Dor na relação sexual NÃO é normal
Ela não deve(ria) ocorrer. Mas se aparecer, é preciso avaliar se é de fundo psicológico ou consequência de alguma doença física
Dispareunia, como é legalmente conhecida a dor no sexo, é mais comum do que se imagina. Mas isso não significa que seja normal.
Quer dizer, é aceitável que as primeiras relações sexuais sejam um pouco mais dolorosas para a mulher pois, além da ansiedade, são somados o medo de engravidar e a insegurança com a própria imagem.
Mas passada essa fase e se instalando uma regularidade na vida sexual, as dores não devem mais existir. Se ocorrerem, podem ser reflexo de diferentes motivos, desde problemas físicos até transtornos psicológicos.
As dores podem variar de mulher para mulher, em graus diferentes, mas diferenciam-se basicamente em dois tipos:
Para que a dispareunia seja diagnosticada e tratada corretamente, o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato recomenda que a mulher procure, primeiramente, um ginecologista para verificar possíveis doenças físicas que podem causar a dor.
Ele é quem fará uma avaliação adequada e vai definir o melhor tratamento. Só depois é que se deve partir para uma investigação psicológica.
"A mulher nunca deve ficar achando que é apenas uma questão emocional pois, assim, pode estar retardando um diagnóstico importante que pode vir até implicar sua capacidade reprodutiva, uma vez que algumas doenças venéreas podem ser causa de dispareunia e levarem a mulher a ficar estéril, como a clamídia", pontua o especialista.
Para se ter uma ideia, esse tipo de distúrbio afeta 20% das mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos, e 40% das que estão na meia-idade, entre 40 e 45 anos, como relatado numa pesquisa realizada pela revista Menopause, em 2008.
Isso acontece, muitas vezes, devido à menopausa, já que ocorre a diminuição de estrogênio, hormônio feminino que, entre muitas funções, mantém os tecidos úmidos e saudáveis. Ou seja, a dor é provocada pela secura vaginal.
"Também é bem comum acontecer em mulheres que foram submetidas a episiotomia no parto, que é quando é feita uma incisão cirúrgica entre a vagina e o ânus para facilitar o nascimento do bebê. Nesses casos, as dores durante o coito se devem à cicatrização do períneo", explica o profissional.
Mas não é só isso. As causas da dispareunia podem ir bem mais longe, como lista Jurandir Passos, ginecologista do Delboni Medicina Diagnóstica:
Maria Flor, 32 anos, conta que sempre sentiu dor durante a relação, mas nunca buscou auxílio por vergonha.
"Aos 27 anos, meu namorado, hoje marido, me encorajou a procurar ajuda. Após alguns exames, a ginecologista concluiu que eu não tinha lubrificação e que bastava aplicar uma pomada lubrificadora durante a relação, para que tudo voltasse ao normal, inclusive o meu prazer”, lembra-se.
Já as causas psicológicas estão relacionadas à falta de excitação, pouca lubrificação vaginal ou mesmo distúrbios ocasionados por histórico de abuso sexual ou medo de engravidar.
(Foto: Getty Images)
Fonte:http://disneybabble.uol.com.br/br/saude-e-bem-estar/dor-na-relacao-sexual-nao-e-normal
Mas passada essa fase e se instalando uma regularidade na vida sexual, as dores não devem mais existir. Se ocorrerem, podem ser reflexo de diferentes motivos, desde problemas físicos até transtornos psicológicos.
As dores podem variar de mulher para mulher, em graus diferentes, mas diferenciam-se basicamente em dois tipos:
- de penetração, ou seja, a que ocorre no momento da penetração vaginal pelo pênis e desaparece ao término da relação;
- profunda, com intensidade variável, que piora durante o ato sexual e pode perdurar até o dia seguinte.
Para que a dispareunia seja diagnosticada e tratada corretamente, o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato recomenda que a mulher procure, primeiramente, um ginecologista para verificar possíveis doenças físicas que podem causar a dor.
Ele é quem fará uma avaliação adequada e vai definir o melhor tratamento. Só depois é que se deve partir para uma investigação psicológica.
"A mulher nunca deve ficar achando que é apenas uma questão emocional pois, assim, pode estar retardando um diagnóstico importante que pode vir até implicar sua capacidade reprodutiva, uma vez que algumas doenças venéreas podem ser causa de dispareunia e levarem a mulher a ficar estéril, como a clamídia", pontua o especialista.
Para se ter uma ideia, esse tipo de distúrbio afeta 20% das mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos, e 40% das que estão na meia-idade, entre 40 e 45 anos, como relatado numa pesquisa realizada pela revista Menopause, em 2008.
Isso acontece, muitas vezes, devido à menopausa, já que ocorre a diminuição de estrogênio, hormônio feminino que, entre muitas funções, mantém os tecidos úmidos e saudáveis. Ou seja, a dor é provocada pela secura vaginal.
"Também é bem comum acontecer em mulheres que foram submetidas a episiotomia no parto, que é quando é feita uma incisão cirúrgica entre a vagina e o ânus para facilitar o nascimento do bebê. Nesses casos, as dores durante o coito se devem à cicatrização do períneo", explica o profissional.
Mas não é só isso. As causas da dispareunia podem ir bem mais longe, como lista Jurandir Passos, ginecologista do Delboni Medicina Diagnóstica:
- Assoalho pélvico que já não é tão elástico e dilatável
- Má contração involuntária da musculatura do introito (extremidade interior) vaginal
- Falta de lubrificação
- Hímen hipertrofiado
- Vestibulite vulvar (dor crônica na área da vulva)
- Cistos no ovário
- Endometriose
- Infecção urinária
- Distúrbios de abertura vaginal
- Irritação nos lábios da vagina
- Atrofia vaginal
- Cicatrizes e ferimentos
- Reações alérgicas ao látex do preservativo
- Câncer de vulva
Maria Flor, 32 anos, conta que sempre sentiu dor durante a relação, mas nunca buscou auxílio por vergonha.
"Aos 27 anos, meu namorado, hoje marido, me encorajou a procurar ajuda. Após alguns exames, a ginecologista concluiu que eu não tinha lubrificação e que bastava aplicar uma pomada lubrificadora durante a relação, para que tudo voltasse ao normal, inclusive o meu prazer”, lembra-se.
Já as causas psicológicas estão relacionadas à falta de excitação, pouca lubrificação vaginal ou mesmo distúrbios ocasionados por histórico de abuso sexual ou medo de engravidar.
(Foto: Getty Images)
Fonte:http://disneybabble.uol.com.br/br/saude-e-bem-estar/dor-na-relacao-sexual-nao-e-normal
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