“Boicote ao Oscar é racismo contra os brancos”, diz Charlotte Rampling, indicada a melhor atriz
Atriz britânica indicada por '45 anos', opõe-se à ideia de cotas para negros na premiação
Paris
A veterana atriz Charlotte Rampling, indicada ao Oscar de melhor atriz por seu papel no filme britânico 45 Anos, adicionou fermento à mais nova polêmica envolvendo a cerimônia de entrega do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. A intérprete, também conhecida por sua atuação em filmes como Melancolia (2011) e na série Dexter (2006-2013), se opôs nesta sexta-feira a um boicote da cerimônia do Oscar em protesto contra a ausência de atores negros entre os indicados nas categorias de interpretação.
“Isso é racismo contra os brancos. É difícil saber se é o caso, mas pode ser que os atores negros não merecessem estar na reta final”, afirmou a atriz em entrevista ao canal francês Europe 1.
Charlotte Rampling tampouco se mostrou a favor da criação de cotas para melhorar a representação das minorias entre os finalistas ao Oscar, como propôs o cineasta Spike Lee, que apoia o boicote ao lado de figuras como Will Smith e Jada Pinkett. “Por que classificar as pessoas? Vivemos em países onde somos mais ou menos aceitos... Mas sempre haverá problemas e [gente que diga] ‘ele é menos bonito’, ‘ele é negro demais’, ‘o outro é branco demais’... Por isso é preciso criar milhares de pequenas minorias em todo canto?”, questionou. Quando lhe pediram para precisar sua opinião, Rampling deu por finalizado o assunto com um “no comment” (sem comentários).
Na última semana, atores como George Clooney, Mark Ruffalo e Lupita Nyong’o se mostraram críticos em relação à Academia, enquanto o hashtag #OscarsSoWhite se multiplicava nas redes. A voz de Charlotte Rampling é a primeira que rompe o consenso. A atriz de 69 anos, que ganhou o prêmio melhor atriz no último festival de Berlim, disse que estar “na lista dos indicados [ao Oscar]” já é uma recompensa, pois significa “a entrada no grande clube do cinema que é a Academia”.
A atriz britânica é conhecida na França, onde mora há quase 40 anos, por suas posturas conservadoras. Em 2007, apoiou a candidatura de Nicolas Sarkozy e compareceu de surpresa a um de seus comícios. Pouco depois, contudo, afirmou que continuava sentindo “afinidade pela esquerda”. Se ganhar o prêmio, Charlotte Rampling disse que o dedicaria ao marido, o jornalista Jean-Noël Tassez, morto em outubro após ter sido confidente de François Mitterrand e do próprio Sarkozy.
Fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/22/cultura/1453466448_655181.html
“Isso é racismo contra os brancos. É difícil saber se é o caso, mas pode ser que os atores negros não merecessem estar na reta final”, afirmou a atriz em entrevista ao canal francês Europe 1.
Charlotte Rampling tampouco se mostrou a favor da criação de cotas para melhorar a representação das minorias entre os finalistas ao Oscar, como propôs o cineasta Spike Lee, que apoia o boicote ao lado de figuras como Will Smith e Jada Pinkett. “Por que classificar as pessoas? Vivemos em países onde somos mais ou menos aceitos... Mas sempre haverá problemas e [gente que diga] ‘ele é menos bonito’, ‘ele é negro demais’, ‘o outro é branco demais’... Por isso é preciso criar milhares de pequenas minorias em todo canto?”, questionou. Quando lhe pediram para precisar sua opinião, Rampling deu por finalizado o assunto com um “no comment” (sem comentários).
Na última semana, atores como George Clooney, Mark Ruffalo e Lupita Nyong’o se mostraram críticos em relação à Academia, enquanto o hashtag #OscarsSoWhite se multiplicava nas redes. A voz de Charlotte Rampling é a primeira que rompe o consenso. A atriz de 69 anos, que ganhou o prêmio melhor atriz no último festival de Berlim, disse que estar “na lista dos indicados [ao Oscar]” já é uma recompensa, pois significa “a entrada no grande clube do cinema que é a Academia”.
A atriz britânica é conhecida na França, onde mora há quase 40 anos, por suas posturas conservadoras. Em 2007, apoiou a candidatura de Nicolas Sarkozy e compareceu de surpresa a um de seus comícios. Pouco depois, contudo, afirmou que continuava sentindo “afinidade pela esquerda”. Se ganhar o prêmio, Charlotte Rampling disse que o dedicaria ao marido, o jornalista Jean-Noël Tassez, morto em outubro após ter sido confidente de François Mitterrand e do próprio Sarkozy.
Fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/22/cultura/1453466448_655181.html
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