BIANCA BIN FALA SOBRE FEMINISMO,ASSÉDIO,MENSTRUAÇÃO E PLANTAR A LUA - ENTENDA O QUE É O 'SAGRADO FEMININO' E COMO PARTICIPAR
Capa e recheio da edição de janeiro , Bianca Bin, a heroína da novela das 9, "O Outro Lado do Paraíso", é discreta, mística, inteligentíssima e super good vibes. "Sou meio bruxa e tenho espírito de guerrilheira também. Desde muito nova aprendi a me colocar como mulher, pois tive uma criação machista", conta a artista, que é natural de Itu, no interior de São Paulo.
Na entrevista concedida à Glamour, a atriz abre o jogo sobre suas primeiras vezes. Da paixão à decepção, ela fala sobre feminismo, assédio, amor e até menstruação – ela planta sua lua todos os meses –, em um bate-papo leve e sem censuras com a nossa editora-sênior, Giovana Romani. Um trecho exclusivo você confere ao longo desta página!
BIANCA BIN EM: A PRIMEIRA VEZ QUE...
... entendi o que é ser mulher: "desde sempre. Nasci feminista porque fui criada de forma machista. Meu irmão sempre saiu sem dar satisfação, sem ter hora para voltar. A luta começou dentro de casa, porque sempre me posicionei. Tenho um espírito revolucionário, combativo, de guerrilha. Trabalho em um universo masculino e preciso me colocar. Ali dentro a gente também ganha menos que os homens. Não tem como não tocar nesse assunto. Isso é estatística, acontece em todas as profissões. E pagamos os mesmos impostos... Não faz sentido! A gente está vivendo uma primavera feminista linda. Precisamos redefinir o que é normal e assumir nosso lugar de fala. Temos que nos posicionar, exigir justiça, respeito e igualdade."
... entendi o que é ser mulher: "desde sempre. Nasci feminista porque fui criada de forma machista. Meu irmão sempre saiu sem dar satisfação, sem ter hora para voltar. A luta começou dentro de casa, porque sempre me posicionei. Tenho um espírito revolucionário, combativo, de guerrilha. Trabalho em um universo masculino e preciso me colocar. Ali dentro a gente também ganha menos que os homens. Não tem como não tocar nesse assunto. Isso é estatística, acontece em todas as profissões. E pagamos os mesmos impostos... Não faz sentido! A gente está vivendo uma primavera feminista linda. Precisamos redefinir o que é normal e assumir nosso lugar de fala. Temos que nos posicionar, exigir justiça, respeito e igualdade."
... fui assediada: "não lembro uma vez específica, mas provavelmente na pré-adolescência, voltando da academia a pé com roupa de ginástica e recebendo assovios e “elogios”. Ficava revoltada, mostrava o dedo, respondia xingando. Não consigo aceitar. Jamais me senti mais bonita ou atraente por isso."
... me apaixonei: "aos 14 anos, e tinha certeza de que seria para sempre... Ele tinha 17 e vivia me traindo. É que eu não tinha iniciado minha vida sexual ainda e ele lá, com a testosterona bombando. Hoje entendo tudo! Mas na época sofri horrores. Terminamos uma vez e minha mãe hoje conta que quase chamou os bombeiros de tanto que eu soluçava. Acabamos mesmo só seis anos depois. Sou assim intensa, o tipo de pessoa que junta e fica. Tive apenas três namorados na vida, já casei... Eu me entrego."
... morri de vergonha: "acredita que foi quando menstruei? Eu tinha 12 anos e o que era para ser um processo bonito e feminino foi traumático. Fiquei horas trancada no banheiro. Hoje passou, ainda bem! Sempre agradeço por esse sagrado feminino e planto a minha lua. Plantar a lua é devolver o sangue para a terra. Uso o coletor menstrual e coloco o sangue nas plantas, diluído em água. É uma forma de fechar o ciclo. Isso mudou minha relação com meu corpo e com me entender mulher. O universo é uma grande potência feminina e é com essa força que busco me conectar sempre."
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Celebridades/noticia/2018/01/bianca-bin-fala-sobre-feminismo-assedio-menstruacao-e-plantar-lua.html
Sagrado Feminino: o que é?
Entenda aqui
Filosofia que ganha cada vez mais adeptas exalta a essência e a conexão
da mulher consigo e com a natureza
04/12/2017
Você tem aquela amiga "natureba" que medita, faz yoga e pratica medicina natural. Um dia ela comentou que estava frequentando o Sagrado Feminino e não conseguiu te explicar o que era. OK. De repente, outras amigas experimentaram e se emocionaram com essa filosofia nada simples de ser entendida por leigos na temática "good vibes". Ficou curiosa? A gente desvenda o conceito que está conquistando as jovens da geração millennial (e de outras gerações também).
O QUE É?
O Sagrado Feminino é uma filosofia, um estilo de vida que promove ensinamentos sobre aspectos físicos e mentais da figura feminina. É a consciência dos ciclos femininos (como o da menstruação), da capacidade de criação e acolhimento (gestação) e da força da mulher. É a reconexão consigo mesma e a harmonização de tudo isso com a natureza.
O Sagrado Feminino é uma filosofia, um estilo de vida que promove ensinamentos sobre aspectos físicos e mentais da figura feminina. É a consciência dos ciclos femininos (como o da menstruação), da capacidade de criação e acolhimento (gestação) e da força da mulher. É a reconexão consigo mesma e a harmonização de tudo isso com a natureza.
A facilitadora de vivências do Sagrado Feminino Rosângela Rosa, de São Paulo, explica o processo em algumas etapas. "É o despertar da consciência, a apropriação do corpo em sua totalidade, a libertação de padrões da sociedade, a conexão com a natureza e a transformação da maneira como se vê e como age com outras pessoas."
Algumas das figuras mais importantes do conceito são as Deusas -- aquelas que ouvíamos em histórias e lendas mesmo. Gaia, Lilith, Afrodite..."Cultuamos Deusas resgatadas de diversas culturas e crenças. E também acreditamos que toda mulher tem uma deusa dentro de si", explica. "A natureza é uma deusa. É a nossa grande mãe. Entender o Sagrado é encontrar uma ligação sua com essa natureza provedora de tudo o que temos."
COMO FUNCIONA?
Geralmente, as vivências do Sagrado Feminino se definem por encontros chamados "círculos de mulheres". Cada mestre tem o seu método e o seu estilo de passar o conhecimento. Então quer dizer que existem encontros e caminhos diferentes. "Eu costumo dividir os trabalhos em quatro ou cinco encontros que duram em média quatro horas, em formato de workshop", conta Rosângela Rosa. Nessas vivências, as participantes realizam danças circulares, estudam e cultuam as deusas, debatem sobre os ciclos menstruação, gestação, fases da lua e a influência da natureza na vida de cada uma. Bom, já deu pra ver que ser bruxa vai além da tendência, né?
Geralmente, as vivências do Sagrado Feminino se definem por encontros chamados "círculos de mulheres". Cada mestre tem o seu método e o seu estilo de passar o conhecimento. Então quer dizer que existem encontros e caminhos diferentes. "Eu costumo dividir os trabalhos em quatro ou cinco encontros que duram em média quatro horas, em formato de workshop", conta Rosângela Rosa. Nessas vivências, as participantes realizam danças circulares, estudam e cultuam as deusas, debatem sobre os ciclos menstruação, gestação, fases da lua e a influência da natureza na vida de cada uma. Bom, já deu pra ver que ser bruxa vai além da tendência, né?
ONDE SURGIU?
De acordo com a facilitadora, as chamadas "bruxas" da Idade Média, milhares delas queimadas na fogueira, praticavam algo que era o embrião do que chamamos de Sagrado Feminino hoje. "Elas lidavam com a medicina e ginecologia natural, acreditavam em forças da natureza, sentiam as plantas, o céu, o clima. Percebiam a relação do ciclo menstrual com as fases da lua. Hoje temos um resgate de tudo isso. Por isso, falamos tanto nas bruxas e as relacionamos com ideais femininos e feministas", conta Rosângela.
Também há a relação do Sagrado Feminino com o feminismo. Não é a mesma coisa, mas tem muito a ver, sim. "Precisamos pensar que o Sagrado fala do despertar da essência feminina, da união de mulheres e do nosso poder na sociedade. Isso tudo anda de mãos dadas com os conceitos feministas. Há quem goste de distanciar as duas coisas, mas se estamos falando de empatia, sororidade, igualdade e valorização da figura da mulher, o Sagrado e o feminismo estão lado a lado."
COMO PARTICIPAR?
Há diversos grupos de Sagrado Feminino espalhados pelo Facebook e Instagram.
De acordo com a facilitadora, as chamadas "bruxas" da Idade Média, milhares delas queimadas na fogueira, praticavam algo que era o embrião do que chamamos de Sagrado Feminino hoje. "Elas lidavam com a medicina e ginecologia natural, acreditavam em forças da natureza, sentiam as plantas, o céu, o clima. Percebiam a relação do ciclo menstrual com as fases da lua. Hoje temos um resgate de tudo isso. Por isso, falamos tanto nas bruxas e as relacionamos com ideais femininos e feministas", conta Rosângela.
Também há a relação do Sagrado Feminino com o feminismo. Não é a mesma coisa, mas tem muito a ver, sim. "Precisamos pensar que o Sagrado fala do despertar da essência feminina, da união de mulheres e do nosso poder na sociedade. Isso tudo anda de mãos dadas com os conceitos feministas. Há quem goste de distanciar as duas coisas, mas se estamos falando de empatia, sororidade, igualdade e valorização da figura da mulher, o Sagrado e o feminismo estão lado a lado."
COMO PARTICIPAR?
Há diversos grupos de Sagrado Feminino espalhados pelo Facebook e Instagram.
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/noticia/2017/12/sagrado-feminino-o-que-e-entenda-aqui.html
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