" A MUSICA NO PLANO ESPIRITUAL " - EFEITOS DA MÚSICA NA EVOLUÇÃO DOS SER

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" A MUSICA NO PLANO ESPIRITUAL " 

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Hoje falaremos sobre a música do espaço, considerada como meio de transmissão do pensamento artístico. Sei que outro espírito, mais próximo a vocês (trata-se do espírito Massenet), já tentou fazê-los entender a maneira como as ondas, que vocês chamam de musicais, são criadas e em seguida transmitidas através do espaço para chegarem aos diferentes mundos. Já lhes disseram que o que vocês chamam de sonoridade é, para nós, comparável à coloratura que, transportadas sobre moléculas fluídicas, percorre os campos vibratórios e vai comunicar aos seres impressões comparáveis às que seus ouvidos percebem quando vocês ouvem uma gama de sons harmonizados neste ou naquele grau de vibrações.
Quando na Terra uma nota é tocada em tom maior, ela lhes transmitirá uma sensação de alegria plena e absoluta. Se ela é menor, ao
contrário, seu cérebro experimentará uma sensação de profundidade, algumas vezes de tristeza ou de grande dor, conforme a modulação dos acordes e o número de notas tocadas.
Portanto, a esses dois grandes princípios: maior e menor, correspondem duas sensações, alegria e dor. Entre essas notas há uma
infinidade de combinações que, por isso mesmo, formarão imagens. Assim como um escultor forma uma imagem virtual, o grupo de nota, os acordes, segundo sejam modulados em maior ou menor, formarão por seu estilo uma série de pensamentos que se tornam mais ou menos compreensíveis de acordo com a evolução dos tipos de música. Eis, portanto, um ponto estabelecido: as artes plásticas formam imagens e a arte das ondas musicais forma, igualmente, imagens, porém uma imagem mais sutil, cujo conteúdo é mais frágil e a compreensão mais delicada.
Conforme o grau de evolução dos seres, essa compreensão será mais ou menos profunda. É por isso que freqüentemente no globo terrestre um ser de cultura média será impressionado, enquanto que seu cérebro permanecerá refratário quando ele quiser utilizar o alfabeto para expressar seus pensamentos por meio das ondas que vocês classificam como musicais.
No espaço, como vocês sabem, não possuímos instrumentos, são nossos perispíritos que recebem as ondas transmissoras do pensamento musical.
Dessa forma será preciso impregnar diretamente os seres que devem receber ondas dessas naturezas. Assim como os outros artistas, o espírito evoluído no sentido musical, e que pode experimentar sensações infinitamente suaves e sutis, pode também transmiti-las com o auxílio dos seus instrumentos, e por intermédio do cérebro de um dos seus intérpretes.
A matéria, para ser posta em movimento pelas ondas fluídicas, necessita de um intermediário, que será o cérebro de vocês, que, no
caso, age como um pólo atrativo e uma placa sensível de onde parte toda a irradiação que emana dos fluidos.
Os grandes músicos terrestres podem, como os outros artistas, receber a inspiração, seja do espaço, seja como resultante de trabalhos anteriores. Trata-se exatamente do mesmo fenômeno que se produz com os outros artistas.
No espaço nossos meios são muito mais rápidos do que os da Terra; não necessitamos de instrumentos para permutar nossos pensamentos, e nossa música é toda de impressões, agindo diretamente sobre a parte mais sensível de nosso ser fluídico, aquela que contém, em graus diversos, a centelha divina e que, no plano terrestre, é representada pelo órgão do coração.
As outras artes se refletem por imagens esculturais e picturais que são os meios de transmissão do pensamento e que substituem, para nós, a palavra. A música é uma impressão especial que invade todo o nosso ser fluídico, mergulha-o no êxtase, na beatitude, e faz com que ele experimente sensações de júbilo, de quietude, de alegria, de angústia, de desgosto, de dor, de pesares, de remorsos. Tal é, mais ou menos, a gama de todas as sensações ascendentes e descendentes, que vão do rosa ao preto; o preto representando o nada.
A partir de então vocês podem compreender, do ponto de vista puramente artístico, que sensações infinitas podem agir sobre um
espírito já evoluído. Vocês já podem, na Terra, preparar-se para receber no Além essas sensações, afastando qualquer satisfação material ou sensual. Busquem as atrações artísticas, por mais pobres que sejam; enriqueçam o pensamento, dêem aos nervos alimento de cálidas vibrações; encham o cérebro de sensações que se traduzem, nesse plano, por estudos analíticos de suas vidas terrestres.
Tudo isso repercutirá um dia no espaço, em cêntuplo, pois as vibrações armazenadas no ser carnal despertarão e, como uma lira de mil cordas, chamarão todas as sensações atrativas que podem proporcionar os sentimentos mais harmoniosos, mais elevados, que circulam nas correntes que emanam diretamente da esfera divina.
É o apogeu da arte, uma infinita sensação artística.
As pobres criaturas terrestres não podem experimentar as alegrias inefáveis que nos cobrem quando essas sensações vêm tocar nossos extasiados espíritos.
O que são essas sensações? Tentarei como conclusão dizer-lhes, com a permissão de Deus, o que elas podem ser. Não será fácil, pois seria abrir-lhes uma visão direta sobre a obra divina. Seus guias vão orar. Espero poder dar-lhes, em poucas palavras, uma idéia dessa grande obra de beleza, de luz e de harmonia.
Pelo Espírito “O Esteta”.
(Do Livro “O Espiritismo na Arte” – Léon Denis)
Fonte:http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?


A MÚSICA NO MUNDO DOS ESPÍRITOS




A MÚSICA NO MUNDO DOS ESPÍRITOS
Geziel Andrade


IMAGEM: Jorge Rizzini: notável pesquisador e escritor espírita e extraordinário médium musical, conforme mostrado abaixo.


Existe realmente a música celeste?


As almas dos homens que, após a morte do corpo material, retornam ao mundo espiritual continuam gostando de compor e ouvir música?

A resposta para essas perguntas nos foi dada pelos próprios Espíritos, através de diferentes médiuns.

Allan Kardec, na questão 251 de “O Livro dos Espíritos”, perguntou aos Espíritos superiores se os Espíritos são sensíveis à música. Então, obteve a seguinte resposta surpreendente:

“Trata-se da vossa música? O que é ela perante a música celeste, essa harmonia da qual ninguém na Terra pode ter idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia.”

“Não obstante, os Espíritos vulgares podem provar um certo prazer ao ouvir a vossa música, porque não estão ainda capazes de compreender outra mais sublime.”

“A música tem, para os Espíritos, encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas.”

“Refiro-me à música celeste, que é tudo quanto a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e mais suave.”


COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DA MÚSICA CELESTE 

Uma importante comprovação da existência da música celeste foi escrita por Allan Kardec. Está no livro “Obras Póstumas”, publicado após a sua morte.

Nesse livro, encontramos um caso muito interessante, narrado e comentado pelo codificador do Espiritismo. Esse caso reafirma a existência da música no mundo espiritual, revelado pelos Espíritos:

“Certo dia, numa reunião familiar, um chefe da família leu uma passagem de “O Livro dos Espíritos” concernente à música celeste.”

“Uma de suas filhas, boa musicista, pôs-se a dizer consigo mesma: Mas não há música no mundo invisível!”

“Parecia-lhe isso impossível; entretanto, não externou seu pensamento.”

“Na noite do mesmo dia, escreveu ela espontaneamente uma comunicação com os seguintes esclarecimentos:”

“A música do céu é muito mais bela do que a da terra. Os Espíritos acham-na muito superior à vossa, que não pode ser comparada à do Espaço.”

“As composições terrenas são muito infantis, em face das sublimes harmonias do mundo invisível; os sons dos vossos instrumentos, as vossas mais belas vozes não poderiam dar-vos a menor ideia da música celeste e da sua suave harmonia.”

“Logo em seguinte, a moça caiu naturalmente num estado de sono:” 

“Oh! Papai, papai, que música deliciosa!... Desperta-me, senão eu me vou.”

“Desperta com algumas gotas de água que lhe salpicaram no rosto, ela voltou lentamente a si, sem a mínima consciência do que se passara.”

“Então, o pai da donzela recebeu do Espírito S. Luís a explicação seguinte:”

“Quando lias à tua filha a passagem de “O Livro dos Espíritos” referente à música celeste, ela se conservava em dúvida; não compreendia que no mundo espiritual pudesse haver música.”

“Eis por que depois eu lhe disse que era verdade. Não tendo a minha afirmativa podido persuadi-la, Deus permitiu que, para convencer-se, ela caísse em sono sonambúlico.”

“Então, desprendendo-se do corpo adormecido, seu Espírito se lançou pelo Espaço e foi admitido nas regiões etéreas, onde ficou em êxtase produzido pela impressão da harmonia celeste.”

Por isso foi que exclamou: “Que música! Que música!” 

“Sentindo-se, porém¸ transportada a regiões cada vez mais elevadas do mundo espiritual, pediu que a despertassem, indicando o meio de o conseguirem: com água”.


NOSSA AUDIÇÃO DA MÚSICA CELESTE DURANTE O SONO


Alguns de nós, às vezes, temos experiência semelhante, ao sonhar ouvir uma música muito linda, mas desconhecida. 

Quando dormimos, nossa alma desprende-se parcialmente do corpo material e entra em contato com a vida espiritual e os Espíritos. 

Então, em ocasiões específicas, podemos ouvir em sonho a música dos Espíritos. Em palestras que o autor deste artigo realizou sobre a música celeste, ouviu alguns depoimentos a respeito disso de pessoas presentes.

Além disso, quem de nós não tem um caso para contar por ter ouvido uma música maravilhosa durante o sono? O próprio autor deste artigo já teve algumas experiências marcantes a esse respeito.

Mas, um caso muito interessante de música inédita ouvida durante o sono ocorreu com o famoso e notável ex-beatle Paul MacCartney. 

Consta em sua biografia que a música “Yesterday”, de sua composição, considerada uma das mais belas, tocadas e gravadas na história da música, surgiu de um sonho. 

Paul MacCartney ouviu a música enquanto dormia. Acordou assobiando-a, saiu da cama, foi para o piano, recordando-se dela intuitivamente. Então, anotou a melodia muito original, tendo a impressão de que a música já existia há muito tempo. Assim, a música deu no que deu.

Dessa mesma forma, ou pela inspiração, muitas músicas celestes são transmitidas pelos Espíritos aos compositores terrenos, influindo na evolução de nossa música. 

Através da inspiração ou do sono muitas músicas celestes são transmitidas aos compositores terrenos, engrandecendo essa arte maravilhosa. 


AS MANIFESTAÇÕES MUSICAIS DOS ESPÍRITOS ATRAVÉS DA MEDIUNIDADE DO FAMOSO MÉDIUM DANIEL DUNGLAS HOME


Allan Kardec, na “Revista Espírita” dos meses de fevereiro, março, abril e maio de 1858, comentou os fenômenos espíritas operados pelo senhor Daniel Dunglas Home, nascido a 15 de março de 1833, perto de Edimburgo, e descendente de antiga e nobre família da Escócia.

Nas sessões espíritas de efeitos físicos inteligentes realizadas por esse médium, as manifestações musicais dos Espíritos eram surpreendentes: 

• Instrumentos de música tocavam sozinhos, produzindo sons melodiosos.

• Algumas vezes, o artista invisível atendia a pedidos de músicas ou mesmo tocava melodias de sua preferência.

• Em certas ocasiões, podia-se ver a mão materializada do Espírito movendo as teclas para produzir suave melodia ou acordes harmoniosos.

• O Espírito de um jovem, que na vida terrena tivera um notável talento musical, executava árias que atestavam a sua identidade.

• E nas manifestações inteligentes dos Espíritos surgiam com frequência sons musicais ritmados.


Allan Kardec, em muitos outros números da “Revista Espírita” publicou narrativas minuciosas de Espíritos que, através de outros médiuns, produziram fenômenos extraordinários envolvendo a execução da música celeste. 


A MÚSICA DE MOZART VINDA DO ALÉM-TÚMULO


Allan Kardec, na “Revista Espírita” de maio de 1859, publicou um artigo com o título de “Música de Além-túmulo, dizendo que:

“O Espírito de Mozart acaba de ditar ao nosso excelente médium, senhor Bryon-Dorgeval, um fragmento de sonata.”

“Como meio de controle, este último o fez ouvir por diversos artistas, sem lhes indicar a origem, mas lhes perguntando apenas o que achavam do trecho.”

“Cada um nele reconheceu, sem hesitação, o cunho de Mozart.”

“O trecho foi executado na sessão da Sociedade de 8 de abril último, em presença de numerosos conhecedores, pela senhorinha de Davans, aluna de Chopin e distinta pianista, que teve a gentileza de nos prestar o seu concurso.”

“Como elemento de comparação, a senhorinha de Davans executou antes uma sonata que Mozart compusera quando vivo.”

“Todos foram unânimes em reconhecer não só a perfeita identidade do gênero, mas ainda a superioridade da composição espírita”. 

Assim: 

• O Espírito de Mozart demonstrou que a sua habilidade em compor música não havia se perdido com a morte do corpo material.

• O Espírito de Mozart encontrou na excelente mediunidade do senhor Bryon-Dorgeval a oportunidade de chamar a atenção dos homens para a imortalidade da alma e a comunicabilidade do Espírito, ao ditar um fragmento de sonata que teve grande repercussão junto ao publico.

Essa música do Espírito Mozart foi gravada recentemente no Brasil por iniciativa da Federação Espírita Brasileira -FEB e foi disponibilizada ao público em seu site na internet, tendo bela repercussão.


AS MANIFESTAÇÕES MUSICAIS DOS ESPÍRITOS EM CONSTANTINOPLA
Ainda, Allan Kardec, na “Revista Espírita” de julho de 1861, publicou uma carta recebida do senhor Repos, advogado em Constantinopla, dizendo que, naquela localidade, ocorriam manifestações musicais dos Espíritos:

“Já temos um grande número de médiuns escreventes; outros fazem desenhos; outros ainda compõem trechos de música, mesmo quando ignoram essas artes; outros, mediunizados, executam árias ao piano, inspirados pelos Espíritos.” 


A MÚSICA DO ESPÍRITO DE MOZART EM BORDÉUS


Além disso, Allan Kardec, na “Revista Espírita” de novembro de 1861, publicou um artigo intitulado “O Espiritismo em Bordéus”, mencionando que:

“Encontramos em Bordéus muito numerosos e muito bons médiuns em todas as classes, de todos os sexos e idades.” (...) 

“Entre os médiuns que vimos, um há que merece menção especial.”

“É uma jovem de dezenove anos que, à faculdade de escrevente, alia a de médium desenhista e músico.”

“Ela anotou mecanicamente, sob o ditado de um Espírito, que disse ser Mozart, um trecho de música que não o desacreditaria.”

“Assinou-o, e várias pessoas, que viram os seus autógrafos, afirmaram a perfeita identidade da assinatura.”


A MÚSICA CELESTE NAS FESTAS NA VIDA ESPIRITUAL


Allan Kardec, na “Revista Espírita” publicou dissertações de Espíritos, através de diferentes médiuns, dizendo que:

• Os Espíritos usam a música nas festas de recepção dos bons Espíritos que deixam a vida terrena.

• As festas na vida espiritual são animadas por músicos que cantam melodias maravilhosas e deslumbrantes.

Exemplo disso, está no seguinte texto:

“Entre nós, nossas festas têm um encanto indescritível.”

“Milhões de músicos cantam em liras harmoniosas as maravilhas de Deus e da Criação, com acentos mais deslumbrantes que vossas mais suaves melodias”. 

AUDIÇÃO DA MÚSICA CELESTE

Allan Kardec, na “Revista Espírita” de novembro de 1868, publicou uma carta de Mulhouse, narrando a experiência que um jovem teve com a audição da música do mundo invisível. 

Esse jovem escreveu o seguinte:

“Fui testemunha e objeto de um fenômeno estranho, do qual só me dei conta depois de haver lido “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns”.”

“Uma música fazia-se ouvir no ar ambiente da sala e acompanhava o meu violino, no qual tomava lições naquela época.”

“Eram acordes perfeitos, cuja harmonia era tocante; dir-se-ia uma harpa tocada com delicadeza e sentimento.”

“Algumas vezes éramos umas doze pessoas reunidas e, sem exceção, todos ouvíamos.”

ERNESTO BOZZANO E A MÚSICA TRANSCENDENTAL

Na Itália, em 1922, Ernesto Bozzano publicou, na terceira parte do seu livro “Fenômenos Psíquicos no Momento da Morte”, 30 casos envolvendo a audição de música transcendental.



Com esse estudo inédito, Ernesto Bozzano demonstrou que a música transcendental pode ser ouvida em qualquer lugar e não somente nas sessões espíritas de efeitos físicos inteligentes produzidos pelos Espíritos. 

Ela pode ser ouvida:

• Por ocasião da morte de uma pessoa, os presentes no velório escutam uma música diferente.

• Quando alguém chega à beira da morte, escuta uma música maravilhosa.

• Para anunciar o falecimento de um ente querido, que vai ser comunicado depois.

• Em contato com a natureza; em igrejas; em casa; em ruínas; e em cemitério.

• Durante o sono ou eEm estado de desprendimento sonambúlico.

• Na presença de diversas pessoas, por diversas vezes e em diferentes ocasiões. 

Esse livro de Ernesto Bozzano enriqueceu a literatura espírita e foi publicado no Brasil pela Federação Espírita Brasileira.


A MÚSICA MEDIÚNICA DOS GRANDES MESTRES ATRAVÉS DA MEDIUNIDADE MUSICAL DE ROSEMARY BROWN


O livro de Rosemary Brown, publicado na Inglaterra com o título de “Unfinished Symphonies: Voices From The Beyond”, contém os detalhes das suas atividades mediúnicas musicais e do grande sucesso alcançado junto ao público.

Esse trabalho mediúnico começou em março de 1964, quando o Espírito de Franz Liszt comprometeu-se a transmitir-lhe novas composições musicais que havia feito no mundo dos Espíritos.

Depois disso, os Espíritos de outros compositores famosos integraram-se ao trabalho: Chopin, Schubert, Beethoven, Bach, Brahms, Schumann, Debussy, Grieg, Berlioz, Rachmaninoff e Monteverdi.

A médium nunca teve uma educação musical abrangente; qualquer conhecimento das técnicas específicas de composição de músicas; ou qualquer habilidade para fazer orquestração.

Quando algum crítico musical tentava explicar o fato mediúnico dizendo que certamente a sua habilidade decorria da notável formação musical que tivera na infância, a médium explicava:

“Para mim, naquele tempo, um par de sapatos novos tinha um significado muito maior do que ingressos para um concerto de música clássica. Na realidade, raramente sobrava dinheiro para comprar sapatos, e, certamente, nenhum para concertos.” 

O próprio Espírito de Franz Liszt deu à médium a explicação do porque ela foi a escolhida para transmitir aos homens a música celeste:

“Porque você se ofereceu muito antes de nascer.”

“Quando você vivia um outro aspecto de sua existência, você concordou em ser o elo de ligação entre nós e o mundo.”

“Antes de você nascer, quando acedeu em ser a nossa medianeira, você teve que concordar em passar por uma série de sofrimentos de modo a tornar-se mais sensitiva.”

“Se tivesse tido uma educação musical completa, isto não nos auxiliaria absolutamente em nada.”

Esse mesmo Espírito disse ainda à médium que o seu trabalho mediúnico tinha a finalidade de mostrar aos homens que a morte do corpo físico é apenas uma transição para um outro estado de consciência, no qual a alma conserva sem alteração a sua individualidade.

A obra mediúnica de Rosemary Brown teve uma forte repercussão junto ao público quando foi lançado um “long-play”, em maio de 1970, contendo músicas de oito compositores de renome internacional, vindas do outro lado da vida. 

Depois disso, o número de músicas mediúnicas cresceu rapidamente, reunindo um acervo de cerca de 400 peças musicais inéditas, contendo canções, composições para piano, quartetos, óperas, concertos e sinfonias.

Ainda, em resposta aos que a criticavam, não acreditavam ou se opunham ao seu trabalho junto aos Espíritos de compositores famosos, a médium respondeu:

“Os compositores são limitados pela minha própria limitação, e pelas dificuldades de transmissão.”

“Qualquer pessoa que conheça música sabe que eu teria que ser quase um gênio musical para ter obtido tudo isso sozinha.”

“Eu com toda a certeza teria que ser uma musicista verdadeiramente brilhante para ter escrito, sozinha, todos aqueles estilos diferentes de música.”

Mas, as obras dos Espíritos eram tão maravilhosas e surpreendentes que falavam por si junto ao público e os meios de comunicação. Então, a médium recebeu o reconhecimento público e o aval da BBC de Londres e de músicos famosos como Mary Firth, Richard Rodney Bennet e Leonard Bernstein.

Assim, Rosemary Brown provou de modo convincente que as almas de grandes mestres da música tinham sobrevivido à morte do corpo material; mantiveram a sua individualidade e as suas habilidades musicais; se comunicado através da sua mediunidade musical para transmitir aos homens novas composições que haviam elaborado na vida espiritual.


MANIFESTAÇÕES MUSICAIS DOS ESPÍRITOS NO BRASIL


OS CASOS PEIXOTINHO, FÁBIO MACHADO E CARLOS MIRABELLI 


Aqui no Brasil, nós tivemos três notáveis médiuns que permitiram a realização de sessões espíritas de manifestações físicas inteligentes dos Espíritos. 

Os fenômenos espíritas aqui ocorridos não ficaram devendo em nada para os que ocorreram na Europa.

Nas sessões espíritas realizadas pelos médiuns Peixotinho e Fábio Machado, músicas eram tocadas pelos Espíritos; os Espíritos Scheilla e Aracy compuseram e ofertaram músicas de hinos, pela escrita direta, às pessoas presentes.

Nas sessões realizadas pelo famoso médium Mirabelli, ouvia-se música transcendental, com sons metálicos e de campainha. 

Numa dessas sessões, ocorreu a manifestação do Espírito Patapio Silva, famoso flautista brasileiro, que executou para os presentes muitas músicas conhecidas, surpreendendo a todos. 

Detalhes dessas manifestações musicais dos Espíritos podem ser encontradas facilmente nas biografias desses importantes médiuns brasileiros.


A MEDIUNIDADE MUSICAL DE JORGE RIZZINI


Ainda aqui no Brasil, nós tivemos um grande médium musical. Trata-se de Jorge Toledo Rizzini.

Ele recebeu dos Espíritos de compositores famosos inúmeras músicas inéditas que serviram para a publicação dos Discos: Compositores do Além, volumes 1, 2 e 3; Marchas Mediúnicas; e Músicas do Além.

Os Espíritos que lhe transmitiram essas músicas foram: Lamartine Babo, Ataulfo Alves, Ary Barroso, Francisco Alves, Noel Rosa, Verdi, Puccini, Carlos Gardel, Duke Ellington, John Philip Souza, dentre outros. 

Essas músicas, com o estilo próprio de cada compositor, foram gravadas por cantores famosos da época, que reconheceram e prestaram depoimentos sobre o estilo de cada compositor. 

Além disso, esse médium realizou os famosos Festivais de Música Mediúnica, que agitaram a sociedade brasileira, inclusive no famoso Teatro Municipal de São Paulo.

Quando perguntado sobre a sua formação musical, Jorge Rizzini respondia:

“Nunca estudei música. Não toco nenhum instrumento, nem de ouvido. E o pior: não canto de modo afinado.”

Informações detalhadas sobre esse trabalho espírita de Jorge Rizzini pode ser encontrado na internet no blog: 


http://jorge-rizzini.blogspot.com. 


NOTA: Atualmente, temos no Movimento Espírita muitos outros médiuns musicais. Eles se dedicam ao trabalho, com resultados muito bons. 


A MÚSICA CELESTE NOS LIVROS ESPÍRITAS PSICOGRAFADOS NO BRASIL

No Brasil, nós temos muitos livros psicografados por médiuns famosos, tais como: Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Carlos Baccelli, Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, dentre muitos outros.

Muitos desses livros dão notícias da existência da música no mundo dos Espíritos.

Em alguns deles, encontramos narrativas muito detalhadas de como os Espíritos usam a música celeste em suas mais variadas atividades.

Como exemplo disso, destacamos apenas três notícias interessantes que estão contidas na série de livros do Espírito André Luiz, psicografados por Chico Xavier e publicados pela Federação Espírita Brasileira:

“Setenta e duas figuras começaram a cantar harmonioso hino, repleto de indefinível beleza. O cântico celeste constituía-se de notas angelicais, de sublimado reconhecimentos.” 

(...)“As cordas afinadas casaram os ecos de branda melodia e a música elevou-se, cariciosa e divina, semelhante a gorjeio celeste.”

(...) “Harmonioso coro de uma centena de vozes bem afinadas cantou inolvidável hino de louvor ao Supremo Pai, arrancando-me copiosas lágrimas.” 


CONCLUSÃO


Como vimos, os fatos espíritas comprovam a existência da música celeste. 

Esses fatos estão registrados ou documentados nas obras de autores e médiuns famosos: Allan Kardec, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Arthur Conan Doyle, Reverendo G. Vale Owen, Anthony Borgia, Rosemary Brown, Peixotinho, Fábio Machado, Carlos Mirabelli, Jorge Rizzini, Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira, Divaldo Pereira Franco, Carlos Bacceli, Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, dentre muitos outros.

Portanto, a tese da existência da música celeste passa com facilidade pela Universalidade do Ensino dos Espíritos, estabelecida por Allan Kardec: 

“A única garantia segura do ensino dos Espíritos está na concordância das revelações feitas espontaneamente, através de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares”. 

Portanto, na vida futura, nossa alma não sentirá saudades da nossa linda arte que é a música terrena. Ela continuará em nossa companhia, sob a denominação de música celeste, alimentada por Espíritos que se dedicam a ela. 

Essa música grandiosa, bela e sublime, cultivada como todas as ciências e artes na vida espiritual, torna-se mais elevada ainda nas esferas espirituais habitadas pelos Espíritos bons ou superiores. 

Fonte:http://gezielandrade-espiritismo.blogspot.com.br/2013/05/a-musica-no-mundo-dos-espiritos.html

Efeitos da música na evolução do ser

Orson Peter Carrara

Há influência musical no equilíbrio humano?

A variedade de sons alcançados pelas notas musicais na integração entre instrumentos e vozes humanas exerce grande influência na emoção e no desenvolvimento das criaturas humanas. Claro que com variedades, pois determinada melodia poderá trazer lembranças agradáveis a alguém, provocar melancolia e até entusiasmo em outras, enquanto nada provoque em muitas pessoas.
O tema é interessante e mereceu uma única pergunta de Kardec em O Livro dos Espíritos: a de número 251. Mas há observações valiosas em Obras Póstumas e na Revista Espírita.
Sem preocupar-nos com a história da música, biografia de grandes mestres ou outras informações de caráter cultural ou histórico, procuremos analisar o tema, à luz da Doutrina Espírita, sobre lembranças e emoções que a música provoque na sensibilidade humana. Afinal o que diz a Doutrina Espírita?
Em Obras Póstumas, no capítulo A Música Celeste, numa reunião familiar, a filha indaga ao pai se haveria música no Plano Espiritual. Sob ação mediúnica, ela escreve resposta do Espírito: O som de nossos instrumentos, a nossa mais bela voz, não podem dar a mais fraca idéia da música celeste e sua suave harmonia.
Logo mais o Espírito São Luiz ensina: A filha, desligando-se parcialmente, foi admitida nas regiões celestes onde pode perceber as impressões da harmonia celeste e expressou “Que música! Que música!”
E Kardec indaga o compositor Rossini* (Espírito) sobre o estado atual da música e sobre as modificações que lhe poderiam trazer a influência das crenças espíritas e a resposta do Espírito inicia-se com abordagem sobre harmonia. Segundo o dicionário, a palavra harmonia significa sucessão de sons agradáveis ao ouvido. Arte de formar e dispor os acordes musicais. Concórdia, paz e amizade entre pessoas. Ordem, coerência. O Espírito Rossini, todavia, em outras palavras, define harmonia como: resultante de um arranjo musical; como um sentido íntimo da alma e que é percebida em razão do desenvolvimento desse sentido íntimo da alma.
E oferece-nos esta pérola de pensamento: “(...) O Espírito produz os sons que quer. (...) Aquele que compreende muito, que tem nele a harmonia já conquistada, age sobre o fluido universal e reproduz o que o Espírito concebe, sente e quer (...)”.
Numa comparação, usando inclusive o pensamento de Rossini, podemos dizer que o éter vibra a ação da vontade do Espírito. A harmonia que traz em si se concretiza como a exalar o perfume, com lentidão ou rapidez, como no som harmonioso que se espalha. O Espírito que já conquistou a harmonia é como aquele que tem a aquisição intelectual. O Espírito sábio que ensina a ciência sente-se feliz por ensinar os que não sabem. O Espírito que faz o éter ressoar com os acordes da harmonia que já traz em si, sente-se feliz de ver satisfeitos os que o ouvem. E do mesmo Espírito, encontramos essa definição magistral: A música é o médium da harmonia.
Ela é, pois, essencialmente, moralizadora, uma vez que leva harmonia às almas, que por sua vez as eleva e as engrandece. Deduz-se, pois, que a música exerce uma feliz influência sobre a alma e a alma que a concebe exerce também uma influência sobre a música.
A alma virtuosa que tem a paixão do bem, do belo, que adquiriu a harmonia, produzirá obras primas capazes de penetrar as almas mais blindadas, fechadas em si mesmas, e comovê-las. Já o compositor terra-a-terra como poderá representar a virtude que ele despreza, o belo que ignora ou o grande que ele não compreende? Suas composições serão o reflexo de seus gestos sensuais, de sua leviandade. Serão obscenas, licenciosas, sensuais e causarão mais danos que melhorar os ouvintes.
É aí que o pensamento de Rossini, adaptando-o com texto de nossa autoria, aparece em toda sua grandeza: O Espiritismo, moralizando os homens, exercerá, pois, grande influência sobre a música. Por sua vez, ouvintes moralizados, apreciarão músicas elevadas, deixarão de lado a música frívola que se apodera das massas.
Na Revista Espírita, de maio de 1858, entretanto, Kardec entrevista o compositor Mozart (1756-1791), que foi famoso menino prodígio (aos 4 anos já tocava de cor e aos 5 já compôs), e que declarou “Quando estou em boas disposições e inteiramente só, durante o meu passeio, os pensamentos musicais me vêm com abundância. Ignoro donde procedem esses pensamentos e como me chegam; nisso não tenho a mínima vontade, a menor intervenção”. Habitante de Júpiter, revelou: “Onde habito, há melodia em toda parte: no murmúrio das águas, no ciciar das folhas, no canto dos ventos; as flores rumorejam e cantam; tudo produz sons melodiosos. Sê bom, alcança este planeta pelas tuas virtudes”. E fornece essa pérola para esse tema: A música religiosa ajuda a elevação da alma. O pensamento compõe e os ouvintes desfrutam. Claro que a história humana registrou a presença de grandes gênios da música em nosso planeta. Seria impossível relacioná-los todos num simples artigo, abordar suas conquistas e feitos, a genialidade que nos ofereceram. Optamos por Mozart, pois que presente na Revista Espírita.
E na mesma publicação, de maio de 1861, o Espírito Lamennais (brilhante escritor, figura influente e controvertida na história da igreja francesa e ordenado padre aos 34 anos) afirma: a música é a arte que vai mais direta ao coração.
Já na edição de janeiro de 1869, o mesmo Rossini afirma: para ser músico, não basta mais alinhar as notas sobre uma pauta, de maneira a conservar a justeza das relações musicais: assim só se produz ruídos agradáveis; mas é o sentimento que nasce sob a pena do verdadeiro artista. É ele que canta, que chora, que ri. Mas para dar alma à música, para fazê-la chorar, rir, uivar, é preciso em si mesmo ter sentido estes diferentes sentimentos de dores, de alegrias, de cólera.
E Kardec, com toda sua lucidez, também na Revista Espírita, exemplar de setembro de 1864, nos traz essa importante revelação: A música comove as fibras entorpecidas da sensibilidade e as predispõe a receber as impressões morais. A música amolece a alma – é poderosa auxiliar de moralização.
Nesta altura, como poderíamos esquecer os grandes nomes da música nacional e internacional? Vozes inesquecíveis, melodias extraordinárias, compositores, autores, intérpretes, conjuntos, maestros, letras e apresentações que marcaram época e conquistaram memórias em todos os tempos, em composições inesquecíveis e belíssimas.
Neste ponto, podemos buscar a questão 251 de O Livro dos EspíritosOs Espíritos são sensíveis à música? E a resposta: Queres falar da vossa música? O que ela é diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.
Tudo isso para pensarmos no esforço da espiritualidade em despertar nossa sensibilidade. Seja através da música religiosa – em corais, conjuntos ou valores individuais’ –, de qualquer denominação, seja pelas canções que marcam as crianças para sempre ou pelas melodias dos grandes gênios musicais de nossa história... Ou mesmo, e por que não, nas músicas contemporâneas e fruto do regionalismo, em todo o planeta?
É que a música é também um dos instrumentos de despertamento da sensibilidade humana. Existem vários, como a dor através da expiação; as provas através dos obstáculos; a fé como virtude, entre tantos outros. E entre eles, a música, para elevar nosso padrão vibratório e nos convidar a pensar na grandeza de Deus.
Ponderemos que estamos num mundo de provas e expiações, onde ainda há império do mal. E se, num plano de provas e expiações, já temos os sons magníficos da natureza, a voz humana que sensibiliza nos esforços e combinações vocais, e a presença das belas músicas que nos ajudam a viver com mais harmonia, podemos imaginar o que nos aguarda para o futuro?
Selecionemos, pois, as belas conquistas que já possuímos no campo desta arte maravilhosa que é a música, para elevarmos o padrão espiritual de nossos ambientes. Deixemo-nos comover pela mensagem que trazem; reflitamos nas motivações que ensejaram a concepção dessas peças que verdadeiramente nos comovem pela beleza e sublimidade. E, obviamente, prestemos também mais atenção no canto dos pássaros; no latido dos cães e sons característicos de outros animais; nos sons naturais de trovoadas, chuvas e ventos e mesmo na variedade das vozes humanas, para percebermos o quanto o som influencia nossa harmonia ou desarmonia interior. É, como em tudo, uma questão de seleção e afinidades. Aprendamos, pois, a selecionar...
*Gioacchino Antonio Rossini - Compositor italiano – 29-11-1792 – 13-11-1868
Nota do autor: As transcrições efetuadas nesta matéria foram de edições do Instituto de Difusão Espírita, com tradução de Salvador Gentille.
Matéria publicada originariamente na REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO, edição de dezembro de 2004.
Fonte:http://www.espirito.org.br/portal/artigos/orson/efeitos-da-musica.html

A musica no Mundo Espiritual(Vídeo)



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