Afinal o que é o Nirvana? O que é a felicidade
suprema que Buda Gautama penetrou e ensinou?
Certamente essa
pergunta tem inumeráveis respostas e fontes para serem conhecidas e absorvidas,
então a visão abaixo é apenas uma delas, uma das boas. “
Onde Está o Nirvana?” está na terceira parte do segundo capítulo do
livro “Budismo,
Psicologia do Auto-Conhecimento” (Ed. Pensamento), do Dr.
Georges da Silva e Rita Homenko, que começa com um diálogo entre o brâmane (a
casta espiritual nobre da Índia antiga) Kutadanta e Buda sobre a natureza e a capacidade de
encontrar o Nirvana. O trecho também é um complemento ao post e aos comentários
do post de ontem, “A descrição de Thich Nhat Hanh para a iluminação do Buda:
como se uma prisão de milhares de anos fosse aberta“.
ONDE ESTÁ O
NIRVANA?
Certa
vez, o brâmane Kutadanta perguntou ao Buda:
– Venerável Mestre, onde está o Nirvana?
– Onde quer que se obedeça é Lei (Doutrina)
Kutadanta replicou:
– Então o Nirvana não está em parte alguma e, portanto, não tem realidade.
O Bem-Aventurado disse:
– Não me entendeste. Escuta e responde. Qual é a morada do vento? Onde habita?
– Em parte alguma.
– Então não existe o vento? É uma ilusão?
Kutadanta não soube responder, e o Buda tornou a perguntar:
– Dize-me, ó brâmane, onde reside a sabedoria? Está em algum lugar?
– A sabedoria não tem lugar determinado, disse Kutadanta.
E o Bhagavad disse:
– Dirás que não há sabedoria, nem justiça, nem salvação porque, como o Nirvana, elas não tem lugar determinado? Assim como a brisa veloz atravessa o mundo durante o calor do dia, também o Tathagata veio aliviar a mente humana com o delicado e suave sopro que alivia o calor de todo sofrimento. Faze com que tua mente repouse na Verdade, difunde a Verdade e põe a Verdade em teu ser. E na verdade, viverás eternamente! O apego ao eu e à personalidade é morte continua, ao passo que quem vive e se move na Verdade, alcança o Nirvana.
– Venerável Mestre, onde está o Nirvana?
– Onde quer que se obedeça é Lei (Doutrina)
Kutadanta replicou:
– Então o Nirvana não está em parte alguma e, portanto, não tem realidade.
O Bem-Aventurado disse:
– Não me entendeste. Escuta e responde. Qual é a morada do vento? Onde habita?
– Em parte alguma.
– Então não existe o vento? É uma ilusão?
Kutadanta não soube responder, e o Buda tornou a perguntar:
– Dize-me, ó brâmane, onde reside a sabedoria? Está em algum lugar?
– A sabedoria não tem lugar determinado, disse Kutadanta.
E o Bhagavad disse:
– Dirás que não há sabedoria, nem justiça, nem salvação porque, como o Nirvana, elas não tem lugar determinado? Assim como a brisa veloz atravessa o mundo durante o calor do dia, também o Tathagata veio aliviar a mente humana com o delicado e suave sopro que alivia o calor de todo sofrimento. Faze com que tua mente repouse na Verdade, difunde a Verdade e põe a Verdade em teu ser. E na verdade, viverás eternamente! O apego ao eu e à personalidade é morte continua, ao passo que quem vive e se move na Verdade, alcança o Nirvana.
~
trecho do livro “Psicologia do Auto-Conhecimento“, Cap 2,
parte III (pag 51)
Logo
a seguir deste trecho, os autores complementam:
O
Nirvana não pode ser descrito porque não há nada em nossa experiência mundana
com o qual possa ser comparado, e nada que possa ser usado para fornecer
uma analogia satisfatória. Ainda é possível alcançá-lo e
experimentá-lo enquanto com o corpo vivo e, desse modo, obter a
inabalável certeza de sua realidade como um Dhamma (Doutrina) que é
independente de todos o fatores da vida condicionada. Este é o estado que
Buda alcançou em vida e que possibilitou aos outros o atingirem, depois
dele. Ele mostrou o Caminho com o convite: “Venha e veja por você mesmo”
(Ehipassiko).
~ Dr Georges da Silva e Rita Homenko
~ Dr Georges da Silva e Rita Homenko
Como
complemento, quatro trechos do Dhammapada,
o livro do Buda, onde está mencionado o Nirvana (Nibbana), tradução
de Marcos Beltrão:
“Aqueles
sábios que não fazem o mal, e são sempre controlados em corpo, vão para o
estado sem morte (Nibbana), para onde idos nunca se lamentam.”
“A
fome é a pior doença. Os agregados os maiores males. Conhecendo isso como
realmente é, os sábios realizam o Nibbana, a felicidade suprema.”
“A
saúde é o maior ganho. A alegria a maior riqueza. Os dignos de confiança os
melhores parentes. O Nibbana é a felicidade mais elevada.”
“Não
há concentração naquele a quem falta sabedoria, nem há sabedoria naquele que
falta concentração. Naquele em quem se encontram concentração e sabedoria, ele,
de fato, está em presença do Nibbana.”
Fonte:
http://dharmalog.com/2013/03/26/afinal-o-que-e-o-nirvana-o-que-e-a-felicidade-suprema-que-buda-gautama-penetrou-e-ensinou/
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