiatria da Universidade de Yale, em dezembro, sobre a saúde mental do presidente Donald Trump, revelou a rede CNN na noite de quinta-feira. Segundo a profissional, as duas reuniões nos dias 5 e 6 do mês passado contaram com a presença de legisladores da Câmara e do Senado e havia inclusive um senador republicano, cuja identidade não foi revelada.
— Os legisladores disseram que estavam preocupados sobre o risco que representava o presidente, o risco que representava sua instabilidade mental para o país — disse à CNN a professora Brady Lee, editora do livro "O Perigoso Caso de Donald Trump", uma série de ensaios de psiquiatras que analisam o estado psicológico do presidente dos Estados Unidos.
Segundo a CNN, Lee deixou claro que não está na posição de diagnosticar o presidente, mas disse que profissionais médicos devem intervir em casos onde há risco público.
— O senhor Trump está mostrando sinais de dano que uma pessoa média não poderia ver — disse a psiquiatra. — Ele está se tornando muito instável rapidamente. Há uma necessidade de avaliação neuropsiquiátrica que poderia demonstrar sua capacidade de atuar.
A revelação da consulta à psiquiatra surge em meio a novas polêmicas e críticas contra Trump. Após o presidente tentar barrar o lançamento do polêmico livro "Fire and Fury: Inside the Trump White House", que revela "podres" da Casa Branca no atual mandato, a editora Henry Holt antecipou para esta sexta-feira a divulgação da edição, que estava prevista para a próxima terça. O livro que promete revelar uma série de "bombas" sobre o governo de Donald Trump gerou uma crise na Casa Branca por causa de comentários feitos pelo ex-estrategista Steve Bannon, ideólogo das políticas do presidente, que disse que a obra é "cheia de mentiras". A porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders qualificou as declarações de Lee "vergonhosas"
— Se não fosse apto, ele provavelmente não estaria onde está e não teria derrotado o melhor grupo de candidatos jamais visto no Partido Republicano — disse a representante, destacando que Trump é um líder "incrivelmente forte".


Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/congressistas-consultaram-psiquiatra-sobre-saude-mental-de-trump-22257528#ixzz53Kuvk4OJ 
 

Resultado de imagem para FOGO E FÚRIA: O QUE ESTÁ NO LIVRO QUE SACUDIU A CASA BRANCA DE TRUMP

Comentários