MAGIA NEGRA E A PRÁTICA DO TANTRISMO NEGRO
Amigos,
Preciso falar uma coisa para vocês. É uma coisa que eu sei que será meio esquisita, não segue minha linha de textos de sempre, vai para outras paragens, paragens estas que não gosto muito de tocar porque elas são, efetivamente, perigosas. Mas como ando vendo uma galera no facebook falando a respeito, na verdade, falando em tom de chacota, me sinto um pouco na obrigação de voltar aqui e discorrer um pouco sobre o assunto. Estão prontos?
Bom, não sei se é comum a todos, mas em meados do meio do século passado, um senhor cujo codinome era Samael Aun Weor, ocultista e fundador do gnosticismo samaelino, deu ao mundo um termo que está sendo usado até os dias atuais. Segundo ele, que provavelmente pegou este trecho das obras de Helena Blavatsky, mãe da Teosofia, existe (ou existia naquela época), uma espécie de tribo, ou uma reunião de pessoas que se isolaram para prática dos ritos religiosos pré-busdistas, nas montanhas do Tibet. Tais monges ficaram conhecidos como Dag-Dugpas, ou Dug-Dugpas.
Esses Dugpas se dedicam a práticas que incluem feitiçaria e ritos tântricos com a finalidade de conseguir, enfim, inverter a energia khundalini. Segundo Mircea Eliade, professor, historiador das religiões, mitólogo e filósofo romeno (1907-1986):
No Tibet, o Clã dos Dag Dugpas pratica o Tantrismo Negro. Os Iniciados Negros Dugpas ejaculam o sêmen misticamente, como os tenebrosos do Subud (um movimento espiritual, não é uma religião, ou uma seita de qualquer religião, nem um ensinamento. N.A.).Os Dugpas de gorro vermelho têm um procedimento fatal para recolher o sêmen carregado de Átomos Femininos da própria vagina da mulher, logo o injetam uretralmente e o reabsorvem com a força da mente para levá-lo até o cérebro. Assim é como os Adeptos da Mão Esquerda pretendem mesclar átomos Solares e Lunares com o propósito de despertar a Kundalini.
Pois bem, depois deste contato, então, Samael cunhou o termo tema de hoje que, aliás, ainda resiste, mas com uma utilização um pouco diferente, que eu já vou explicar.
Estamos falando dos Magos Negros.
Pois bem, algumas religiões mais atuais, incluindo a umbanda, se apropriaram do termo para designar espíritos muito particulares, cuja função (ou especialidade) é basicamente focada em “vampirizar” espíritos; encarnados ou não.
Segundo o site Espiritismo Levado a Sério:
Os magos negros, são espíritos especializados em manipulação de fluidos da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam. Receberam iniciação espiritual nos diversos templos da antiguidade e de civilizações ainda mais remotas, e como iniciados, forjaram seu conhecimento e sua disciplina mental em anos e anos de adestramento das faculdades da alma, sob tutela de seus superiores hierárquicos. Toda iniciação foi realizada para o bem, para o uso dos elementos da vida oculta com intuito de auxiliar a humanidade(…)
Porém, em algum momento, pela ganância e busca pelo poder, eles acabaram sendo vencidos pelos seus Egos e começaram a usar o conhecimento para seus próprios fins. É aquilo que toda escola séria de Magia prega desde o primeiro dia de seus iniciados: O Verdadeiro Mago vence seu Ego.
Bom, eu acredito que existem dois fatores que impedem que algumas pessoas aceitem esse “nome” para uma determinada estirpe de espíritos: O primeiro deles é o desconhecimento do título, que muitas vezes culmina em sua substituição e o segundo é a pseudo-humildade ou desconhecimento de sua própria força. Vou falar de um de cada vez:
A Umbanda principalmente tomou por bem usar a nomenclatura já utilizada no candomblé para designar suas diversas linhas de conhecimento dentro da espiritualidade. Embora isso possa parecer um ato normal, muitas coisas foram perdidas nessa tradução e os termos acabaram mudando seu significado original. “Quimbanda”, por exemplo, para muitos é tida como “magia negra”, como a religião que trabalha exclusivamente com a esquerda (wikipedia) quando em seu significado original, quer dizer algo parecido com “curandeiro” (segundo a gramática de Kibungo, do professor José L. Quintão, página 107). A própria linha de trabalho “Exu” é tão contraditória que podemos encontrar definições que vão desde a típica figura do demônios judaico-cristão, até seres que seriam soldados. O nome se confundiu tanto que alguns lugares “separaram” o cargo em três outros menores, Exu Coroado, Exu Pagão e Exu Batizado.
Pois bem, imagino que tenha ficado claro a problemática que ocorre quando alteramos o dialeto (ou língua) usado quando falamos da designação de algo. Mas é certo que, mesmo na Umbanda, existe a figura de espíritos que contam com conhecimento magístico de alto grau e que faz uso deles para diversos fins. Quando usados para fins de baixa moral, costumou-se chama-los de Kiumbas, de Eguns, de Feiticeiros ou que tais, não importa, o fato é que eles existem.
Dentro da filosofia espirita, nós podemos encontrar a definição (exposta aqui de forma simplificada) das camadas do mundo, entre material e espiritual e suas diversas gradações, como sendo uma cebola. Camada sobre camada com a parte material (nós, encarnados), no centro. Bom, supondo que um espírito endurecido no mal esteja alocado lá pela quarta ou quinta camada descendente, um Mago Negro estaria lá pela oitava ou nona, possivelmente usando a energia daqueles endurecidos para seus próprios fins, manipulando-os mentalmente como já é de praxe na explicação kardecista.
De toda forma, é só uma questão de nome, de designação, da mesma forma que um Guia que se apresenta como caboclo não necessariamente é (ou foi) um caboclo. Muda-se o nome, mas a essência continua a mesma.
Agora, vamos levantar a questão da falsa-humildade.
Eu acho que preferia chamar esta situação de inconsequência ou inconsciência de si, mas para ficar mais palatável, vou chamar de falsa-humildade mesmo. É quando alguém não consegue antever o que faz e o mérito que isso tem.
Não vou generalizar e dizer que todos que mantém um centro aberto estão fazendo um bom trabalho porque é evidente que tem muito perdido por aí, mas em teoria, quando se abre um centro de caridade, abre-se um lugar que pretende trabalhar em nome de uma causa. No geral, essa causa é boa e, por menor que seja esse lugar, ela atrai seus contra-pontos, o outro lado da moeda, assim como um centro é aberto para fazer contra-ponto a uma série de espíritos com propósitos não tão bacanas. Sempre haverá gente com o intuito de ajudar, e gente com o intuito de atrapalhar, essas coisas são constantes em nosso mundo. O que ocorre é que tendemos a ver as coisas em preto e branco e esse “esquecimento” dos tons de cinza que temos acaba nos cegando às vezes.
Imaginamos que “Magos Negros” são espíritos que estão muito longe de nós, que são algo comparado ao presidente de uma nação em relação a um cidadão qualquer. O que o presidente quereria com esse cidadão a ponto de ataca-lo diretamente?
Assim nada. Mas o presidente conta com seus governadores; os governadores, com seus prefeitos e, por fim, os prefeitos contam com a polícia e a polícia sim consegue acessar o cidadão, mas isso não faz do policial, o mandante do negócio todo. A diferença é que, com essa estratégia, o Mago Negro consegue atacar um número maio de pessoas.
Mas isso não livra você de ser atacado diretamente sim, de repente, por um aprendiz de Mago. Não pensem que alguém simplesmente desencarna com o posto, ele aprende tanto aqui na Terra quando no astral e, muitas vezes, a consciência de um futuro Mago Negro começa sim a se denegrir aqui na Terra.
Não vou listar aqui os sintomas de um Mago Negro, simplesmente porque isso seria absurdo. Seria como tentar saber que alguém é um psicopata somente pela observação de seus traços físicos. É possível? Sim. Mas não é fácil e é perigoso formarmos opiniões preconceituosas. Mas para bom entendedor, as dicas já foram dadas.
Bom, é isso que eu queria falar hoje para vocês. Pensem melhor quando ouvir alguém dizer que isso é bobeira. Não é só porque alguém não sabe sobre o assunto que esse assunto não exista. Aliás, por muitas vezes, vemos os principais envolvidos em algo ruim negarem a existência deste algo, não é?
Abs.
Fonte:http://www.artefolk.com.br/2015/magos-negros/
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