FOTOGRAFIA KIRLIAN OU BIOELETROGRAFIA

Fotografia Kirlian (ou Bioeletrografia)

COMPILADO  POR  CARLOS ASSIS
 Por Rubellus Petrinus
A Fotografia Kirlian foi descoberta por Semyon Davidovitch Kirlian. Semyon Kirlian, como é conhecido, nasceu em 25 de fevereiro de 1898, na cidade de Krasnodar, no Sul da Rússia. Semyon Kirlian pode ter sido inspirado e ter tomado interesse no estudo do invulgar e natural fenômeno por Nikola Tesla, que visitou Yekaterinodar antes da revolução de 1917, onde deu uma conferência. Semyon Kirlian assistiu a essa conferência e ficou muito impressionado.
 Semyon Kirlian usou as experiências e erros para verificar a correção das suas idéias, e seu obstinado e laborioso método de trabalho, provou sucesso com a criação de um aparelho para fotografia e observação visual por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente.
A sua esposa e camarada, Valentina Chrisanfovka, foi educada em humanísticas e trabalhou como assistente literária para um comitê de uma rádio local.
Depois do seu casamento com Semyon Kirlian, em 1930, Valentina Kirlian, também de natureza criativa, tomava parte nas investigações do seu marido e, gradualmente, começou a ler literatura específica. Marido e mulher diferiam nos seus confrontos no estudo do fenômeno natural, mas estas diferenças uniam-nos mais que separava.
Semyon Kirlian estava mais interessado em matérias técnicas, tais como equipamentos ou investigando as características de condutores elétricos (metais) e não condutores elétricos (não metais). Valentina Kirlian, por outro lado, era mais preocupada com o estudo dos processos da vida.
Em 1939, reparando um equipamento de medicina, utilizado no tratamento de Arsonval, Kirlian descobriu que em uma descarga elétrica entre um elétrodo vitrificado e partículas de pele humana, esta última mudou de cor. Tentando descobrir a causa disto, fotografou a descarga elétrica sem o uso de uma máquina fotográfica, isto é, expondo diretamente o filme fotográfico.
Esta experiência levou-o à invenção de um sistema para fotografia por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente.
Durante dez anos de trabalho, em sua casa e na oficina, onde reparava equipamento de medicina e outros tipos de equipamentos elétricos, Semyon e Valentina Kirlian obtiveram, repetidamente, sucesso, fotografando por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente.
Eles montaram um aparelho simples, não padronizado, e, em 1949, receberam um certificado de autor (patente soviética) por “Um método de fotografar por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente”.
O seu aparelho simples e o método produziam fotografias por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente, de qualidade nunca conseguida pelos seus antecessores.
Semyon e Valentina Kirlian, conseqüentemente, receberam centenas de cartas de cientistas e de instituições de todas as partes da União Soviética.
SEMYON KIRLIAN
          A Fotografia Kirlian, como passou a ser chamada, são imagens eletrônicas, mais precisamente, imagens criadas por “emissão fria de elétrons”. O método Kirlian permite registrar não só os diversos estados biológicos de plantas e animais, mas também o estado psíquico dos seres humanos.
Isto produziria resultados, por exemplo, em áreas como o estudo do fenômeno parapsicológico, onde os tradicionais métodos de investigação, muitas das vezes, tinham sido impotentes.
As dificuldades encontradas no estudo do efeito Kirlian não são somente limitadas ao fenômeno eletrônico. Semyon e Valentina Kirlian deram grande importância ao fenômeno de ressonância na fotografia por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente.
O “fantasma” da folha, no qual Semyon Kirlian recusou acreditar, está também ligado ao fenômeno de ressonância.
Victor Adamenko, seu assistente, descobriu o efeito “fantasma” da folha, em 1966, e Valentina Kirlian felicitou-o pela descoberta do novo fenômeno, mas Semyon Kirlian recusou-se, terminantemente, a acreditar na realidade da fotografia.
Foi somente no último ano que começou a inclinar-se para a idéia de que o “fantasma” da folha era uma realidade e Victor Adamenko teve uma conversa com ele sobre este assunto.
Em 1962, com o apoio de Valentina Kirlian, venceu o cepticismo de Semyon Kirlian sobre o estudo do fenômeno psíquico e só, em 1967, Semyon e Valentina Kirlian examinaram as mãos do curandeiro Alekxei Kivorotov, empregando o seu método. Este foi o primeiro objetivo de investigação da cura psíquica na antiga União Soviética.
Na União Soviética o efeito Kirlian foi sendo estudado, individualmente, por uma variedade de cientistas e grupos de investigadores, não ainda reunidos em nenhuma organização.
Várias centenas de entusiastas, desde estudantes do ensino superior a professores, estão agora estudando Fotografia Kirlian na antiga União Soviética.
Uma associação internacional de estudo do Efeito Kirlian uniu muitos cientistas de diferentes países, e o vasto desenvolvimento deste novo ramo da Ciência, que poderá levar a uma mudança da maneira de ver o mundo e nós próprios, seria um apropriado memorial para aqueles humildes, mas perseverantes exploradores do desconhecido mundo extra-sensorial, chamados Semyon e Valentina Kirlian.
Extraído de “Memories of Semyon Kirlian” by Dr. Victor G. Adamenko, Ph. D.,
International Journal of Paraphysics, vol. 13, 1979.
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           O que é, então, a Fotografia Kirlian? Sob o ponto de vista técnico, a Fotografia Kirlian é a impressão em filme fotográfico preto e branco ou colorido, ou ainda, diretamente sobre papel fotográfico preto e branco, do efeito de “corona” produzido por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente, aplicada no objeto a ser fotografado, através de uma placa metálica (eletrodo) com isolamento (dielétrico) em sua face superior (P).
Atualmente, sabe-se que todos os organismos vivos possuem campos elétricos e, por conseqüência, campos eletromagnéticos de natureza muito complexa. Todos os processos biológicos correspondem a ações eletromagnéticas recíprocas.
Se o campo bioenergético do objeto fotografado estiver alterado, o efeito de “corona” manifesta no filme fotográfico essa alteração da configuração da “corona”. Assim sendo, fotografando esse efeito quer em plantas ou em seres humanos, pode verificar-se qualquer alteração existente no seu campo bioenergético.
No ser humano, fotografando-se o efeito de “corona” nos dedos dos pés e das mãos, ao nível dos respectivos pontos terminal de acupuntura, pode-se ver se existe neles alguma alteração bioenergética.
Isto é o que, atualmente, se faz ao nível de Fotografia Kirlian, com vista ao diagnóstico de doenças, que mais adiante explicaremos.
Mas voltemos umas dezenas de anos atrás. Tivemos pela primeira vez conhecimento da Fotografia Kirlian, ainda estávamos em Angola, por intermédio de um grande amigo que, como nós, era técnico de telecomunicações. Tínhamos alguns interesses comuns. Ambos éramos radioamadores, fazíamos caça submarina juntos e, inclusive, construímos equipamento eletrônico para escuta dos primeiros satélites artificiais americanos como o Echo I, do qual ainda possuímos, como recordação, uma fita magnética, com a gravação dos sinais emitidos por ele na sua passagem pelo céu de Angola.
Infelizmente, o nosso amigo já não se encontra no mundo dos vivos, porque foi bárbara e traiçoeiramente morto a golpes de facão, sem razão aparente, que não fosse uma vingança racial.
Este nosso amigo, como tinha muitos contatos internacionais, deve ter sabido algo sobre a existência da Fotografia Kirlian e, construiu um Gerador Tesla para fazer experiências. Solicitamos-lhe o diagrama eletrônico e nós construímos também um gerador idêntico que, ainda, guardamos como recordação.
Naquela ocasião e para mais em África, não possuíamos a informação técnica necessária que nos permitisse avaliar, por meio das fotografias Kirlian, o diagnóstico que hoje se faz, mas nem por isso deixamos de fazer experiências muito interessantes.
Para aqueles que não sabem o que é um Gerador Tesla, diremos que ele é constituído, fundamentalmente, por um transformador de alta tensão de 1.000 volts ou mais (T1), uma bobina primária com cerca de 10 espiras, confeccionada com fio grosso isolado (L1), outra bobina secundária, maior que a primária, com milhares de espiras de fio muito fino esmaltado (L2), um condensador de mica de 0.001μf, isolado a 5.000 volts (C), um faiscador e uma placa metálica (eletrodo) com isolamento (dielétrico) em sua face superior (P).
A intensidade da “corona” está em relação direta com a tensão aplicada e a qualidade e espessura do material isolante (dielétrico) colocado na face superior da placa metálica (eletrodo), a fim de diminuir a sensação de formigamento pelo contato com a corrente elétrica.
Na ilustração abaixo podemos ver o referido gerador construído por nós, há mais de 30 anos, com o qual fizemos as primeiras fotografias Kirlian que vos iremos mostrar mais adiante.
GERADOR TESLA
          Muita gente confunde o efeito de “corona” com a “aura”, tal como ela é referida por muitos autores místicos, e até de uma maneira mais científica pelo Dr. Walter J. Kilner, no seu livro The Human Aura, The Citadel Press, Secaucus, New Jersey, USA.
A Fotografia Kirlian, como dissemos, é produzida por meio de uma descarga elétrica de alta tensão, com alta freqüência e baixa corrente, sendo esta última de apenas uns microamperes. O Gerador Tesla, mostrado na ilustração acima, gera cerca de 100.000 volts.
Para fazer Fotografia Kirlian o operador e o objeto a ser fotografado têm de estar numa câmara escura, iluminada apenas por uma luz vermelha adequada, para não velar o filme fotográfico que, neste caso, deverá ser, obrigatoriamente, em preto e branco (ortocromático).
O filme fotográfico é colocado sobre a placa metálica (eletrodo), que deve ser revestida com um material isolante (dielétrico), do tipo vidro de janela, sob o objeto a ser fotografado. Seguidamente, liga-se o gerador, e se não estiver nada sobre a placa metálica (eletrodo) vê-se um fluxo enorme de faíscas muito finas que saem do topo da bobine para o centro, produzindo um cheiro muito acentuado de ozônio.
Se colocardes um objeto sobre a placa metálica (eletrodo) como, por exemplo, uma folha de vegetal ou os dedos das mãos, verificareis o aparecimento de uma “corona” de faíscas azuis, à volta do objeto. Esta luminosidade irá impressionar o filme fotográfico, que depois de exposto durante um determinado tempo, será revelado de imediato. Só depois de fixado, o filme fotográfico poderá ser exposto à luz ambiente, caso contrário, ficará velado.
No laboratório fotográfico devereis colocar tudo facilmente ao vosso alcance, tais como os recipientes contendo o revelador, a água e o fixador, pois com uma luz vermelho-escuro, a visibilidade no ambiente não é a melhor. Nunca retireis mais que um filme fotográfico da embalagem, no caso de estares utilizando um filme fotográfico plano (chapas), e voltai a fechá-la de imediato, porque se vos esquecerdes de a fechar, quando acenderes a luz branca velareis todo o vosso material fotográfico. Normalmente, o lado do filme fotográfico menos brilhante é a parte sensível, que deverá ficar virada para cima, em contato direto com o objeto.
Depois do filme impressionado e revelado, podereis passá-lo para positivo em papel fotográfico, onde o que no filme fotográfico se vê em preto, no papel ficará em branco, e vice-e-versa. Esta operação, para fins de diagnóstico, não é necessária.
Tendo montado o Gerador Tesla e, como fotógrafo amador, tínhamos por isso todo o material disponível à mão. Começamos de imediato as nossas experiências, nesse fascinante e desconhecido campo. Estávamos ansiosos por ver a tal “aura” de que tanto ouvíramos falar e líamos nos nossos livros sobre parapsicologia.
O primeiro objeto que nos ocorreu fotografar foi uma lâmina de barbear, a qual, anteriormente, tínhamos utilizado em experiências com uma pirâmide feita de “fibra-de-vidro”, pois sendo um objeto inanimado, teria, inevitavelmente, uma “aura” (corona) característica.
Depois de a submetermos durante uns breves segundos à descarga elétrica, revelamos de imediato o filme fotográfico, o qual, ainda molhado, trouxemos para o exterior da câmara escura, improvisada no banheiro.
FOTOGRAFIA KIRLIAN DA LÂMINA DE BARBEAR
          Ficamos um pouco decepcionados porque talvez esperássemos mais. Via-se, nitidamente, o campo energético à volta da lâmina de barbear, mas nada nos dizia; era apenas interessante.
Pensamos noutro objeto que tivesse energia e, por isso, a “corona” talvez fosse diferente.
Para isso, como técnico, ocorreu-nos, imediatamente, à mente, um imã permanente. Encontramos, em nossa sucata de peças, um pequeno imã permanente, do tipo ferradura, que nos pareceu o ideal para a experiência.
Fomos de imediato para a improvisada câmara escura e fotografamos o imã. Revelado e fixado o filme fotográfico, em menos de 15 minutos estávamos cá fora, a observar os resultados.
Oh! Decepção das decepções! Toda a gente sabe que entre os pólos de um imã em ferradura existe um forte campo magnético, podendo ser observada a sua configuração colocando-se o imã por baixo de uma folha de cartão, e nela sendo espalhada limalha fina de ferro.
FOTOGRAFIA KIRLIAN DOS PÓLOS DO ÍMÃ EM FERRADURA
          Eram essas linhas de força magnética que nós contávamos ver na fotografia, afinal não eram energia? Mas não, tal como na lâmina de barbear, só se via uma “corona” luminosa envolvendo os pólos do imã, não se tocando, embora muito mais intensa do que na lâmina de barbear, dada a sua menor superfície. Então, onde estava o campo magnético? Deveria ser imune à radiação e, por isso, não era mostrado na fotografia.
Uma vez que a “corona” nos pólos do imã era individual em cada um, ocorreu-nos fotografar duas moedas de metais diferentes. Uma menor de bronze e uma maior de uma liga de níquel e prata. Dois metais, um mais eletronegativo em relação ao outro.
FOTOGRAFIA KIRLIAN DE DUAS MOEDAS
          Nova decepção! Via-se, nitidamente, a cunhagem das moedas, mas as respectivas “coronas” mantinham a mesma uniformidade nas duas, apenas com uma pequena diferença. Como as moedas tinham ficado quase juntas, as respectivas “coronas” repeliam-se. Por que?
Até agora só tínhamos fotografado objetos inanimados. Por isso, o passo seguinte, seria fotografar algo com vida. Deveríamos começar pelo reino vegetal e, só depois, fotografaríamos o reino animal.
Infelizmente, em Angola, não pudemos prosseguir com as nossas experiências, porque, na ocasião, deu-se a dita “descolonização” e tivemos de enviar às pressas para o nosso país de origem, Portugal, tudo o que pudemos, inclusive o Gerador Tesla, que não seria de qualquer utilidade para aquela gente, a não ser, para com o seu suporte em madeira, alimentar uma fogueira.
O nosso querido amigo teve menos sorte do que nós, porque além de todos os seus haveres e equipamento técnico, deixou lá, também, a sua vida!
De regresso a Portugal, estivemos alguns anos sem nos podermos debruçar sobre Fotografia Kirlian, enquanto não conseguimos estabilidade econômica.
Trabalhávamos numa empresa de telecomunicações em meio-expediente, porque fomos, praticamente, obrigados a aposentar-nos das funções que exercíamos em Angola para o Estado Português.
Entretanto, conhecemos outras pessoas com interesses comuns, com as quais trocávamos impressões, freqüentemente. Além disso, como entusiasta pela parapsicologia e tudo quanto se relacionasse com as energias sutis, mandamos vir dos EUA, livros especializados no assunto, que nos permitiram aprofundar os conhecimentos sobre diversos temas, inclusive, na Fotografia Kirlian.
Para nos inteirarmos do que se fazia no mundo sobre Fotografia Kirlian, adquirimos alguns livros da especialidade, como por exemplo, The Kirlian Aura, Edited by Stanley Kripner and Daniel Rubin, Anchor Press/Doubleday, Garden City, New York, 1974, The Body Electric, Thelma Moss, Ph.D., J. P. Tarcher Inc., Los Angeles, 1979.
Em 1978, assinamos, também, uma revista da especialidade chamada IKA, The International Kirlian Research Association, publicada nos EUA, onde nos foi permitido conhecer diversas investigações feitas nesse campo, como adiante veremos.
Informações sobre o que se fazia na Rússia ou nos países “satélites” em Fotografia Kirlian era impossível obter, a não ser pela revista International Journal of Paraphysics, publicada na Inglaterra, que traduzia alguns textos que saiam para o exterior, trazidos por investigadores, autorizados a visitar algumas universidades, onde se procedia à investigação sobre Fotografia Kirlian.
Como tínhamos trazido de Angola o nosso Gerador Tesla, pudemos prosseguir, então, com as experiências, mas agora no reino vegetal.
Mesmo à frente da nossa residência existem algumas árvores da família dos choupos. Tiramos uma folha de uma delas e, de imediato, fizemos a primeira fotografia.
FOTOGRAFIAS KIRLIAN DE UMA FOLHA VEGETAL REGISTRADAS
EM TRÊS MOMENTOS DIFERENTES
          A primeira fotografia é de uma folha recentemente colhida. A “corona” é radiante, inclusive na aste.
Decorridas 12 horas, fizemos a segunda fotografia. A radiação é menor e já se vêem pontos de deterioração, principalmente onde foi aplicado o elétrodo para a fotografar. A “corona” é mais esmaecida, inclusive na azote.
Como estávamos no verão, pensamos que isto era devido à falta de umidade retida na folha. Para comprovar esta suposição, deixamos secar mais a folha, e depois colocamo-la dentro de água para a umedecer, convenientemente, convencidos de que iríamos obter uma fotografia pelo menos semelhante à segunda.
Como pudemos observar, não é a umidade que faz com que a “corona” seja brilhante, tal como a da primeira folha, mas sim, a bioenergia nela latente. A fotografia que podeis observar é apenas uma mancha branca, embora estivesse completamente umedecida.
Não restam dúvidas de que a “corona” é provocada pela bioenergia latente no reino vegetal. Depois desta experiência, repetimo-la, várias vezes, sempre com os mesmos resultados.
Tentamos, várias vezes, obter o tal “fantasma” de que Semyon Kirlian duvidara, e que foi depois conseguido pelo Dr. Victor Adamenko, como dissemos acima.
Experiências realizadas nos EUA, por Robert M. Wagner, da Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach, em 29 de abril de 1975, mostram o tal “efeito fantasma”, raramente obtido. O autor fez mais de 539 tentativas antes de conseguir a almejada fotografia!
FOTOGRAFIAS KIRLIAN DE UMA FOLHA VEGETAL REGISTRADAS
EM TRÊS MOMENTOS DIFERENTES
          A folha, recentemente colhida, foi exposta 0,7 segundos a uma tensão de 50kV a 330kHz. Estes parâmetros foram sempre os mesmos para cada fotografia.
A primeira fotografia foi feita com a folha recém colhida. Na segunda, a folha foi amputada e, como se pode observar, não se vê nenhum fantasma. Na terceira, a folha foi amputada, e depois colocada uma régua de fibra-de-vidro opaca, à frente da parte amputada. A folha inteira nunca tinha estado em contacto com o filme fotográfico, daí se exclui a hipótese de ela ter deixado alguns traços de umidade.
Pelo que nos foi dado verificar, não há duvida que se trata do verdadeiro “efeito fantasma”. Já vimos muitas fotografias cujos autores dizem ser do “fantasma” (ghost), mas são fraudes fáceis de detectar por quem conhece os princípios da Fotografia Kirlian.
Tentamos, várias vezes, fotografar folhas recentemente colhidas e amputadas, mas nunca tivemos a sorte de conseguir o “efeito fantasma”, como o que podemos observar na terceira fotografia.
O resultado que conseguimos foi sempre o da segunda. Verificamos, também, que é fácil fazer uma Fotografia Kirlian imitando o “efeito fantasma” (ghost). Para isso, basta expor, por uns breves instantes, uma folha inteira e, depois, amputar-lhe a ponta. Em seguida, expõe-se por mais tempo.
Esta fraude, muito vulgar, é fácil de se detectar por um “expert”, porque se nota, mesmo atenuada, a “corona” correspondente à parte cortada.
Depois de termos feito centenas de fotografias Kirlian em preto e branco de folhas, para ver se obtíamos o almejado “fantasma”, nunca o conseguimos. Em bem da verdade, também não tivemos a paciência de fazer tantas fotos como o autor americano, para o conseguir.
Era, então, a ocasião de começarmos a experimentar fotografar seres vivos, principalmente, o ser humano.
Tivemos conhecimento que houve investigadores que construíram geradores que permitiam fotografar o corpo humano inteiro. Isso estava fora do nosso alcance e, por isso, começamos por fotografar os dedos das mãos.
Fato curioso foi o que vimos numa revista especializada no assunto. Uma Fotografia Kirlian em preto e branco tirada quando um casal se beijava. A “corona” da fotografia dos dedos das mãos atraía-se. Experimentamos, vezes sem conta, fazer uma fotografia nessas condições, mas as “coronas”, tal como nos casos anteriores, repeliam-se, tal como podemos observar na fotografia seguinte.
FOTOGRAFIA KIRLIAN DE DOIS DEDOS DE UM CASAL COM AS “CORONAS” SE REPELINDO
          O Gerador Tesla não se mostrava muito prático para trabalhar, dado o seu tamanho. Como fabricávamos outros aparelhos, tais como de eletroacupuntura, biofeedback e outros, e dada a grande procura que havia de Máquinas Kirlian, que na ocasião eram importadas, decidimos fabricar um aparelho portátil, funcional, que permitisse fazer fotografias de qualidade a um preço razoável.
Vimos alguns projetos em revistas internacionais especializadas no assunto e decidimos construir um muito simples de operar, mas que tivesse características técnicas necessárias para fazer boas Fotografias Kirlian.
Entretanto, conhecemos alguns aparelhos que nos foram mostrados por alguns dos nossos clientes e, que tinham sido obtidos no estrangeiro. Um deles, caríssimo, feito por uma firma conceituada no campo da eletrônica para a aviação, e outros mais simples e, até de certa maneira “toscos”, eletronicamente.
Dada a nossa grande experiência nessa área da eletrônica, concebemos um aparelho simples, fácil de operar e resistente, como já era nosso hábito com os outros aparelhos.
GERADOR DE ALTA TENSÃO COM CONTROLES PARA FOTOGRAFIAS KIRLIAN
          Para nosso espanto lemos há pouco tempo numa URL internacional, em língua portuguesa, sobre Fotografia Kirlian, em que o autor dizia que havia três padrões de aparelhos. Um alemão, outro brasileiro e ainda outro italiano.
Francamente, não sabemos a que padrões o autor se refere, porque não existem padrões de espécie alguma. Os aparelhos trabalham todos baseados no mesmo princípio, uns mais elaborados que outros, conforme o conhecimento técnico de quem os projeta.
O aparelho que fabricamos, para maior simplicidade, tem apenas um parâmetro variável: o tempo de exposição. Os outros são todos fixos de acordo com a sua finalidade, para fotografia em preto e branco ou colorida.
Basicamente, o aparelho é um gerador de alta tensão de 6kV para Fotografia Kirlian colorida e 20kV para Fotografia Kirlian em preto e branco. A alta tensão e a freqüência são os parâmetros fixos, apenas o tempo de exposição, como é óbvio, terá de ser variável.
Tal como no antigo aparelho começamos por tirar uma Fotografia Kirlian de uma moeda e de um imã com filme colorido. O efeito é semelhante ao obtido com filme em preto e branco, só que, neste caso, se distinguem duas cores fundamentais, uma magenta e outra azul.
FOTOGRAFIAS KIRLIAN DE UMA MOEDA E DE UM ÍMÃ EM CORES
          Seguidamente, fizemos uma Fotografia Kirlian de um dedo das mãos. Repetia-se o mesmo efeito das cores.
No inicio, isto intrigou-nos, porque lemos num livro de um autor brasileiro que essas cores correspondiam: o azul ao Yin e o magenta ao Yang. Estranhamos a veracidade de tal afirmação, porque em qualquer objeto que se fotografasse com filme colorido, apareciam, invariavelmente, as mesmas cores básicas, e outras que mais adiante veremos.
FOTOGRAFIA KIRLIAN DE UM DEDO HUMANO
          Fizemos centenas de Fotografias Kirlian coloridas dos dedos das mãos, com vista a fazer um diagnóstico que nos permitisse dar um mínimo de credibilidade ao sistema que já era muito empregado em Portugal, importado do Brasil, mas que não nos satisfazia tecnicamente.
Lemos sobre alguns trabalhos de pesquisa, realizados no Brasil, nesse campo, mas também não nos satisfez, por não vermos neles um sistema tecnicamente confiável, e baseado em teorias aceitáveis nos meios médicos.
Os naturopatas que utilizavam filme colorido nas Fotografias Kirlian dos dedos das mãos para diagnóstico, faziam-no de forma “empírica”, e, por isso, não tinham credibilidade técnica nos meios médicos, dada a sua limitação de diagnóstico.
O que lemos sobre os trabalhos realizados no Brasil, limitava-se, na ocasião, a diagnósticos no campo da parapsicologia e da psicologia, por isso, era necessário um sistema de diagnóstico confiável, que, finalmente, encontramos num livro publicado na Europa pelo Dr. Peter Mandel,Energy Emission Analysis, New Application of Kirlian Photography for Holistic Healt, Synthesis Publishing Company Siegmar Gerken, Lutterbecks Busch 9, D-4300 Essen 1, W. Germany.
Este sistema de diagnóstico é, fundamentalmente, baseado na Acupuntura de Vol.
O LIVRO DE PETER MANDEL: “ENERGY EMISSION ANALYSIS”
          Como dissemos, anteriormente, o problema principal da Fotografia Kirlian é a sua interpretação.  Aqui sim, existem vários métodos de interpretação, mas o que nos pareceu mais confiável e que é, atualmente, mais praticado na Europa, é o método descrito pelo Dr. Peter Mandel, baseado nos pontos de acupuntura terminais dos pés e das mãos pelo sistema Vol. É, precisamente, este método que iremos ver, mostrando-vos as respectivas Fotografias Kirlian em alguns casos específicos.
É evidente que teremos de nos limitar apenas ao essencial, de forma que possais fazer apenas uma idéia do sistema de diagnóstico.
O livro é muito extenso, tem cerca de 200 páginas, e nem nos seria permitido fazer uma descrição, mesmo sumária, do sistema de diagnóstico. O Dr. Peter Mandel considera quatro tipos de fenômenos básicos, a saber: (1) emissão normal; (2) deficiência ou insuficiêncianum órgão ou sistema; (3) agressão num setor; ou (4) degeneração ou infecção ou intoxicação.
Para o ilustrar o autor valeu-se de uma topografia baseada na Acupuntura de Vol para cada dedo das mãos e dos pés. Para fazerdes uma idéia dessa topografia, representamos apenas a topografia que diz respeito ao dedo indicador da mão esquerda, que é igual ao da mão direita.
TOPOGRAFIA DO DEDO INDICADOR DA MÃO ESQUERDA BASEADA NA ACUPUNTURA DE VOL
          Cada dedo das mãos e dos pés tem uma topografia específica, que permite identificar, numa Fotografia Kirlian dos dedos, a zona respectiva com deficiência, nos órgãos correspondentes aos meridianos em questão.
Este sistema parece-nos racional e tem certa lógica, não se limitando à especulações mais ou menos dúbias, referidas noutros sistemas de análise, praticamente, empíricos.
O Dr. Peter Mandel não trabalha com Fotografia Kirlian colorida, porque no seu entender e, também no nosso, não é confiável. Verificamos, num laboratório fotográfico profissional, que as Fotografias Kirlian feitas com um filme fotográfico profissional da marca Agfa, o qual possui uma espessura maior do que a de um filme fotográfico comum, utilizado nas máquinas fotográficas usuais, as cores eram completamente diferentes, vendo-se apenas uma corona azulada.
FOTOGRAFIA KIRLIAN DE UM DEDO TIRADA COM UM FILME COLORIDO DE MAIOR ESPESSURA
          No início, fabricamos diversos geradores para Fotografia Kirlian colorida, porque o mercado o exigia, pela ausência de informação técnica do que se fazia na Europa e, baseado nos trabalhos feitos no Brasil, muito divulgados, nessa ocasião, em nosso país.
As quatro Fotografias Kirlian coloridas seguintes, bem como as em preto e branco, representam, na sua seqüência, os quatro fenômenos básicos: (1) emissão normal, (2) deficiência, (3) agressão e (4) degeneração.
                  (1) EMISSÃO NORMAL           (2) DEFICIÊNCIA                (3) AGRESSÃO              (4) DEGENERAÇÃO
Desde o momento em que os terapeutas portugueses foram tomando conhecimento do sistema do Dr. Peter Mandel, deram preferência à Fotografia Kirlian em preto e branco, não só pela sua simplicidade operativa, porque o trabalho de revelação pode ser feito logo a seguir à exposição, pelo próprio operador, numa pequena câmara escura, adjacente ao consultório, como também pela facilidade de fotografar, simultaneamente, todos os dedos de uma mão e do pé. Além disso, o diagnóstico por esse sistema é mais confiável e completo, porque há órgãos que só estão representados nos dedos dos pés.
                  (1) EMISSÃO NORMAL            (2) DEFICIÊNCIA                (3) AGRESSÃO            (4) DEGENERAÇÃO
Estas condições não são possíveis com a Fotografia Kirlian colorida, não só porque o sistema não se coaduna com isso, por ter sido projetado para fazer uma fotografia de cada vez dos dedos das mãos. Além disso, o filme fotográfico, depois de exposto, terá de ser entregue a um laboratório fotográfico profissional para o revelar.
Na nossa opinião de técnico com muita experiência neste sistema poderemos dizer-vos que o diagnóstico não é nada fácil. Exige muita prática e conhecimentos, inclusive do sistema de Acupuntura de Vol.
Por isso, sugerimos a todos aqueles que desejarem trabalhar neste campo, estudar profundamente o livro do Dr. Peter Mandel e, sobretudo, praticar muito.
Com tudo, os conselhos de um terapeuta experiente neste campo ser-vos-ão de grande utilidade.
TEXTO ESCRITO PELO PROFESSOR RUBELLUS PETRINUS

Extraído e adaptado do site http://pwp.netcabo.pt/r.petrinus/index.htm
pelo Professor Carlos Assis, em 15 de junho de 2008.
Fonte:https://piramidal.net/2012/08/22/fotografia-kirlian-ou-bioeletrografia/

Fotografia Kirlian
Fotografia Kirlian, “Kirliangrafia” ou, num termo mais moderno, bioeletrografia, é o método de fotografia descoberto pelo padre Landell de Moura em 1904. Sob a designação de “O Perianto“. Ele descrevia minuciosamente os efeitos electro-luminescentes do que muitos acreditam ser a aura humana, não podendo, contudo, seguir adiante nas suas pesquisas, encerrando-as em 1912, por questões doutrinárias da Igreja Católica, já que a técnica poderia revelar o que ele chamava de perianto, termo semelhante ao perispírito, usado pelos espíritas.
História
Em 1939, a técnica viria a ser conhecida, na União Soviética, sob a denominação de “efeito Kirlian“, em homenagem a Semyon Davidovich Kirlian, redescobridor da mesma. O método consiste em fotografar um objecto com uma chapa fotográfica, submetida a campos eléctricos de alta-voltagem e alta-frequência, porém baixa intensidade de corrente. O resultado é o aparecimento de uma aura, ou melhor, um “halo luminoso” em torno dos objectos, seja ele qual for, independente de ser orgânico ou inorgânico. A história da Kirliangrafia diz que o efeito foi redescoberto “acidentalmente”, não sendo resultado de nenhum tipo de pesquisa sistemática desenvolvida por Kirlian, que nem cientista era, e sim electricista, porém, várias experiências estavam a ser realizados na época, muitas das quais eram pesquisas sobre as influências dos campos eléctricos e electromagnéticos nos seres humanos e suas possíveis aplicabilidades práticas (possivelmente militares).
Desde que o assunto surgiu na antiga URSS, foram realizadas muitas pesquisas e ainda hoje não há evidências conclusivas de que o que é registado nas fotos tenha alguma utilidade na avaliação do estado emocional e de Saúde, ou no diagnóstico de doenças. No entanto, a utilização da fotografia Kirlian foi aprovada em 1999 pelo Ministério da Saúde da Federação Russa para uso como ferramenta auxiliar de diagnóstico médico, na sequência de um estudo realizado na Universidade Governamental de Medicina de São Petersburgo que sugere alterações significativas no padrão observado na bioelectrografia em portadores de asma antes e após tratamento, e correlação com o estado emocional dos mesmos. Existem actualmente diversas publicações científicas internacionais sobre o assunto, inclusive sobre diagnóstico de doenças, como o cancro.
Técnica
No procedimento para obter uma fotografia Kirlian, o objecto, como por exemplo uma folha ou a parte do corpo de uma pessoa (geralmente os dedos), é colocado próximo à emulsão fotográfica, em uma chapa isolante com um eléctrodo metálico por baixo, o qual está ligado ao aparelho de fotografia Kirlian que gera uma corrente eléctrica pulsante de alta frequência, baixa corrente e alta tensão (normalmente de cinco mil até vinte mil volts). Na foto obtida por este processo, aparece uma luminescência felpuda ao redor dos contornos dos objectos fotografados, resultantes da ionização dos gases que ali se encontram, onde fótons são produzidos e ali ficam registados.
Significado
As fotografias Kirlian registam a passagem de correntes pela resistência eléctrica da superfície dos materiais, biológicos ou não, por intermédio de uma chapa metálica electrificada colocada em oposição.
Muito se especula sobre o que é registado nas fotografias Kirlian. Numa visão mística, alguns entusiastas religiosos alegam que as imagens do halo registado nas fotos, correspondem à aura, ainda que esse registo também ocorra com objectos, ferramentas ou pedras. O que se julga registar-se nas imagens electrografadas é apenas a resistência ou permeância eléctrica do objecto em estudo, e nada mais.
Cépticos afirmam que grande parte dos halos são gerados pela humidade que ocorre naturalmente em todos os seres vivos, que se tornam ionizada devido aos campos eléctricos de alta-tensão e alta-frequência utilizados nessa técnica e captados pela emulsão fotográfica. De facto, considera-se que pelo menos vinte e duas características físicas, químicas e fotoquímicas podem influenciar as descargas coronais vistas nas fotos Kirlian.
A hipótese do fenómeno registado ser realmente a aura dos objectos fotografados é actualmente desacreditada em praticamente todos os meios, salvo em alguns círculos místicos.
O maior argumento a favor da explicação aceite pela comunidade científica (e consequentemente contra a explicação mística do fenómeno) é o facto de que a suposta aura não aparece se a fotografia for realizada no vácuo. Como a suposta aura defendida por alguns esotéricos deveria continuar a existir no vácuo, ou em qualquer outra condição atmosférica, esse facto representou um duro golpe na explicação mística para a imagem registada pela fotografia Kirlian.
Aplicações
Apesar da actual controvérsia sobre a existência de evidências conclusivas e falta do reconhecimento pela comunidade científica internacional sobre a validade do seu uso na prática médica, a técnica da bioelectrografia é potencialmente útil para outras situações, como a análise da condutividade e disposição de superfície de condutividade. Estudos iniciais sugerem que a técnica pode ser utilizada pela mineralogia.
Índice da Fotografia Kirlian: http://paradigmatrix.net/?p=425

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