O Segredo da Paixão Eterna
O segredo da paixão eterna é a ativação
de um circuito na área tegmentar ventral, uma região do mesencéfalo, no meio da
cabeça. Certo, não soa nem um pouco romântico, mas essa descoberta de
cientistas de duas universidades americanas, noticiada na semana passada, pode
ajudar a entender por que alguns relacionamentos duram tanto e outros tão
pouco. A área tegmentar ventral é acionada quando algo nos dá prazer. Os
pesquisadores das universidades Rutgers e Stony Brook, nos Estados Unidos,
detectaram em imagens computadorizadas um pequeno ponto de luz, indicador desse
circuito cerebral em atividade, nas pessoas que têm relacionamentos estáveis há
pelo menos duas décadas. Pode ser a prova de que não é uma ilusão a paixão que
permanece tão intensa quanto no primeiro dia.
“O contexto do início ajudou muito.
Jovens, belos,
isolados no Xingu, nadando seminus
em rios límpidos.
Éramos pura sensação, todos os
sentidos aguçados
no meio do nada, longe da cidade e
do barulho.
A química foi perfeita, o desejo
irrefreável,
aquela coisa que sai faísca. Mas o
melhor
é dizer que até hoje somos assim.
Respeitamos a individualidade do
outro,
mas sentimos muita saudade quando
um trabalho nos separa. Trocamos
e-mails, pegamos avião para passar
um tempo mínimo com o outro.
O Ri é muito generoso, o tipo de
homem
doador. Cada reação dele diante
de coisas grandes ou pequenas
é coerente, é bonita. E temos
muito tesão, sem o qual nada pode
seguir adiante”.
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“É difícil falar do que mais gosto
em uma mulher tão
linda como a que eu tenho. Dá para
dizer ‘tudo’?
Na primeira vez que bati o olho,
pensei, impressionado,
o que qualquer homem pensaria em
relação a ela.
Adoro os olhos, a boca, as pernas,
os pés,
o jeito como ela se mexe. A lista é
enorme!
Mas o melhor é que não é só isso.
Atrás daquilo tudo havia uma mulher
inteligentíssima, brilhante,
apaixonada
pela vida. O começo é importante,
mas
para que dê certo as pessoas
precisam
querer continuar acertando. Não
existe
um segredo. As pessoas são
diferentes
e a interação delas também.
O Universo conspira, mas precisamos
fazer a nossa parte”
|
Casais de longa
data que se dizem tão apaixonados quanto no primeiro encontro não estariam,
portanto, se iludindo, como apregoam os céticos e os de coração calejado – ou
cérebro desligado. Os pesquisadores compararam o cérebro de 17 homens e
mulheres que relatavam sentir uma paixão intensa pelos companheiros de décadas
com os de namorados há menos de um ano juntos. Um equipamento de ressonância
magnética mostrou que, ao verem fotos do parceiro, os cérebros dos apaixonados
veteranos reagiram da mesma maneira que os dos namorados recentes: a tal “área
tegmentar ventral” foi ativada.
“Nós ainda não temos certeza quanto aos
fatores que fazem a paixão durar tanto tempo em alguns casais”, diz o psicólogo
Arthur Aron, um dos coordenadores do estudo. Mas há suspeitas de que esses
motivos sejam mais uma questão de “quem” em vez de “o quê”. “É preciso escolher
a pessoa certa para que a paixão seja duradoura”, diz a antropóloga Helen
Fisher, outra coautora do estudo e uma das mais respeitadas especialistas nas
transformações cerebrais causadas pela paixão.
Os avanços da ciência nos últimos anos
podem ajudar na busca pelo parceiro ideal? Ao que tudo indica, sim. As técnicas
de mapeamento do cérebro já conseguem mostrar o que acontece com ele quando
estamos apaixonados. E a genética está ajudando a explicar por que nos sentimos
atraídos por determinadas pessoas e por que outras que teriam tudo para nos
atrair se tornarão, no máximo, bons amigos. Já são vendidos testes genéticos
com a promessa de unir casais que teriam literalmente nascido um para o outro.
Pode ser um pouco precipitado, considerando o estágio atual das pesquisas. Mas
até que ponto a ciência pode determinar por quem nos apaixonamos? Os sintomas
clássicos do surgimento da paixão – o frio no estômago e as mãos suando –
poderiam ser trocados por um impessoal exame de laboratório?
Fonte:http://www.imagick.com.br/?p=17483
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