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Reflexões depois da Tour Común Tierra pela Europa
Amigos e Família do mundo!
Já estamos aterrissados na América Latina, depois de quase quatro meses em turnê visitando projetos e comunidades sustentáveis na Europa. Foi uma linda experiência, onde compartilhamos muito, e estamos felizes por estar de volta na nossa casa móvel Minhoca, trabalhando em nossa Abya Ayala, em rota para o sul da Argentina.
Os pontos altos do tour Común Tierra na Europa foram muitos e incluem a participação na Conferência GEN-Europa 2014 (Zegg, Alemanha), Curso de Dragon Dreaming - Sieben Linden (Alemanha), Curso de Desenho de Ecovilas - Damanhur (Itália), Reunião da Rede Ibérica de Ecovilas, Incubadora de Ecovilas (Espanha), além do New Story Summit (Cúpula da Nova História) em Findhorn (Escócia).
Conferência Rede Ecovilas (GEN) Europa, Comunidade Zegg
Outros grandes momentos foram as noites de Eco Cine Común Tierra, que passaram na Ecovila Sieben Linden (Alemanha); no Café Cairo (Londres), Ecovila Damanhur (Itália), Encontro RIE (Espanha), na cidade de Barcelona, e na Ecovila Tamera, (Portugal). Compartilhamos histórias e experiências de nossa viagem na América Latina, trazendo exemplos e práticas do que vivemos aqui. Houve muito interesse e curiosidade sobre esta região do mundo!
Eco-Cine Común Tierra em Barcelona
Em todos esses momentos, nos encontramos no papel de Chasqui, de mensageiros, entregando e levando informações, articulando contatos e projetos para continuar polinizando as Redes de Ecovilas e iniciativas que caminham rumo a uma vida digna, saudável e sustentável. Em todos os lugares que passamos, as pessoas nos receberam com muito carinho. Nosso link e trabalho com as Redes de Ecovilas GEN e a CASA foi fundamental para todo o processo. Podemos realmente dizer que a família é global e o caminho é paralelo!
REFLEXÕES SOBRE AS ECOVILAS EUROPÉIAS E LATINAS
Ao nosso ver com Común Tierra, o Movimento Ecovilas na Europa tem várias características distintas do movimento na América Latina, e outras semelhantes. Na Europa, existem várias Ecovilas que têm 40-50 anos ou mais. Por ter raízes mais antigas, além de uma disponibilidade de recursos e apoio institucional maior, têm exemplos vivos de Ecovilas muito estabelecidas, bastante desenvolvidas na sua complexidade, e também numa escala maior do que nós vemos na América Latina.
Findhorn, Escócia
Esses projetos têm experimentado muito na convivência social usando várias técnicas de harmonização social, resolução de conflitos, estruturas de governança, que são muito válidos para ensinar. Durante nossas visitas, pudemos receber (e também oferecer) treinamento em práticas como: Dragon Dreaming, Sociocracia, Fórum, Processos de Toma de Decisão, Facilitações de Grupo, Open Space, World Café e Constelações.
Casa de fardos de palha, Sieben Linden, Alemanha
Na área econômica, também aprendemos muitas técnicas dos projetos, especialmente durante nosso mês em Damanhur, Itália: Aprofundamos em economias locais, Bancos Comunitários, moedas próprias, Blue Economy, etc. Aprendemos de um kit de ferramentas de um projeto com 40 anos de trabalho e 600 residentes!
Crédito, a moeda local de Damanhur
Vemos que as experiências sociais, econômicas e de visão de mundo desse projetos são muito valiosas. E é importante trazer para a mesa aqui na América Latina, para complementar nossas experiências existentes.
Por outro lado, vemos que a América Latina também tem várias características muito positivas para ensinar ao movimento de Ecovilas no mundo. A Permacultura e técnicas ecológicas de baixo custo e alto impacto são bem desenvolvidas aqui. Há velhos e bem montados projetos e cada vez mais informação e círculos de apoio, além de conteúdos na web fazendo com que isso se multiplique muito rápido.
Projeto El Manzano, Chile
Outra questão é a riqueza dos povos nativos e conhecimento ancestral ainda presentes em partes da cultura e acessíveis para aprender. Isso vai desde práticas espirituais, a forma de cultivo e cuidados com as sementes, até o conhecimento e uso de plantas medicinais. É uma bênção ter essas culturas presentes e vivas! Importante seguir aprendendo, apoiando e cooperando com nossos povos indígenas. A relação positiva entre projetos e povos tradicionais sempre gera uma grande cura em muitos níveis.
Também destacamos a criatividade, a diversidade, e a capacidade de inventar e criar com qualquer coisa! Utilizando materiais reciclados ou materiais acessíveis para construir projetos: com eficiência, qualidade e baixas pegadas de carbono. Fazendo coisas lindas e eficientes com muito pouco!
Troca de Sementes, Común Tierra e Tacotal, Costa Rica
Em suma, vemos que em vários projetos na América Latina, ainda se sabe como viver com menos, uma vida mais simples, mas essencial. A qualidade de vida pode ser muito alta, sem uma grande pegada ecológica, coisa que Continentes mais desenvolvidos como a Europa têm muito a aprender (ou desaprender) ainda.
No final da viagem, vemos que sim, podemos estudar e aprender as técnicas, ferramentas, métodos de outros lugares. Mas o mais bacana de partilhar é tecido de relações que resulta e nos sustenta quando nos reconhecemos no outro um irmão, caminhando juntos, de forma paralela.
Grupo Internacional na Semana de Introdução, Ecovila Tamera
Agradecemos muito aos projetos e amigos do velho Continente que nos receberam de coração aberto. E o fundamental apoio de: Findhorn Foundation, Damanhur Federação de Comunidades, GEN Europa, Dragon Dreaming, Sieben Linden e CASA. Seguimos rota para o sul... e em contato!
Com alegria,
Ryan e Letícia
Ryan e Letícia
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Fonte:http://www.comuntierra.org/site/blog_post.php?idPost=211
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