David Levy Pesquisador britânico Especialista em inteligência artificial
Lingeries, fantasias, brinquedos eróticos, óleos e massagens. Quem achava o mundo dos acessórios sexuais sem graça e duvidava de que eles pudessem se modernizar, pode se animar. Assim como os computadores se tornaram mais interativos e reais, a indústria do sexo também está investindo em outras formas de satisfazer quem está em busca do prazer.
Aquela velha boneca inflável, por exemplo, deu lugar a robôs que simulam reações humanas. A Roxxxy – modelo mais famoso da companhia americana True Companion, que se promove como a primeira do mundo a fornecer robôs sexuais – é feita em tamanho real de humanos, faz pequenos movimentos com as pernas, cabeça e quadris, e ainda conversa com seu parceiro quando ele toca em seu corpo. “Estou tão excitada”, diz ela quando lhe tocam os seios, conforme mostra o vídeo de divulgação da empresa.
O cliente também pode escolher entre algumas opções de personalidade disponíveis (da mais comportada à ousada) e customizar a aparência do brinquedo. O fabricante informa ainda que a Roxxxy também muda de humor durante o dia, assim como pessoas reais. “Ela pode ficar sonolenta, interagir ou entrar no clima. Todos os nossos robôs podem até ter um orgasmo”, garante o site da True Companion.
Se a falta de resposta às carícias deixou de ser um problema, o preço ainda pode desanimar os interessados. A Roxxxy chega a custar US$ 7.000 – mais de R$ 27 mil na cotação atual.
Outra empresa norte-americana, a RealDoll também investe em propostas ousadas que vão desde a cópia fiel de estrelas famosas da pornografia a expressões faciais para cada tipo de situação. Em uma entrevista à revista norte-americana “Vanity Fair”, o empresário à frente da empresa, Matt McMullen, disse que a maioria dos clientes são homens mais velhos, em luto pela perda de um cônjuge ou que não conseguem se manter em um namoro. “Nem todo mundo quer estar em um relacionamento, especialmente se for uma relação emocionalmente desgastante. Uma RealDoll pode acabar sendo mais barata do que as mulheres que ele estava namorando”, diz McMullen, que tem vendido até dez exemplares por semana.
As duas marcas também oferecem modelos de bonecos sexuais masculinos. Embora pareça bastante bizarro para alguns, especialistas em tecnologia e inteligência artificial não duvidam de que a “robofilia” deve ganhar mais força nas próximas décadas. O pesquisador britânico David Levy é um dos que estão apostando nisso há oito anos. Na sua última análise, ele fala em modelos ainda mais sofisticados até 2017.
Se as máquinas inteligentes para o sexo não estão tão longe da realidade, o uso delas, no entanto, não é unanimidade e gera também muita polêmica em torno da questão do limite do prazer.
Aquela velha boneca inflável, por exemplo, deu lugar a robôs que simulam reações humanas. A Roxxxy – modelo mais famoso da companhia americana True Companion, que se promove como a primeira do mundo a fornecer robôs sexuais – é feita em tamanho real de humanos, faz pequenos movimentos com as pernas, cabeça e quadris, e ainda conversa com seu parceiro quando ele toca em seu corpo. “Estou tão excitada”, diz ela quando lhe tocam os seios, conforme mostra o vídeo de divulgação da empresa.
O cliente também pode escolher entre algumas opções de personalidade disponíveis (da mais comportada à ousada) e customizar a aparência do brinquedo. O fabricante informa ainda que a Roxxxy também muda de humor durante o dia, assim como pessoas reais. “Ela pode ficar sonolenta, interagir ou entrar no clima. Todos os nossos robôs podem até ter um orgasmo”, garante o site da True Companion.
Se a falta de resposta às carícias deixou de ser um problema, o preço ainda pode desanimar os interessados. A Roxxxy chega a custar US$ 7.000 – mais de R$ 27 mil na cotação atual.
Outra empresa norte-americana, a RealDoll também investe em propostas ousadas que vão desde a cópia fiel de estrelas famosas da pornografia a expressões faciais para cada tipo de situação. Em uma entrevista à revista norte-americana “Vanity Fair”, o empresário à frente da empresa, Matt McMullen, disse que a maioria dos clientes são homens mais velhos, em luto pela perda de um cônjuge ou que não conseguem se manter em um namoro. “Nem todo mundo quer estar em um relacionamento, especialmente se for uma relação emocionalmente desgastante. Uma RealDoll pode acabar sendo mais barata do que as mulheres que ele estava namorando”, diz McMullen, que tem vendido até dez exemplares por semana.
As duas marcas também oferecem modelos de bonecos sexuais masculinos. Embora pareça bastante bizarro para alguns, especialistas em tecnologia e inteligência artificial não duvidam de que a “robofilia” deve ganhar mais força nas próximas décadas. O pesquisador britânico David Levy é um dos que estão apostando nisso há oito anos. Na sua última análise, ele fala em modelos ainda mais sofisticados até 2017.
Se as máquinas inteligentes para o sexo não estão tão longe da realidade, o uso delas, no entanto, não é unanimidade e gera também muita polêmica em torno da questão do limite do prazer.
Campanha alerta para risco de aumento da violência
Esse esforço crescente da academia e da indústria, que nas últimas décadas têm investido no desenvolvimento de robôs do sexo, não agrada a todos. A especialista em ética robótica Kathleen Richardson, da Universidade de Montfort, no Reino Unido, e Erik Billing, da Universidade de Skövde, na Suécia, criaram a campanha contra o sexo com robôs, buscando conscientizar sobre os possíveis impactos na sociedade e apresentar uma resposta ética e comprometida com o desenvolvimento dessas novas tecnologias.
Uma série de críticas e propostas foi lançada em forma de um manifesto, em setembro, durante um fórum de discussões éticas sobre computadores. Na opinião deles, esse tipo de relação poderá degradar o relacionamento humano e corroborar a ideia da mulher como objeto sexual, e reforçar ainda mais as relações de poder de desigualdade e violência.
Esse esforço crescente da academia e da indústria, que nas últimas décadas têm investido no desenvolvimento de robôs do sexo, não agrada a todos. A especialista em ética robótica Kathleen Richardson, da Universidade de Montfort, no Reino Unido, e Erik Billing, da Universidade de Skövde, na Suécia, criaram a campanha contra o sexo com robôs, buscando conscientizar sobre os possíveis impactos na sociedade e apresentar uma resposta ética e comprometida com o desenvolvimento dessas novas tecnologias.
Uma série de críticas e propostas foi lançada em forma de um manifesto, em setembro, durante um fórum de discussões éticas sobre computadores. Na opinião deles, esse tipo de relação poderá degradar o relacionamento humano e corroborar a ideia da mulher como objeto sexual, e reforçar ainda mais as relações de poder de desigualdade e violência.
Minientrevista
David Levy
Pesquisador britânico Especialista em inteligência artificial
Em 2007, a sua previsão era de que passaríamos a fazer sexo com robôs em cinco anos e que seríamos capazes de amá-los em 40 anos. Já chegamos lá?
Os primeiros robôs sexuais não chegaram tão logo quanto eu esperava, mas agora diferentes empresas estão se dedicando a desenvolvê-los, por isso, eu espero que os primeiros modelos estejam disponíveis até 2017. E sim, eu ainda acredito que as pessoas irão se apaixonar por robôs até 2050.
Os robôs que fazem sexo estão cada vez mais reais. Como você avalia essa evolução tecnológica?
Eu ainda acredito que a evolução tecnológica irá criar robôs sexuais bastante sofisticados durante a primeira metade desse século.
Por que você acredita que com isso a prostituição se tornará obsoleta e que a inteligência artificial será a resposta para muitos dos problemas do mundo?
Os robôs que fazem sexo estão cada vez mais reais. Como você avalia essa evolução tecnológica?
Eu ainda acredito que a evolução tecnológica irá criar robôs sexuais bastante sofisticados durante a primeira metade desse século.
Por que você acredita que com isso a prostituição se tornará obsoleta e que a inteligência artificial será a resposta para muitos dos problemas do mundo?
Se as pessoas usarem prostitutas robôs em vez de profissionais do sexo humanas isso irá eliminar o tráfico e a exploração dos trabalhadores sexuais humanos e também irá reduzir as doenças sexualmente transmissíveis.
Qual a sua opinião sobre a campanha contra o sexo com robôs?
Qual a sua opinião sobre a campanha contra o sexo com robôs?
Eu não acredito que seja uma boa ideia. Na minha opinião, o que alguém faz em seu quarto só diz respeito a ele e seu parceiro sexual.
Fonte:http://www.otempo.com.br/interessa/cada-vez-mais-reais-rob%C3%B4s-reagem-a-car%C3%ADcia-1.1195830
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