Os meus 7 passos para nunca mais precisar fazer dieta na vida!
Por Lara Lobo*
Muitas pessoas que me conheceram quando eu era mais jovem, sabem que fui uma criança “gordinha”. Na adolescência e em parte da vida adulta, passei por ciclos de engordar e emagrecer (o velho e conhecido “efeito sanfona”).
Experimentei todas as dietas possíveis; tomei medicamentos que me tiraram o sono; participei de programas de “vigilância” do peso; senti vergonha em subir na balança na farmácia; passei fome até entender que a minha luta não era contra a quantidade de calorias dos alimentos. A minha luta era contra minha própria mente. Eu não sabia me relacionar bem com a comida. Não a entendia como nutrição para meu corpo, e sim como minha “melhor amiga”, nos momentos de ansiedade ou de tristeza, ou como minha “pior inimiga”, quando eu tinha de enfrentar os resultados das “jacadas” ao encontrar com a balança.
Ao mesmo tempo em que travava esse embate com os alimentos, sempre tive um forte e importantíssimo aliado: o gosto pela atividade física. O exercício sempre foi um hábito presente em minha vida. E foi ele meu grande parceiro na mudança de mentalidade pela qual precisava passar para entender que eu nunca mais faria “dieta” na vida. O que eu tinha de aprender era a me relacionar bem com a comida; entender que alimentos ricos, naturais e nutritivos também são saborosos, e que eu não precisava me culpar por tomar um sorvete se, diariamente, houvesse equilíbrio na ingestão dos nutrientes que meu corpo precisa para sentir-se bem e energizado e no gasto energético dispendido.
Compartilho com você, leitor, alguns passos que transformaram positivamente a minha eterna luta com os alimentos e com o sobrepeso.
Entenda a sua mente. Comece a analisar por que você come o que come.
Antes de ingerir qualquer alimento, respire e concentre-se no ato de alimentar-se. Pergunte-se se está comendo para satisfazer necessidades fisiológicas de seu corpo ou anseios de sua mente. Questione se o valor nutricional do alimento atende às suas necessidades.
Reprograme o seu cérebro.
Não deixe que o prazer de comer movimente o seu cérebro. Vivemos em um mundo tão estressante e onde tudo é tão fugaz, que fazemos uma associação direta entre relaxamento e prazer e as nossas refeições. Acreditamos que os alimentos ricos em gorduras e açúcares são os melhores amigos no combate ao stress e à tristeza. E a indústria alimentícia reforça essa crença. Quando, porém, reprogramamos nosso cérebro para que ele associe bem-estar e prazer a alimentos saudáveis, passamos a ingerir frutas, legumes e vegetais com alegria e satisfação. Eles também podem conter muitas substâncias que geram sensações agradáveis. Vale tentar.
Reduza as porções e pare de contar calorias
Não temos de nos proibir, temos apenas de nos disciplinar. Nosso cérebro não precisa de mais do que 2 ou 3 quadradinhos de chocolate para sentir aquela agradável onda de prazer disparada pela serotonina. Então, pra que mesmo comer toda uma barra? Durante o meu processo de emagrecimento, comi 2 ou 3 quadradinhos de chocolate todos os dias, e isso não me impediu de perder 17 quilos.
E, se você desejou um pedaço daquela torta do aniversário da sua tia, por que não escolhe o pedaço mais fininho e prova, sem culpa? Depois, pode compensar com escolhas inteligentes durante a semana. Certamente, não serão os 3 quadradinhos de chocolate ou o pequeno pedaço de torta que o farão engordar. Opte, assim, por sempre comer quantidades menores do que as que você gostaria. Lembre-se de que a chave para o equilíbrio é a disciplina (e não a paranoia).
Crie novos hábitos. Aprenda a gostar de frutas e verduras
Fomos erroneamente treinados a ver frutas e verduras como pouco saborosas e prazerosas. Erámos obrigados a comer a “frutinha” ou a verdura para ter direito a ganhar a bolacha recheada. Nossa mente aprendeu a associar o ato de comer frutas e verduras a uma punição, ao mesmo tempo em que ligava alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcar refinado a deleite e merecimento. Temos o trabalho, agora, de reeducar nossos cérebros a entender que alimentos saudáveis podem também ser associados a deliciosas sensações. Podemos sentir imensa felicidade em comer uma salada ou provar uma fruta exótica. Incorpore a disciplina da boa alimentação como um hábito saudável e prazeroso. Não custará muito!
Faça exercícios
Descubra uma atividade que te faça sentir-se bem. Qualquer atividade que te deixe minimamente suado e exija algum esforço de seus músculos e de seu coração. Saia da zona de conforto. Se não encontrar nenhuma, comece a caminhar por 30 minutos diariamente. Depois, aumente para 40 minutos e, assim, sucessivamente. Enquanto caminha, aproveite para escutar música, seu programa de rádio favorito, um podcast ou uma versão em áudio daquele livro que você sempre diz que não tem tempo pra ler. Não há desculpa para o sedentarismo. Dizer que o trabalho te consome e que você não tem tempo nem energia para exercitar-se já passou de moda há muito tempo. A ciência já cansou de comprovar que quanto mais o corpo se movimenta, mais energia ele gera; quanto mais você pratica uma atividade física, mais ânimo você tem para todas as suas outras atividades rotineiras. E mais: a conta é simples; precisamos gastar mais do que consumimos.
Medite e pratique técnicas de atenção plena, especialmente ao fazer suas refeições
Antes de comer, feche os olhos e preste atenção a sua respiração por 5 minutos. É uma meditação que irá te impedir de comer por ansiedade.
Quando estiver com o prato de sua refeição pronto, olhe-o atentamente. Pare por alguns minutos e observe as suas escolhas. Sinta os cheiros, admire as cores, as texturas e a beleza dos alimentos.
Coma conscientemente. Medite durante sua refeição. Esqueça-se de celular, televisão ou qualquer outra distração na hora de alimentar-se. Desfrute cada porção. Mastigue por no mínimo 25 vezes, a cada garfada.
Não se culpe. Permita-se sentir prazer, com moderação
Em uma alimentação equilibrada, tudo está permitido. O único que não é aceito é o excesso. Somos adultos e maduros o suficiente para julgar o que é razoável ou não. Tanto o somos, que quando exageramos na dose, sentimos culpa. Para evitar esse terrível sentimento (que nos suga energia e ânimo), procuremos sempre a razoabilidade. Em vez de optar por um enorme pedaço de torta de limão, depois de um almoço de terça-feira, por que não escolhermos uma fruta e colocamos uma pequena colher de leite condensado para matar “aquele desejo” por açúcar? Ou, em vez de pedir uma porção de batata frita, por que não optarmos por uma de pipoca caseira, feita no micro-ondas, com água e zero gordura? Se nenhuma das opções lhe satisfizer, por que, então, não dividir com seu parceiro, em vez de comer tudo sozinho? Aqui, o bom senso e a moderação devem sempre prevalecer. Tudo é permitido, contanto que com uma frequência que não interfira negativamente no balanço nutricional razoável do que se consome e do que se gasta.
*Lara Lobo, diplomata, escritora, professora de Yoga, fotógrafa amadora e estudiosa do desenvolvimento pessoal.
Já morou nos Estados Unidos, em Gana (na África) e atualmente vive e trabalha no Peru.
Já morou nos Estados Unidos, em Gana (na África) e atualmente vive e trabalha no Peru.
Facebook: A Busca do Equilíbrio
Blog: www.abuscadoequilibrio.com
Instagram: @abuscadoequilibrio
Blog: www.abuscadoequilibrio.com
Instagram: @abuscadoequilibrio
Fonte:https://www.nowmaste.com.br/emagrecer-sem-dieta-mudanca-na-relacao-com-comida/
Comentários
Postar um comentário